Vinhos e Seus (estranhos) Nomes
Sábado é dia de Breno Raigorodsky que hoje não nos deu o prazer de sua prosa por motivos alheios à sua vontade. Sem plano B nas mãos, desde que voltei de viagem ainda não consegui adiantar nada, me lembrei de tecer alguns comentários e publicar umas imagens de alguns lugares diferentes em Portugal no sentido de mostrar as diferenças de culturas e, até certo ponto, alegrar um pouco o dia de hoje, assim como dos estranhos nomes de vinho português. Coisas to tipo; Terras do Demo, Bastardo, Óbvio, Diga?, Pasmados, Malhadinha, Incógnito, HDL (sugestivo não?), Pinote, Inevitável, Desigual, Porta Velha, Pó de Poeira, Poeira, Corpus, Abandonado, Anta da Serra, Cabeça de Burro, Vinha do Putto, Estopa, Volúpia, Audaz, Três Bagos, .Com e Egoísta entre muito outros. Ao pesquisar dei de cara com este artigo muito bem escrito por Luiz Carlos Zanoni para o Paraná On Line com o titulo “Piada, Brochon & Cia” que, por sua qualidade, repico aqui abaixo. Se quiser ler a matéria completa clique no link acima.
“Bons vinhos dispensam nomes e rótulos, dizia Shakespeare, numa era pré-supermercados. Hoje as opções são milhares, mais de cem mil a cada safra somando o que Europa e Novo Mundo produzem. Imagine a confusão se cada um não trouxesse, direitinho, seus registros. E há o marketing, tudo o que se investe em torno das marcas. O consumidor compra e bebe o kit inteiro.
Nomes valem ouro, justificando o esmero das vinícolas na hora de escolhê-los e de definir o visual da etiqueta.Aliás, nesse quesito do visual o Mouton-Rothschild, famoso primeiro cru de Bordeaux, vence fácil. Desde 1924 encomenda a pintores renomados a ilustração dos rótulos, colecionando assinaturas como as de Picasso, Miro, Matisse, Dali, Kandinsky, Warohl e Braque.
Em exotismo – e qualidade poucos superam os franceses. Veja o cru bourgeois do Medoc: Château Brochon. Em português parece piada, palavra que designa, por sinal, outro cru da mesma região, o Château Piada (pronuncia-se piadá), um vinho que exige ser levado a sério. E tem o Château Chupín e o Barateau (baratô), que não é uma proposta de preço baixo, mas nome de família, como Figeac, Lafite, Estournel, Rousseau, Guigal, Dujac e milhares de outros.
No Chile e Argentina o uso do nome de família é quase norma entre as bodegas: Catena, Concha y Toro, Bianchi, De Martino, Lagarde, Villlard e por aí vai. As vinícolas homenageiam o patriarca da casa atribuindo-lhe o rótulo principal. Sempre que topar com vinhos com nome e sobrenome, tipo Felipe Rutini, Enzo Bianchi ou Nicola Catena Zapata, fique certo que são os melhores e mais caros. A nova geração de vinicultores desses países está, porém, esnobando a parentela em favor de títulos mais inspirados, como Val de Flores, Brioso, Quimera, Anúbis, Bramare. Mas, nessa onda, dois chilenos que acabam de chegar soam estranho: o Syrah Vagabundo 2001 e o Syrah Reserva Vagabundo 2002. Faltou idéia? Sobrou sinceridade? Curioso, também, esse Fúria Chardonnay.
Os portugueses atacam de Chocapalha, Quinta da Bichinha, Bridão, Judia, Barão De Nelas, Pellada, Rota dos Móveis, Fragulho, Bago Louro, Quinta do Cachão, Fontanário dos Pegões e, acredite, Monte dos Cabaços. Muito conceituado o Pera Manca.
João Filipe,
Legal a sua pesquisa. O Syrah Chileno “Vagabundo” é da Viña Gracia de Chile. Antes era da Grand Vin e agora está na rede Wal Mart. Outra vinícola interessante é a neozelandeza “Te Mata” da Mistral cujos vinhos até agora não mataram ninguém, assim como não achei “vagabundo” o syrah chileno, que já chegou a ser premiado com prata no “Japan Wine Challenge de 2006 (safra 2005)”.
Forte abraço
Jeriel
Oi Jeriel, a césar o que é de césar, na verdade o gostoso artigo é do Luiz Carlos Zanoni e concordo contigo, o tal do “vagabundo” não é nada ruim e de vagal não tem é nada. Muito legal tua lembrança do “Te Mata”, Boa!
Gostaria de sugestões para colocar o nome em um vinho
foi feito em Vinhedo com uvas de Loveira estamos cursando curso de Quimica poderia ter algo em comun com estas caracteristicas agradecido!
Alguns dos amigos tem alguma sugestão? Eu vou de Alquimia e se optarem por este, os royalties são duas garrafas (rsrs).
Gostaria de aprender mais sobre vinhos, so apenas adimirador mas queria entender mmuito mais
ola me chamo joao vitor bom não sei muito sobre vinho mais amo muito tenho meus avositalianos moro em nova friburgo quero muito fazer vinho ja tenho um pouco de alguns materias mais quero saber como posso conseguir algumas das melhores uvas para fazer obrigado
Olá João Vitor, desculpa mas não tenho como te ajudar nessa. Sugiro pesquisar por aí na região.
Bom dia
gostara de conhecer mais sobre vinhos suaves rose e secos como cabernet e merlot.
obrigada
Claudia, sugiro pesquisar aqui e na rede, depois provar bastante. A melhor forma de aprender é investir num saca-rolha! rs