Vino & Sapore

Loire o Jardim da França e Eterno Desconhecido no Brasil

O Loire é uma das mais lindas regiões da França produzindo vinhos excelentes porém um pouco fora da curva no gosto novomundista de vinhos potentes e viris. Estamos aqui diante de vinhos que primam pela finesse, pela elegância, pela sutileza mais do que pela força bruta e, talvez por isso ou pelos preços algo mais salgados, bastante desconhecido de nossa vinosfera tupiniquim.

Para mostrar um pouco da região e dos vinhos de lá, montei uma degustação temática que mostrará um pouco da região e, especialmente, seus principais vinhos. Veja só:

Dia 26 de Fevereiro, a partir das 20 horas, a primeira grande degustação temática do ano que realizarei na Vino & Sapore (Granja Viana) quando conheceremos melhor a região do Loire, suas principais AOC’s, suas uvas e seus vinhos ainda tão pouco explorados no Brasil. Nesta degustação temática com prova de alguns vinhos de muita qualidade escolhidos por mim especialmente para este evento, faremos uma visita virtual à região.

Loire
A região é especialmente pródiga nos vinhos à base de Sauvignon Blanc, de Chenin Blanc, da Muscadet (não confundir com Moscato) e de Cabernet Franc. Na taça, vamos provar a enorme diversidade de estilos e ver como uma mesma uva pode gerar espumantes, vinhos tranquilos secos, meio doces e doces com a mesma graça e qualidade. Como parceiros nesta empreitada, a Premium Wines, importadora que possui um dos melhores portfolios de vinhos da região, a Decanter e Vinci.

  • Vigneau-Chevreau Vouvray Brut (R$115,00) – PremiumSorry sold Out
  • Carré Muscadet Chasseloir Maine-et-Sévre sur lie 2013 (R$96,00) – Premium
  • Fournier Sancerre l’Ancienne Vigne 2011 (R$180,00) – Premium
  • Chateau de Tracy Mademoiselle T Pouilly-fumée 2012 (R$159,00) – Decanter
  • Domaine Huet Vouvray Sec Clos du Bourg 2011(R$214,00) – Premium
  • Pensée du Pallus Chinon 2009 (R$180,00) – Vinci
  • Domaine Huet Vouvray Moeilleux le Haut Lieu 2009 (R$269,00) – Premium

A região é berço da Tarte Tatin, então encerraremos o evento com o vinho doce Moielleux da Huet harmonizado com a célebre torta elaborada pelo amigo Ney Laux. Ao final, cada participante receberá um CD com imagens da região. Tudo isso por apenas R$135,00 por pessoa com café e estacionamento inclusos, pagos no ato da reserva.

Cheers, bom feriado e se alguém souber de um espaço em Sampa onde possa vir a realizar algumas destas degustações (tem gente reclamando que só faço na Granja Viana), me avise! Procuro um espaço onde possa reunir de 14 a 24 pessoas, eventualmente com comida. Kanimambo e um ótimo carnaval para todos. Eu estarei trabalhando, até porque alguém precisa matar a sede dos foliões né?!

* Eventuais troca de rótulos por produto similar ou superior poderão ocorrer.

Vinhos Abaixo de Quarenta Que Satisfazem

Díficil a tarefa de encontrar bons vinhos que satisfaçam tanto o palato como o bolso, especialmente abaixo das 40 pratas, mas os há por aí. Tem gente que não acredita, que tem preconceito para com vinhos mais em conta, porém num país de preços exorbitantes de tudo, há que se garimpar esses rótulos. Pessoalmente e não é de hoje, adoro pesquisar esses rótulos até porque sempre tive que pagar por meus vinhos e nem sempre a grana abundou. Estou sempre aberto a receber vinhos para prova nessa faixa de preços, porém é incrível como vem pouca coisa e desses, o tanto que rechaço!

