Noticias do Mundo do Vinho
Hoje a primeira noticia do dia só podia ser esta e com mais um lindo quadro da divina Jamie Adams. Não é diretamente ligada à nossa vinosfera, mas a importância da mulher nesse mundo é tão importante que merece ser exaltada. Sejam como produtoras, como sommeliers, como enólogas, traders e, cada vez mais, enófilas a mulher conquista seu espaço gradativa, mas firmemente, em todos os setores da sociedade e não seria diferente em nossa vinosfera. Essas conquistas se iniciam de forma mais concreta e marcante, a partir dos idos de 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade Nova Iorque nos Estados Unidos, fizeram uma grande greve detonando um processo que nunca mais parou. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Somente no ano de 1910 durante uma conferência na Dinamarca, no entanto, é que ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Apesar disto, somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU.
Dizem que recordar é viver, então fui buscar este clip do fundo do baú como homenagem a todas as mulheres. Não só pelo dia de hoje, mas por todos os outros dias do ano em que alegram, incentivam, apoiam e complementam nossas vidas. Espero que gostem e aproveitem
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Chile – O grupo chileno VC Estates, donos das marcas Porta e Gracia, acabam de anunciar um grande investimento na Argentina, especificamente na região da Patagônia onde estaão comprando uma vinícola e 300 hectares de vinhedos por algo em torno de USD 15 milhões. Esta nova empresa se chamará Bodegas Universal Austral e terá como característica a elaboração de vinhos á base de Pinot Noir e outras cepas de zonas frias. É aguardar para ver, mas conheço os Pinots da Gracia no Chile e são vinhos muito interessantes.
Argentina Wine Awards – Tomou lugar à poucos dias, este que é o principal evento de nossos irmanos visando rótulos de exportação. Das 512 inscrições foram premiados 42 com medalha de Ouro. Entre os ganhadores rótulos como o Pasionado Grand Reserve 2004 da Andeluna Cellars e o Septima Grand Reserva 2006 (Interfood) o qual tive oportunidade de degustar faz uns dois meses
Interessante que nos Malbecs abaixo de USD10, não foi outorgada nenhuma medalha o que demonstra que a qualidade aqui falhou. Ouro também para um Torrontés, cepa ícone dos brancos argentinos, para o Crios 2008 e o crém de la crém para o melhor Malbec foi dado para o Dona Silvina Reserva 2006 da Bodega Kontiras que confesso nunca ter ouvido falar.
Estados Unidos – Pela primeira vez na história, as exportações de vinho americanas ultrapassam 1 bilhão de dólares. E crescem 6% sobre os níveis de 2007. Deste volume, 90% é originária da Califórnia e têm a Europa como seu principal mercado. Veja o gráfico abaixo e se quiser conhecer mais detalhes clique em Wines & Vines.
Septima/Interfood – Animados com os resultados da Wines of Argentina Awards, a interfood promove uma campanha de vendas com preços incríveis para estes bons vinhos os quais comentei em post no inicio deste ano. Veja abaixo.
Septima Gran Reserva safra 2006 -R$ 52,40 – (Gold Medal) Excelente Compra
Septimo Dia Cabernet safra 2006 – R$ 38,35 – (Silver Medal 07) Imperdível
Septimo Dia Chardonnay safra 2007 – R$ 38,35
Septimo Dia Malbec safra 2006 – R$ 38,35
Compras de minimo R$300,00 para faturamento pela Interfood. Como eles têm diversos outros rótulos de qualidade, vale a pena fazer um mix e aproveitar esses preços. Muito bom o Gran Reserva e com ótimo preço, mas na degustação eu gamei mesmo foi no Cabernet.
Baroke, vinho em lata – Lembram da matéria sobre eles, pois bem ainda não consegui provar nenhum, mas eis que me chega a noticia de que no Berlin Wine trophy 2009, com mais de 3400 vinhos de mais de 40 paises, o Baroke Cabernet/Shiraz/Merlot fez história ao ganhar a primeira medalha de ouro num concurso internacional de respeito. É gente, podemos olhar de esguelha para essas latinhas, mas acho que temos que olhar com mais cuidado o seu conteúdo!
