Degustações

Desafio de Cabernet Sauvignon do Novo Mundo, às Cegas!

Seis vinhos e apenas 12 vagas (tops 14) disponíveis para mais esta Degustação às cegas onde estarão presentes seis vinhos do Novo Mundo de diversas idades em que, afora vermos como a Cabenet Sauvignon se dá em em terroirs tão diversos do Novo Mundo, também teremos oportunidade de ver como seus vinhos evoluem com o tempo e até que ponto o preço é algo relevante. Selecionei vinhos das safras de 2008, 2010, 2011 e 2012,veja a lista dos desafiantes a melhor vinho da noite que você pode ter a chance de julgar com preços médios de mercado sendo que o Carmelo Patti (vinho, rs) viajou especialmente para este evento.

  • Da Argentina – um Clássico, Carmelo Patti 2008 de Mendoza , R$175,00
  • Do Brasil – do vinhedo mais alto do Brasil em São Joaquim (1427m), Torii 2008, R$96,00
  • Da África do Sul – da região de Paarl, no Cabo, Mont du Toit Les Coteaux 2010, R$198,00
  • Do Uruguai – Pisano RPF 2011 , de Canelones, R$155,00
  • Da Nova Zelândia – de Hawke’s Bay (Ilha Norte), Brooksfield Ohiti Estate 2012, R$198,00
  • Do Chile – do Vale de Colchagua, Casa Silva Gran Terroir Los Lingues 2012, R$150,00

Nenhum vinho com menos de seis anos! Como sempre, acompanhará a degustação uma tábua de queijo, embutidos, pão, azeite especial, água, café e o estacionamento é gratuito como de praxe. Para abrir os “trabalhos”, um Santa Augusta Brut como boas vindas. Neste dia, eventuais compras de qualquer um dos rótulos em disputa terão um desconto de 10%.

Preço especial de R$125,00 pagos no ato da reserva. Se gostou não hesite, como já sabem as vagas são limitadas e só sobraram 4! Dia 22, na Vino & Sapore a partir das 20h

Em Junho, Setúbal é em São Paulo e Rio!

Pelo menos no quesito vinhos, mas vão faltar as sardinhas e o queijo do azeitão!! rs Enfim, não se pode ter tudo né?? Apesar do crescimento nas vendas no Brasil, a região ainda carece de melhor conhecimento por parte da comunidade enófila em terras brasilis. Este evento creio que é uma boa oportunidade de explorar um pouco mais essas terras a pouco mais de meia hora ao sul de Lisboa. Dá para ir de manhã e voltar à noite para o hotel ou ainda curtir o dia por lá a caminho do Alentejo e de Évora.

A Península de Setúbal tem uma forte tradição vitivinícola. Em 2000 a.C. a região acolheu as primeiras vinhas da Península Ibérica. Com o passar do tempo, Setúbal e as suas penínsulas adquirem maior prestígio e importância, tornando-se um destino turístico de excelência graças à natureza e ao patrimônio edificado, igualmente rico em diversidade e importância histórica. As culturas da vinha e do vinho têm sabido integrar-se e adaptar-se aos novos tempos e são hoje unanimemente reconhecidas como joias da região, importantes recursos e produtos enoturísticos.

Peninsula de Setubal (2)

Na Península de Setúbal produzem-se três tipos de vinho certificado: Vinhos DO Palmela; Vinhos DO Setúbal e Vinho Regional Península de Setúbal, tanto em brancos como tintos e fortificados e foi com o avanço de 23,42% nas importações deste vinhos em 2017 que as 15 empresas portuguesas que atuam no Brasil vinculadas à Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) decidiram dar um passo a mais no sentido de divulgar a marca Vinhos de Setúbal em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os destaques nas vendas ficaram, principalmente, por conta dos vinhos produzidos a partir das uvas castelão (também conhecidas como periquita), além dos brancos e moscatéis. Entre as marcas mais icônicas no Brasil estão Periquita (José Maria da Fonseca), Bacalhôa (Quinta da Bacalhôa), António Saramago, Horácio Simões e Venâncio Costa Lima, cujo vinho Moscatel Roxo de Setúbal 2013 conquistou o título de melhor moscatel, na 17ª edição do concurso francês “Muscats du Monde”, realizada em julho de 2017.

De acordo com Henrique Soares, presidente da CVRPS, o Brasil é o segundo país para exportação dos vinhos de Setúbal o que é um excelente resultado, considerando a crise econômica brasileira. “É uma consequência do desempenho firme da estratégia promocional desenvolvida para o Brasil nos últimos anos”, ressaltou. Junte-se a isso o reconhecimento da qualidade dos vinhos portugueses, que hoje ocupam a segunda posição no ranking da bebida importada no país, de acordo com dados divulgados pela Consultoria Ideal. “Serão duas grandes provas, dia 7 de Junho em São Paulo no Consulado Português e 5 de Junho no Rio (Copacabana Palace). Além disso, várias empresas da região vão marcar presença nos eventos “Vinhos de Portugal” organizados pelo Globo e pelo Jornal português “Público”, na expectativa de continuar a fazer crescer essa “boa onda” dos vinhos portugueses no Brasil, para os quais a Península de Setúbal tem dado um forte contributo” – afirmou.

Curiosidades:

O nome Periquita teve origem na propriedade Cova da Periquita, localizada em Azeitão (região de Setúbal), de onde provinham afamadas uvas de grande qualidade. José Maria da Fonseca iniciou a vinícola por volta de 1830 e, desde então, a fama dos vinhos produzidos com as uvas dessa área foi difundida por toda a região de Setúbal. Hoje, castelão é o nome legal desta uva, apesar de ainda ser reconhecida como “Periquita” entre os locais.