Os vinhos chilenos nessa faixa não têm me agradado muito e mesmo os argentinos que conseguem fazer uns vinhos mais palatáveis estão perdendo para os vinhos Lusos e olha que existe aqui uma diferença alta de taxação, 27%, isso sem falar de custos de transporte! Para mim, a linha que separa o mediano do medíocre, indepentente de origem, é a traçada pelo preço de R$25,00 porém até aí existem exceções (sempre as há) mesmo que bem mais raras.

Portugal FixeJá me referi há um tempinho atrás, de que nessa faixa de preço não tem para ninguém, existe uma série maior de melhores vinhos portugueses nessa faixa de preço do que de qualquer outra origem e para todos os gostos; fruta madura, madeira, sem madeira, alto teor alcoólico, baixo, tintos, brancos, rosés e por aí vai. Hoje listo aqui três vinhos de três regiões diferentes que surpreendem os mais incautos e os esnobes de plantão. Tomados ás cegas, tradicionalmente transmitem uma percepção de valor bem maior, como se fossem vinhos entre os R$50 a 60,00 e desafio você a fazer esse teste. Para mim, uma seleção de bons vinhos para o dia-a-dia com preço para lá de convidativo e, muito mais que medianos, são muito bons vinhos nessa faixa mostrando uma qualidade acima da média.

Costumo dizer que os vinhos conversam com a gente, alguns mais que os outros, e estes já têm um papo bastante agradável, têm o que dizer e o dizem bem! Agora, só toma Carmenére, Cabernet Sauvignon e Malbec, bem nesse caso creio que está perdendo muiiiiito por não ousar e diversificar, mas respeito pois nem todos gostam de blends e esses são todos fruto de uma composição de uvas e muitas autóctones de Portugal. Como diz o ditado, o que seria do amarelo se todos só gostassem do vermelho?! Bem, eis os vinhos e minha rápida e sintetizada opinião sobre eles:

Vinhos lusos abaixo de 40 pratas

VilaFlor tinto – Produzido no Douro Superior pela Casa de Arrochela, é um vinho com blend típico da região; Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca com educados 13% de teor alcoólico, acidez bem equilibrada, ótimo meio de boca (bom de papo), rico, fruta e especiarias bem presentes, taninos aveludados com um final de boca de boa intensidade. O branco é outro achado que ganhou como o melhor branco abaixo de R$50 na Expovinis deste ano e já mencionei aqui.

Confidencial Tinto – Este vem da região Lisboa e conhecemos numa apresentação que o Master of Wine Dirceu Viana Jr., brasileiro que mora em Londres e é o único Master of Wines da língua portuguesa, fez numa máster Class sobre vinhos portugueses e da escolha de seus TOP 50 vinhos lusos para terras tupiniquins. Elaborada pela Casa Santos Lima, é um vinho elaborado com cerca de seis a oito castas não divulgadas. Bem frutado, médio corpo, rico, frutas silvestres, taninos maduros e suculentos, taninos finos com frutos do bosque, notas de baunilha, algum moka de final de boca, um verdadeiro achado que agrada fácil demonstrando perfeito equilíbrio com seus 13% de álcool muito bem integrados e médio corpo.

Monte Perniz – Chegamos ao Alentejo onde a modernidade se une à tradição o que se confirma neste blend de 40% Aragonez, 30% Syrah, 20% Alicante Bouschet e 10% Cabernet Sauvignon sem passagem por madeira. Um vinho mais leve, porém não ligeiro. Taninos mais suaves, fruta mais presente, mas sem aquela sobremadurês com que muitas vezes nos deparamos nos vinhos da região. Todo ele é mais fresco, macio e fácil de agradar. Para acompanhar a pizza de fim de semana ou pratos mais leves, um vinho que não nega a raça!

