Garimpando Vinhos Sul Americanos na Zahil
Recentemente estive num evento em que a Zahil apresentou seu portfolio de vinhos Sul Americanos. Entre seus principais produtores, gente renomada como os chilenos Casa Marin, Clos Quebrada de Macul e Vina Aquitania assim como os argentinos Rutini e Salentein porém havia coisa nova e outros produtores menos conhecidos. Fui para buscar aqueles rótulos que conseguissem reunir as melhores relações entre Qualidade x Preço x Prazer assim como revisitar alguns já clássicos e degustar alguns rótulos altamente midiáticos mas que, no entanto, ainda não tinham passado por minha taça. Dentro o que consegui provar, alguns se destacaram acima dos outros e são estes que gostaria de compartilhar com vocês. Para aumentar o mapa clique nele ou acesse direto a Wine Folly que tem coisas geniais afora este mapa!
Callia (Argentina)- pertencentente ao grupo Salentein, este produtor chegou à Zahil faz pouco tempo depois de alguns anos nas mãos de outra importadora. Prima pela ótima relação custo x beneficio e gosto de destacar o Syrah/Bonarda que na faixa dos R$30/32 é quase que imbatível. Apresentou também um espumante Brut elaborado com Chardonnay/Pinot Grigio meio a meio que mesmo lhe faltando um pouco de acidez, será páreo para os espumantes nacionais na faixa das 45 pratas.
Don Abel – brasileiro também recém chegado ao portfolio da importadora tinha alguns de seus rótulos disponíveis, entre eles o ícone Rota 324 de 2005, mas o que brilhou, para mim, foi seu muito bom Gran Reserva 2005 sem passagem por madeira e engarrafado em 2007, um belo vinho corte de Merlot com Cabernet Sauvignon que recomendo conhecer e, com todas as minhas criticas à precificação dos vinhos nacionais, vale bem os pouco mais de R$50 cobrados.
Bodegas Salentein (Argentina) – um produtor que tem como marca vinhos de grande estrutura e alto teor alcoólico, traz uma nova linha de produtos, Kilka, que busca um pouco mais de fruta . Melhores, na minha opinião, a gama intermediária dos Salentein Reserva Pinot Noir e o Chardonnay, muito bons e com um preço bem condizente com a qualidade entregue, na casa dos R$78. Já na linha topo de gama; o Numina Gran Corte é um senhor vinho, complexo, denso e estruturado mas muito rico e elegante que vale, dentro de nossa realidade tupiniquin, os R$130 que pedem por ele.Uma pena que não trazem mais o espumante Portillo, era muito bom!
Flecha de Los Andes (Argentina) – Seu Gran Malbec e Gran Corte são dois potentes e complexos vinhos que precisam de tempo para se mostrar, mas o Punta de Flechas Malbec é um gama de entrada na faixa dos cinquenta e oito Reais que tem poucos desafiantes que lhe façam frente no mercado.
Vina Aquitania (Chile)– Fazia tempo que queria conhecer os vinhos deste produtor, especialmente o famoso e super conceituado Sol de Sol Chardonnay, um vinho cultuado como um dos melhores brancos do Chile,( preço acompanha já que custa por volta dos R$150) mas nunca tinha tido a oportunidade. Realmente é um senhor Chardonnay, muito fresco e equilibrado com a madeira muito bem colocada dando apoio sem nunca se sobrepor á fruta, realmente muito especial. O Sol de Sol Pinot também é muito bom, assim como o Lazuli Cabernet Sauvignon especialmente o 2005, mas o grande destaque para mim foi seu Aquitania Reserva Syrah com muita tipicidade e um preço bacana para o que entrega, em torno de R$60.
Bodegas Carrau (Uruguai) – sempre consistente os Reservas Pinot e o Tannat na casa dos R$45,00 valem bem a pena para quem não conhece os vinhos desse país sedutor.
Volcanoes of Chile – o grupo busca vinhedos com solos vulcânicos, o que não é lá muito raro num país com mais de 2000 vulcões, em todo o país para produzir seus vinhos. Aprecio muito seu Tectonia Pinot Noir e o Parinacota, um corte de carignan e syrah, dois belos vinhos que variam entre os R$100 a 130,00. O Parinacota é bem marcante em função do criativo corte de uvas, tendo a oportunidade, não deixem passar.
Enfim, esses foram os que consegui provar e mais me chamaram a atenção sem mencionar as estrelas como o Antologia XXVIII 2009 (Rutini), Miramar Syrah 2010 e Lo Abarca Pinot afora o Laurel Sauvignon Blanc ( todos Casa Marin) que pertencem a outra liga!
Salute, kanimambo e no próximo post falarei dos incríveis vinhos apresentados no TOP 50 dos vinhos portugueses para o Brasil que, como já disse, foi show de bola!
João, Bom dia,
Em relação ao Gran Reserva 2005, engarrafado em 2007, você mencionou pouco mais de R$ 50,00, correto? Porque um preço baixo para um 2005? devido ao fato de não passar por madeira?
Grato.
Provavelmente Fabio, mas evoluiu muito bem na garrafa.
João, bom dia!
Realmente esse Casa Marin Lo Abarca é sensacional, achei o melhor PN que já tomei. Carinho, né (paguei R$ 160,00 há dois anos). Abraços!
João Clemete, quando falas em Tannat da Carrau por acaso é o AMAT?
Companheiro Boa Tarde, Por favor informe se possível tels. de contato da VCT brasil, importadora da Cponcha y toro. muito grato. aguardo por email se possivel.
Não sei Antonio. tente pesquisar no Google que deve encontrar. abraço