Petrus – Esse Vinho!
Esta semana já recomendei e falei sobre diversos vinhos, mas hoje quero falar de algo que transcende nossa vinosfera, porém sem perder o contato com o doce néctar. Quero falar de vinhos e paixão. Paixão por eles, devido a eles e através deles, pois nos abrem o espírito e a alma possibilitando que derrubemos muralhas e ultrapassemos obstáculos, deixando-nos viver em total êxtase, marcando-nos a memória e o coração enquanto nos despoja de preconceitos falsos e hipócritas despertando em nós os instintos mais puros para que possamos experimentar momentos únicos de grande intensidade e emoção. Como bem diz a jovem escritora e poetisa gaúcha Carolina Salcides, “Para uma vida melhor; poesia, vinho e companhia. Porque a poesia tem que estar na alma, uma boa companhia sempre ao nosso lado e o vinho, ah, esse é sempre indispensável”.
Até hoje, em minha formação enófila, sigo perseguindo novos sabores e aromas capazes de mexer com minhas emoções, ainda esta semana vários o fizeram, porém de olho naqueles que fizeram a fama de nossa Vinosfera. Coisas como os vinhos Tokay, Romanée-Conti, Echezaux e outros grandes borgonhas, um Chateau d’Yquem ou os conceituadíssimos Chateaux Latour, Cheval-Blanc e Chateau Margaux entre muitos outros ícones de nossa vinosfera espalhados pelos cinco continentes. Alguns provei, outros não. Uns por pura falta de oportunidade e outros por falta de grana mesmo, mas imagino que sejam realmente espetaculares e dignos de toda a fama que os cercam, verdadeiras chaves para o desabrochar de todos os nossos sentidos tocando-nos na alma, elixires de reflexão elegidos Deuses de nosso Olimpo enófilo (isso existe?!).
Um desses ícones de nossa vinosfera é o Petrus, a quem nem a rolha cheirei quanto mais um gole tomei, porém ainda tenho tempo e guardo esperança. Uma amiga, no entanto, já teve esse privilégio e, movida pelo despertar da paixão, escreveu este poema que publico abaixo. Após lê-lo me deu uma vontade danada de umas taças de Petrus!
Esse Vinho
Que me interessa a mim ,
O que dizem os outros,
Não quero saber,
O que pensam ,
Não me importa
Porque os seus pensamentos,
Não são os meus.
Os teus,
Esses sim,
Queria eu saber,
Por onde andas
Queria eu andar,
Onde estás
Queria eu estar,
Fecho os olhos e vejo-te…
Toco na tua boca,
Com a ponta dos meus dedos
E,
Bebes do copo por onde bebi,
Sinto a impressão que percorre a pele
Num ritual infinito,
Como o vinho que bebemos e nos embriaga os sentidos.
Ouço o meu coração falar
Dizer-me,
O queria que me dissesses,
O que queria ouvir de ti
Tenho saudades do teu peito
Tenho saudades do teu corpo
Das tuas mãos no meu.
Tenho saudades de ti
No meu leito.
Tenho saudades desse vinho
E
De todo o teu deleite.
O poema está registrado no IGAC (Inspeção Geral das Actividades Culturais) em Portugal e devidamente protegido por direitos autorais. Qualquer publicação somente com autorização da autora.
Para finalizar mais uma da Carolina “ Beber ou fazer amor? Beber e fazer amor. Ambos são instantes de total entrega. Não se ama mais ou menos como não se bebe vinho mais ou menos! Entregue-se aos dois por inteira” Ah, essas mulheres, essas mulheres, enorme sensibilidade que, como o vinho, também nos viram a cabeça. Como diz Henrique Pedro em seu poema “A Mulher e o Vinho” – Por isso vida de homem é provação, a mulher e o vinho seu agasalho que se bem amados levam à salvação. E dá-lhe Petrus, abençoado caldo que ainda haverei de tomar!
Salute e kanimambo
Petrus , que te quero Petrus ……….de novo!!!
De quando fui presenteado com este maravilhoso vinho…..eu em minha santa ignorancia….mais que depressa o preparei ……abri e o tomei ….assim com muita simplicidade .naturalidade ……mas só depois que não sei o porque busquei informação do “tal” …….o que lamento “PROFUNDAMENTE” por não ter dado o valor merecido….e de como eu o tomei…dizem que se arrependimento matasse …….annnnnnh meus amigos …..
mas claro que mesmo em minha ridicula ignorancia …….tambem soube aprecia-lo com esmero…..prazer…..com a paixão que tenho por vinho, ao mesmo tempo elogiando-o sem nem ao menos saber o que de fato estava tomando…..
Ao meu “Amigo recente” Osmar da produtora Muqueca Filmes , fica aqui meu pedido de desculpas pelo não apreço devido! e desejo retribui-lo com algo tão precioso e primoroso quanto!
Abs. J.C.Sant´Ana
Esta é mais uma das historias que deve ser incluida( e não me envergonho) nesta saga dos vinicultores