ABC do Vinho

Taças de Vinho – Necessidade ou Frescura?

        Já faz um tempinho que escrevi sobre a importância das taças no mundo do vinho. Para ser exato, faz quase cinco anos e foi um de meus primeiros posts que segue sendo um de meus mais acessados estando sempre entre os top 10 na lista dos mais lidos. Para muitos dos iniciantes e até iniciados nos mistérios de nossa vinosfera, sempre fica uma tremenda de uma duvida do quanto do que se fala sobre o tema é frescura ou se há efetiva necessidade de se investir um pouco nesse tema.

       Sempre tive uma clara opinião sobre isso achando tão importante ao vinho quanto a temperatura adequada de serviço. Pode-se tomar vinho em copo de requeijão? Lógico que pode e eu mesmo já tive um imenso momento de prazer fazendo isso numa tasca no interior de Portugal acompanhado de pataniscas de bacalhau junto com um saudoso primo, no entanto cada momento é um momento e cada vinho é um vinho! Não dá para ir a um baile de formatura de tênis e bermuda, mas dá para ir ao churrasco do amigo! Cada momento, mesmo que o prazer seja semelhante, requer uma vestimenta diferente e na nossa vinosfera não é diferente.

       Quando galgamos degraus, saindo do vinho básico de mesa, de garrafão e partimos para apreciar vinhos finos de qualidade há que se dar um salto de qualidade na “ferramenta de trabalho” (rs) para melhor usufruir das nuances especificas que cada um desses vinhos tem a nos oferecer. Quanto melhor e mais sofisticados e complexos forem os vinhos, melhor e mais especificas devem ser as taças. Tem gente que gasta verdadeiras fortunas num vinho e depois o toma numa taça comum sem aproveitar tudo o que aquele caldo tem a lhe oferecer e isso é fato, não frescura, conforme pudemos comprovar numa deliciosa e esclarecedora degustação de taças realizada na Vino & Sapore para mais de 30 pessoas.

      Foi o Riedel Tasting, magnificamente apresentada pela brand manager da marca no Brasil, a Cristina Geremias. Foram colocadas sobre a mesa cinco taças de vinho específicos para vinhos de determinadas cepas; Chardonnay, Pinot Noir, Syrah, Cabernet Sauvignon e uma última de branco genérico com os seguintes vinhos; Catena Chardonnay, Alma Negra Pinot, Montes Alpha Syrah e Pisano Cabernet. (clique na imagem para aumentá-la)

         Começamos provando o de Chardonnay que me impressionou sobremaneira pois a engenharia falou mais alto aqui! O bojo e abertura intensificam os aromas enquanto o diâmetro e formato da borda da taça faz com que o vinho penetre a boca de forma diferente jogando o caldo para o final de boca aguçando a sensação de frescor devido à acidez percebida. Pegamos esse vinho e jogamos na taça genérica, onde foram parar os aromas?!! Agora colocamos o vinho num copo de plástico, onde foi parar o vinho?!!!!!!!!!!!!! Voltamos a colocar o vinho na taça de chardonnay e, como num passe de mágica, voltaram todas as sensações aromáticas e palativas, demais! Não acredita, contate qualquer um dos presentes e tire suas duvidas, inclusive com o amigo Alexandre Frias, autor do gostoso Diario de Baco, que esteve presente ao evento com sua charmosa e bonita esposa.

        Demos sequência com o restante dos vinhos e taças, porém não vou vos cansar contando a história de cada um, o importante foi a constatação de que sim, cada vinho tem sua taça e essa descoberta veio através da engenharia e conhecimento adquirido por uma das maiores, se não a maior, produtora de taças de vinho no mundo. Com todo o “expertese” adquirido na produção de cristais finos há mais de 250 anos e pioneira na criação de taças de cristal funcionais que visam extrair dos vinhos todo seu potencial, a Riedel mostra-nos como uma taça pode ser importante para melhor apreciar um bom vinho. Não é à toa que, mesmo sem nunca ter produzido uma única gota de vinho em sua vida, Georg Riedel, atual CEO do grupo e propulsor da marca da família pelo mundo, foi nomeado Home do Ano em 1996 pela conceituada revista inglesa especializada em vinhos, a Decanter Magazine.

       Não são taças baratas, porém se você ama e possui bons rótulos de Chardonnay,  recomendo que invista numa taça dessas, afinal custa basicamente a mesma coisa que uma garrafa de um bom vinho! O mesmo vale para qualquer uma que seja sua paixão;  Pinot Noir, Syrah ou Cabernet Sauvignon. Agora, é importante saber que nenhuma taça, nem as da Riedel, transformam vinho ruim em vinho bom! Essas taças vão é ressaltar e enaltecer as características de cada vinho e isso vale para o que ele tenha de bom e ruim!!!

