Dicas do Mundo do Vinho
Este post advém de algumas perguntas que recebi de amigos e que, imaginei, podiam ser duvidas que outros também tivessem. Vamos lá:
O que fazer com o vinho caso sobre na garrafa? Neste caso há que lembrar que existe uma oxidação natural do vinho depois de aberto o que o tornará, em um determinado e variado espaço de tempo, em um liquido avinagrado. Existem duas formas básicas para se manter um vinho. Primeiro, usando-se um vacu-vin que é um aparato, bem em conta e um importante acessório para se ter em casa, que retira da garrafa o excesso de oxigênio. Mantido na geladeira, dá para agüentar uns dois ou três dias sem grandes alterações. A segunda opção é passar o vinho restante para uma meia garrafa e tampar com a rolha mesmo. Com menos oxigênio na garrafa, o vinho pouca alteração sofrerá no período de 24 a 48 horas.
Cálculo de vinhos por pessoa? Esta é bem freqüente, especialmente para eventos, festas e reuniões com os amigos. O tradicional é se calcular meia garrafa por pessoa. Em casamentos onde haja somente espumantes sendo servidos, eu sugiro um pouco mais, algo como duas garrafas para cada três pessoas. Se o espumante for servido somente no brinde, acho que uma garrafa para cada seis pessoas está de bom tamanho. De qualquer forma, penso aconselhável que, feito o cálculo, compre-se uns 10% a mais só para garantir. Comprando de pessoal especializado em festas (contate alguns dos parceiros do blog em Onde Comprar) existe a possibilidade de consignação o que facilita a compra. Se não der e sobrar, acho que você achará uma solução para a sobra, não?
Tampa de rosca no vinho, é sinal de vinho barato? Não. Com a falta de cortiça e o alto custo decorrente, esta é uma técnica nova em pleno desenvolvimento e com muita gente de qualidade buscando esta alternativa especialmente para os vinhos brancos e para vinhos de consumo mais rápido, vinhos para serem tomados jovens com quatro a cinco anos de vida. Os vinhos do Novo Mundo; especialmente Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e África do Sul tomaram a dianteira nesta mudança, mas na Europa, Argentina e Chile também já se começa a usar a rosca. Para mim, o que realmente é sinal de vinho barato, é o uso de rolhas artificiais em especial aquelas pretas, roxas ou vermelhas! Considero isso uma verdadeira aberração e me arrepio todo quando me deparo com uma dessas. É, eu sei, puro preconceito e conservadorismo. Pode até ser, mas é o que sinto. Por outro lado, uma longa rolha de cortiça nos sugere estar frente a frente a um vinho de grande qualidade.
Um vinho elaborado com duas uvas diferentes é um bi-varietal ou um corte? Bem, na verdade é um corte bi-varietal! O corte, não é necessariamente uma “mistura” de diversas uvas podendo haver cortes com barricas de idades diferentes, de locais diferentes, etc. Comumente, no entanto, entendemos como corte o uso de duas ou mais cepas diferentes. Cada país, todavia, tem sua própria denominação e cultura e, no caso da Argentina, por exemplo, o corte de duas cepas é muitas vezes chamado de bi-varietal. Aproveitando o ensejo, esta palavra corte é só uma das usadas internacionalmente para denominar esta “mistura” de cepas. Outras são; blend, assemblage e encépagement. Os varietais, por outro lado, são vinhos elaborados com uma só cepa, ou variedade de uva.
Salute e Kanimambo!
Legal o seu blog, muito informativo e sem frescuras!!
Parabens
Esta é minha primeira leitura de seu blog. Estou gostando bastante pois é raro encontrar algo de qualidade e sem rodeios ou requintes fora de hora.
Nós brasileiros precisamos nos informar mais sobre os prazeres dessa bebida fantástica.
Recentemente e pela primeira vez comprei um Malbec Argentino, quando me deparei com uma rolha cinza de material sintético. Confesso que isso pode ter afetado negativamente meu sentido (preconceito, talvez?) mas não gostei ao prova-lo. Algum comentário a respeito desse tipo de rolha nesse vinho, ou em tintos em geral?
Oi Ede, bem-vindo e grato pelos comentários. Nada a ver esse tipo de rolha com a qualidade do vinho. Esta opção de rolha sintética também me incomoda, mas é puro preconceito. O que ocorre é que a cortiça, cada vez mais rara e cara, fica reservada para os vinhos melhores. Tente o Las Moras ou Alfredo Roca Malbec, vinhos baratos mas de boa qualidade ou, quem sabe, um Los Cardos Malbec 06, você vai ver que a malbec gera vinhos bem saborosos, macios e frutados sem ter que gastar muito. Não sei se algum deles usa rolha sintética, não me lembro, mas pode ser interessante para tirar a prova e a sisma.
ADOREI seu blog, estou me deliciando com as suas dicas.
Oi,
Gostaria de saber quais as possibilidades de eu vender rolhas de cortica de vinhos e champanhe. ( as rolhas sao usadas nesse caso queria vender para alguem ou empresa que pudesse recicla-las e usa -las novamente).
Podeira me dar algumas dicas?
Sorry Chanel, não tenho a minima idéia.