Mandela (o vinho) na Taça, Uma Experiência Africana
Há algumas semanas tive a oportunidade de participar de mais um saboroso evento do Winebrar, uma degustação virtual, com os amigos Alexandre Frias, Daniel Perches e o Rogério da Ravin. Nessa oportunidade, provamos dois vinhos que recém chegaram ao mercado pelas mãos dessa importadora.
Os vinhos da House of Mandela têm por trás de si, toda a experiência e sabedoria do grupo Fairview na produção o que por si só já é uma boa razão para nos aventurarmos por seus aromas e sabores. Dois vinhos de gama de entrada que a importadora estava vendendo com desconto promocional de lançamento, não sei se ainda está, e saía por R$39 em vez do preço de tabela que é de R$49,00. Vieram três varietais, um Sauvignon Blanc, um Pinotage e um Syrah, porém nessa noite provamos somente os primeiros dois:
Sauvignon Blanc – Gostei bastante pela ausência dos aromas e sabores fortes de aspargos no vinho, algo que não me agrada nos vinhos desta cepa. Este se apresenta bem fresco, mais citrino com grama molhada bem presente numa presença de boca toda ela mais sutil e elegante e balanceada terminando com uma certa mineralidade. Um vinho muito agradável de se tomar e certamente uma bela companhia para os queijos de cabra e frutos do mar grelhados ou fritos.
Pinotage – a meu ver mui agradável e cativante no olfato, apresentando-se franco e bem integrado, final saboroso e surpreendente persistência. Nada daquela típica borracha queimada mais presente nos vinhos de entrada de gama, aparecendo uma fruta pouco comum e um final com alguma especiaria.
Pessoalmente creio que o Sauvignon Blanc é mais harmonioso e vibrante com um potencial mais interessante para ser tomado solo, sem comida, enquanto o Pinotage tende a cansar um pouco depois da segunda taça o que poderia mudar com pizza de, peperoni , linguiça de javali e coisas do gênero. Pensei até num belo X-Picanha! Vale a prova e é uma boa introdução aos bons vinhos sul-africanos. Salute e kanimambo!
JFC,
Engraçado… deve ser a temperatura de serviço, o meu Sauvignon era aspargo puro no começo, devo ter servido mais gelado que o amigo.
Abs!
Cris
O Aroma e Sabor herbáceo do Sauvignon Blanc não me impressiona, a não ser quando o pairing é interessante. Já o Pinotage eu pouco conheço, e tenho interesse em degustar mais.
Quando vc menciona que o vinho “tende a cansar um pouco depois da segunda taça”, qual seria o motivo, na sua opinião? Abs.
Cristiano, nunca tinha me atentado a essa mudança aromática tão diversa em razão da temperatura, vou ter que fazer esse teste!
Fabio, não sei bem porquê, mas o vinho que até me deu muito prazer no inicio, foi se tornando algo chato ao longo do tempo e talvez seja em função de uma acidez menor em conjunto com taninos doces em função de uma uva sobre madura. Tudo conjunturas todavia, já que não vi a ficha técnica, mas de qualquer modo achei o Sauvignon Blanc mais vibrante e sedutor.