      Uma taça para cada cepa, no entanto, pode ser um exagero e preciosismo desnecessário especialmente se você não é um colecionador e apreciador costumeiro de grandes vinhos. Nesse caso, recomendo uma taça mais genérica padrão Bordeaux, da Riedel uma boa opção é a Overture que produz resultados bastante interessantes e é mais econômica, que serve para a maioria dos tintos e uma para brancos assim como uma outra para espumantes. Uma bela e esclarecedora degustação que nos foi presenteada pela Riedel e Mistral, sua única e exclusiva importadora no Brasil. Uma chamada especial para a linha de decanteres, em especial o de nome EVE, em formato de serpente, SHOW de bola!

   Salute, kanimambo e hoje tem Happy Wine Time com os vinhos da Vínica (Xisto Alvarinho / Casa da Passarela Colheita Selecionada e Surani Costarossa Primitivo di Manduria) na Vino & Sapore. Vejo voces por lá?!

Ps. Última dia sobre este assunto. Preserve as taças, cuide você mesmo delas!!!

Pode-se Congelar Vinho?

Eu pensava que não, mas aí começo a ler uma matérias e vejo que, para minha enorme surpresa,  sim essa possibilidade existe e pouco ou nada altera o caldo de baco! Pesquisando na net me deparei com esta matéria (http://gourmetbrasilia.blogspot.com.br/2010/11/voce-ja-congelou-um-vinho.html) de 2010 publicada por Rodrigo Leitão em seu blog Gourmet Brasilia, mostrando que esse tema não é nem assim tão recente. A prova desse método de preservação de vinho, no entanto, foi feita de forma exemplar pelo respeitado jornalista Luiz Horta, um de meus exemplos nesta vinosfera que habito, numa extensa matéria publicada no Caderno Paladar do jornal O Estado de São Paulo mais recentemente, há cerca de uns 60 dias, sob o titulo: “Vinho Amanhecido Não é Vinagre”. Pelo didatismo do tema, tomei a liberdade de o reproduzir parcialmente, aqui. Caso queira ler a matéria por inteiro (deve), sugiro acessar este link.

“Selecionei quatro estilos de vinho – branco, tinto, espumante e doce fortificado –, escolhi um rótulo de cada estilo e comprei três garrafas de cada rótulo. Poderia (e farei depois, pois esse negócio de testar coisas vicia) ter usado um tinto mais jovem, um espumante nacional, ou um porto. Mas elegi vinhos que considerei com capacidade de resistir mais dias, para que a experiência durasse mais. A temperatura na noite da abertura das 12 garrafas, na minha cozinha, era 22°C. Os brancos estavam a 11°, os champanhes a 6°, os tintos a 14° e os jerezes a 16°. Tirei as rolhas, provei cada garrafa e anotei, numa ficha de degustação, para ter um padrão de avaliação para os dias subsequentes.

            De cada um dos tipos retirei uma taça, que congelei em quatro garrafinhas pet de água mineral, deixando um bom espaço para que não explodissem no congelador. Uma garrafa de cada tipo foi fechada com vacuvin e uma de cada tipo com a rolha original; as oito foram para a geladeira, que estava numa temperatura de 4°, na porta. As quatro remanescentes permaneceram abertas sobre a pia.

            Todos os dias que durou o teste retirei cerca de 50 ml de cada garrafa e provei. A cada abertura das garrafas, o volume de líquido diminuía (com a degustação) e o de oxigênio aumentava. No fechamento com vacuvin e rolha, claro, se não houvesse tal exposição diária ao ar, o resultado seria melhor. As garrafas da pia decaíram mais rapidamente.

           Pensava que iria apenas constatar o que já sabia: que o champanhe e o branco morreriam rápido, o tinto duraria bastante e o fortificado seria o campeão de longevidade. Estava certo só em parte. O champanhe (fechado com vacuvin, com rolha ou deixado aberto na pia) surpreendeu duplamente. Durou mais que o esperado e até ganhou sabor e complexidade.

            Mas a parte mais divertida e reveladora foram as garrafinhas pet. Retirei-as do freezer no domingo à tarde. Estavam como pedras. Deixei que descongelassem naturalmente, na mesa da cozinha, a 24°C. Quando estavam líquidas e por volta dos 10°, provei-as. Foi uma epifania. Já tinha congelado tintos antes, e o processo é bem eficaz para salvar esses vinhos, embora haja uma pequena alteração na textura pela formação de cristais de tártaro. O sabor permanece quase inalterado.

            Os demais vinhos, eu estava congelando pela primeira vez. O branco perdeu um pouco da acidez, ficou menos fresco, mas sobreviveu. O jerez ficou idêntico, mesmo vinho, sabor, aroma.

            O inesperado foi o champanhe descongelado. Fez fizz quando abri, manteve a perlagem, continuou fresco e ficou assim a noite inteira, perdendo só um pouco das borbulhas. A conclusão é que vinhos abertos podem ser congelados, com alguma perda na qualidade, mas mínima perto do que seria sem o congelamento.”

