Espumante de 50 Pratas e Bom!
Seu nome? Santa Augusta Brut, um vinho do jeito que eu gosto, que entrega mais do que custa, que deixa aquela percepção de estar tomando um vinho de maior valor agregado e, para aqueles que gostam de levar vantagem em tudo, de sentir a sensação de que se deu bem, uma taça cheia! rs Melhor, a família toda é boa, com destaque para o seu Moscatel que é show também.
Minha relação com esta Santa vai longe, na verdade desde Março de 2015 quando a descobri e por ela me encantei virando seu fiel seguidor! rs Para variar, falo de um vinho de Santa Catarina e quem ainda não conhece a região e seus vinhos, está passado da hora de ampliar seus horizontes! Muita coisa boa surgindo por aquelas bandas e meu primeiro post de 2017 será com mais um marcante vinho de lá, um Sangiovese de produção limitada (300 garrafas apenas) que é de tirar o chapéu, mas isso é papo para o ano que vem! rs Hoje quero compartilhar este espumante com os amigos, até porque o momento exige já que muita gente anda atrás de borbulhas para a ceia e final do ano. Boas borbulhas com preço idem, é disso que quero falar hoje.
Tenho um zilhão (pouquinho exagerado, mas tenho um monte mesmo! rs) de posts sobre espumantes aqui no blog (digite espumantes em pesquisar), porque é algo que curto bastante e quase todo o fim de semana abro uma garrafa em casa, sem contar a que abro nas confrarias que administro e toda a semana tem uma! Litragem de borbulhas, rs, cada um tem a sua e eu tenho muita!! Um dos destaques recentes e que vem comprovando mês após mês sua consistência, essencial em espumantes não safrados, é a Vinícola Santa Augusta de Videira no Oeste Catarinense. produz vinhos tranquilos e espumantes dos mais variados estilos, mas quero ressaltar dois aqui, o Brut e o Moscatel que são os que mais me seduziram.
Santa Augusta Brut – um equilibrado blend de Cabernet Sauvignon (majoritariamente), Chardonnay e Merlot elaborado pelo método charmat longo com seis meses sobre leveduras o que lhe confere mais complexidade e elegância de perlage (borbulhas mais finas). Boa intensidade aromática, mas é na boca que ele demonstra ao que veio com uma perlage intensa, fina, abundante, persistente que explode na boca com notas citricas, bom volume de boca, sutil toque de “padaria/brioche” e muito boa acidez num final de média persistência seco e muito agradável. Faço muitos testes de degustação às cegas, com clientes e amigos enófilos participantes de minhas confrarias, com teste de percepção em que o provador tem que passar sua percepção de valor baseado em sua experiência/litragem. Invariavelmente o resultado é de um espumante por volta dos R$70,00 o que o faz ainda mais valioso, já que custa no mercado algo entre R$50 a 55,00 a garrafa. Uma ótima opção para este final de ano, eventos, festas, casamentos e eu o tomo regularmente em casa porque para mim não precisa de nenhuma ocasião especial para abrir uma garrafa! rs
Santa Augusta Moscatel – não é de hoje que “trabalho” estes espumantes a que poucos prestam atenção, afinal já em 2009 promovia Desafios com estes Espumantes. Ainda tem gente que busca os espumantes similares produzidos na Itália, os Moscatos d’Asti, mas o nacional dá de dez, pois nossa acidez consegue produzir um espumante mais equilibrado e menos enjoativo. O italiano costuma ser doce demais, mas há que respeitar gostos, então quem quiser, bom proveito! rs Entre os espumantes Moscatel nacionais, tenho uns três ou quatro que acho muito bons e o Santa Augusta é hoje o melhor. Não só na minha opinião, mas o guia da Revista Adega lhe deu 91 pontos assim como Guia Descorchados que lhe deu a mesma pontuação e o premio de melhor Moscatel Brasileiro.
Elaborado com 100% da uva Moscato Giallo, prima pelo equilíbrio promovido por uma acidez vibrante que se opõe à doçura da uva o que permite que se tome diversas taças sem que se torne enjoativo. Fresco, notas florais sutis, frutos citricos,é tudo de bom! Acho um grande companheiro para o nosso panetone com frutos secos, sobremesas citricas como torta de kiwi ou salada de frutas (experimente trocar a laranja pelo próprio espumante!) com sorvete de creme, tudo a ver com nosso calor, a época e férias! Na foto, uma harmonização com Futon de Frutos do Bosque flambados que o restaurante Koizan na Granja Viana faz, muito bom essa casamento!!
Bem amigos, por hoje é só, desculpem, sei que o post é longo, mas como sabem, me empolgo quando algo me encanta e esses espumantes que os grandes críticos hoje descobrem, há muito estão na minha taça e, na verdade, também na Vino & Sapore, pois quando consigo encontrar por aí esses vinhos de ótima relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer), não resisto né?? Kanimambo, saúde e seguimos nos vendo por aqui ou numa dessas muitas estradas de nossa vinosfera, fui!
Engraçado você comentar que acha os moscatéis brasileiros menos enjoativos que os italianos. Tenho a opinião oposta. Mas este da Santa Augusta é diferenciado, o único nacional que não é enjoativo. Este sim, vale a pena. Agora, preciso conhecer o restante da linha.
Anderson, os Moscatéis brasileiros, pelo menos os que conheço, costumam ser bem mais equilibrados, uma acidez mais presente o que diminui a sensação de doçura. Já os italianos que provei….. rs Acho que preciso abrir o leque de provas! Abraço
Legal, e o Santa Augusta Demi Sec é bom!?
Não provei ainda Flavia, sorry.
Ótimo post! Dei uma olhada pelo seu blog e tem bastante informação interessante!
Será que você poderia me ajudar, vou me casar agora em Abril e gostaria de servir espumante no casamento. Porém não queria gastar muito, algo entre 30/40 por garrafa. Tem alguma indicação? Valeu e abraços
Oi Mateus, esse mesmo é uma boa opção. Dependendo da quantidade que vc vai comprar a diferença monetária não vale a pena o downgrading. Agora, se precisar, pesquise um pouco mais aqui no site, há diversas outras opções inclusive da Salton, Garibaldi, Aurora, mas aí sugiro que compre umas garrafas e faça um prova antes entre os noivos, família e padrinhos, escolhendo o que melhor lhes prover gosto e bolso. Abraço e felicidades