Miolo Wine Group – mais uma cartada certeira da Miolo. Interessados em gastronomia e enologia podem comemorar a parceria que a Escola do Vinho Miolo firmou com o sommelier italiano Roberto Rabachino, reconhecido instrutor e diretor dos cursos da Federação Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori (FISAR) e responsável pela FISAR Internacional. Ele ministrará cursos de formação de sommelier internacional na Escola do Vinho em vários estados do país durante este ano. O primeiro deles ocorrerá neste mês em São Paulo, entre os dias 23 e 27. Os participantes receberão certificado de qualificação profissional da FISAR-Piemonte, que possui certificação internacional da Europe Academy for Education. “É uma honra para a Escola do Vinho Miolo, através da Federazione Italiana Sommelier A.R., oferecer um curso de nível internacional e certificado por tal federação. Ninguém melhor do que o Dr. Roberto Rabachino, já eleito o melhor sommelier do mundo, para representar com tanta propriedade a arte do vinho, da gastronomia e da harmonização”, afirma a enóloga e sommelière Gabriela Jornada, gerente da Escola do Vinho Miolo.
Rabachino é docente sobre temas ligados ao mundo do vinho em várias universidades do mundo. Foi eleito o melhor sommelier do mundo pela International Wine Federation em 1992 e 1996. Em 2007 e em 2008 foi premiado como o melhor comunicador do vinho na Vinitaly. Durante os cursos na Escola do Vinho, contará com a assistência de Jefferson Sancineto Nunes, diretor do Enolab de Flores da Cunha (RS), empresa especializada em pesquisa aplicada em viticultura e enologia que presta assessoria a várias vinícolas do país.
Casa Valduga – Desde o lançamento da Storia que vejo o marketing desta casa com grande destaque. Aliás, nem só o marketing, porque o próprio portfolio da empresa passou por grandes mudanças nos últimos dois para três anos. Agora a campanha é pelo lançamento do BRANDY XV. Seguindo o mesmo conceito do Brandy Twenty Years, este novo artigo de luxo da vinícola gaucha é um V.O.P. (Very Old Pale) com envelhecimento de 15 anos em barrica de carvalho. Elaborado com vinho de uvas Trebbiano, este brandy V.O.P teve sua primeira destilação em alambique descontínuo de cobre através de um lento processo de dez horas. Durante a segunda destilação, também lenta, foram separadas ‘cabeça, coração e cauda’ do líquido.
O coração, ou néctar, foi armazenado em barricas de carvalho francês durante 15 anos para obter sua maior expressão, resultando neste single barrel delicado e agradável com notas de canela, ameixas secas e figo maduro, de paladar deliciosamente aveludado que é mais uma jóia rara da família Valduga. O cuidado e sutilezas dedicados à elaboração do Brandy XV também foram direcionados a embalagem da bebida, unindo qualidade vitivínifera com identidade visual. A garrafa, quadrada e com rolha natural segue a linha da arte da perfumaria e é envolta elegante cube black box. Preço médio: R$ 88,00.
Não entendo nada de brandies e destilados como um todo, apesar de gostar de tomar um outro eventual gole e esta embalagem já me deixou meio aguado! Rsrs.
Casa Valduga II – Não é todo o dia que um vinho brasileiro aparece na Revista Decanter, considerada uma das melhores publicações de vinho do mundo, e quando acontece tem que ser inaltecido. Toda semana o time de editores e repórteres da revista recomenda um vinho interessante e, desta vez, a jornalista inglesa Tina Margaret Gellie escolheu o brasileiríssimo Casa Valduga Arinarnoa da linha Identidade, que traz variedades “exóticas” e ainda pouco conhecidas da maioria dos consumidores.
“Na semana que passei no Brasil, no sul do estado do Rio Grande do Sul, foi um verdadeiro eye-opener em termos de diversidade varietal. Nada mais surpreendeu do que três Identidade de uvas Marselan, Ancelotta e Arinarnoa. Os dois primeiros eu já havia degustado antes – e estão a aumentar na popularidade crescente do vinho neste país -, mas este último, um cruzamento entre Merlot e Petit Verdot, é um vinho que eu nunca encontrei, exclusivo da Valduga”. Na publicação, a jornalista ainda descreve o vinho: “com aroma de frutas vermelhas como cereja e pimenta branca equilibrado pela firme acidez e taninos macios. O álcool é um toque quente em 14%, mas que faria um grande jogo com um churrasco de porco grelhado”. Confira em http://www.decanter.com/specials/277380.html?=1
Salute e Kanimambo