Agora resta-me uma duvida, para quê tudo isso? Somente no sentido de conhecimento acadêmico creio eu, porque de prático mesmo não vejo vantagem nenhuma e ainda há o perigo da garrafa estourar! Agora, que serve para animar o bate papo entre enófilos, lá isso serve e certamente será causa de vários elogios a seu vasto conhecimento enófilo, porque vinho bom mesmo é o que acaba rápido sem sobras para guardar! Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos.

Perguntas e Respostas I

       Minha experiência como novo lojista tem me marcado bastante, inclusive com a descoberta da  falta de conhecimento geral sobre as coisas do vinho. Umas são efetivamente mais complexas e outras extremamente simples e até meio óbvias, porém não para quem desconhece o tema e, para que haja um crescimento de consumo de vinhos finos, é essencial que haja uma maior pró-atividade da parte de importadores, lojistas, mídia e produtores na desmistificação e esclarecimento dos pseudo mistérios de nossa vinosfera . Vou tentar responder aqui  e em futuros posts sobre o tema, alguns desses questionamentos e até dar dicas de como se comportar numa loja de vinhos para obter melhor resultado em suas compras. Hoje falo de Vinho do Porto, pois é muito comum receber a seguinte pergunta; “depois de aberta a garrafa de Porto quanto tempo posso deixa-la aberta, dá para deixar por dois ou três meses?”. Invariavelmente a minha resposta é sempre a mesma, se demorar tanto tempo para “matar” esse Porto das duas uma, ou tem algo de errado com o vinho ou com você! rs Brincadeiras á parte, eis o que o o IVDP (instituto de vinhos do Porto – link aqui do lado) tem a dizer sobre isso com meus comentários entre parênteses:

“Depois de aberta a garrafa de vinho do Porto, a sua conservação dependerá da categoria de vinho do Porto e do local onde será guardada. Os tempos abaixo sugeridos servem como orientação, pelo que não se pretende afirmar que o vinho se deteriora completamente, mas que vai havendo uma lenta evolução que leva à perda das características sensoriais originais.   

  • Vintage: 1 a 2 dias (se de muita idade, melhor matar na hora!)
  • LBV: 4 a 5 dias (por experiência, vinhos de cinco a sete anos de vida aguentam bem umas duas/ semanas)
  • Crusted: 4 a 5 dias (idem acima)
  • Ruby / Ruby Reserva: 8 a 10 dias (duas a três semanas para a maioria dos bons produtos. Os mais simples certamente menos)
  • Tawny / Tawny Reserva:  3 a 4 semanas
  • Tawny com Indicação de Idade (10/20/30/40): Entre 1 a 4 meses (os mais novos menos tempo, os mais velhos mais tempo)
  • Brancos com indicação de idade (10/20/30/40): Entre 1 a 4 meses (os mais novos menos tempo, os mais velhos mais tempo)
  • Colheita: Entre 1 a 4 meses (os mais novos menos tempo, os mais velhos mais tempo)
  • Brancos “standard” dependente do estilo: Moderno  (frescos e frutados): 8/10 dias; Tradicionais (estilo oxidativo): 15/20 dias”

         Uma outra pergunta é onde guardar depois de aberto. Não é regra indiscutível, é meramente o que eu faço e tem funcionado, porém outras opiniões certamente existirão. Porta de geladeira e ao servir deixar chegar na temperatura de serviço adequada que, por sugestão do Marcelo Copello, profundo conhecedor destes vinhos, deverá ser:

  • Branco jovem  8 a 10 ºC.
  • Tawny ou Tawny Reserva  14 ºC.
  • Ruby e Ruby Reserva  14 ºC.
  • Colheita ou Tawny 10, 20, 30 e 40 anos  16 ºC.
  • LBV envelhecido  16ºC.
  • Vintage ou LBV jovem  18 ºC.

Bem, é isso e, se tiver perguntas sobre os “mistérios” do vinho e quiser enviar sua pergunta fique á vontade. Se souber respondo, se não corro atrás! Salute, kanimambo e grato pela visita

Temperatura do Vinho – Frescura ou Necessidade?

