Sucesso! Nota Dez para o Encontro de Vinhos
Sei, o Dicas da Semana deveria estar sendo publicado hoje, mas nesta semana, excepcionalmente, ficará para amanhã. Hoje tenho que tirar o chapéu para os amigos e colegas blogueiros, Beto Duarte (Papo de Vinhos) e Daniel Perches (Vinhos de Corte) que deram um show com o Encontro de Vinhos realizado nesta última Quinta-feira no hotel San Raphael no centro da cidade. Show de bola e só uma pena que ele tenha ocorrido logo após o Decanter Wine Show, pois o acumulo etílico foi “demasiado mucho” por mais que tenha cuspido!
Para começar, foi composta uma banca de cerca de 18 degustadores que provaram às cegas 23 rótulos de vinhos tranqüilos e um espumante, com o intuito de eleger os TOP 5 do evento. Na disputa, diversos rótulos enviados por seus importadores / produtores das mais variadas origens e faixas de preço.
Tinha vinho de mais de R$300 nessa disputa e a grande surpresa da prova foi o fato de o ganhador ter sido um vinho de meros R$49! Vejam só a cara de alegria incontida na cara do amigo Rogério, sócio-diretor da Ravin e responsável por nos trazer esse achado. Por sinal, já tinha comentado este rótulo há pouco mais de 60 dias neste post. e desta vez dei-lhe uma nota cima de 90 pontos, o que não é normal de minha parte, tendo sido também a minha melhor nota do dia.
Os TOP 5 constam da foto acima e fiquei especialmente feliz por ver o Pezzi King Zinfandel trazido pela Wine Lovers, da Catia Betta que segura a garrafa na foto abaixo demonstrando seu orgulho pelo prêmio obtido ao pegar o segundo posto com míseros 0,05 pontos do primeiro no que se poderia chamar de um empate técnico! Este vinho já fez parte de um de meus Desafios de Vinho tendo supreendido a todos ao levantar o caneco de melhor vinho da prova realizada em Setembro de 2009, resultado este que você pode conferir clicando aqui. Um belo vinho que recomendo aos amigos procurando um bom representante californiano dessa cepa.
Bem os TOP 5 escolhidos pela banca degustadora, repito, ás cegas, você já viu, agora eis os meus; Veja Sauco Crianza / Pezzi King Zinfandel / Bem bi Bré /Quinta do Vale Dona Maria e Naira Malbec. Para se entender o equilíbrio daí para baixo, nada menos que quatro rótulos empatados em sexto lugar com 85 pontos – Vero Tempus Alba, Simonsig Tiara, Bianchi Cabernet Sauvignon e o Innominabile dos amigos Villaggio Grando de Santa Catarina.
Depois da prova, muito papo e pouco vinho na taça porém dois deixaram marcas. O Incrível Sassicaia, um grandíssimo vinho que o Rogério da Ravin abriu para celebrar sua vitória e o Ballena Tannat/Viognier um uruguaio, trazido pela D’Olivino, que não conhecia e me seduziu! Ficam aqui os meus agradecimentos aos amigos Beto e Daniel e mais uma vez os meus parabéns. É uma vitória deles, o sucesso e repercussão foram ótimos, que nós blogueiros comemoramos juntos pois serve para mostrar nossa representatividade nesse universo do vinho.
Salute e kanimambo
João, nós que agradecemos a sua participação. Que bom que gostou. Você ficou bem de chapéu! :))
Abraços
Daniel
Pena que o Sassicaia, anunciado no blog do evento, ficou escondido embaixo do balção…. Achei deselegante e decidi não provar os vinhos da Ravin. Na feira da Mistral, por exemplo, pude conversar com o Pallari (Castello di Ama) e com o Prats (COS-D’ESTOURNEL), provando seus grandes vinhos, sem qualquer afetação. Além disso, o salão estava quente para um evento de vinhos e sem estrutura ou limpeza, já que os “cuspidores” estavam sempre cheios, o que prejudicou sobremaneira as degustações. Faltou, enfim, organização.
Valeu João!!!
Voces que deram força ao evento. Sobre o Sassicaia, o Rogério disse que abriria uma garrafa e realmente abriu. Não abriu escondido, fez um auê danado e quem estava por perto provou. Em nenhum momento ficou em baixo do balcão. Abriu, decantou e acabou. Tenho as fotos do momento no blog. Abriu na frente de todo mundo!
