Chaski Petit Verdot 2011 na Taça
A Perez Cruz é um velho conhecido (agora trazido pelas mãos da Almeria) e produz vinhos de muita qualidade e preço justo, gosto desse binômio! Seu Reserva Cabernet Sauvignon já demonstrou ser um dos melhores custo x beneficio chilenos em nosso mercado, acho muito bons os Limited Edition; Cabernet Franc, especialmente se com alguns anos nas costas, o Cot (malbec) que costuma surpreender os incautos apreciadores desta cepa sendo, talvez, o em que a madeira mais esteja presente, sem contar o excelente Syrah!
Este Chaski Petit Verdot, é de uma linha acima dos demais e há muito esperava na minha adega para ser provado, porém esperava a companhia certa, neste caso um Prime Rib, e a espera valeu a pena. Provei este vinho pela primeira vez em 2010, da safra 2008 e especialmente engarrafado para nós, pois ainda não estava disponível no mercado. Foi no Desafio de Petit Verdot que promovi com a participação de mais oito vinhos e amigos blogueiros, colunistas e especialisatas em geral assim como parceiros enófilos de longa data, vale a pena ver mais aqui.
Fazendo jus ao restante da família e á própria cepa que gera alguns ótimos vinhos varietais e faz mágica em blends, o Chaski mostrou ser um vinho másculo que, como aconteceu em 2010, mostra que precisa de pelo menos uma meia dúzia de anos em garrafa antes de se mostrar como um todo. Minha sugestão para quem o quiser abrir agora é aerá-lo por pelo menos uma hora ou dar umas três ou quatro passadas pelo magic decanter para que ele se integre melhor e libere um pouco de seus potentes 14,5% de álcool.
Vinho potente, aromas de frutos negros maduros e um toque balsâmico. Na boca é denso, grande estrutura, taninos potentes porém finos mostrando a necessidade de tempo, agradável textura, especiarias, complexo, longo, vinho com boa presença, acidez que pede comida e o Prime Rib, mesmo estando um pouco bem passado demais para meu gosto, foi parceiro e aguentou o tranco.
The Day After
Sobrou e na segunda matei a garrafa, autre chose! De um dia para o outro com somente meia garrafa houve tempo para o vinho aerar com o oxigênio lá existente e isso provocou uma enorme mudança no vinho o que confirma minha sugestão de aerar por pelo menos uma hora em Decanter ou algo similar. Os taninos arredondaram, o álcool volatizou (também deixei na taça um pouco esperando aumentar a temperatura pois estava na geladeira) e o vinho todo se integrou mostrando uma elegância que não estava lá no dia anterior. Os frutos negros e especiarias mais presentes, final aveludado e apetitoso sem perder a concentração e volume de boca, ficou difícil não terminar com a danada e …….acabou!!
Chaski, o mensageiro, é mais um bom vinho da Perez Cruz e este exemplar anda na casa dos R$120,00. Aliás, acho que tá na hora de promover um outro Desafio de Petit Verdot pois há muita coisa interessante por aí! Na Sexta publico meu último post com os Brancos e Tintos que fizeram a minha cabeça em 2014, nos vemos por aqui? Cheers e kanimambo.