O bom de todos estes vinhos é que são uma ótima opção para eventos, jantares, casamentos e festas de fim de ano pois são baratos (normalmente se compram caixas), são saborosos e agradam fácil os convivas tanto os mais dedicados aos vinhos como os iniciantes. Tá na duvida do que comprar neste final de ano então viaje um pouco, vá de vinhos portugueses! Aqui estão apenas algumas boas dicas, mas o mercado tem muita coisa boa a ser provada então aventure-se um pouco.

Salute, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui ou melhor, vem comigo para uma experiência única em Mendoza!

Riesling e Joelho de Porco (Eisbein)

Eisbein 2Uma dupla alemã de respeito em mais um encontro da Confraria Saca Rolhas na Vino & Sapore. Já testei essa mesma harmonização e o resultado foi igual, sozinho o alsaciano se destaca porém ao chegar o prato o alemão mostra suas garras e essa foi a sensação da maioria. O Eisbein pelas mãos do chef e cozinheiro de mão cheia Ney Laux estava perfeito e o chucrute divino, porém como temos uma porta voz, deixemos a amiga e confreira Raquel Santos dar sua visão e compartilhar conosco suas emoções de mais este experimento.

Assim como todo vinho tem uma história, as parcerias que ele faz com as comidas, incluído como parte das refeições, coloca-o lado a lado na história da alimentação.

Esta experiência, com um Riesling, tão comum aos povos germânicos, pode parecer estranho para nós que temos alguns parâmetros pré estabelecidos, como aquela máxima que diz que vinhos brancos devem combinar com peixes ou comidas mais leves, ou mesmo que são vinhos para dias quentes de verão. Curiosamente, podemos constatar que toda as regiões nos arredores do Alpes, produzem principalmente vinhos elaborados com uvas brancas.

No nordeste da Itália (Trentino-Alto Adige e Friuli-Veneza Giulia) reinam Chardonnay, Pinot Grigio, Pinot Bianco, Sauvignon Blanc, Riesling e Gewürztraminer. Assim como na França (Alsacia), onde faz fronteira com a Alemanha, o Riesling do Reno disputam a maestria na elaboração desse vinho, cada um à sua moda. Além da Suíça e Áustria, com suas variedades locais, também dividem sua situação geográfica e o clima alpino.
A harmonização desses vinhos com as comidas típicas de países frios podem parecer à primeira vista algo inusitado. Quando pensamos nos queijos curados, de massa cremosa, ou nas fondues, nos salsichões e joelhos de porco (Eisbein), chucrute, carnes defumadas e condimentadas, o mais óbvio seria pensar num vinho potente, que ampare a gordura e os sabores marcantes. Pois acreditem: Esse vinho pode ser um Riesling! Neste caso a comida entra com o ataque potente e o vinho vem para apaziguar os ânimos mais exaltados. São leves, refrescantes e limpam o paladar, sem deixarem de ser marcantes.

Começamos o encontro bem dentro dos nossos propósitos:
Um espumante italiano da região de Franciacorta. Próximo à cidade de Bressia, as pés dos Alpes, esse DOCG se notabilizou por produzir os melhores espumantes do pais feito pelo método clássico, com a uva Chardonnay:
1. Lo Sparviere Brut 2007 – Gussali Beretta – 100% Chardonnay
Aromas de pão e biscoito amanteigado. Boa persistência, acidez e corpo. Perlage contínua, que se perde um pouco no final. Tinha uma lembrança de outras provas, tratar-se de um espumante com muita pérlage. Daí pode-se perceber que os vinhos não se comportam igualmente em todas as ocasiões.
Na sequencia seria servido o jantar:

Um eisbein suculento que pareceu ter sido cozido na própria gordura, que foi totalmente retirada depois. Acompanhado de batatas cozidas, chucrute e mostarda.
Para acompanhar o prato, dois vinhos:

2. Eugen Müller – Forst – Kirchenstück – 2012
Riesling alemão, da região do palatinado (Pfalz). No início os aromas são tímidos, mas vão evoluindo com o tempo na taça. Percebe-se a mineralidade do solo argiloso, com ótima acidez, corpo persistente e longo. No final, aparecem nuances cítricas e borracha. Muito elegante. Ficou muito bom com a carne que tinha sabores sutis, defumados e da gordura do cozimento.