Os melhores moscatéis do mundo

No ano passado, os moscatéis da Península de Setúbal mantiveram-se entre os melhores do mundo graças ao primeiro lugar conquistado pelo Moscatel Roxo de Setúbal Venâncio da Costa Lima 2013, na 17ª edição do concurso francês “Muscats du Monde”. A empresa Venâncio Costa Lima também arrebatou ouro com o Pioneiro Moscatel Roxo de Setúbal. Ainda receberam medalhas de prata o Malo Moscatel Roxo de Setúbal Superior 2009 – Malo Tojo Estates; o Bacalhôa Moscatel de Setúbal Superior 30 anos; o Venâncio da Costa Lima Moscatel de Setúbal 2013; o Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal; o Adega de Pegões Moscatel de Setúbal; e o Sivipa Moscatel Roxo de Setúbal 2011.

As 15 empresas da CVRPS atuantes no Brasil: Adega Cooperativa de Palmela, CRL; António Saramago – Vinhos; Bacalhôa – Vinhos de Portugal; Casa Ermelinda Freitas; Coop. Agr. de Santo Isidro de Pegões; CW – Comporta Wines; Horácio dos Reis Simões; José Abreu Lopes Mota Capitão – Herdade de Portocarro; José Maria da Fonseca Vinhos; Malo-Tojo Estates; Pêgo da Moura; Quinta do Piloto – Vinhos; Brejinho da Costa; SIVIPA (Soc. Vinícola de Palmela); Sociedade Agrícola da Arcebispa.

Setubal - Save the Date Brasil SP[7664]

Outras informações estão acessíveis pelos sites: www.vinhosdapeninsuladesetubal.pt e www.moscateldesetubal.pt

Pronto, avisei, agora quem quiser participar que corra atrás, eu vou! rs Kanimambo e espero encontrar você por lá ou por aqui mesmo. Sáude!

Cheers Smile

Desafio de Syrahs às Cegas

Há cerca de dois meses promovi mais este Desafio de Vinhos e foi um sucesso com um ganhador que poucos esperavam (eu sim! rs) e algumas performances que deixaram a desejar. Vou resumir aqui um pouco do que achei de cada vinhos e divulgar o ganhador que a banca degustadora, composta de amigos apreciadores de vinho, elegeu como o melhor vinho do Desafio.

Tivemos seis desafiantes presentes ao “ring”; Raka Biography da África do Sul, Brunel de la Gardine St. Joseph 2016 do Rhône – França, Vista da Serra 2015 da Guaspari, São Paulo – Brasil, Las Moras Gran Syrah 3 Valleys 2010 de San Juan – Argentina, Loma Larga 2012 de Casablanca – Chile e Tandem 2011 de Marrocos. Diferentes estilos, porém qualidade acima da média, contendedores de respeito aqui.

Loma Larga 2012 – explode na boca com um monte de especiarias tendo como background uma boa camada de fruta. Talvez o vinho apresentado que mais demonstrou as características que se esperam de um bom Syrah. Preço na casa dos R$230,00

Las Moras Gran Syrah 2010 – muito expressivo no nariz, denso na boca, taninos aveludados, final algo defumado, madeira bem integrada, prima pelo equilíbrio e em função da idade, mesmo que ainda com alguns anos pela frente, mostra uma notas terciárias de couro e tabaco. Sempre um “competidor” de respeito! Preço na casa dos R$220,00

Raka Biography Shiraz – Na cor é escuro como breu, chegando ao nariz com aromas intensos e muito peculiares (café tostado/mineral/tabaco), complexos e inebriantes. Encorpado, entrada de boca impactante mostrando uma personalidade muito própria e diferenciada de todos os outros vinhos tomados. Taninos finos presentes , aveludados, potente e elegante, um grande vinho que surpreendeu muito positivamente a maioria. Preço na casa dos R$180,00

Brunel de la Gardine Saint Joseph 2016 – jovem, muito jovem e …. lamentavelmente apresentou notas aromáticas de redução (sulfa/enxofre) que afetou a avaliação da maioria. Com um tempo em taça esses aromas se reduziram fortemente enquanto o vinho se integrava, mas na boca se mostrou bem como esperado, porém sem a exuberância esperada. Não esteve bem, mas é um grande vinho. Preço ao redor de R$210,00.

Tandem 2011 – Sempre uma grata surpresa porque vem de Marrocos que, convenhamos, não possui uma produção vitivinicola de porte, mas há indícios de produção por lá desde os tempos dos fenícios. A colonização francesa e investimentos estrangeiros junto com terroir interessante de altitude tem mostrado alguns bons vinhos, entre eles este Syrah com a mão de um produtor do Rhône de renome, Alain Grillot. Vinho já bem integrado, especiarias, frutos frescos, taninos macios, final de boca de boa persistência, vinho que se bebe bem e se pede bis! Preço na casa dos R$180,00.

Guaspari Vista da Serra 2015 – um vinho paulista que ganhou fama internacional e já se deu muito bem em alguns outros Dasafios. Desta vez não empolgou, mostrou um certo desiquilíbrio, não sei se pelo tempo de garrafa, porém a sensação que ficou é que o vinho perdeu aquela complexidade tipica dele, longe de outras garrafas abertas. Uma pena. Não estava ruim, mas achei que faltou punch e acabou não se classificando bem. Preço na casa dos R$190,00

Desafio de Syrah na Vino & Sapore Abril 2018

O ganhador? Na ordem da esquerda para a direita na foto, a classificação que mostrou o Las Moras Gran Syrah com 245 pontos seguido do Loma Larga com 226, Raka com 215, Tandem com 198 e finalizando com o Guaspari e e Saint Joseph. Mais um belo Desafio de Vinhos realizado na Vino & Sapore na Granja Viana e o próximo será em Junho com um Desafio de Merlots – Brasil x Hermanos! Três dos melhores Merlots nacionais x representantes da Argentina, Chile e Uruguai, ás cegas obviamente, quem vai faturar??

Kanimambo pela visita, saúde e seguimos nos encontrando por aqui ou por aí nas curvas de nossa vinosfera.

