25 de janeiro de 2017
por João Filipe Clemente
Vinho Verde que é Branco!
Tou ligado nos brancos e a afirmação não tem nada de racial!! rs Só para descontrair porque na verdade, no vinho só sou preconceituoso, confesso, quando o tema é cor pois sou avesso a outras que não branco, tinto, rosado e, eventualmente, uns laranjas. Já azul não rola, sorry, é drink não é vinho, sejamos sinceros. Enfim, mais um branco e um post curto e direto ao ponto, delícia de harmonização. Simples, mais uma vez o menos é mais, combinando vinho verde (que é branco! rs) e bolinhos de bacalhau antes da refeição numa tarde calorenta.Aliás, vai aqui uma dica de leitura. Vai aqui embaixo, clica no link do you tube e enquanto escuta a canção retorna aqui, só para entrar no clima!! rs
O Guigas produzido pela Quinta da Lixa, é um vinho leve, frutado, agulhinha típica, acidez vibrante, despretensioso para tomar de golão e se divertir! Os ingleses o chamariam de crispy, nós de crocante, mas seja lá o que for essa sensação provocada pelo blend das castas Loureiro, Trajadura e Arinto, estamos diante de uma taça de puro frescor e se você se incomoda com acidez, cá entre nós, não entre neste barco não! Só isso, porque existem momentos onde “só isso” basta, para quê mais? Os bolinhos estavam da hora, o vinho na temperatura correta, a companhia um deslumbre, não sobrou nada (fora a foto) para contar a história. Bons momentos sem ter que gastar muito, o vinho custa entre os 40 e 45 Reais, satisfação garantida e é isso que importa já que a vida enófila não é feita só de grandes vinhos a preços para lá de salgados. Nada mais a dizer a não ser que na minha geladeira tem sempre umas duas garrafas prontas, porque uma, não sei porquê (rs), costuma ser pouco!
Manjubinha, lula à doré, espetinho de camarão na praia, mexilhões ao vinagrete, ceviche, cozinha japa, as opções de harmonização para um se dar bem com este vinho são imensas! Fui, kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui. Saúde, brindemos com uma taça de refrescante vinho verde branco (sim tem tinto e rosé também) ou qualquer outro vinho de cor natural e tenho dito!rs
Adorei, João! Muito bom!
Olá Nampulense
O verde não é só branco mas tirando o tinto de Ponte da Barca é sempre branco Quanto ao branco provado …o tal da lixa é um vinho que acompanha bem um petisco . A casta Loureiro em Varietal é òptimo Muito floral e persistente e adstrigente qb . O trajadura é uma casta de grande produção e o blend para utilizar com o Alvarinho ( não há varietal Alvarinho que chegue e temos de recorrer ao trajaura para chegar para todo o mundo . O arinto é óptimo mas o produzido nas zonas mais a sul com mais Sol e terrenos areia fica melhor .
Um abração vem até cá para beberes o tinto na Malga com papas de serrabulho
Olá fernando e grato pelo convite, quem sabe! rs Como disse no corpo do texto, brancos, tintos, rosés tem de tudo na região!
Bom dia
Queria dizer aos meus amigos da outra banda do Atlântico que sendo neto da Mineiro e carioca também sou meio Brazuca e acrescento que sou avô de 2 lindas brasileirinhas e de 1 brasielirito .
Postado este “curricukkum ” vou falar do vinho verde que por unicamente ser produzido em Portugal é só nosso .
O minho é o território por excelênncia deste vinho e ocupa quase 100% da Região Demarcada dos Vinhos Verdes e o seu nome deriva do facto de ser uma região muito fertil que quase todo apresenta a cor verde dos pastos das vinhas das laranjeiras e de toda a produção agricola onde esta cor predomina Nada tem a ver com a vindima ser feita com as uvas verdes pois esta são vindimadas quando maduras e para fazer uns ” Latest ” de Loureiro a vindima é feita quando as parras apresentam já o tom dourado do Outono .
A sub região dos VVerdes é a Região de Monção e Malgaço “terroir ” de excepção da casta Alvarinho que já exportavamos no ano de 1250 , já lá vão 760 anos , para a Flandres sendo este o primeiro vinho Português a ser exportado pelo porto de Viana . Na outra margem do rio Lima . na Galiza também se produz o Albariño mas em terras de muita agua , nas Rias Bajas que não é tão bom e sem patriotismos bacocos pois reconheço que nouras fronteiras ficamos a perder .
Dada a grande procura deste vinho os produtores socorrem-se da casta Trajauras , bem mais produtiva , para fazer um blend de qualidade e para quem não aprecia os varietais por serem monocórdidos este blend é ainda melhor , como no meu caso .
Em Brancos que parecem no Brasil ser o parente pobre dos vinhos , este vinho para além de ser o malhor para frutos do mar também não fica mal num cabrito que bem nos sabe quando vamos à Feira das Fodas .
E é tudo para os verdes de Monção e Melgaço onde se come bom cabrito e se bebe o melhor vinho branco daquele sítio e não digo do mundo para não ter de ficar zangado quando for à Casa de Eça beber um Avesso de Baião e este Eça é o DE QUEIRÒZ .
Um abraço e até Baião se o administrador deste blog não me expulsar
Caro João
Sou fã dos vinhos verdes, sempre tenho um na geladeira. Um tempo atrás me surpreendi numa degustação as cegas com o vinho Riesling da Almaden, jurava que tratava-se de um vinho verde, ainda chutei que era um Alvarinho jovem….
Ces’t la vie…..
Mas, vale a pena experimentar, sem preconceitos.
grande Abraço
André do Monte
Uma das qualidades do vinho é a dependência que causa: extrema!!
Sou totalmente viciado!!
Ó Fernando, quero mais é interatividade especialmente quando os comentários são tão construtivos assim. Grato e sinta-se em casa, ou quase!! rs Abraço
Joao acompanho diuturnamente seus comentarios e devo a voce meu crescimento tano no conhecimento como na paixao pelo “vinho”‘.
Ja “garimpei”por onde imaginar a procura do Guigas no mercado e nada!!!Ha algum inconveniente me informar onde posso compra-lo??
Sem mais aceite meus melhores cumprimentos.
Oi Ricardo, grato pelos gentis comentários que me deixam felliz. Olha, tem na Vino & Sapore (Granja Viana – Cotia) e em Floripa no Armazem Conceição. Não sei de outros lugares. Abraço