Roncier Branco, o Último dos Mohicanos!
É sempre triste quando abrimos uma última garrafa de um vinho que sabemos não existir mais no mercado. Foi o caso deste delicioso Roncier Branco trazido pela saudosa Vínica de tantos bons vinhos com preços idem. Gostava de tomar diversos de seus vinhos e os vendia bem pois a relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer) era ímpar no mercado e triste por ver que nenhum dos outros importadores ainda não tenha aberto os olhos quanto aos produtores excepcionalmente bem garimpados pela amiga Paula Kerr.
Um desses produtores era a Maison Tramier & Fils que entre outros bons rótulos produz os vinhos Roncier (branco e tinto) que eu apelidei de Vin de Bistro! Um vinho descompromissado, sem safra, sem região determinada e as uvas, bem essas só para quem soubesse! rs Vinhos com qualidade e precinho, coisa muito rara quando falamos de França. Por incrível que pareça ainda tinha algumas garrafas (do tinto ainda tenho, mas acho que vou matar! rs) na Vino & Sapore e entrou na promoção. Ao final, sobrou uma solitária garrafa na prateleira abaixo das 50 pratas como meu amigo Didu gosta e eu também, não resisti e levei a moça para casa, um verdadeiro Ménage à Trois com minha loira!
Fruto de um corte de Aligoté, Chardonnay e Colombard, o que indica Borgonha, o vinho depois de mais de três anos seguia fresco e vibrante, boa pegada de boca com uma certa untuosidade, porém mantendo uma certa leveza de ser. Num almoço descompromissado com um peixe (filés de dourado) que faço no forno, foi uma manjar dos mais agradáveis que vai deixar uma enorme saudade. Sem muita complicação, sem muita explicação, sem firula, só prazer. Bão demais da conta sô e fiquei com aquele gostinho, neste caso frustrante, de quero mais! Paulinha, traz de volta vai???
Sei que falar de vinhos que não tem no mercado é sacanagem, por isso evito postagens do tipo, mas tinha de compartilhar com os amigos essa deliciosa experiência. Por outro lado, quem sabe não volta, aí já tem o registro! Fui, kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aí. Saúde
Boa tarde João.
A Vínica não existe mais?
Oi Nilson, lamentavelmente não e com ela se foram um monte de bons produtores com bons vinhos e preços idem. Uma pena!!