 

 

Desafio de Syrah às Cegas dia 17/04

O primeiro de 2018 já que só recentemente o ano começou de verdade. Obviamente que a realização do evento se dará na Vino & Sapore onde receberei os amigos com um Espumante de boas vindas eBlind tasting by Mark A. Stamaty SEIS belos exemplares de Syrahs de primeiro nível sendo servidos de forma aleatória e às cegas para que, sem qualquer influência externa, você se debruce sobre alguns vinhos escolhidos por mim. Vinhos da; Argentina, França, Marrocos, Brasil, Chile e África do Sul serão servidos às cegas e você escolherá o melhor vinho deste embate, você será o Juiz. Eu, bem eu só abro a boca no final! rs

Eis os Desafiantes ao Melhor Syrah da noite com os preços de mercado. Está bom, se você preferir Desafiantes ao Melhor Syrah do Mundo!! rs Enfim, brincadeiras á parte a seleção é de primeiro nível e somente 12 “juízes” estarão presentes então faça logo a sua reserva.

Las Moras 3 Valleys Syrah – San Juan/Argentina (R$225,00) / Brunel de La Gardine St. Joseph – Rhône/ França (R$215,00) / Tandem – Marrocos (R$189,00) / Raka –  Stanford/África do Sul (R$195,00) / Guaspari Vista da Serra – SP/Brasil (R$195,00) e Casas del Toqui Gran Toqui Syrah – Maule/Chile (R$145,00)

Onde fica a Vino & Sapore? Para quem é da região a localização dispensa apresentações, mas aqui vai para os outros amigos interessados: Rua José Felix de Oliveira 875, centrinho da Granja Viana acesso pelo km 24 da Rodovia Raposo Tavares sentido Cotia, a partir das 20h e somente 12 vagas disponíveis das quais 4 já eram! Estacionamento gratuito no local, água, queijos, embutidos, pão artesanal e azeite. Reservas antecipadas, valor por pessoa de R$160,00 pagos no ato da reserva, casais R$300,00. Ligue para (11) 4612-4647 de Terça a Sexta das 14 às 20h , Sábado das 10 às 19h ou passe na loja ou envie e-mail para vinoesapore@gmail.com e garanta logo seu lugar nesse embate que promete!

Conheça um pouco mais da cepa Syrah/Shiraz e prepare-se para o julgar o Desafio. O artigo inteiro está aqui, publiquei em em 2008 e de lá para cá muito vinho já rolou na taça, mas acho que está bastante atual.

Syrah ou Shiraz, dependendo em que parte do mundo é cultivada, é mais uma das grandes uvas Francesas que percorreram o mundo como a Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay entre outras. Estudos a apontam como a sétima cepa mais plantada no mundo (2005) com cerca de 150.000 hectares plantada pelo mundo afora. Hoje certamente deve ser bem mais!Syrah Grape Fred Miranda

Dizem que sua origem, e nome advêm da cidade de Shiraz na Pérsia antiga tendo sido disseminada pelos Fenícios, porém estudos de DNA realizados por um grupo de pesquisa da Universidade de Viticultura e Enologia da Califórnia em 1998, determinaram que a origem é mesmo do sul da França, proveniente da “cruza” das cepas Dureza e Mondeuse Blanche. Foi exatamente nessa região, norte do Rhône, que esta cepa ganhou fama e daí se espalhando pelo mundo ganhando popularidade na versão varietal e em diversos cortes. Está muito presente, também en toda a costa mediterrânea, inclusive da África, em especial no Languedoc Francês onde aparece muito em assemblages.

         Do Rhône à África do Sul, passando pela Sicília, Portugal, Chile e Austrália, são inúmeros os estilos de vinhos elaborados devido aos mais diversos terroirs em que são plantados. Como em qualquer outra cepa, impossível generalizar! O que é fato é de que em algumas regiões, têm apresentado uma exuberância difícil de ser sobrepujada. É uma cepa bastante tânica gerando vinhos bastante encorpados de grande estrutura e capacidade de envelhecimento. Os bons exemplares de Syrah tendem a trazer consigo uma certa dose de mineralidade, fruta intensa e uma marca muito própria de especiarias com uma certa alusão a pimenta gerando um final de boca algo picante. Os vinhos do Novo Mundo tendem a ser mais potentes e intensos,com maior presença de fruta madura e algo de chocolate enquanto os Europeus puxam para um estilo mais elegante, porèm de grande estrutura, com taninos aveludados de boa textura e algo mais especiados.

Uma boa semana para todos e não esqueçam do O Vinho da Páscoa, porque Bacalhau com Guaraná não combina não!! rs Kanimambo pela visita, saúde e nos vemos por aí ou por aqui.

Melhores Desafios de Vinho!

O que são esses Desafios de Vinho e porquê da existência deles? Na minha coluna no Jornal Planeta Morumbi (já falecido) e posteriormente aqui no blog, uma dúvida sempre pairava em minha cabeça, como os vinhos se comportam para nós seguidores de Baco sBlind tastinge omitirmos rótulo, safra, origem desse vinho? Foi dessa duvida que nasceram os Desafios de Vinhos às cegas que posteriormente vim a estender, de forma algo mais didática, nas confrarias que administro e que recomendo a todas.

Como implementar? Encontrei diversos parceiros com espaço e que ao final serviam um prato (pago pelos participantes), eu entrava com os vinhos, em parceria com os importadores e produtores, e taças. Quis sempre executar esses Desafios com uma mescla de experts e “simples” enófilos chegados nestes caldos e muito dos resultados foram enorme surpresas. Entre a turma presente a estes encontros, os enófilos José Roberto Pedreira, Dr. Luis Fernando Leite de Barros e Fábio Gimenes / os blogueiros Álvaro Galvão (Divino Guia), Daniel Perches (Vinhos de Corte), Alexandre Frias (Diario de Baco), Cristiano Orlandi (Vivendo Vinhos), Evandro Silva e Francisco Stredel (Confraria 2 Panas), Claudio Werneck (Le Vin au Blog) / os lojistas e profundos conhecedores Simon Knittel (Kylix) e Emilio Santoro (Portal dos Vinhos) / o restauranteur Ralf Schaffa / a Denise Cavalcante na época assessora de imprensa e amiga, convidados eventuais como os experts Eduardo Milan, José Luiz Pagliari e Breno Raigorodski entre outros perfazendo sempre um grupo entre 10 a 14 participantes na banca degustadora.

