Expo Azeite 2012, Estive Por Lá!
Fui entusiasmado mas a sensação foi de que me meti numa furada, talvez até provocado pela meu desconhecimento de causa. De São Paulo a Campinas para visitar uma “Feira de Azeites” no centro da cidade, Instituto Agrônomo, para ver cinco bancadas com três importadores e dois produtores buscando importadores no saguão de entrada do instituto. Três horas de viagem e trinta minutos de feira, isso porque encontrei por lá o amigo Bruno Viana da ABS de Campinas, foi muito pouco. Quem passasse pela região sequer saberia do evento pois não havia uma placa externa que indicasse a existência do mesmo. No canto do mesmo saguão, duas dezenas de cadeiras para cursos rápidos sobre os mistérios do azeite, posteriormente fiquei sabendo que eram cursos de culinária, tudo isso num calor danado enfim, uma boa ideia ( a feira) que, a meu ver, foi mal executada e ficou bem aquém de minhas expectativas!
Aparentemente o concurso esse sim foi bem movimentado com um monte de participantes, mas destes somente vimos uma exposição dos azeites que participaram. Aparentemente, pelo que me foi informado pelos organizadores no comentário abaixo, o congresso foi bem movimentado e um grande sucesso, mas desse não participei, fui pelos azeites e, nesse sentido, me frustrei. Enfim, me disseram que outras edições realizadas em São Paulo, comprovado pelos filmes e fotos de edições anteriores publicado no próprio site da Expoazeites, tiveram outro viés e que a participação de produtores e importadores foi bem maior, quem sabe numa próxima edição minha opinião mude, mas esta, a meu ver, foi uma furada e deixou muito a desejar como “Feira de Azeites”. Aparentemente um acidente de percurso pelo que pude ver das outras edições (filmes e vídeos) que serviram de base para meu interesse da ida a Campinas.
Tendo dito tudo isso, tenho que reconhecer que pelo menos consegui descobrir algo muito interessante nesta minha viajem de descobrimentos pelo misterioso mundo dos azeites que começo a realizar. Descobri uma linha de ótimos azeites uruguaios, uma enorme surpresa porque ainda por cima estes pequenos produtores se situam numa região de que gosto muito, Colonia de Sacramento no sul do país, a uma hora de Buenos Aires pelo Barco-Bus. Fiquemos de olhos abertos e papilas gustativas prontas pois estamos prestes a conhecer uma outra faceta deste simpático país de bons vinhos e povo amistoso. Em breve falarei desses novos azeites que, em tendo o preço adequado, certamente acharão um espaço nas prateleiras da Vino & Sapore.
Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.
Prezado Sr.
Sinto pela suas ásperas palavras, e venho por meio deste, lhe falar um pouco sobre o tal evento “desastroso” o qual o senhor se refere.
O evento não se ateve apenas pela feira, se o senhor esteve presente, deve ter notado que junto com a feira, aconteceu o III Encontro da cadeia Produtiva de Olivicultura no Estado de São Paulo”, e que foi um SUCESSO.
Como integrante da organização, posso lhe garantir isso. Tivemos um curso sobre Degustação de Azeite, que ocorreu no dia 11, no segundo andar do mesmo prédio, e que foi tão bem divulgado, que o mesmo foi repetido no dia 13, devido ao grande número de interessados. Além disso, no auditório principal, no térreo, acontecia simultaneamente à feira, palestras e apresentações de trabalhos científicos direcionados aos produtores e interessados no cultivo de oliveiras. É uma pena, que tenha observado apenas a feira, que por ter poucos expositores, foi taxada pelo Sr. como fracasso, e tenha tratado o evento como tal, sem conhecimento total e participar exatamente do que envolvia o evento. Garanto-lhe que, ao contrário do que o Sr. escreveu, o evento todo foi muito bem organizado, pois participei diretamente de todas as etapas.
Foi a primeira vez que o evento ocorreu em Campinas, que apesar de não ser uma região agrícola e estar distante do produtor de azeite, contamos com a participação de mais de 70 pessoas em nosso curso de degustação, que foi ministrado por uma pessoa especializada no assunto, e em nossas palestras contamos com cerca de 150 inscritos nos dois dias (12 e 13). Ainda, para sua ciência, no dia 14 de setembro, houve um dia de campo sobre a cultura, e tivemos um grande número de participantes.
Portanto, Sr. João Felipe, fico muito triste que tenha taxado o evento como um “fracasso e decepção” pelo pouco que viu, talvez se tivesse se interado mais da programação e participado mais, teria outra visão.
Prezada Angelica, me perdoe se exagerei em alguns termos que já ajustei pois posso ter exagerado em alguns comentários tecidos. Não gostaria de alimentar a polêmica, porém quero lembrar que em nenhum momento falei do Encontro ou Congresso de Olivicultura e fico feliz que tenha sido um sucesso. Como você mesmo colocou o Encontro foi realizado junto com a Feira e essa, razão de minha visita, praticamente inexistiu e isso têm que reconhecer de forma a evitar deslize semelhante numa próxima edição, ou pelo menos comuniquem melhor isso ao mercado. Da mesma forma que reconheço eventuais exageros, ou percepção deles, corrigindo-os, espero que façam o mesmo. A feira foi sim e lamentavelmente uma furada só não sendo perda total porque tive a felicidade de conhecer os muito bons azeites uruguaios.
Olá João, acessei o site deles e realmente pelos videos e fotos das edições anteriores parece ser uma tremenda exposição de azeites então entendo sua frustração. Pensa positivo no entanto já que pelo menos conseguiste garimpar algo novo e legal. Por aqui nos pampas, a diversidade não é aquelas coisas não e quando tiveres mais informações desses uruguaios compartilha conosco. Quem sabe quando for a Rivera encontro.
João, há poucas semanas descobri seu blog que considero dos mais valiosos entre os que acopanham e falam sobre vinhos e degustações, por expressar exatamente o que nós, apreciadores de vinhos (e de azeites também!) pensam e não temos oportunidade de expressar e trocar idéias… parabéns pelo blog, e fale mais sobre os azeites uruguaios e, se possível, alguns chilenos também. Prosperidade!
Estimado colega, realmente.a feira de azeite eh pequena com pouca relevancia, entretantp ja posso te dizer que no Brasil ja contamos com o melhor azeite extra virgem do mundo: o Petralia da Terramater, 97 pontos(guia Flos Olei 2012) e 3 veces escolhido com medalha de ouro no Sol de Oro ( o mais prestigiado concurso de azeites do mundo)na Italia. Ou seja os chilenos sao lideres em qualidade na atualidade e isto coloca América Latina como celeiro para o mundo, e agora temos varios exemplo de azeites chilenos aqui no Brasil: Deleyda, Nova Oliva, Casta, etc.