CVR Lisboa – Nasce A Região Vitivinícola Lisboa
Portugal passa por uma reformulação nas denominações produtoras de vinho. Dentro desse contexto, neste último dia 24 de Abril, nasce a REGIÃO VITIVINÍCOLA DE LISBOA, nova no nome, porém de grande tradição histórica na produção de vinhos finos. Com a publicação da portaria nº 426/2009 de 23 de Abril, o Governo, através do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, acaba de criar a Indicação Geográfica “Lisboa”, agregando nesta denominação todos os vinhos produzidos e certificados na região, substituindo desta forma a designação Vinho Regional Estremadura.
De acordo com informe obtido da CVR Lisboa (Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa) “trata-se de uma região com uma forte tradição vinícola e que agrega alguns dos DOCs mais reconhecidos nacional e internacionalmente, entre os quais “Colares”, “Bucelas”, “Carcavelos”, “Óbidos”, “Alenquer”, “Arruda dos Vinhos”, “Encostas D’Aire” e “Torres Vedras”, para além do vinho regional Lisboa. A nova Região de Vinhos de Lisboa abrange uma área de vinha de 30 mil hectares, produzindo cerca de 20 milhões de garrafas de vinho certificadas, além de Aguardente, Espumante de Qualidade e vinhos generosos.
O Vinho da Região de Lisboa tem vindo a registar um sucessivo incremento no volume comercializado, nomeadamente para os mercados externos, com uma quota superior a 45% do total certificado e tendo como principais destinos Angola, Bélgica, Reino Unido, Escandinávia, Canadá, Estados Unidos da América, Austrália, Noruega, Alemanha e Brasil. Aquela que era a mais premiada região de vinhos nacional, tem agora uma denominação que permitirá uma promoção interna e externa mais consistente, ao mesmo tempo que dará o devido relevo a esta região de excelência.
A Região de Vinhos de Lisboa abrangerá a totalidade do Distrito de Lisboa, com excepção do concelho da Azambuja, o concelho de Ourém, e os seguintes concelhos do Distrito de Leiria: Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Pombal (com excepção de quatro freguesias), Porto de Mós e Caldas da Rainha. A alteração da indicação geográfica de Estremadura para Lisboa justifica-se no contexto de reorganização institucional do sector vitivinicola e surge após estudos levados a cabo e que concluiram que a utilização de “LISBOA”, enquanto cidade da região de produção seria a indicação geográfica com maior valia, tendo em consideração fatores positivos, nomeadamente para os mercados externos, pelo facto de possuir mais notoriedade, mais fácil leitura e melhor referência quanto à sua localização.” Evitando-se, também, qualquer potencial confusão com os irmão espanhóis da Extremadura.
A Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) com link permanente listado na seção de links de Portugal, aqui no lado direito da página, é a entidade responsável por toda a certificação de vinhos produzidos na Região. Entre uns mais conhecidos e outros menos, gente como a Quinta da Cortezia, Chocapalha, Casa Santos Lima, Quinta do Gradil, Quinta do Monte D’Oiro, de Pancas, Fundação Oriente (Colares), Adega do Cadaval (foto do lado).
Habituados que estamos aos tradicionais vinhos do Douro e Alentejo, pouco se tem falado das outras regiões em pleno crescimento como as, também tradicionais Bairrada, Dão, Setubal (Sado) e Minho (Vinho Verde), muito menos da Estremadura, Alenquer, Ribatejo, Trás-os-Montes, Beiras, Madeira, etc.. Pois bem, agora com esta reformulação de indicações geográficas para botar ordem na casa e disciplinar o rápido desenvolvimento da industria vitivinícola em Portugal que cresce a passos largos não só quantativamente, mas especialmente no aspecto qualitativo e de diversidade, que é o que mais nos interessa como consumidores, certamente teremos mais investimentos e, consequentemente, mais informação e vinhos a provar. Ótimas noticias e fiquemos de olho nos vinhos da CVR Lisboa. Eu que nasci curioso e ansioso, não vejo a hora de mergulhar um pouco mais nessa região! O que garimpar compartilho com os amigos. Por enquanto fique conhecendo melhor a região vendo no mapa abaixo como ficou sub-dividida a região.
Alguns bons rótulos a conhecer; Prova Régia Arinto (branco), Confraria Branco Leve (um vinho tipico desta região com baixos teores alcoólicos), Morgado de Sta. Catherina Reserva (branco maravilhoso), Fonte das Moças, Quinta da Cortezia Touriga Nacional, Palha Canas Reserva, Quinta de Pancas Grande Escolha e o divino Quinta do Monte d’Oiro entre diversos outros a garimpar.
Salute e kanimambo