Na Retrospectiva 10 Anos, um dos melhores desses Desafios foi o de Uvas Ìcones realizada nas instalações da Zahil em Setembro de 2009 em que um vinho VENEZUELANO surpreendeu! Este post copio abaixo, porém ao final dou uma série de links para quem quiser explorar outros desses momentos e ver algumas das gratas surpresas encontradas.

Agora quero compartilhar a experiência, comentando um pouco sobre os vinhos conforme a ordem em que foram servidos, lembrando que notas e comentários são a média e coletânea do que colhi nas planinhas de degustação há época (Set/2009) e os preços, óbviamente, não são mais válidos. Ao final listo o vinho preferido de cada degustador e a nota dada por ele. Foi uma tremenda experiência sensorial em função da diversidade de uvas representando cada país e um intruso!

Uvas Ícones 006Barbera Le Orme 2006 de Michele Chiarlo (Zahil) representando a Itália, com 88 pontos da Wine Spectator, é um vinho da região de Asti mostrando bem sua tipicidade com uma cor rubi, brilhante com bastante fruta vermelha ao nariz. Na boca é macio, sedoso e equilibrado, rico com um final muito fresco pedindo comida. Um vinho gastronômico, mas versátil que também se toma muito bem sozinho ou acompanhado de um bom prato de queijos e frios, sendo fácil de agradar desde os mais neófitos dos enófilos até aos mais tarimbados. Muita elegância num vinho que costumo denominar como amistoso e confirmou minha opinião anterior. Obteve a média de 85,73 pontos e custa R$79,00.

 

Uvas ìcones 001Touriga-Nacional Reserva 2005 da Quinta Mendes Pereira (Malbec do Brasil) representando Portugal, recebeu 16,5/20 pontos da Revista de Vinhos portuguesa, tendo-se mostrado á altura das expectativas. De nariz intenso, fruta confeitada e algo balsâmico com sutis nuances florais . Na boca apresentou-se com taninos firmes porém finos, harmônico, saboroso, complexo, acidez no ponto mostrando-se também bastante gastronômico (arroz de pato?) com um final de boa persistência. Um belo vinho que alcançou a pontuação média de 86,36 e custará, assim que chegar, por volta de R$90,00. (Importador mudou)

 

Uvas Ícones 010Zinfandel Pezzy King 2005 (Wine Lover’s) o competidor mais difícil de conseguir já que quem tinha não quis participar e quem queria não tinha o rótulo disponível. Ao falar com a Giselda, por indicação do amigo Álvaro, no entanto, a coisa mudou de figura. Não são muito os rótulos disponíveis no Brasil e, consequentemente, não são sabores a que estejamos acostumados. Este possuía uma paleta olfativa muito intensa e convidativa onde se destacavam toques de licor de cereja, fruta em compota e amoras. Na boca segue intenso, de bom volume de boca, taninos maduros e sedosos, harmônico com um final algo adocicado com coco e chocolate perfeitamente balanceado por uma acidez correta que deixa um retrogosto de quero mais. Belo Vinho que obteve a média de 88,91 e custa R$110,00. Tem uma história de que cliente VIP tem 20% de desconto, então vale conferir no site deles. (hoje tenho na Vino & Sapore safra 2009)

 

Uvas Ícones 005Tempranillo Sierra Cantabria Crianza 2004 (Peninsula) foi o desafiante espanhol que veio com um senhor retrospecto, o de ter obtido 90 pontos da Wine Spectator e ficando entre os top 100 de 2008 dessa conceituada revista. Acho que os 40 minutos de decantação foram pouco para este renomado vinho que se apresentou fechado, nariz tímido em que aparecem aromas de fruta vermelha fresca (ameixa) e algum tostado. Na boca segue fechado, algo austero, taninos ainda jovens e firmes ‘pegando” um pouco, acidez muito boa que convida a comer e pede um prato com “sustança”. Final de boca mostra um certo desiquilibrio, coisa que um tempo mais em garrafa, ou o dobro do tempo em decanter, devem harmonizar mostrando todo o potencial do caldo. Obteve uma média de 83,41 pontos e custa ao redor de R$109,00. Um vinho que necessita de uma segunda visita!

 

Uvas Ícones 007Carmenére Ochotierras Gran Reserva 2005 (Brasart), o representante Chileno desta cepa que possue amantes e ferrenhos opositores. Eu não sou fã, mas gosto de alguns rótulos, entre eles este. Vinho pronto não devendo melhorar mais do que já está. Nariz balsâmico com nuances vegetais e alguma especiaria. No palato apresenta-se redondo, macio, equilibrado com taninos sedosos, boa acidez e estrutura mostrando-se muito elegante e saboroso. Obteve a média de 84,68 pontos e custa em torno de R$90,00. (importador fechou)

 

Uvas Ícones 012Pinotage Morkell PK 2004 (D’Olivino), o desafiante sul africano desta cepa que também é pouco conhecida por aqui com muita coisa bastante rústica e barata (existem exceções) e caldos como este, com muita qualidade, um vinho que enobrece a casta. Classificado por alguns membros da banca como, misterioso e intrigante, mostra no olfato aromas complexos em que aparecem com maior destaque cacau e frutas secas, com boa evolução em taça. Na boca é harmônico, boa estrutura, denso e rico de sabores com um final muito agradável com toques de especiarias. Vinho para tomar com calma e mais uma boa participação dos vinhos desta importadora. Obteve a média de 87,73 pontos e custa ao redor de R$120,00. (Importador fechou)

 

Uvas Ícones 015Pomar Reserva 2006, o nosso vinho surpresa da noite, e que surpresa! Da Venezuela, Bodegas Pomar, região de Lara a 480mts de altitude vem este saboroso corte de 60% Petit Verdot, 23% Syrah e o restante de Tempranillo, um assemblage diferente e criativo que surpreendeu a todos tendo sido escolhido por um dos membros da banca, como o melhor vinho da noite. Como vinho surpresa, posso introduzir qualquer coisa no painel, então a escolha por um vinho que não fosse varietal, mas que trazia consigo uma enorme dose de exotismo. Por ser um corte foi fácilmente identificado pela maioria, porém a sua origem deixou a todos perplexos. Fruta madura, ervas e alguma especiaria compõem uma paleta olfativa muito agradável que convida levar a taça à boca onde se mostra muito equilibrado, elegante, complexo com boa evolução em taça, taninos aveludados e muito gostoso. Um conjunto sem arestas que obteve o reconhecimento de quase todos, houve uma única nota mais baixa, que resultou numa média de 86,45 pontos e não está disponível para venda.

