Meus Mantras no Mundo do Vinho
De Saul Galvão – Saudoso e insubstituível mestre da crônica enogastronômica de nossa vinosfera tupiniquim que com todo seu conhecimento não só pregava a humildade no trato do vinho como a praticava em seus escritos, palestras e até nos eventuais encontros com seus seguidores como eu que tive a rara oportunidade de o encontrar uma vez tomando sua taça no shopping Iguatemi e trocado com ele dois dedos de prosa.Uma pessoas extremamente afável, faz falta!
“Quando se fala em vinhos, nunca há uma palavra final, mas sim opiniões, que podem ou não ser bem sustentadas. No final, só uma opinião importa, a sua. O vinho só existe para dar prazer, se ele deu prazer, cumpriu sua função, independentemente de regras cânones e opiniões alheias. Costumo dizer que o vinho precisa descer do pedestal no qual foi colocado por alguns esnobes e pretensos entendedores e ser colocado em seu lugar, que é o copo. Nada mais chato que um esnobe do vinho, que fala pomposamente, como se ele fosse o único ungido a entender termos herméticos”
Aubert de Villaine – é co-proprietário e co-diretor do Domaine de la Romanee-Conti na Borgonha, responsável de alguns dos vinhos mais caros do mundo, sendo proprietário de uma vinícola em Bouzeron na mesma Borgonha e outra ainda, na Nappa Valley tendo sido um dos juízes no famoso Julgamento de Paris em 1976.
“Não fico surpreso que as pessoas não identificam estes aromas todos nos vinhos que compram, eu mesmo não sou capaz de reconhecê-los. Aliás, acho isso muito aborrecido, não estou interessado nisso e sim na personalidade do vinho.“
Creio que fica claro, não por minhas palavras mas nas deles, que não há porquê se assustar ou se sentir frustrado se você não achar nos aromas ou nos sabores o que o produtor imprimiu no contra rótulo ou o que determinado crítico tenha escrito sobre o vinho. No final, tudo isso são meras indicações e serem sorvidas com a devida parcimônia. Curta os vinhos que achar que valem a pena, da forma que mais lhe convier lembrando que, se lhe deu prazer o resto é acessório! Pode até agregar, mas o importante mesmo é que o você sentiu. Fui, fico por aqui hoje, uma ótima semana para os amigos que hoje me deram o privilégio de sua visita, Kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou por aí nas estradas de nossa vinosfera tupiniquim!
João, que delícia de texto.
Obrigado por compartilhar seus ensinamentos.
Uma bela maneira de começar a semana.
Grande abraço.
Jair Rodriguez
Caro João
Faço das palavras do Jair as minhas : Delícia de texto
Boa semana !
Sergio Montag
Belo texto pra começar a semana! Abraço!
Bom dia. Ótimo comentário e texto
Gosto e rosca cada um tem o seu, que usem como desejar. O melhor vinho, certamente não existe, será sim a possibilidade do próximo encontro com uma garrafa qualquer, e as surpresas da renovação do ato, o ponto ao qual nos conduz a mágica líquida.
Desde a primeira vez que ouvi, adotei a ideia de que “o melhor vinho é aquele que você gosta”.
Ler o texto acima me fez sentir que estou no caminho certo. Claro que sigo buscando o aprimoramento, novas experiências dentro deste universo tão eclético e vasto, para melhor aproveitar as taças de vinho que tiver a oportunidade de conhecer. Porém, a meta segue sendo o prazer a cada gole, a descoberta de novos sabores, aromas e tudo o que cada vinho puder me proporcionar!
Um brinde às muitas possibilidades!