Abraços
Beto
Beto, parabéns pelo esforço, mas ainda assim mantenho minha opinião. Presenciei o Rogério servindo o vinho para alguns poucos amigos, escondido que estava atrás da mesa. O fato é que faltou organização e sobrou oba oba. Fiquei com pena dos demais expositores. Até a elegante Catia Betta, da Wine Lovers, carregou um dos ‘cuspidores’ lotado até o banheiro. Pergunte para o Pagliari o que ele achou da organização e se conseguiu degustar alguma coisa. Não é a toa que ficou pouco no evento. Tomadas as devidas proporções, a feira parecia a Expovinis que aconteceu na Bienal. Vinhos sem expressão para o público em geral, expositores angustiados e muitos bêbados, enfim, uma decepção completa.
Caros José Luiz e Beto,
Desculpem se vou entrar onde não sou chamado, principalmente pelo fato de que, na verdade, nem participei do evento, mas entendo perfeitamente o sentimento de decepção e “revolta” do José Luiz. Isso posto, me solidarizo com ele porque sei do constrangimento por já ter acontecido algo parecido comigo…
Se era só para os “chegados” que não levasse o vinho ou o fizesse em um evento só dele com os escolhidos à dedo. Cuspidores cheios??? Nojento e sem necessidade. Nada que uma boa organização (não tinham ajudantes ou mesmo garçons no lugar?) não pudesse resolver.
Ou você faz algo com planejamento e que, no mínimo, seja atencioso a TODOS os convivas, ou não faz. Poupa-se o vexame e o descontentamento.
Abraço!
Ricardo.
Devo discordar do José Luiz.
Achei que o evento teve um propósito inicial muito incentivador em ”ser popular” , não é essa a ideia? Tornar o vinho popular nesse país?
1. Não se pode agradar a todos,mas desde que se tenha a intenção já é um prêmio participar de algo assim. E,
2. Não se utiliza de único parâmetro para julgar e não acho que prender-se a padrão deva seguir com opinião muito justa do que sempre lutamos para ser inovador .
E,por fim é tentando que se chega lá e é errando que se acerta.
Achei mais do que critico o caro JoséLuis vejo que é um observador profundo de angustias também …
Já Ricardo Leite muito ”solidário” , porém ao pensar no objetivo de se comentar, não sei se a critica pode ser levada a sério, não esteve lá.
A vontade de criticar é tudo!!!Mas precisa estar …
( http://mundusvinus.blogspot.com/2010/08/posts.html )
O que faltou ao evento – e que motivou minha opinião – foi justamente e postura não popular da Ravin, que serviu o anunciado Sassicaia apenas e tão somente para alguns poucos e bons, ao contrário do que ocorre em eventos do gênero, como os encontros da Mistral, da Vinci, da Decanter e na Renaissance des A.O.C, para citar apenas alguns. Além disso, popular não pode ser confundido com desrespeito e desorganização, que prejudica os expositores e o público. Não se trata de uma simples vontade de criticar, mas da livre expressão de uma opinião, de um consumidor que esteve presente e que não era amigo de ninguém. Ressalto que fiz este comentário porque o texto do João, sempre tão cordial, dá a impressão de que o evento foi uma maravilha, o que não é verdade.
Encerrando, nota 10 para um evento tão desorganizado me pareceu meio força-barra e afastou a credibilidade que tinha no falando de vinhos.
Texto , blog e João cordialissímo! Sim!!!Sempre até então.
Equilibrio,talvez seja a palavra.
Gosto da tua opinião, gosto de opiniões.
Mas gosto mais ainda na opinião é do formato , é de como ela nasce e expõe-se !
Por trás de opinião sempre tem algo há mais, que não só ela.
-E o oque será?
Por certo que eu também não sou amiga de ninguem e descubro mais que ninguem é meu amigo, enfim, tendo isso válidade ou não , ressalto que opiniões tem de características bem abertas …
NáJung,
Acho que me fiz entender errado… Repito, pois: não critiquei o evento. Nem tinha como, pelo simples motivo de que nem lá estive!! ; )
Critico, sim, a falta de organização mínima e a postura adotada pela Ravin SEGUNDO RELATO REITERADO do José Luiz. Ou seja: QUALQUER evento desse tipo deve pautar, antes, por planejamento e respeito à todos. Sem exceções. Simples assim.
