Menos, vai? Vinho é Prazer, Curta a Viagem Sem Medos Nem Preconceitos!
Ontem fui dar uma primeira aula sobre vinhos para um grupo de estudiosos sobre os mistérios da vida que, neste semestre, optou por se debruçar sobre o mundo do vinho. Muita matéria para pouco tempo, mas creio que a maior mensagem, que espero poder ter começado a passar, é a da “desconstrução” do pedestal em que o vinho foi colocado.
Hoje pela manhã o Face, por coincidência, me lembrou deste post que publiquei há três anos que me fez querer voltar ao tema repostando o que disse antes e reitero agora, DESCOMPLICA, baixa a guarda, vinho tem que dar prazer e ponto!
“Uma das coisas que me irritam em nossa vinosfera ainda é a mania de alguns em colocar o vinho num pedestal onde, em minha opinião, ele não deveria estar! Acho que o vinho é algo social, culturalmente uma bebida que nasceu para acompanhar comida, jantares, amigos em volta de uma mesa, coisa simples como o pão e o azeite. Não deveria ser algo complicado e cheio de mistérios, frescuras e salamaleques.
Está certo, existem segredos e misticismos que envolvem o vinho e o fazem especial entre o mundo das bebidas, por isso vale estudá-lo, porém devemos tratá-lo de uma forma mais simples e tentar não complicar. Deu prazer, ponto, objetivo alcançado! Um de meus melhores momentos com vinho foi numa tasca do interior de Portugal com um primo que há anos não via; direto da barrica num copo de requeijão acompanhando pataniscas de bacalhau feitas na hora! Um outro momento desses foi um Pinot fresquinho tomado num dia de sol numa praia em Floripa com algumas das pessoas que mais amo na vida, da garrafa para um copinho de plástico!! Tudo simples, tudo ótimo, e como Fernando Pessoa já dizia; “Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.”
Tudo isso só para passar uma mensagem, solte-se! Tem gente que coloca gelo em vinho, outros coca-cola, ginger-ale ou seven up, tudo bem. Eu posso até não gostar ou discordar, mas dependendo do contexto e dos vinhos envolvidos, why not?! Viaje, experimente, faça coisas diferentes, quebre o establishment, seja infiel, curta a diversidade, se divirta. Nossa vinosfera não é tão séria e “amarrada” como alguns podem tentar lhe vender, então relaxe e curta a viagem sem preconceitos! O bom de nossa vinosfera é que não existem regras nem dogmas a serem seguidos então explore o infinito com vontade, aqui você pode e, numa dessas, você pode se dar bem, como eu!”
Kanimambo pela visita e, aos poucos, voltamos a nos encontrar por aqui até que chegue minha próxima neta daqui a alguns dias! rs Cheers.
Adorei o artigo, claro, principalmente pela chegada de mais uma netinha. Parabéns; há quem diga que ser avô é melhor do que ser pai. Tenho minhas dúvidas mas, fica o registro. Lembro bem, dia desses coloquei duas pedras de gelo numa taça de merlot e pude saborear aquela delícia num dia quente do verão carioca. Nem liguei para alguns olhares estranhos; fiz cara de bobo (já tenho ao natural) e bebi até a última gota. Abraços, teus artigos fazem bem à nossa inquieta alma.
Grato Decio, tua última frase fez meu dia!! rs
Ótima resenha👏👏
Bom artigo! Eu creio que há um meio termo nessa história. O excesso de etiqueta, procedimentos, técnicas e estudos acaba por deixar o próprio vinho em segundo plano, terminamos esquecendo de valorizar o essencial: sua capacidade de dar prazer e de reunir pessoas queridas ao seu redor.
Por outro lado, não consigo enxergá-lo como qualquer outra bebida. Há, sem dúvidas, algo de especial no vinho, uma essência histórica, cultural e técnica que o torna único.
Cabe a nós, como você bem disse, curtirmos a diversidade sem nos aborrecermos com ela!
Muita saúde à netinha!
Abraços.