3. Gustave Lorentz – Vin d’Alsace – Reserve Riesling – 2010
Riesling francês, da região da Alsacia de cor mais dourada, demonstrando alguma evolução. Denso e perfumado. Aromas florais frutas brancas (peras, maçãs e melão). Na boca parecia bem complexo e equilibrado. A mineralidade típica estava presente, com bom corpo e boa acidez. O envelhecimento tirou-lhe um pouco de frescor, sem comprometer, mas dando-lhe mais seriedade. Final com uma doçura que casou muito bem com o chucrute, feito com cebolas caramelizadas e bacon.

Riesling e eisbein 1

Chegou a hora de partir para a sobremesa, mas o que está se tornando tradição nesses nossos encontros novamente aconteceu! A vontade de abrir uma garrafa extra para tirarmos a “prova dos nove”. E a sugestão foi irrecusável: Que tal mais um vinho branco, italiano do Alto Adige, elaborado por uma uva desconhecida por nós? Já ouviram falar em Kerner? A vontade de conhecer foi unânime e igual a qualquer viagem, que quando passamos pertinho de algum lugar interessante, pensamos: Já que estamos aqui tão perto, não custa nada dar uma passadinha lá, não é mesmo?

4. Kerner 2012 – Stiftskellerei Neustift – Abbazia di Novacella
De vinhedos proveniente do Valle Isarco (DOCG), bem ao norte da Itália, quase na divisa com a Áustria, essa uva foi batizada com o nome do médico e poeta Justino Kerner. Plantada principalmente na Alemanha é um cruzamento da Trollinger (ou Schiava) com a Riesling e adaptou-se bem nesse clima dos Alpes. Muito aromático, como pêssegos em calda, maçãs e cítricos. Na boca é muito encorpado, cheio de frutas tropicais(manga). Sua opulência é quebrada pela acidez bem colocada. É daqueles vinhos que quase dá para mastigar! Comparando com o Riesling, o Kerner tem mais fruta, sem perder o mineral, o floral e as notas cítricas típicas da Riesling.

E para encerrar nosso jantar tivemos uma belíssima Tarte Tatin que harmonizou muito bem com mais um Riesling alemão, da região do Mosel, só que com um grau de doçura maior que os anteriores. Um Spätlese, ou seja, de colheita tardia. As uvas atingem um nível de maturação maior antes da colheita e Tartin e rieslingconsequentemente serão mais doces, e mais alcoólicos. Esse me chamou a atenção pela dosagem alcoólica baixa. Apenas 8%.

5. Grans-Fassian 2007 – Piersporter Goldtröpfchen – Spätlese Riesling
Cor âmbar dourado com aromas frutados e minerais. Na boca mostrou certa untuosidade, com bom corpo e refrescância, devido à boa acidez. Sabores cítricos e muita maçã verde. Equilibrado e elegante.

Como podemos ver, nem sempre um vinho feito com uvas brancas significa falta de estrutura para acompanhar pratos mais consistentes ou mesmo, aquela bebida que “quase” poderia substituir a água nos dias de calor. As combinações que podemos fazer entre vinhos e comidas são infinitas e nunca será uma equação matemática. Por isso eu gosto de humanizar essa minha relação com eles. Imaginem uma conversa entre duas pessoas com pontos de vista diferentes. Quando um entende a questão do outro fica mais fácil chegar a uma conciliação. Isso é harmonização!

Jantar Vínico Luso na “A Quinta do Bacalhau”

Dia 29/11 a partir das 20 horas – Wine Dinner promovido por mim no restaurante

“A Quinta do Bacalhau”.