 

Uvas Ícones 018Pinot Noir J. Cacheux Bourgogne Les Champs D’Argent 2006 (Decanter), nosso desafiante  francês e talvez o vinho mais fácil de identificar pois já no exame visual se mostrava com toda a sua tipicidade com uma cor rubi clara, brilhante, quase clarete. Nos aromas muita sutileza com a presença de frutos do bosque como morangos e framboesas assim como leves nuances florais. Na boca, taninos finos e sedosos ainda bem presentes, rico e complexo mostrando nuances de salumeria, um vinho sedutor como são a maioria dos bons Pinots, em especial os da Bourgogne. Obteve a média de 86,45 pontos e custa ao redor de R$119,00.

 

Uvas Ícones 008Shiraz Bridgewater Mill de Adelaide Hills 2005 (Wine Society), o representante da Austrália onde essa cepa virou rainha. De boa tipicidade, nariz discreto mostrando alguma fruta vermelha e especiarias. Na boca aparece uma madeira mais presente, porém sem subjugar o caldo, e álcool um pouco saliente sem ofuscar um conjunto muito agradável, de bom corpo, taninos presentes, aveludado e macio, acidez moderada, elegante com um final bem saboroso que satisfaz e nos faz pedir mais. Obteve 86,91 pontos e custa ao redor de R$87,00. (Importador fechou)

 

Uvas Ícones 017Malbec Rutini 2006 (Zahil), o nobre desafiante desta cepa que já virou sinônimo de Argentina, mesmo sendo francesa (como a maioria), mas que vem crescendo também no Chile e até aqui no Brasil já começam a aparecer alguns exemplares. Rubi violáceo, bem típico da casta, apresenta um perfil aromático composto de frutas escuras, algo vegetal e nuances florais que despistaram muitos da banca. De boa estrutura, no palato é suave, com taninos finos e sedosos, elegante, equilibrado com um final muito agradável e levemente frutado mostrando boa persistência. Um Malbec algo diferenciado que obteve 85,59 pontos e custa R$119,00.

 

Uvas Ícones 009Merlot Valduga Storia 2005 (Portal dos Vinhos), uma cepa que já se tornou símbolo da Serra Gaúcha. Eu que adoro este vinho, não o dentifiquei em função de uma intensidade aromática muito além do que tinha experimentado em vezes anteriores. A forte presença de café tostado, moka, que impacta a primeira “fungada” mostra a forte presença de madeira e a necessidade de um período maior de decantação para que o vinho encontre seu melhor equilíbrio olfativo quando aparece um pouco mais os aromas frutados com nuances florais. Na boca, alguma fruta negra, leve toque químico, untuoso, rico e complexo com um final algo tânico com retrogosto que nos lembra caramelo e muito boa persistência. Obteve uma média de 88,14 pontos e custa algo ao redor de R$110, porém devido à raridade, já se houve falar de R$130 e mais!

 

Uvas Ícones 014Tannat Abraxas 2002 (Dominio Cassis), rótulo premium do produtor, do qual somente 600 garrafas foram produzidas numa região diferente das tradionais áreas produtivas no Uruguai, em Rocha. Mais um dos vinhos que mostraram bem o que são, muita tipicidade num tannat de prima que ainda se apresenta fechado com taninos ainda bem presentes e firmes, porém sem qualquer agressividade, mostrando que ainda tem muito anos de vida e avolução pela frente. Nos aromas, algo herbáceo com nuances frutadas ainda tímidas que evoluem na taça. Na taça é uma explosão de sabores, rico e complexo com alguma madeira ainda por integrar, mas sutil, dando suporte a um conjunto gordo e harmonioso que enche a boca de prazer e ainda promete mais para daqui a alguns anos. As garrafas rareiam por aí, eu ainda tenho uma, e acredito que em 2012 estaremos perante um verdadeiro néctar. Obteve 86,77 pontos e custa por volta de R$105,00. (Hoje o 2011 tem na Vino & Sapore)

Apurados os resultados, o grande campeão da noite, o Melhor Vinho foi o Pezzy King Zinfandel (atropelando por fora). Pelos pontos obtidos e bom preço, a Melhor Relação Custo x Beneficio ficou com o Barbera D’Asti Le Orme e o vinho considerado como a Melhor Compra, o Bridgewater Mill Shiraz. Na segunda colocação no rol dos Melhores Vinhos da noite, o nosso Valduga Storia Merlot, seguido do Morkell PK Pinotage, do Bridgewater Mill Shiraz e completando o podio, o Abraxas Tannat 2002. O nosso vinho surpresa vindo da Venezuela direto para este Desafio de Vinhos na Zahil, obteve um honroso oitavo lugar entre vinhos e países produtores já consagrados mundialmente. Mas quais foram os vinhos preferidos de cada membro da banca de degustadores? Pois bem, para matar a curiosidade dos amigos, aqui está:

