Conte Sua Estória
ou será História? Enfim, recebi hoje a VINOTICIAS semanal que o Márcio de Oliveira me envia direto de Belo Horizonte. Ao final, esta pérola!
“Poucas semanas antes da fundação da ABS/SP, em setembro de 1989, fui com minha mulher e um casal de amigos a um restaurante chamado Tasting, especializado em vinhos, que acabara de abrir. A carta era boa, indicando as uvas com que eram produzidos os vinhos e outras informações. Havia apenas um pequeno erro (a carta dizia que o Muscadet era produzido com a Chardonnay) e como era algo simples de corrigir resolvi avisá-los. Chamei então o maître, que estava próximo, e perguntei: “Vocês têm sommelier aqui”? Ele respondeu de pronto, sem perder a pose: “Não temos não senhor, mas posso pedir ao chef para preparar” –Ciro Lilla
Que outras pérolas você já ouviu? Compartilhe conosco e não deixe de participar na construção do contra rótulo ideal no post publicado ontem.
Salute, kanimambo e nos vemos por aqui. O espaço também é seu, participe sem moderação!
Boa tarde, sou representante de uma importadora vinhos no estado de Goiás e frequentemente algumas pérolas me chama atenção, a pronúncia incorreta das uvas ja são comuns, mais recentemente me assustei com uma cena onde o garçon não satisfeito com o seu abridor que não estava cortando a cápsula da garrafa de vinho ele pegou uma faca de serra para cortar com maior “facilidade” vendo aquela cena resolvi me candidatar para ajudá – lo, quando mais proximo percebi que a abertura da garrafa era de screw cap. Detalhe ele ja tinha tentado furar a tampa com o espiral do abridor.
Não e um caso de rir, mais foi uma cena engraçada.
12 Junho de 2002, Dia dos Namorados.
Eu e minha namorada (atual esposa) decidimos ir num barzinho descolado de BH (Café Com Letras). Jantar à dois, bebidinhas e depois, tudo o que nossa disposição e imaginação mandasse… Entretanto, sabe aqueles estabelecimentos que acham que contratando universitários para serem atendentes estão “abafando”, serão “descolados”? Pois é. Lá é esse tipo de lugar.
Conversa vai, conversa vem, decidi pedir um vinho. Como minha esposa não gosta de vinho fino (seco), decidi colocar meu gosto de lado e pedir um vinho suave para agradá-la. Detalhe: o vinho estava indicado no menu como sendo SUAVE. O atendente (a casa, obviamente, não tinha sommelier) trouxe o vinho, as taças e mostrou-nos a garrafa. Eu, embalado no clima, confesso que nem reparei detalhes do rótulo, só percebendo que se tratava de um vinho tinto francês e que estava na temperatura ideal (frio).
Taças servidas (na época, eu ainda era ”filhote” em termos de vinho e não tinha adquirido alguns salutares e essenciais hábitos como o de conferir o rótulo e provar o vinho antes do serviço), o atendente sai de cena nos deixando a sós.
Depois de um brinde romântico ambos levamos as taças à boca e… O vinho era demi-sec. A situação inicial foi engraçada porque, como provamos ao mesmo tempo, nos entreolhamos e, ambos, erguemos as sobrancelhas com surpresa. Rimos um pouco da situação, mas rapidinho a piada perdeu a graça pra mim, cliente. Chamei o univer…quer dizer, o atendente e o questionei sobre o vinho uma vez que havia pedido um vinho suave e aquele era um vinho demi-sec ao que o engraçadinho (foi impossível não notar o tom irônico na resposta do camarada acompanhado de um leve sorriso de canto de boca) me saiu com essa pérola: “Senhor, esse é o vinho mais suave disponível na casa”.
Minha esposa percebeu que fiquei visivelmente transtornado com a resposta e visando evitar que eu estragasse nossa noite, disse que por ela estava tudo bem, que o vinho até que estava bom etc e apertou minha mão por debaixo da mesa. Deixei pra lá e dispensei o atendente, mas continuei puto. Daí, lamentei e critiquei à péssima fase e baixa qualidade dos serviços nos restaurantes e bares de BH, que era um absurdo aquele tipo de resposta e bla-blá-blá. Minha esposa, irritada, acabou azedando um pouco mais a situação dizendo que “não adiantava eu reclamar com ela”. Eu disse que não estava reclamando com ela, estava expondo minha indignação. Ela insistiu dizendo que ainda assim, isso não mudaria as coisas e se eu pensava assim, porque ainda insistia em ir nesses lugares… Acrescentando um pouco mais de lenha à fogueira disse que esse era um dos “problemas dela”: sempre colocando panos quentes em tudo, sempre “deixando pra lá”. Aí, a noite desandou de vez e iniciamos uma discussão!! Terminamos rápido o resto da comida que estava nos pratos, deixamos mais da metade do vinho na garrafa e fomos embora emburrados um com o outro…
Resumo da ópera: um vinho demi sec e um mal atendimento foram o estopim pra acabar com nossa noite romântica.
Conselho: CONFIRA SEMPRE o rótulo do vinho que pedir e NUNCA deixe passar batido o mal atendimento! Caso não se sinta bem atendido, com educação, reclame! Não deixe passar batido! Lembre-se: melhor passar por cliente “mala” do que ser mal atendido e ainda ter de pagar por isso!!