Bem, a temperatura do vinho é um tema que a meu ver e junto com o quesito taças, pode conquistar ou afastar potenciais enófilos deste complexo e misterioso mundo de Baco. “Não só no palato, como nos aromas, a temperatura adequada enaltece as qualidades do vinho sendo tomado.  O frio aumenta a percepção da sensação amarga, da acidez, dos perfumados e da vivacidade do sabor, já as temperaturas mais elevadas acentuam a intensidade dos aromas, o impacto doce e do álcool reduzindo a delicadeza e elegância dos aromas.Cada vinho, como composto químico que é, tem reações diferentes, logo, temperaturas de consumo dispares. È possível, no entanto, se criar uma tabela que pode, na maioria dos casos, se mostrar muito próxima do ideal para consumo”

Os brancos, se demasiado frios, não mostram toda a sua riqueza de aromas e qualidades e, se demasiado quentes, perdem o frescor e a vivacidade inerentes ao vinho. Já nos tintos, se demasiado frios ressaltam os taninos e se demasiado quentes potencializam o álcool tornando o vinho, em qualquer uma das hipóteses, desagradável. Existem diversas tabelas de temperaturas publicadas nas mais diversas mídias, porém a que compartilho abaixo me parece uma média ponderada bastante próximo da ideal baseado em experiência própria e na leitura de diversos livros onde o tema é esmiuçado. Eis então minha sugestão das temperaturas mais adequadas a cada tipo de vinho que não tem nada a ver com as uvas e sim com o corpo do vinho porque posso ter um Merlot leve e macio e outro poderoso, de grande estrutura e extração:

•          Espumantes e brancos doces e leves 6 a 8° C.

•          Champagnes de 7 a 10° Centígrados

•          Brancos secos e evoluídos ou um Jerez fino de 10 a 12° Centígrados

•          Rosés, mais leves entre 8 a 10º e, os mais evoluídos, no máximo até uns 12º Centígrados.

•          Tintos leves, de 12 a 15° Centígrados (Pinots, gamays,tempranillos mais jovens)

•          Brancos encorpados e Madeira ou Porto (Tawnies our Ruby básico), de 10 a 14° Centígrados.

•          Tintos médios e Vinhos do Porto Ruby Reserva, de 15 a 17° Centígrados.

•          Tintos encorpados e Vinhos do Porto LBV e Vintage, de 17 a 20° Centígrados.

Não acredita, acha que essa é só mais uma frescura dos metidos a entendedores de vinho, coisa de enochato? Então faça você mesmo esta experiência. Pegue uma garrafa de vinho tinto, melhor se fizer o mesmo paralelamente com um branco, que tenha estado a temperatura ambiente abra-a e coloque um pouco numa taça. Enrolhe novamente e coloque a garrafa por meia hora na porta da geladeira, retire e prove agora sentindo a diferença. Deixe, o restante por mais uma hora na porta da geladeira e prove-o novamente. Depois deste exercício me diga se é frescura?! Acompanhe este exercicio com um termômetro e aqui, por uma questão de simplicidade e facilidade de manuseio, sugiro o uso daqueles tipo braçadeira (foto acima) que são usados por fora na garrafa.

O vinho perde temperatura rapidamente dependendo do meio ambiente em que é aberto, então sempre melhor trazê-lo à mesa algo mais frio, uns dois a três graus, porque esquentar é fácil, já o inverso é algo mais complicado. De qualquer forma, o uso de baldes com gelo e água com sal grosso podem ser uma forma de esfriar, porém eu gosto mesmo é de usar luvas como a da foto, existem diversos produtos similares com gel no interior que se deixa no freezer, porém há que se ficar de olho para não gelar demais.

Para finalizar uma dica, estupidamente gelado nem, cerveja, a não ser que seja ruim, porque gelado desse jeito se perde tudo, aromas e sabores. Tá ruim, gela para valer, desce que nem água! rs Por hoje é só, mas amanhã tem mais pois consegui, finalmente, começar a botar minha escrita em dia. Salute, kanimambo e uma ótima semana com vinhos á temperatura certa!

Derrubando Mitos do Vinho

            Este blog trata de compartilhar conhecimento e experiências tanto pessoais como de outros e este texto do amigo Marcio de Oliveira que recebi semana passada em seu Vinoticias semanal, me chamou a atenção. Pedi-lhe autorização para publicar e ele mui gentilmente acedeu então curtam, pois desmistifica algumas das lendas que fazem parte de nossa vinosfera.

1- SÓ VINHOS CAROS SÃO BONS – Vinhos caros são só caros. Vinhos bons se encontram para todos os gostos e bolsos. Vinhos bons  têm maior probabilidade de serem caros, mas o preço não é nem será atributo de qualidade. Muitos rótulos são mais “fama” do que qualidade. O importante é encontrar bons vinhos que caibam no seu orçamento.

2- QUANTO MAIS VELHO, MELHOR É O VINHO – Poucos são os vinhos que conseguem envelhecer com a qualidade desejável e isto porque a maioria dos vinhos está sendo produzida para ser bebida de pronto. Tenha em mente que os vinhos tintos devem ser bebidos entre 4 a 5 anos. Para o vinho branco o prazo é mais curto ainda – 2 anos. Para o vinho rosé, quanto mais fresco melhor: 1 a 2 anos. Enquanto os vinhos jovens apresentam aromas e sabores mais frutados e potentes, os vinhos mais velhos mostram aromas evoluídos (e nem sempre agradáveis) de couro, notas defumadas e ostentam um paladar mais maduro e aveludado, geralmente mais sutis e elegantes. Pesquisa recente feita na Inglaterra mostra que 99% dos vinhos comprados nos supermercados, serão bebidos em 48 horas ! O certo é que há vinhos feitos para serem bebidos de pronto e outros (poucos, raros e caros) para guarda.