  • Emilio Santoro – Pezzy King Zinfandel – 89 pontos
  • Marcel Proença – Pezzy King Zinfandel – 93 pontos
  • José Luiz Pagliari – Morkell PK Pinotage – 91 pontos
  • Francisco Stredel – Pezzy King Zinfandel – 93 pontos
  • Evandro Silva – Bridgewater Mill Shiraz – 90 pontos
  • Ralph Shaffa – Storia Merlot – 91 pontos
  • Ricardo Tomasi – Storia Merlot – 91 pontos
  • Cristiano Orlandi – Rutini Malbec – 93 pontos
  • Fabio Gimenes – Pomar Reserva – 92 pontos
  • José Roberto Pedreira – Pezzy Kink Zinfandel – 92 pontos
  • Simon Knittel – Storia Merlot – 88,5 pontos
  • João Filipe Clemente – Pezzy King Zinfandel – 89 pontos

Como prometi, eis alguns links para outros interessantes Desafios de Vinho realizados:

Desafio de Vinhos Portugueses Agosto 2009

Desafio Alentejo x Douro Outubro 2009

Desafio de Bordeauxs abaixo de R$100 Julho 2009 – Surpresa com um intruso brasileiro

Desafio Decanter de vinhos Syrah Maio 2009 – um dos preferidos do Zé Roberto e Fabio Gimenes

Desafio Merlots do Mundo Junho 2009 – o Brasil dando as cartas

Desafio Luso x Brasileiro de Espumantes, em Lisboa Fevereiro de 2010 – memorável momento compartilhado com colegas blogueiros portugueses Pingas no Copo e Copo de 3! Saudades dos amigos.

Desafio de Petit Verdot Maio 2010

Blends do Novo Mundo que Cabem no Bolso Junho 2009 – vinhos do novo mundo até R$85,00 e mais uma vez aparecendo a força brasileira.

Divirta-se! kanimambo pela visita e um ótimo fim de semana. Segunda tem mais, fui!

Cheers Smile

 

 

 

 

 

 

 

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Primeiro Vinho do Ano é Branco!

Foi no apagar das luzes de 2017 que tomei este vinho, uma bela forma de terminaruva-pecorino-1 o ano! Me entusiasmou ao ponto de fazer dele o alvo de meu primeiro post do ano, uma vinho branco italiano em que a uva usada tem nome de queijo! É isso mesmo, a uva é Pecorino, de nome igual ao queijo que é elaborado com queijo de ovelha, e tem sua origem na regiões de Marche e Abruzzo onde volta a ter papel importante após um período meio abandonada. Mais sobre a uva você poderá ver clicando na imagem aqui do lado. Eu quero mesmo é falar do vinho! rs

Areline*, da Cantina Ripa Teatina é um vinho em que o primeiro impacto é literalmente extusiante pois seus aromas intensos e florais, são inebriantes e tomam conta de nossas sensações. Flores brancas do campo, frutas brancas, pessego, é uma festa! rs na boca muita fruta onde desponta a nectarina, numa segunda camada me dei conta de pera, talvez melão, final seco, acidez moderada e notas minerais completam um conjunto deveras agradável e sedutor. Daqueles vinhos que uma pessoa não sabe se funga ou se bebe, na dúvida muito de ambos!! rs

Eu já tinha tido a chance de provar um vinho elaborado com esta uva numa degustação da saudosa Kylix do amigo Simon e já naquela época me surpreendi e o indiquei como um dos melhores vinhos do evento. Foi o Casale Vecchio que há época entrou nos meus melhores de 2009 entre 50 e 80 pratas, porém não o tenho visto no mercado. Não é uma uva comum, porém com este preço (75 pratas ou por aí) e com toda esta personalidade, novos rótulos aparecendo, tenho a certeza que será uma uva que em breve se tornará mais conhecida e desde já sugiro aos amigos que ponham essa experiência em vossa wish list. Eu certamente procurarei outros rótulos, mas este fez minha cabeça e mostrou, uma vez mais, que bons vinhos podem sim ter preços igualmente bons!

 

Arenile

Essa garrafa abri para acompanhar meu almoço de dia 31 de Dezembro, empanadas de Queijo com cebola e calabresa, sem frescuras, ficou da hora. Uma ótima semana e um melhor ainda ano de 2018 explorando todos os caminhos deste mar de vinhos que Baco nos deixou, sem preconceitos, sem paradigmas de taça à mão e mente aberta, deixe-se surpreender! Saúde, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui ou por por aí em algum lugar dessa nossa imensa e intrigante vinosfera.

 

* Importado pela Premium e disponível na Vino & Sapore e outras boas lojas do ramo.

Salvar

Decero no TOP 100 da Wine Spectator!

Quem me acompanha sabe que gosto demais deste produtor e não consigo entender como eles ainda não estão de volta ao Brasil com algum importador sério e de ponta! Para quem ainda não os conhece, registrei minha última visita lá liderando um grupo em Setembro passado, veja mais clicando aqui.

Bem, mas falemos dos amigos da Decero que emplacaram o 34º vinho dos TOP 100 escolhidos pela influente revista Wine Spectator este ano. Foi com o seu Malbec “básico”, ao qual no post já tinha tecido comentários elogiosos. Veja abaixo e clique na imagem para ver mais premiações desta Bodega que tem uma gama relativamente pequena de vinhos, mas um melhor que o outro e alguma preciosidades como o Amano, os Mini Ediciones de Petit Verdot e do Tannat, sem contar o The Owl & The Dust Devil que conheci em Setembro e gamei. Por sinal, trouxe alguns deles que ainda estão em minha adega, porém o problema de ter uma garrafa só de cada é que fico com uma dó de abrir!! rs

Decero WS !cid_image001_jpg@01D37811

Gostou das recomendações, então quando estiver por terras argentinas, mergulhe de cabeça, prazer garantido! rs Antes que me perguntem, não não ganho nada com isso, sou movido pela paixão mesmo. Quando gosto me entrego, levo alguns tombos, mas levanto e sigo adiante porque esse é quem eu sou, me chamusco mas não sou de mudar minha essência para agradar a fulano ou beltrano. Enfim, Quinta mais dicas de espumantes para os amigos e sigo na labuta de final de ano lá na Vino & Sapore, onde aguardo os amigos! Kanimambo pela visita e uma ótima semana.

 

Salvar

Salvar

Salvar

Luca Syrah, Um Vinho que fez Minha Cabeça!