Já passei por situações semelhantes (como expositor bem como convidado) e sei perfeitamente o constrangimento que é… Daí minha solidariedade e concordância com os escritos do José.
Agora, se para ser solidário à alguém ou ideia é preciso “estar”… Discordo, mas respeito.
A vontade de criticar NÃO é tudo!! Nem mesmo boas intenções. De boas intenções o Inferno está lotado…
Acho que o número expressivo de expositores teve seu apoio logístico necessa´rio, e haveria mesmo de ter para que os organizadores não perdessem a confiança dos mesmos para um próximo, e ” a coisa cresceu ” …
E tudo que cresce, cresce!!!
Não vejo um evento que não sofra com opiniões adversas, pois foi sim de fato um sucesso, e muitas presenças então só tinha de ser assim!!!
Finalizo.
A credibiliadade do João é tão inabalável, que ele abre este espaço democrático para as opiniões tão diferentes. Ele teve opinião diferente da sua só isso. Os eventos que voce citou são bem mais caros (180 reais o da Decanter e mais que isso o da Mistral), os vinhos são fornecidos pelos produtores, não pelos importadores no caso da Ravin. Sobre os outros pontos, vamos investigar para tomarmos providencias nas proximas edições.
Abraços
Beto Duarte
Ricardo!!!
Desculpe -me ,será que te compreendi mal? Mas ate onde tu finalizas : …”porque sei do constrangimento por já ter acontecido algo parecido comigo…”
Então estou de acordo, para ser solidário não é mesmo preciso ”estar” .
Já é discrepante ao ”meu entender” contudo o teu próximo parágrafo !
Parecia mesmo que tivesse estado lá .
Bem, deixei rolar solto porque, como Beto disse, sou bastante democrático e respeito a opinião de todos até ao momento em que um coloque em risco a liberdade de expressão do outro e, de alguma forma, coloque em cheque a idoneidade e credibilidade de alguém. Aí eu traço uma linha e coloco um ponto final na discussão porque civilidade e respeito são coisas das quais não abro mão. No entanto, por uma questão de respeito a meu leitor, gostaria de comentar meu post para que não pairem duvidas sobre o que aqui escrevi.
Primeiro, Nota Dez é uma forma de expressão usada no sentido figurativo e como tal deve ser entendido. Isto não quer dizer que não ocorreram erros e, por principio, não dou nota dez para nada nem para ninguém, pois acredito que sempre há espaço para melhora em tudo o que fazemos. Com essa chamada pretendi elogiar um evento promovido por blogueiros que não são profissionais do ramo, não vivem disso, tiveram que compartilhar seus afazeres profissionais com a organização do evento e sequer equipe de apoio possuem, porém conseguiram fazer um evento que superou expectativas ao ponto do local ter ficado pequeno tanto para expositores como para a quantidade de visitantes que por lá apareceram gerando, eventualmente, alguns atropelos e inconvenientes. Daí a crucificar os promotores, me parece excessivo.
Segundo, pergunte ao Adolar e ao Ciro como foram suas primeiras feiras?
Terceiro, como o Beto bem disse, os formatos são diferentes e não dá para comparar alhos com bugalhos, como se diz lá na minha terra. Mesmo assim, o Decanter Wine Show custou ao enófilo que lá foi, R$180,00 e o evento da Mistral mais de R$300,00 mais R$30 de estacionamento, enquanto este ficou em cinquentinha mais dez de estacionamento e ainda tinha uma massinha para forrar o estômago. A execução de ambos (Mistral/Decanter) foi quase perfeita e vale o que cobram, porém dizer que por ali também não há garrafas por baixo da mesa que só vão parar em taças seguradas por gente especial é ingenuidade. Existe e é prática comum na grande maioria dos eventos tanto aqui como lá fora. Aqui você viu e escutou da existência de um Sassicaia, lá nem isso e não os critico pois também faz parte do jogo.
Quarto, pode-se reclamar que o Rogério “só” abriu uma garrafa de Sassicaia, que me parece o maior problema aqui colocado, mas a R$1100, que é o valor aproximado dessa preciosidade, e sem bonificação por parte do produtor, convenhamos que é exigir demais. Eu, por exemplo, quase que o perco, peguei o finalzinho do decanter, porque estava ocupado demais vendo outras coisas e conversando com outras pessoas. Não fosse um amigo me chamar e bau-bau! Lamentaria sim, mas daí a jogar pedra vai uma enorme distância.