3- O VINHO BRANCO É O ACOMPANHAMENTO NATURAL PARA PEIXES E O TINTO DEVE SER SERVIDO COM CARNE. Apesar de que as combinações regionais sejam um guia de segurança para boas harmonizações entre vinho e comidas, nem sempre a regra é definitiva. As combinações entre vinhos (de todas as castas) e comida são infinitas. É tudo uma questão de gosto e, gosto é algo subjetivo, não se discute! Uma das melhores harmonizações que provei foi um linguado com manteiga de ervas servido com pinotage, num ótimo restaurante da África do Sul.

4- UM VINHO COM INDICAÇÃO “DOC” É SUPERIOR EM RELAÇÃO A UM VINHO COM INDICAÇAÇÃO “REGIONAL” – As pessoas costumam confundir indicações técnicas de rendimentos, teor alcoólicos mínimos, etc., com indicações de qualidade. As denominações citadas não são indicadoras da qualidade de um vinho, mas sim de como foi produzido exclusivamente com castas recomendadas e autorizadas para a região em questão (DOC – Denominação de Origem Controlada); e de um vinho que foi produzido com castas que não foram recomendadas e autorizadas para a região em questão (Regional). Várias vezes você poderá gostar mais de um vinho regional do que um DOC. Afinal, gosto é subjetivo….

5- VINHO DE MESA SÓ SERVE PARA COZINHAR – Embora o vinho de mesa seja de qualidade inferior quando comparado com outros vinhos, isto não significa que não existam bons vinhos de mesa que possam, efetivamente, ser consumidos. Muitos vinhos de mesa não são mais do que a mistura de uvas oriundas de duas regiões distintas e cujo resultado pode ser surpreendentemente muito bom! Podem parecer destinados para uso exclusivo na cozinha devido a sua apresentação (garrafa e rotulagem) e preço, uma vez que o seu rótulo não inclui informação vital sobre o próprio vinho (castas utilizadas, colheita/safra). Não há nada como pesquisar e provar…Para comprovar como este mito está errado, muitos dos vinhos italianos “fora da lei” nasceram como “Vino da Tavola” para depois se transformarem em IGT.

6 – OS MELHORES VINHOS SÃO AQUELES QUE CONTÊM NO RÓTULO PALAVRAS COMO “COLHEITA SELECIONADA”, “SELEÇÃO ESPECIAL”, “RESERVADO”, “RESERVA” E “GARRAFEIRA” – Estas designações que cobrem um sem número de rótulos de garrafas de vinho são pura estratégia de marketing e nem sempre são um indicador da qualidade superior do vinho em questão. As palavras “Reserva” e “Garrafeira” têm significado técnico real: são normas legais que identificam o vinho como um produto que concluiu o seu estágio mínimo em barricas e em garrafa – o que não significa, por si só, um vinho melhor, já que voltamos a questão gosto pessoal. Na Espanha, por exemplo, todo vinho “Reserva” obrigatoriamente deve ter passado pelo menos 12 meses em barricas de carvalho e mais 24 meses na garrafa antes de ser comercializado. Na Itália também controla-se por legislação os chamados vinhos de “Riserva”, quando um vinho foi envelhecido por pelo menos três anos. Em países sul-americanos, como Chile e Argentina, diversos produtores estampam “Reservado” nos rótulos sem as exigências legislativas dos países europeus. Portanto, por falta desse controle, o vinho reservado dessas regiões não é indício de superioridade, ou qualidade. Na teoria, os vinhos “reservados” são aqueles extraídos de safras separadas de um mesmo tipo de uva, colhidas em uma parcela específica dos vinhedos. Alguns enólogos acreditam que o uso da palavra “Reservado” é uma estratégia de marketing dos produtores. O certo é que, quem não gosta do aroma ou sabor de carvalho nos vinhos deve evitar vinhos com designações “Reserva” e “Garrafeira”.

7- APENAS O VINHO TINTO ENVELHECE BEM – Embora como regra geral, um vinho branco deva ser consumido dentro do prazo de 2 anos, sempre há exceções à regra e, em Portugal, alguns bons exemplos são o vinho Alvarinho (Monção e Melgaço) ou o vinho Encruzado (Dão). Alguns Borgonhas produzidos a partir da Chardonnay envelhecem com grande dignidade, alcançando elegância e finesse. O célebre branco alemão Riesling é a prova viva de que um vinho branco pode envelhecer lindamente, até aos 50 anos de idade!