Há poucos meses tive a oportunidade de provar boa parte da linha de vinhos produzidos por Laura Catena neste projeto solo iniciado em 99 trabalhando com vinhedos antigos de parceiros terceirizados e alguma coisa própria. É o projeto Luca que também possui outras linhas baixo o nome de la Posta e o famoso Beso de Dante. Foram um total de 12 vinhos que apresentaram boa qualidade, não poderia ser diferente em função de quem se trata e da região dos vinhedos, mas dois deles despertaram mais minha atenção, afora o Syrah que me seduziu, e o que é melhor, foram os mais baratos!

La posta - Linha

La Posta Angel Paulucci Malbec 2012 – USD28,00 (Vinci), um Malbec com passagem de 12 meses por barricas de carvalho francês, só 10%novas, com um nariz muito atraente, na boca muito saboroso, vibrante, de taninos finos, redondo, já integrado, fácil de se gostar entregando muito prazer. Fácil tomar a garrafa!! rs

La Posta Glorieta Pinot Noir 2013 – USD28 (Vinci) frutos de um vinhedo a mais de 1000 metros de altitude com um mix de cinco clones trazidos da Borgonha. Doze imperceptíveis meses de carvalho francês de segundo uso que lhe aportam complexidade. Difícil encontrar tanta tipicidade num Pinot sul americano nesta faixa de preços, uma enorme surpresa. Prima pelo equilíbrio, gostei muito.

Luca Double Select Syrah 2013, show! – Vinhedos cultivados em parral desde 1971 em La Consulta no Vale do Uco, baixa produção (cerca de 18 mil garrafas) e esmero no trato da uva resultaram num vinho que me entusiasmou. São 14 meses de barrica francesa (40% nova e o restante de segundo uso) que nos trazem boa concentração, nariz frutado com uma boa presença de notas de especiarias,  cor escura, ótima textura de boca, encorpado, taninos aveludados bem presentes mas sem qualquer agressividade, meio de boca muito rica, algum defumado presente, final longo levemente apimentado com boa acidez, um grande Syrah em minha modesta opinião e um dos melhores que já provei de terras mendocinas. Não sou de pontuar, a não ser em bancas degustadoras quando se faz necessário, e costumo ser bem comedido quando o faço. Na maioria das vezes minhas notas estão sempre abaixo da maioria dos críticos, mas desta vez, confesso, estaria acima! rs Enfim, USD50 (Vinci), que no lamentável contexto de preços tupiniquim, vale bem a pena.

Luca Syrah

Linha de produtos muito boa, os Lucas têm uma legião de seguidores, estilo mais encorpado com bastante extração, porém sempre com taninos de muita qualidade buscando o equilíbrio. Gostei bastante do Chardonnay e o Beso de Dante é sempre um vinho de excelência que aprecio muito, mas a meu ver esse incrível Syrah, que não conhecia, me seduziu e me fez lembrar muito do Siesta (não mais produzido) de seu irmão Ernesto. Por hoje é só, em breve compartilho outras experiências com vocês, fui! Kanimambo pela visita

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Vertical de Catena Chardonnay

Há tempos que falo aqui sobre os vinhos brancos argentinos aos quais poucos dão a atenção devida, mas afinal no Brasil, poucos dão bola para os vinhos brancos mesmo! Uma pena, mas enfim, há que se respeitar idiossincrasias culturais de cada região mesmo que não deixemos de trabalhar para tentar mudar esse status quo! rs

São inúmeros os bons rótulos, inclusive de chardonnays, especialmente agora que se exploram novos terroirs, mais frios, de maior amplitude térmica e de solos mais calcáreos o que tem resultado em vinhos mais complexos e de acidez e mineralidade mais acentuadas. Um dos grandes exemplos disso são os Catenas White Stones e White Bones, vinhos que alcançaram um nível de qualidade, na opinião de diversos críticos internacionais porque ainda estou por provar, inimaginável há 15 anos atrás. Tim Atkins, um desses renomados críticos, o ano passado apontou o White Stones, caso não esteja equivocado, como um dos melhores se não o melhor vinho argentino provado. James Suckling, outro desses renomados críticos, acabou de soltar seu TOP 100 vinhos de 2017 em que o vinho mais pontuado argentino, em 6º lugar, foi exatamente esse White Stones 2014 de que falei anteriormente e, lógico, com a mão do amigo Alejandro Vigil, um maestro da enologia.

Recentemente estive na Catena e provamos um incrível Catena Alta Chardonnay, o El Enemigo Chardonnay é de se tirar o chapéu, gosto muito do Ruttini Chardonnay, enfim são inúmeros os ótimos vinhos sendo elaborados pelos hermanos em terras mendocinas com esta nobre uva. Uma revolução está ocorrendo por lá à qual precisamos prestar mais atenção e parar de achar que a Argentina é só terra de tintos e a casa dos Catena (e agregados! rs) arrebenta com bons chardonnays em todas as faixas de preço!

Bem depois desse preâmbulo todo, falemos desta vertical que descobri tinha na adega da Vino & Sapore, uma garrafa cada de Catena Chardonnay, uma de 2013, outra de 2014 e finalmente a mais nova e por onde iniciamos este pequeno e informal desafio de safras, a de 2016. Sem muita  treta, como diz meu amigo Pingus do bom blog Pingas no Copo, e bastante objetivo:

Catena chardonnay

2016, obviamente que foi o que apresentou a melhor acidez, mais jovem e irrequieto que seus irmãos. Fruta tropical, muito aromático, boa tipicidade, boca com algum toque cítrico que o diferenciou dos demais, final com notas minerais e leve amargor que não chegou a me incomodar. Um vinho que deverá evoluir muito bem e acho que vou guardar umas garrafas! rs MB

2014, tudo o acima (sem as notas cítricas) com uma acidez mais equilibrada e umas notas herbáceas que não apareceram no seu irmão mais novo. O que menos me entusiasmou neste estágio da vida dele, mas creio que deve evoluir bem por mais um bom par de anos. Legal se tivesse mais uma garrafa, gostaria de o provar daqui a um ou dois anos! B