Depois do grande sucesso da primeira edição realizada em Maio passado, vamos repetir a dose com vinhos e pratos diferentes numa harmonização única. Vejam abaixo o menu degustação e vinhos a serem servidos.

BoasvindasEspumante Quinta Don Bonifácio Brut

Entrada – Salada Lisboeta (Grão de Bico e Bacalhau) e Bolinhos de bacalhau com o vinho verde Dona Paterna Trajadura/Alvarinho

1º prato – Rojões (carne de porco cortada em cubos), prato típico alentejano com o DFJ Touriga Nacional/Touriga Franca da região Lisboa.

2º prato – Cataplana de bacalhau (batatas e tomate) com o Grandes Quintas Reserva, um tinto do Douro

Sobremesa – Queque de Amêndoas, acompanha Porto Quinta do Infantado Tawny Reserva Dª Margarida

Serão servidos 100ml de cada vinho acompanhando o prato, exceto o Porto com 50ml. Preço de R$160 por pessoa (pagos no ato da reserva) com direito a água com e sem gás e o café ao final do jantar. Refrigerantes e outras bebidas serão cobradas à parte.

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As reservas estão limitadas a 40 pessoas e na última edição lotamos rápido então não hesite e garanta logo sua participação. O evento se dará a partir das 20:00 no restaurante que fica na estrada para Caucaia do Alto acesso pelo km 39 da Rodovia Raposo Tavares. Aguardamos seu contato tanto através do blog, na Vino & Sapore (comercial@vinoesapore.com.br) Tel. (11) 4612-6343 quanto no “A Quinta do Bacalhau” contato@aquintadobacalhau.com.br ou Tel. (11) 4616.5481.

Degustando os Frutos do Garimpo na Argentina

A Degustação da Mala, um encontro com somente 12 seguidores de Baco com quem compartilho experiências e caldos que se destacaram na minha taça durante minhas viagens enófilas. Quem esteve na minha última degustação com vinhos que escolhi em viagem pelas terras dos Hermanos argentinos, não se arrependeu, foi um show de grandes vinhos assemblage. Desta feita, trago algumas coisas novas que ainda estão por chegar e outras nem virão. Vinhos de diversas cores e estilos, vinhos para o seguidor de baco curioso e aberto a provar coisas novas, que não tem medo do inusitado!

Dia 18 de Novembro ás 20 horas na Vino & Sapore (click no link aqui do lado), Granja Viana

Como abertura, um saboroso e muito bem feito Espumante Nature de Pinot Noir da Fin del Mundo (Patagônia) que me surpreendeu muito positivamente.

Dando sequência, um branco único e muito diferente, preparem-se para algo que nunca lhes passou pela boca! Brutal Torrontés, esqueça tudo o que você já tomou desta uva!! Seiscentas garrafas, um branco vinificado como tinto, sem filtrar, um vinho laranja! Um vinho para quem gosta de se aventurar, um vinho que se odeia ou se ama, mas sempre um vinho intrigante!

Otra Piel Gen, o primeiro tinto, é um inusitado corte de Cabernet Franc mais Cabernet Sauvignon e Pinot Noir sem passagem por madeira. Algo “precioso” diriam os Hermanos.

Damos um pulo para um trio de tirar o chapéu!

Demente, um inusitado corte de Cabernet Franc, uva do momento na Argentina, com Malbec, para mim um dos melhores vinhos argentinos que provei ultimamente. Um curioso nome para um produto fruto da demência de um enólogo e seus parceiros.

33 de Dávalos da Bodega Tacuil elaborado bem cerca de  Colomé (em Tacuil) a 2700 metros de altitude em tanques de cimento sem passagem em madeira porém com uma estrutura e capacidade de guarda impressionante. Adoro este produtor que não está presente no Brasil pois sua pequena produção não o permite. Em uma outra oportunidade trouxe o RD dele, mas este é de um patamar bem mais alto!