Não estou aqui para defender ninguém e deixei rolar não me manifestando até ter a minha credibilidade colocada sob suspeita de forma publica, fato que realmente me incomodou, não precisava. Acredito que criticas construtivas são válidas e servem para que cresçamos e melhoremos, este blog está aberto a isso. Ninguém precisa concordar com o que escrevo e, de forma respeitosa, estou aberto ao diálogo respeitando opiniões contrárias mesmo que delas discorde, por isso só posso lamentar o caminho que esta discussão tomou, pois acho que deixou de ser construtiva. A critica em si não incomoda, a forma sim!
Sigo tirando meu chapéu para os amigos Beto e Daniel, sim são amigos, e espero que sigam fazendo mais eventos destes e cada vez melhores corrigindo eventuais erros que aparecerão no processo. Haverá gente que gosta e gente que não, isso faz parte do jogo, mas enquanto o evento continuar lotando é porque o caminho está certo. Precisamos sim de eventos alternativos, até para dar espaço aos importadores menores que vêm aparecendo e trazendo rótulos muito interessantes, para que possamos garimpar novos sabores a preços que caibam em nossos bolsos como o Ballena, o Pezzi King e o próprio Vega Sauco que faturou a prova às cegas.
Caro João,
Mais uma vez, você dá uma verdadeira aula de como expor opiniões e justifica, pelos seus escritos, o porquê segue sendo o blogueiro que mais respeito nesta vinosfera virtual.
Além disso, folgo em saber que dá espaço à ideias divergentes (eu, por exemplo, não acredito na ideia de que toda crítica deva ser, per si, construtiva. Acredito que toda crítica é um dedo na ferida. A “construtividade” depende mais de quem ouve e do quem critica. Enfim…) e mais uma vez, ratifico aqui que não foi minha intenção polemizar ou criar qualquer tipo de animosidade; senão apenas expor minha opinião dado o relato de uma pessoa que esteve no evento e com quem me “identifiquei” dado o fato que já passei por situações parecidas tanto como expositor quanto convidado.
Devo dizer que concordo plenamente quando diz que não podemos comparar alhos com bugalhos, mas discordo quando menciona que outros afazeres – dos organizadores – seria explicação (explica, mas não justifica) para desorganização em quesitos básicos. De qualquer forma, pelo público que lotou o evento, que esses atropelos e problemas citados pelo José sirvam, construtivamente, para que as próximas iniciativas do Beto e do Daniel sejam cada vez melhores (são meus sinceros votos!). : )
Em tempo: uma coisa é inferir que é prática comum em eventos a “degustação dirigida de garrafas VIP’s” e outra, bem diferente, é concordar com a prática. Eu sou contra e acho desnecessário e delegante.
Ricardo sem problemas cara, tua opinião está clara e dentro dos conformes. Polemizar não é ruim não, só acho que há formas e formas tendo havido exageros neste pequeno e acalorado forum. Animosidade sua nem me passou pela cabeça, fique tranquilo sua opinião é válida. Não quis com o que expus, justificar nada, porém quando vamos participar de algo temos que saber o que é e nesta caso conseguiram fazer, na minha humilde opinião, um evento alto astral, correto, informal e gostoso apesar de eventuais e pontuais deslizes. Creio que estamos vendo algo muito legal nascendo aqui e espero que o Beto e o Dani consigam transformar o evento em um marco no calendário anual de eventos vínicos em São Paulo e região, mas quem não errou em seu começo de atividades? Quem nunca teve que sair atrás da cerva que acabou numa festa? Erros acontecem, podem até não ser justificáveis, mas se explicam e servem como base para melhorias.
João,
Justamente por sua credibilidade e isenção é que me espantei pela dissociação entre o título da matéria e o evento que participei. Quanto aos demais pontos, creio que os organizadores, no próximo evento, prestarão mais atenção às propagandas que fazem, bem como à organização e limpeza, que foi, ao contrário do que lhe pareceu, o que mais me incomodou. Já tomei o Sassicaia na Itália e trouxe algumas garrafas na mala. Não queria prová-lo na feira, mas fiquei incomodado com a postura da Ravin e a propaganda feita no blog do evento. Triste mesmo foi ver todos os cuspidores cheios até a boca… Que os erros que constatei sirvam para melhorar o evento no futuro, em respeito aos consumidores e principalmente aos pequenos expositores.
Abraços!