Destaques da Wines of Argentina
Mais uma bela coleção de vinhos bastante interessantes que o tempo não me permitiu provar a contento. Dentro que consegui provar, alguns vinhos se destacaram e gostaria de compartilhá-los com você;
A Casarena (Magnum Importadora) também produz os vinhos Ramanegra dos quais me encantam um Cabernet Sauvignon da região de Agrelo e um Blend muito bom que andam na casa dos R$75 a 80,00 e valem. Estes dois rótulos são dois single vineyards da mesma uva, a Malbec. Uma vem de Pedriel e a outra de Agrelo, tomados juntos mostram tipicidade totalmente diferente um do outro. De Pedriel eu esperaria um vinho algo truculento, muito encorpado com taninos ainda muito adstringentes em se considerando que é de 2010, mas o vinho se apresentou muito fino, fresco, taninos aveludados, elegante, um vinho muito bom num estilo, digamos, mais europeu. De Agrelo, veio a força, a estrutura, menor intensidade aromática mostrando-se ainda fechado, muito boa persistência num estilo mais novo mundo porém sem deixar de mostrar um lado mais elegante com um jeito, digamos, mais americano de ser. Cada um com seu estilo e sua mensagem, mas tenho que confessar que o Agrelo me chamou mais a atenção! Vinho que deverá estar na casa dos R$140,00.
Conversei um pouco com o Mathias, jovem proprietário e enólogo da casa, que já é segunda geração de enólogos e traz este vinhos cheios de personalidade. O primeiro, da esquerda para a direita, seria a grosso modo seu vinho de entrada, mas já num patamar bem alto sendo elabrado com vinhas de cerca de 15 anos em Pedriel. O segundo é uma seleção de uvas de três vinhedos selecionados e mostra mais estrutura sem perder a classe e o último é um grande vinho que eu acredito deva chegar ao Brasil por volta dos R$200. Ainda não está no Brasil mas pelo que pude ver do assédio de diversos importadores creio que não vai tardar! Marquem esse nome e estes vinhos.
Uma grata surpresa, pois mostra que devagarinho a Alvarinho vai abrindo seu espaço no mercado. Por estas bandas já a podemos encontrar no Uruguai, no Brasil e agora na Argentina. Diferente, falta-lhe aquela acidez típica dos Alvarinhos de Rias Baixas e do Minho, porém mostrou-se muito agradável. Mais não consegui saber já que nem meu crachá de imprensa, ou talvez por isso (rs) sei lá, não me deram muita bola por aquelas bandas. Produtor Las Perdices e importador Bodegas.
Afora esses vinhos, minha bateria do celular arriou e não pude tirar mais fotos, gostei bastante dos vinhos Reserva e Gran Reserva do Penedo Borges agora com a Wine Lovers e revi, com muito agrado, os vinhos da Suzana Balbo (Cantu); Benmarco Malbec / Expressivo ambos muito finos e elegantes assim como o fantástico Nosotros e da Henry Lagarde (importadora Devinum), tanto o reserva, o Doc e o Guarda, mas especialmente o excelente Primeras Vinas que já comentei aqui no blog. Uma outra boa bodega é a Gougenheim (Importadora Almeria) que afora bons rótulos de entrada, possui um ótimo Flores del Valle Blend que merece ser conhecido.
Para finalizar, a impressão que ficou é que existe por lá uma guinada na busca de maior elegância nos vinhos, algo que aplaudo! Salute e kanimambo.
João,
Os vinhos da Las Perdices são muito bons mesmo. Se tiver a opurtunidade não deixe de provar o Don Juan e Tinamú.
Abraços!