8- VINHOS BRASILEIROS SÃO RUINS – Vinhos ruins são ruins. Os Vinhos Nacionais evoluíram muito na última década e fazem bonito quando degustados às cegas junto a bons vinhos internacionais. Devemos perder esta mania de depreciar o produto nacional frente ao importado. (observação de JFC – em nossa vinosfera não existe espaço para quaisquer preconceitos, enterre-os bem fundo!)

9- O TEMA “VINHO” É MUITO COMPLICADOAs pessoas é que são muito complicadas. É como dirigir, só parece complicado para quem nunca fez. O assunto é simples. O problema é que a maioria das informações é tão complexa, que muitos livros são verdadeiros testamentos, trazendo informação fora do alcance para a maioria dos mortais, gente comum, pessoas como eu e você. O Vinho é um tema ao alcance de todos. Você só precisa conhecer um bom vinho para apreciá-lo. O que você precisa saber sobre Vinhos para escolher, comprar, beber e gostar, é muito pouco, é como dirigir um carro, depois que você aprende dirige e vai adquirindo experiência.

10- VINHO DÁ DOR DE CABEÇA NO OUTRO DIA – Qualquer produto mal feito faz mal a saúde. Vinhos ruins darão dor de cabeça e no bolso também. O vinho, como qualquer alimento, possui substâncias químicas usadas como conservantes. Nos vinhos de baixa qualidade, os conservantes são usados também, para encobrir defeitos, falta de higiene no processo de produção e torná-lo bebível. Somado ao açúcar adicionado a vinhos de baixa qualidade, feitos com uvas inadequadas, podem surgir substâncias que criam a “dor de cabeça no dia seguinte”. O ideal é tomar vinho e hidratar-se com água. A falta de hidratação em alguns casos pode dar dor de cabeça

Salute e kanimambo

Seis Syrahs no Saca Rolhas

        Tenho degustado muita coisa legal em diversas degustações fora e também na Vino & Sapore, mas a falta de tempo não me tem permitido colocar no papel e tela essas experiências. Uma destas ocorreu ainda esta semana quando a confraria Saca Rolhas se reuniu para degustar vinhos Syrah de diversas origens. Uma bela degustação com um patamar de qualidade muito boa. Dois rótulos australianos, um francês, um português, um chileno e um sul-africano disputaram o título de melhor da noite.

Knappstein Shiraz 2008 (Austrália)– vinho de boa tipicidade da região, fruta madura, boa acidez, taninos equilibrados e um final de boca macia é um vinho redondo e fácil de gostar que possui uma ótima relação Qualidade x Preço x Prazer. Daqueles vinhos que, mesmo não sendo arrebatadores, terminam rápido na taça e pedem mais uma! (R$85)

St. Joseph Brunel de la Gardine 2007 (França/Rhône)– é sempre um prazer levar este vinho á boca por sua complexidade, riqueza de sabores e forma como ele se abre na taça tanto no sentido olfativo como no palato. Mais uma vez mostrou que é um vinho muito agradável porém se dá melhor com comida do que solo. Belo vinho, muito equilibrado, sem arestas e o quarto melhor do painel o que mostra que degustamos coisa muito boa nesta noite. (R$105)

Secreto Syrah 2009 (Chile)– na cor já mostra toda a sua diferença de terroir e conceito, mostrando-se cremoso na boca, fruta bem madura, boa estrutura, madeira bem presente, mas tem algo mais nessa composição do que somente Syrah, só não sabemos o quê e o produtor não diz! Saboroso, mas um degrau abaixo dos demais. (R$71)

Schild Estate Shiraz 2008 (Austrália/Barossa)– um senhor vinho que demora a abrir no olfato mas explode na boca causando um emaranhado de sensações. O 2005 já era muito bom e reinou por muito tempo nas diversas degustações que promovi ao longo dos últimos 4 anos, mas este chegou para chacoalhar o mercado e não é á toa que chegou onde chegou na avaliação da critica internacional, em especial da Wine Spectator que o destingiu com o sétimo lugar entre os top 100 de 2010. Muito rico, fruta madura (ameixa vermelha?) perfeitamente equilibrada com uma acidez no ponto e taninos muito finos e elegantes, um final de boca interminável em que aprecem nuances de tabaco, baunilha e pimenta. Não sei se é um blockbuster, mas certamente é difícil encontrar um vinho desta qualidade por pouco mais de 100 Reais. Faturou a noite com cinco primeiros lugares entre os doze participantes presentes, valendo cada tostão! (R$110)

Corte de Cima Syrah 2009 (Portugal/Alentejo)– para mim a maior surpresa da noite, um alentejano de grande qualidade que seduziu a maioria a ponto de alcançar a segunda posição da noite tendo sido para alguns o vencedor! Equilibrado, macio, madeira bem integrada, frutado e suculento, final muito saboroso, especiado, envolvente e de longa persistência, fazendo jus á fama deste produtor é uma das estrelas do Alentejo possuindo um portfolio de muita qualidade. (R$98)