Nasceu uma nova estrela, ainda não presente no Brasil, da Achával Ferrer, o Special Blend um corte divino de Cabernet Franc com Petiti Verdot de cair o queixo e pedir bis, o que vai ser difícil pois só tem uma garrafa, vinhaço!

Bomba, tem surpresa na área! Amostra do vinho ícone da Casa Montes Ícono que ainda não foi etiquetado e do qual este grupo foi o primeiro a provar fora do pessoal da Bodega. Aliás, uma grata surpresa essa Bodega sanjuanina de vinhos de ótima relação Qualidade x Preço e esse vinho ìcono mostrou muitas qualidades. Para o Brasil, se e quando vier, terá outro nome que também ainda ninguém sabe qual é e eu consegui uma garrafa para compartilhar com os amigos nesta degustação.Sorry sold Out

Queijos, azeite e pãozinho durante, porém ao final serviremos nossas (Caminito) já famosas empanadas, pois tem tudo a ver! O preço é de R$120,00 por pessoa a ser pago no ato da reserva e não aceitaremos mais do que doze reservas então melhor correr!

Liguem na Vino & Sapore e reservem já! Mail: comercial@vinoesapore.com.br Tel. (11) 4612.6343 ou 1433 das 11 ás 19 horas exceto Domingo (fechado) e Segunda quando abre somente às 15 horas.

Bem, por hoje é só e não sei se conseguirei postar algo mais até segunda, então fica aqui um kanimambo especial e nos vemos em breve.

“Degustação de Pontos” ás Cegas – Um Exercício Sensorial

Pontuação     É meus caros, desta feita vamos “degustar pontos” e fazer um experimento! Vai dizer que você nunca comprou vinho por pontuação? Nunca?!! Duvido, mas enfim, não interessa se comprou ou não eis aqui uma chance de esclarecer na taça e ás cegas uma pergunta; Vinhos com pontuação são melhores do que os que não têm pontuação? Vinho de pontuação mais alta é melhor que um de pontuação mais baixa?

Para colocar isso á prova, dia 8 de Outubro vou montar uma degustação na Vino & Sapore com 4 vinhos entre 92 a 94 pontos (Wine Spectator, Robert Parker, Stephen Tanzer, Penin ou Guia Descorchados) um entre 85 a 90 pontos e um último vinho sem pontuação em nenhuma dessas principais mídias e tão pouco de outros consagrados críticos.

Após esse exercício, somaremos as notas que os degustadores presentes tenham dado aos vinhos e apuraremos os três principais rótulos pontuados que em seguida serão revelados e as notas recebidas pelos críticos mostradas. Será a que a sua nota acompanhará?

A escolha dos vinhos será minha e não os divulgarei antes, serão servidos totalmente ás cegas, então quem vier terá que confiar no meu taco quanto ás qualidades dos vinhos a serem apresentados. O que posso antecipar é que haverão vinhos de diversas origens; Argentina, Chile e Europa certamente! Somente 12 cadeiras na mesa, quem vai encarar? Preço R$95,00 por pessoa, casal (duas pessoas ou mais) pagam R$180,00 que deverá ser efetivado no ato da reserva. Aguardo a confirmação dos amigos, porém já sabem, se demorar as vagas acabam! Para quem estiver interessado ligue para a Vino & Sapore no número (11) 4612-1433 entre as 11 e 19 horas, envie seu e-mail para comercial@vinoesapore.com.br ou ou contate-me pelos comentários aqui.

Quinta Divina Comemora 1 Ano

Tenho o privilégio de recepcionar mensalmente quatro confrarias e é sempre motivo de muito orgulho poder celebrar mais um ano de vida, neste caso o primeiro, pois de alguma forma isso vem demonstrar que o nosso trabalho está sendo apreciado o que me faz muito feliz já que me dedico a isso com paixão. Na loja as Enoladies (a primeira confraria) irão comemorar quatro anos dentro em breve, a Saca Rolha já completou três, a Vino Paradiso (de harmonização) já passou de dois anos e agora aniversariou a Quinta Divina!

