No Caminho do Berardo uma Cova da Ursa
É meus amigos, faz alguns poucos dias estive presente numa apresentação de vinhos portugueses o que, para mim, é sempre um motivo de grande alegria, Desta feita o convite veio da Portuscale através da amiga e competente assessora de imprensa Denise Cavalcante, para darmos uma volta pelo bom portfólio da Quinta da Bacalhôa e em especial do mais novo lançamento o Berardo Reserva Familiar. Presentes, a alta direção da empresa e o homem por detrás do produto, o comendador José Berardo, ou Joe Berardo como é mais conhecido desde o tempo que passou na África do Sul, que dá o nome ao vinho.
Falar da Quinta da Bacalhôa é chover no molhado pois seus vinhos são quase todos de amplo conhecimento dos enófilos de plantão e seu Quinta da Bacalhôa tinto é certamente um dos se não o melhor Cabernet Sauvignon de Portugal, estando na elite dos vinhos portugueses. No ano passado até dei umas voltas por lá tendo comentado minha visita aqui no blog e, em Fevereiro deste ano tive a oportunidade de conhecer o incrível jardim budista (semana que vem publico um slide show com algumas das fotos tiradas) criado pelo comendador na Quinta de Loridos, próximo ao Cadaval e Òbidos na região Lisboa, uma visita inesquecível com estátuas gigantescas.
Bem, mas falar de Quinta de Bacalhôa é falar de vinhos e sempre gosto de mencionar os meus preferidos entre seu bom portfólio são os menos midiáticos; SÓ Touriga, Meia Pipa e o incrível Moscatel de Setúbal Roxo 1998 que já comentei aqui e que é de lamber os beiços! Hoje anexei mais dois vinhos a esta lista de preferidos. O Berardo Reserva Familiar 2007, elaborado com Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot e duas castas portuguesas que o comendador declinou de mencionar mas tenho quase que certeza de que pelo menos uma delas é a Touriga Nacional. Um vinho bastante rico e surpreendentemente pronto para um rótulo deste porte e ainda tão jovem. Boa estrutura, complexo, um vinho que enche a boca de prazer e faz-nos pedir mais.
No caminho do Berardo, no entanto, não tinha uma pedra, tinha um Cova da Ursa, a grande surpresa da noite para mim, o vinho da noite até pelo inesperado! Um belo Chardonnay amadeirado no ponto, cremoso e de muita personalidade mostrando que os brancos portugueses estão realmente num patamar de qualidade entusiasmante. O problema é que como mercado não é de brancos, estes pouco têm destaque na mídia e para comprar um vinho desses por cerca de R$100 tem que conhecer. Agora, é certamente um vinho para colocar ás cegas em uma prova e vê-lo detonar nomes bem mais conhecidos de franceses a chilenos, um grande vinho que deixou marcas e vontade de comprar uma garrafas para ter em casa!
Bem, por hoje é só e semana que vem termino meus comentários sobre o painel de espumantes de preço módico. Um bom fim de semana para todos, salute e kanimambo
Olá João Felipe… sou uma iniciante nessa descoberta dos vinhos. Outro dia (acho q há menos de duas semanas) conheci seu blog, até te perguntei algo sobre taças. Aproveitei e peguei informações sobre marcas, regiões produtoras, vinhos comentados, etc, a fim de não ficar tão perdida em frente as prateleiras… e bem que ajudou.. Agora só falta começar a provar! rs
Bem.. em algum de seus posts vi vc elogiando um vinho português dão (nem lembro se é uma região ou se é algum produtor), o fato é que hoje comprei um, o Quinta de Cabriz colheita selecionada (2005), no valor de 35,90. O que vc poderia me dizer dele? Tinha tb a opção pela safra de 2004, mas tive a impressão de ter lido algo bom sobre 2005, errei?? Bem.. vc já provou, gosta dele, já tá bom pra abrir ou espero quanto tempo???
Enfim..
ahh.. e muito obrigada pela resposta anterior sobre as taças.. hj encontrei numa loja algumas das marcas recomendas no teu post.. havia a spiegelau, luminarc e bohemia.
só pra complementar o primeiro comentário.. prometo não poluir mais teu blog..rsrs.. esqueci de mencionar as uvas: Alfrocheiro, Tinta Roriz, Touriga Nacional. Té!
