Processos de Elaboração – Vinhos Rosé
Para elaboração de vinhos rosés existem basicamente três variáveis; Prensagem direta, Sangria e Blend de Tinto com Branco. As duas primeiras podem ser vistas no diagrama abaixo, porém o blend é algo proibido quase que no mundo inteiro com uma exceção oficial que é na elaboração de espumantes.
A cor e taninos do vinho está na película (casca) da uva então o que se busca é o menor contato desta com o mosto, obviamente dependendo do que o enólogo tem como objetivo. quanto mais tempo de contato, mais cor e mais taninos. Uma fila de diferentes rosés é um colírio para os olhos, uma infinita variação de tons de rosa!!
Prensagem direta como nos vinhos brancos. O vinho rosado de prensa é feito de uvas tintas esmagadas e a seguir prensadas com uma parcela dos pigmentos da casca sendo dissolvida no mosto. Neste caso, a intensidade da cor dependerá da intensidade da prensagem utilizada. O mosto rosado é então fermentado sob as mesmas condições do mosto de uvas brancas a baixas temperaturas e bem protegido de oxidação. Gera norlalmente vinhos de cor mais clara, maior acidez e aromas mais frescos.
Sangria – de maceração rápida ou curta, método em que se obtém vinhos de maior estrutura, de cor mais escura e eventualmente com alguma presença tânica, mesmo que leve. Neste caso, a maceração (contato do mosto com as cascas das uvas) é restrita a um curto período de tempo, de cerca de 10 a 18 horas podendo chegar até 24 horas, até atingir a extração de cor, corpo e sabores que o enólogo deseja. Após esse tempo, o tanque é “sangrado” para remover de um terço a um quarto de seu conteúdo para elaboração do rosé, e o restante segue para a produção de vinho tinto.
Vinhos rosés podem ser elaborados com uma infinidade de uvas tintas, tanto como varietais como em cortes, depende da criatividade de cada enólogo e região produtora. Lá se vão os tempos de vinhos fracos, desiquilibrados e mal feitos. Hoje os vinhos rosados estão na moda em função do grande aumento de qualidade havendo diversos ótimos vinhos no mercado seja para um aperitivo descompromissado com os amigos num happy hour, ou vinhos mais elaborados e requintados que acompanham muito bem uma refeição e são bastante gastronômicos. Harmonizam bem com saladas, frutos do mar, paella (obrigatório), carnes brancas (frango e peru), comida chinesa (especialmente com molhos agridoces), Ceviche, salmão grelhado, grande parceiro à culinária japonesa, lanches, etc.. Opte por buscar vinhos de menor teor alcoólico e boa acidez, tomando-os jovens (entre um a dois anos de garrafa), e bem refrescados entre 6 a 10º muito como você faria com um branco. Salute e kanimambo, explore todas as tonalidades, as opções são muitas!!
Um bom rose na taça é tão bom quanto qualquer outro vinho bom, deixe-se levar e aprecie!
Bela reportagem João, parabéns!!!
Pode se misturar um pouco de tinto com rose ou seria algo que não poderia ser feito de forma alguma
Oi Alessandro. Somente aceitável na produção de espumantes. Agora, na sua taça, manda bala, não deve mas pode se te faz feliz! rs