Raka Biography 2009 (África do Sul) – escuro e denso mostrando-se muito equilibrado despertando sensações diferentes e alguns “uaus” entre os confrades e confreiras presentes. Talvez a melhor garrafa deste vinho que já tive oportunidade de provar. Aromas intensos e muito peculiares (café tostado/mineral/tabaco), encorpado, entrada de boca impactante mostrando uma personalidade muito própria e diferenciada de todos os outros vinhos tomados. Chegou de mansinho e levou o terceiro lugar da noite. (R$97)

        Este é somente nosso segundo encontro e já alcançamos, a meu ver, um patamar de qualidade muito bom com vinhos de preços médios. Agora é seguir garimpando trazendo á prova outros rótulos na busca de novas sensações e sabores. Junte os amigos você também, monte sua própria confraria  ou participe de degustações pois é uma ótima e agradável forma de ganhar litragem e descobrir os rótulos que mais lhe agradam sem ter que gastar muito,  transformando sua próxima compra em algo mais seguro reduzindo o risco de decepções.

       Uma curiosidade sobre os vinhos elaborados com esta cepa é de que afora a Austrália onde ela virou ìcone, o Chile vem produzindo alguns exemplares de muita qualidade, inclusive de clima mais frio, e na África do Sul onde ela está presente nos melhores vinhos de corte produzidos assim como em varietais. Garimpe por lá, você não deverá se frustar com as descobertas!

Salute e kanimambo

Contra Rótulos I – Dê Sua Opinião.

ADENDO EM 13/09:

      Que tal montarmos um contra rótulo como “deveria ser” no nosso conceito de consumidores  e publicá-lo assim como, essa parte me comprometo a fazer, enviá-lo a um bom número de produtores. Não vamos mudar o mundo, isso seria uma utopia, mas talvez possamos provocar uma pequena marola ! Já temos algumas idéias aqui, mas precisamos de mais sugestões, alguém mais se anima a participar?!   

   Tem uns que dizem tudo, até qual a semana do ano em que em que a uva foi colhida, o nível da tosta da barrica usada, quanto tempo de malolática e a que temperatura. Outros entram em frenesi poético com descrições delirantes sobre seus vinhos num processo de auto elogios que chegam a beirar o ridículo. Há aqueles que não dizem nada, mal e mal apontam que o vinho é fruto de “mosto fermentado de uvas viníferas europeias maduras”, duhh! Afinal, qual a função do contra rótulo e o que é que nós consumidores buscamos ao lê-lo? No outro dia na loja, um cliente se apaixonou pelo texto do contra rótulo de um vinho que se descrevia como um néctar dos deuses numa prosa realmente de primeira, verdadeira arma de seduzir incautos já que o vinho, mesmo que bom em seu contexto de preço, é um vinho simples de pouco mais de vinte reais.

          O Eugenio, do ótimo blog Decantando a Vida, publicou um post muito legal com algumas preciosidades dentro os quais retirei uma, o resto você clica no link e lê:

“Da altitude de 1.000m resulta um vinho diferenciado, que guarda segredos para serem desvendados… Abra esta garrafa e liberte o buquê da brisa dos campos e o sabor…”
(vinho Sozo 2005 Cab.Sauvignon/RS-Brasil)

        Afinal, o que você acha que um contra rótulo deveria dizer? Que informações lhe são realmente úteis e que não estão lá, pelo menos na maioria dos rótulos. Nesta semana afora comentar vinhos, publicarei um resumo de alguns artigos que li sobre o tema e achei geniais assim como darei minha opinião sobre o assunto. Neste momento, porém, gostaria de saber sua opinião. O que você busca de informação quando gira a garrafa para ler o contra rótulo?

Salute, kanimambo e fico no aguardo da participação dos amigos.

Para os Amantes de Vinhos Espanhóis

Dificil encontrar uma lista de safras por D.O. espanhola tão atualizada e completa. Encontrei-a enquanto pesquisava para uma palestra que darei dentro de dias e, obviamente, quis compartilhá-la com os amigos, até porque com a invasão de vinhos espanhóis pode ser um plus na hora de escolher entre tantos rótulos e safras sendo oferecidos no mercado.

CALIFICACIÓN AÑADAS DE LOS VINOS ESPAÑOLES
INFORMACIÓN FACILITADA POR LOS CONSEJOS REGULADORES DE LAS D.O.