Oi Brenda. Dão é uma região demarcada e esse vinho comprado, que vendo na loja por R$27,00 (compraste caro, rs) é um vinho gostoso, fácil de beber e está mais do que no ponto e melhor seria comprar um 2007 ou 8 pois é um vinho para ser tomado jovem. Os vinhos de gama de entrada, de colheita selecionada não tem nada, devem sempre ser tomados entre dois a três anos pois não foram concebidos para envelhecer então tome logo essa garrafa e espero que ainda esteja boa.
Salute
Ah, o blend dessas três cepas é tradicional da região.
Foi pena, João, que não tomasses o pulso aos Quinta das Baceladas (Bairrada) e ao Quinta da Garrida (Dão, da minha terra e um pouco da tua também 😉 ), também agora sobre a mão da Joe Berardo, já que ele é, também, o pratão das Caves Aliança.
Nos moscatéis, se te tivessem metido nas mãos os roxos, aí é que ias ver o que era bom. ehehe
Outra curiosidade que partilho contigo, meu amigo, é sobre o Cova de Ursa. Faz algum tempo, para aí 4 anos, que bebi um Cova de Ursa de 1989 que estava lindo e que ainda não esqueci.
De qualquer maneira foi uma boa prova e provaste um vinho que vai ser difícil que passe nas minhas beiças(eheheh), o Berardo Reserva Familiar 2007. Deve custar uma pipa de massa.
Um forte abraço
Rui
Olá Rui, que bom te ouvir, ler sei lá! Meu filho estará aí por essas bandas em Dezembro e passará para pegar meus tesouros, mas sobre isso falamos em separado. Nem sei quanto eles pedem pelo Berardo que achei muito bom, mas o Cova da Ursa me deixou marcas mais profundas pois foi o que surpreendeu! Grande vinho assim como o Roxo 97 que tomei há um ano atrás e insiste em me aparecer nos sonhos! rs
Forte abraço meu amigo, saudades.
Então Felipe,
Moro em Fortaleza/Ce. Percebi consultando os blogs que os vinhos por aqui, infelizmente, são bem mais caros do que nos outros Estados. As lojas com mais opções, pelo menos as que conheço, são as lojas do Pão de Açúcar e o free shop do Parque Recreio (ligada a um restaurante.. não se existe em outros estados), esta última ainda tem menos opções que a primeira. Acredito não haver na cidade melhores opções que essas. O jeito é comprar mais caro mesmo.. =~~
Obrigada novamente,
abraços.
João, enviei-te um mail.
Um abração
Rui
Caro, João.
Eu tb fiquei lambendo os beiços só de ler a respeito do Moscatel Roxo. Comprarei tão logo puder.
Um dos que tb me atraiu muito foi o Cabernet Sauvignon, que pesquisando, leva 10% de Merlot, correto? Imagino que tb mereça um espaço bem confortável em casa e ótima companhia para apreciá-lo.
Aproveito para parabenizá-lo pela avaliação na Alexa. Não é a toa, pois como tds frequentadores de seu blog já sabem, vc merece.
Abrs!
Oi Fábio, é isso mesmo o Quinta da Bacalhôa, como uma grande parte dos varietais por aí no mercado, não são 100% e este leva algo de Merlot. Grazzie pelos gentis comentários meu amigo.
Grande João,
Achei deste Cova da Ursa a 80 reais em dos clubes de vinhos, penso que a a este preço seja bom, o que você acha?
Abraços desde o Acre
Fernando Sevá
Oi Fernando, por esse preço acho uma boa e se pudesse vender a esse preço na loja, até o teria no portfolio.
Grande João,
O Cova da Ursa foi uma memorável surpresa para mim, em vinhos brancos, tirando alguns “chablis” deixou todos os demais brancos que já provei muito para trás,
Mais uma de suas excelentes indicações.
Abraços desde o Acre
Fernando Sevá
Oi Fernando, pouca gente tem explorado isso, mas os vinhos brancos portugueses estão muito bons. Grainha, Quinta dos Roques Encruzado, Morgado de Sta. Catherina Reserva, Joaquim Madeira e alguns incríveis Alvarinhos como o; Muros Antigos, Soalheiro ou Provam Vinha Antiga são fantásticos. Todavia não são só os grandes vinhos como estes que valem a pena! Muros Antigos Loureiro, Vila Régia, Varanda do Conde, pode colocar todos esses na sua lista! rs
Abs