Para comemorar, pedimos ao amigo Ney Laux que nos preparasse um jantar à altura do momento que tentaríamos harmonizar com dois diferentes vinhos. Sempre um espumante para abrir os “trabalhos” e como o jantar seria algo mais tarde, abrimos duas garrafas que tinha para prova como um “esquenta”. Eis minhas impressões.

quinta divina - ano 1

Cava Juve y Camps Vintage Brut Cinta Purpura – Para min é um clássico entre as cavas e nesse patamar de preço (R$120) difícil encontrar coisa melhor. Um espumante que aprecio muito e fez jus a este grupo de confrades tão especial quanto o vinho. Uma bela forma de iniciar o 12º encontro do grupo.

Lagarde Cabernet Franc 2010 – comprovou o que já tinha degustado na Lagarde quando de recente visita. Um belo vinho com muitos anos de vida pela frente, rico, médio corpo para encorpado que depois de um tempo abre muito bem na taça. Decantar por uma meia hora vale a pena e certamente será um vinho que vai para o trono! rs

Benegas Don Tiburcio 2009 – mais um bom vinho que provo da Benegas que prima por seus belos assemblages. Vinho de muita estrutura, denso, complexo, com taninos firmes e madeira bem integrada, frutos negros, um vinho que parece de uma gama mais alta do que é e que também abre bem na taça. Grande potencial de evolução por mais um bom par de anos. Aprovado.

Chegou o Ney, Oba! Como prato um delicioso Goulash de Filé Mignon sobre uma cama de Spaetzel que estava, como sempre, excelente com tempero na medida, a páprica no ponto. Teve gente, não vou falar quem (rs) que repetiu três vezes!! rs Para harmonizar, um teste com dois vinhos; o Lan Reserva 2007 de Rioja e um Loma Larga Syrah 2009 de Casablanca no Chile, dois vinhos de que gosto muito. Cada um reagiu de um jeito à comida o que foi um exercício muito interessante.

  • O Lan (Tempranillo com mazuelo e garnacha) já com sete anos de vida, mostrou algumas gostosas notas de evolução e amaciou o prato formando uma harmonização mais delicada. Um vinho com muita tipicidade que encanta no nariz e na boca.
  • O Loma Larga Syrah de zona fria (Casablanca) com seu perfil mais cheio de especiarias, ótima fruta e acidez algo mais afiada levantou o prato e foi uma explosão de sabores acentuando as especiarias do prato. O Malbec deles leva a fama e é muito bom, porém este Syrah é impressionante!

Duas harmonizações muito boas, questão de gosto, com resultados opostos o que nunca tinha experimentado. Gostei demais! Pensa que terminamos, terminamos não pois ainda estava por chegar a Tarte Tartin (torta de maçã para facilitar) do Ney que é famosa aqui na região da Granja Viana em que ele teve restaurante por 25 anos. Adoro harmonizar este prato com o Anselmann Gewurztraminer Spätlese que nasceu para isso, delicioso! Pode colocar junto com apfelstrudel que é outra ótima harmonização.

Enfim, café para alguns e hora de combinar o próximo encontro e o tema a ser abordado. Mais um delicioso momento de alegria e descontração num encontro de boa gente com boa gastronomia ressaltada por vinhos marcantes, sempre um privilégio! Salute, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos. Semana que vem finalizo os posts sobre Mendoza, até lá.

