Lágrimas Irresistíveis do Casa da Passarela Vinhas Velhas
Já comentei aqui sobre o vinho básico deles o Colheita que é um achado nesta terra brasilis de preços nas alturas, vinho gostoso, fácil de se gostar e como diria meu amigo Rui Miguel, apetecível, por um preço bem camarada para os padrões locais. Pois bem, agora veio parar nas minhas mãos uma garrafa de Vinhas Velhas para prova, Mon Dieu!
Foi abrir este 2008 e ser tomado por aromas inebriantes, um verdadeiro bouquet que seduz o mais cético e frio apreciador de vinhos, um ato de pura emoção. Vertendo seu néctar na taça, esta ficou tomada por longas, lentas e irresistíveis lágrimas que teimavam em decorar a taça! Na boca é pura elegância e aí um entende do porquê chamarem o Dão de a Borgonha portuguesa, mas é mais que isso, uma boa garrafa de vinho da região como este belo Vinhas Velhas, ganha uma complexidade e finesse com o tempo que deveria ser servido de fraque e cartola!
Depois da primeira taça pedi uma deliciosa salteña argentina e fiquei ali sentado contemplando o verde e movimento da rua enquanto me deliciava com o vinho e uma gostosa e simples harmonização. Mais duas salteñas e mais duas taças e se não chegasse gente acho que não sobraria nada para contar a história!
Não vou ficar aqui falando das qualidades organolépticas, eta palavra complicada (!!), do vinho porque este é pura emoção hedonística. É um vinho mais para quem quer sentir do que interpretar, mais para poesia do que para matemática, um vinho para curtir sem estar interessado em quantos por cento tem de que uva, um vinho para desfrutar sem parcimônia.
Custa algo em torno das 130 pratas e a amiga Paula me convenceu! Salute, kanimambo e tendo a oportunidade, deixe-se levar pelo Casa da Passarela Vinhas Velhas, é uma viagem e tanto!
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