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Alicante

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B

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E

MB

E

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MB

 

Almansa

MB

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MB

MB

MB

B

MB

B

B

MB

B

MB

E

MB

MB

MB

MB

MB

MB

 

Ampurdán-Costa Brava

B

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B

MB

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R

E

MB

MB

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B

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E

MB

E

MB

MB

 

 

Bierzo

MB

D

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B

B

B

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MB

MB

MB

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E

MB

E

MB

MB

 

 

Binissalem

B

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E

MB

B

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E

MB

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E

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E

MB

E

 

 

Bullas

 

 

 

MB

B

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E

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B

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MB

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MB

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MB

 

 

Calatayud

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R

B

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E

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MB

 

 

Campo de Borja

MB

B

B

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B

E

MB

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E

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MB

 

 

Cariñena

MB

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B

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MB

R

E

B

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E

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E

E

MB

E

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MB

 

 

Cava

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E

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E

E

E

MB

 

 

Chacolí de Guetaria

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Chacolí de Vizcaya

 

 

 

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B

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MB

 

 

Cigales

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E

E

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MB

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MB

 

 

Conca de Barberá

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R

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Condado de Huelva

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R

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E

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MB

 

E

MB

 

 

Costers del Segre

B

E

MB

E

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MB

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MB

MB

MB

E

E

MB

MB

 

MB

 

 

El Hierro

 

 

 

B

 

 

B

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B

 

B

MB

 

MB

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Jumilla

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La Mancha

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E

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MB

 

 

 

La Palma

 

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Lanzarote

 

 

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E

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E

E

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MB

 

 

Málaga

 

 

 

 

 

 

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MB

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E

 

 

B

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Méntrida

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Mondéjar

 

 

 

 

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Monterrei

 

 

 

 

 

E

E

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E

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E

E

E

MB

MB

 

 

 

Montilla-Moriles

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R

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E

E

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MB

MB

MB

 

 

Navarra

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MB

 

 

Penedés

B

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E

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MB

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Plà de Bagés

 

 

 

 

 

MB

E

MB

E

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MB

 

MB

MB

MB

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MB

 

 

 

Priorato, Calificada

MB

E

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E

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E

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E

E

 

 

MB

 

 

 

Rías Baixas

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MB

E

E

E

E

B

MB

 

 

Ribeira Sacra

 

 

 

 

B

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E

 

MB

 

 

MB

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MB

 

 

Ribeiro

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MB

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MB

E

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MB

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MB

E

MB

 

 

Ribera del Duero

B

R

MB

E

E

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E

MB

E

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E

MB

B

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MB

E

E

 

Ribera del Guadiana

 

 

 

 

 

 

B

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MB

B

B

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MB

 

 

Rioja, Calificada

B

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E

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E

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E

 

Rueda

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B

B

B

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MB

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Somontano

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E

E

E

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E

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B

E

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MB

E

E

E

MB

MB

 

 

Tacoronte-Acentejo

MB

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B

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R

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MB

B

 

MB

 

B

B

 

 

Tarragona

B

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B

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E

 

 

 

 

Terra Alta

MB

 

MB

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E

MB

E

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E

E

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Toro

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MB

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MB

E

E

E

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MB

E

 

 

 

Utiel-Requena

MB

E

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B

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B

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MB

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E

MB

B

B

E

E

MB

B

 

 

 

Valdeorras

B

R

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MB

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MB

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Valdepeñas

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E

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E

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E

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Valencia

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E

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E

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Valle de Güimar

 

 

 

 

 

B

B

B

B

B

B

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B

MB

MB

 

 

 

 

 

Valle de La Orotava

 

 

B

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MB

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B

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B

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R

B

MB

MB

 

MB

 

 

Vinos de Madrid

B

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B

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MB

E

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MB

 

 

Ycoden-Daute-Isora

 

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B

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Yecla

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E

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MB

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B

B

MB

     

                                       

E: excelente / MB: muy buena / B: buena / R: regular / D: deficiente

Fonte: El Corte Inglés

Que Vinho é Este?

       Considere este post como um “quizz” para testar seus conhecimentos. Aliás, quem sabe não vira algo regular aqui? Fui numa degustação e me deparei com este vinho, divino por sinal, que mexeu com todos os meus sentidos, inclusive o visual. Afinal, olhando este final de taça com essa cor, brilho e transparência, que vinho você acha que eu estava  tomando e tanto me entusiasmou? Vão pensando e Segunda-feira eu conto, enquanto isso, faça seu comentário e me diga, que vinho é este?!

Tabela de Safras 2011

                Todos os anos com o apoio dos amigos da Mistral, publico a tabela de safras que eles elaboram. Como sabemos, estas tabelas safras são como notas de critico, tem que sorver moderadamente e ser usado com parcimônia. São meros indicativos que servem como parâmetro de avaliação e decisão quando nos deparamos com produtores ou rótulos desconhecidos. Já tomei ótimos vinhos de safras muito ruins e vinhos não tão bons de safras ótimas então tudo é muito relativo e, creio eu, o produtor é fator essencial nessa equação. No entanto, no caso de nos depararmos com o mesmo rótulo com o mesmo preço, porém de safras diferentes, a lógica nos leva a comprar o vinho produzido na melhor safra.

Como a tentação e a oportunidade batem à porta sem aviso, nunca é demais imprimir esta tabela e carregá-la na sua carteira para dirimir eventuais duvidas. Clique na tabela para ampliá-la.