Pizzato, Vinhos Brasileiros no Exterior
Noticias boas são para serem divulgadas e esta é uma ótima noticia para o futuro do vinho Brasileiro. A internacionalização de qualquer produto é um estimulo importante para a evolução dos mesmos e das empresas que os produzem, palavra de quem há 28 anos milita no setor de comércio exterior, por isso a importância desta noticia. As exportações Brasileiras de vinhos finos cresceram mais de cinco vezes nos últimos cinco anos, passando de US$ 772 mil em 2003 para US$ 4 milhões em 2007, sendo que as empresas participantes do projeto Wines From Brasil, desenvolvido em parceria pela Apex-Brasil (Agência para Promoção das Exportações) e o Ibravin (Instituto Brasileiro de Vinhos) foram responsáveis por 57% deste valor. A vinicultura brasileira se destaca pelas condições climáticas de produção únicas, com novas áreas de cultivo, modernas técnicas e a história de sucesso do programa Wines From Brasil, que começou em 2004 com apenas seis participantes e hoje já conta com 25 empresas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e da Bahia, sendo que 75% delas já vendem para o exterior.
Uma destas 25 empresas que vem tendo sucesso, ampliando sua participação e se preparando para vôos mais altos é a Pizzato Vinhas & Vinhos ocupou o 4º lugar no ranking de crescimento de exportação da Wines From Brazil (WFB). Em 2007 as exportações representaram 18% do volume de vendas e 6% do faturamento da empresa, totalizando aproximadamente 20 mil garrafas de vários rótulos, com destaque para Pizzato Reserva Cabernet Sauvignon e Merlot, e Pizzato Chardonnay, todos do Vale dos Vinhedos, e Fausto Cabernet Sauvignon, do vinhedo Dr. Fausto. Para esse ano, a Pizzato espera alcançar novos países além da Europa e dos Estados Unidos. Já foram efetuados contatos com a África do Sul e com países latino-americanos, como o Uruguai, Bolívia e Venezuela. A projeção para 2008, segundo Jane Pizzato diretora comercial da empresa, é que o percentual de crescimento nas exportações seja equivalente ao crescimento da empresa no mercado interno.
Números ainda pequenos, perto dos tradicionais países produtores e exportadores de vinhos finos, mas um começo que certamente gerará frutos importantes num futuro próximo. Este trabalho de conquistar fatia de mercado internacional é extremamente importante, principalmente, pela necessidade que se faz de melhorar o produto para atender ás altas exigências internacionais e acirrada concorrência. Ganharão os produtores e ganharemos nós consumidores que, certamente, estaremos tomando cada vez mais, rótulos nacionais de qualidade. Como profissional da área de comércio exterior, esta noticia me traz grandes expectativas e alento para o futuro do vinho nacional. O foco do projeto é essencial para seu sucesso e espero que esteja sendo dado maior ênfase na área de espumantes, pois é aí onde temos maior potencial e onde a demanda internacional é grande, com menos concorrência e desejosa de novos produtos de qualidade a preço competitivo. Os Argentinos tem a Malbec e o Cabernet, os Chilenos o Cabernet e o Carmenére, os Uruguaios o Tannat e nosso destaque, creio eu, é o Espumante que será a grande mola propulsora capaz de abrir portas para toda a indústria vinícola Brasileira. Basta investir nesse foco e trabalhar com objetivos sérios visando resultados efetivos e consolidados a médio e longo prazo.