2013, para mim a estrela da tarde; super cremoso, abacaxi, baunilha, um vinho de muita classe, harmônico, acidez ainda bem viva e balanceada, longo final de boca mostrando toda a sua maturidade e complexidade. O primeiro a acabar, entre idas e vindas, e o que mais deixou saudades. MB+

Esta linha da Catena, é um blend de chardonnay advindo de três vinhedos em regiões e terroir diferentes; Pirâmide (Agrelo/Lujan de Cuyo), Domingos (Bastías/Tupungato) e Adrianna (Gualtallary/Tupungato) exceto pelo 2016 que também leva uvas do vinhedo El Cepillo (sul do Vale do Uco). Fermentação sur lie num mix de barricas de carvalho e tanques de inox,leveduras selvagens, passa posteriormente por cerca de dez meses em barricas novas e de segundo e terceiro uso e só cerca de 60% do vinho faz malolática. Na casa dos 120 Reais é um bom exemplar de Chardonnay que merece uma boa taça para que que possa mostrar todos seus atributos.

Por hoje é só, uma ótima e produtiva semana para todos, kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui ou qualquer outro canto desta nossa vasta vinosfera, sáude!

 

 

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Prova de Cabernet Franc no Antonietta Cucina

Dia 23 próximo no restaurante Antonietta Cucina em Higienópolis, São Paulo, ás 20 horas, uma degustação temática em que apresentarei seis exemplares de Cabernet Franc de Mendoza explorando diversos estilos e terroirs, para tão somente 12 pessoas com reservas antecipadas. Ao final da degustação será servido um prato de “Paleta deAntonietta salão reservado Cordeiro com Polenta Mole o qual será acompanhado com, obviamente, uma taça 150ml de um outro Cabernet Franc. O evento de dia 17 na Granja Viana já se encontra esgotado.

A Argentina e em especial Mendoza, vêem surpreendendo consumidores e críticos mundo afora com ótimos exemplares de Cabernet Franc tanto em varietais 100% como com um tempero de algo mais (como os incríveis exemplares do Gran Enemigo), porém ainda varietais por possuírem um mínimo de 85% da uva declarada, e em blends dos mais diversos estilos e sabores. Na França, seu berço, é quase que só usada nos famosos cortes bordaleses (Bordeaux margem esquerda e direita) e na forma de varietais no Vale do Loire, especialmente em Chinon e Bourgueil.

Nos últimos anos temos visto um aumento paulatino de novos vinhedos na Argentina, porém mesmo com toda a fama que vem ganhando no mercado, seus poucos mais de 900 hectares seguem tendo uma tímida participação se comparado aos mais 40.000 hectares de Malbec plantados! Nesta degustação temática, só com vinhos 100% varietais de Cabernet Franc originários de Mendoza, que serão realizadas ás cegas, vamos explorar a diversidade numa mesma uva mostrando como o homem, parte do terroir, pode influenciar o produto final! Os primeiros três rótulos trouxe de minha recente viagem e, consequentemente, não haverão garrafas para vender, dos outros sim caso haja interesse.

Zorzal Eggo Franco Cabernet Franc 2015 – vinhedos de Gualtallary, 1350 metros de altitude, Vale do Uco elaborado em ovos de cimento sem revestimento, orgânico e sem passagem por madeira. Preço de mercado R$230,00 (RP94)

Ernesto Catena Siesta en el Tahuantinsuyu 2013 – vinhedos de Vistaflores, 1100 metros de altitude, também do Vale do Uco. Oitenta por cento passam em barricas francesa e o restante em americanas, sendo que 70% são novas e o resto de segundo e terceiro usos. Não tem por aqui, mas seus similares estão na casa dos R$260,00. James Suckling 92 pontos

Matías Riccitelli Cabernet Franc 2012 – Um blend de uvas de duas diferente regiões, 50% de Agrelo em Lujan de Cuyo e Vistaflores (maior altitude) no Vale do Uco. Afinamento por 16 meses em barrica francesa e também não está disponível no Brasil. Seu Cabernet Sauvingon está e o preço é de R$295,00 então podemos nos basear no mesmo patamar. Guia Descorchados (Patricio Tapias) 93 pontos.

Cabernet Franc - Degustação Mendoza

Casarena Lauren´s Single Vineyard Cabernet Franc 2013 -uvas de Agrelo (920 metros), Lujan de Cuyo elaborado com leveduras naturais e fermentado em barricas de 500 litros para posterior afinamento em barricas francesas novas por um período de 18 meses. Seu preço no mercado gira em torno de R$230,00 e recebeu 92 pontos de Tim Atkins.

Fabre Montmayou Cabernet Franc Reserva 2015 – uvas de Vistalba (950 metros de altitude), Lujan de Cuyo com vinificação tradicional e maceração longa de 20 dias, 60% do lote passa por barrica francesa de primeiro uso e o restante se mantém em inox para o blend final e engarrafamento. Seu preço gira na casa dos R$125,00 e recebeu 94 pontos de Tim Atkins e ganhou o Troféu Regional de Melhor Cabernet Franc da Revista inglesa Decanter.

DeVita Cabernet Franc 2014 – uvas de Perdriel (950 metros de altitude), Lujan de Cuyo, uso de leveduras indígenas, maceração de 20  a 25 dias, passas 12 meses em barricas francesas de primeiro e segundo usos com mais um ano de afinamento em garrafa antes de sair ao mercado. Primeira experiência de nosso amigo Deco “Cabernet Franc” Rossi (rs) na produção de vinhos em parceria com a Lagarde, quantidade limitada e preço na casa dos R$150,00.

Local – Antonietta Cucina Rua Mato Grosso, 402, Higienópolis, São Paulo

Horário – 20 horas

Valor – R$220,00 pagos no ato da reserva

Lugares – Limitado a 12 lugares com reservas antecipadas.

Reservas e mais informações: jfc@falandodevinhos.com ou por telefone/Whatsapp (11) 9.9600-7071

Salvar