Costela Suína e Vinho, Brincando de Harmonizar
Mesmo não sendo essencial, sempre bom quando dá certo! rs Se o vinho é bom e a companhia idem boa parte da harmonização já está pronta, mas quando o prato acompanha, a festa fica melhor ainda. Em minha modesta opinião de cozinheiro de meia-tigela, porém de bom garfo (rs), a costela suína é um prato bastante versátil que possibilita muitas harmonizações. Pode ser uma boa cerveja de abadia, um vinho branco ou tinto, pois como na maior parte dos pratos, depende muito de como é feita.
Costelinha de porco na brasa, por exemplo, sou um fã incondicional com vinho verde e já escrevi sobre isso aqui, “ um perfeito companheiro para a costela ou um lombinho de porco no forno. De um intenso frescor e acidez rasgante, perfeitamente balanceado e pleno de sabor é uma perfeita combinação com comidas mais gordurosas. Há pouco tempo o usei numa harmonização com feijoada e tanto eu como os convivas, pode ter sido mera cortesia dos amigos, adoramos também essa combinação. A acidez corta a gordura e realça sabores com ótimos resultados, uma de minhas harmonizações preferidas e um corte que me agrada muito, Alvarinho com Trajadura.“. Naquela época (2013) andava caidinho pelo Varanda do Conde, já hoje (fidelidade no vinho não é meu forte! rs) ando apaixonado mesmo é pelo Dona Paterna, bão demais da conta!
Como disse, depende de como você prepara e cozinha a costelinha suína então o vinho muda de acordo. Neste feriado aproveitei que tinha no freezer da loja umas costelinhas temperadas e prontas para irem ao forno da Srs. da Carne e simplifiquei a minha vida. tem a Lemmon Pepper, mas desta feita optei pela molho Barbecue. Não sou fã da americana que tende a ser muito adoçicada e algo puxada demasiado no ketch up, mas o tempero desta me atrai pelo equilíbrio. Como opção de vinho fiquei na dúvida entre um Zinfandel e um Primitivo, mas optei por este último, escolhi o Urceus Primitivo di Manduria. A uva tem por característica uma leve doçura de final de boca que combina e combinou à perfeição neste caso.
O Urceus é um vinho intermediário entre os Primitvos mais ligeiros e comerciais no mercado e os grandes, potentes e caros (mais que o dobro do preço) expoentes da uva disponíveis no mercado. Nariz intenso de frutos negros, notas de especiarias que se confirmam na boca, corpo médio, taninos aveludados e rico meio de boca com um final de boca macio que se integra muito bem ao molho barbecue que deixei secar um pouco no forno para não sobrar no prato.
A carne muito saborosa, se soltava do osso e se desmanchava na boca onde encontrava o Urceus formando uma harmonia que fez meu dia e de quem teve a oportunidade de compartilhar desse momento para lá de agradável. Para completar um arroz biro-biro (com ovo e batata palha),uma saladinha e ótima companhia, can’t ask for more!
Por hoje é só gente mas já deixem reservado o dia 22 de Setembro quando promoverei uma degustação diferenciada com vinhos argentinos, “Diversidade Argentina para Além do Malbec” na Vino & Sapore às 20h. Vinhos marcantes escolhidos a dedo por mim e no final, uma seleção de empanadas da Caminito com quem já trabalho faz quatro anos. Saúde, kanimambo pela visita e sigo aguardando vocês por aqui ou pelas mais diversas esquinas de nossa vinosfera.
Excelente artigo. Parabéns ao amigo. Estava pensando aqui comigo mesmo, o amigo já escreveu ou pretende escrever sobre vinhos portugueses que modestos apreciadores de bons vinhos como eu podem trazer de lá?
Desculpe se já escreveu sobre isso, pois o acompanho tem pouco tempo.
Forte abraço e parabéns!!!
Caro Ernesto, segue: http://www.falandodevinhos.com/?s=trazendo+vinhos+de+portugal mas está bastante desatualizado. Em Países, Portugal, tenho diversos vinhos comentados, a maioria seriam boas compras lá. Abraço e grato pelos gentis comentários.