Degustação Tempranillo Com …………..?

tempranillo 2          Amigos, eis uma bela forma de se começar a semana! Dia 15/09  (próxima Segunda) na Vino & Sapore a partir das 20 horas Falar de Tempranillo é falar de Espanha e da região da Rioja onde a maioria dos vinhos tintos são elaborados com esta cepa tanto em forma varietal como em cortes tradicionais com Garnacha, Graciano, Mazuelo, Cabernet e outras cepas. A origem de seu nome vem da palavra espanhola temprano, que significa cedo, devido á precocidade de seu ciclo vegetativo em relação às outras variedades tintas da região. É uma uva de muitos nomes porém de um mesmo perfil independentemente de onde seja cultivada; Ull de Llebre (Catalunha); Cencibel (La Mancha); Tinto Fino ou Tinta del Pais (Ribera del Duero ), Tinta de Toro (Toro) todas na Espanha e ainda Tinta Roriz (Douro e Dão) e Aragonez (Alentejo) ambas em Portugal. Há, no entanto, outros países onde podemos encontrar a Tempranillo como a Argentina, Brasil e Austrália assim como pelo menos um vinhedo perdido na Toscana!
A uva, aparentemente, se dá muito bem na companhia de outras e a idéia desta degustação é exatamente descobrir alguns desses assemblages e provar esses sabores menos costumeiros comprovando, ou não, se essa premissa é verdadeira. Como fica a Tempranillo com outras uvas?! Serão sete vinhos em prova. Seis vinhos de Espanha e um penetra de outro país numa degustação às cegas para vermos onde a Tempranillo se deu melhor, em casa ou fora? Vai perder? Perde não! Somente 12 lugares e os vinhos espanhóis já selecionados  são:

  • Rejadorada – blend com Garnacha da Região de Toro
  • Gran Sello – blend com Syrah da região de Tierra de Castilla
  • Abadia Retuerta Rívola – blend com Cabernet Sauvignon da região de Sardon del Duero
  • Martué – blend com Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Syrah do Pago de La Guardia
  • Lan Reserva – blend com Mazuelo e Garnacha da região de Rioja
  • Intruso – ?????????

Para começar serviremos um Tempranillo 100%  de Ribera del Duero – Pago de Capellanes – só para vocês terem um comparativo e também poderem tirar uma outra conclusão, a cepa vai melhor só ou acompanhada?! ! Custo desta brincadeira que será acompanhada de frios e queijos espanhóis será de apenas R$80,00 por pessoa (valor a ser pago no ato da reserva) e as vagas estão limitadas a meras 12 cadeiras! Te aguardo?  Lancei ontem para alguns amigos e já temos quatro reservas então só faltam 8 lugares. Já sabe, se deixar para perto do dia a probabilidade é não existirem mais vagas, vai dar mole?

Salute, kanimambo e nos vemos com um um tempranillo na taça?

Assemblages Argentinos – Sedução na Taça

Ontem conversando com a esposa de um amigo que também milita no setor, veio o comentário de que o vinho argentino está mudando e para melhor, algo em que acredito piamente. Perdendo um pouco dos excessos, seja de álcool ou extração, com fruta excessivamente madura, acidez pouco presente e taninos doces, por vezes enjoativos após umas duas ou três taças. Ish, já falei, mas que isso era a realidade lá isso era independentemente de ter um monte de gente que gosta do estilo, afinal o vinho é democrático! É o mundo produtor de Mendoza abrindo o olho para o mercado já que a malbec não ficará em alta ad eternum e a sobrevivência do setor certamente passará pela exploração de todo o potencial do terroir mendoncino através de outras castas e bons blends que produzem, tradicionalmente, vinhos mais complexos e mais equilibrados.

Nesta recente viagem creio que vimos um pouco dessa mudança inclusive uma maior diversidade e a prática de blends mais presentes mesmo que somente com duas uvas o que os Hermanos gostam de chamar de bivarietais. Esse conceito amplamente usado pelos produtores europeus, visa mesclar uvas de forma a extrair o que cada uma tem de melhor mostrando um resultado superior à mera soma aritmética dos fatores. A enologia argentina chega assim em sua maturidade produzindo alguns belos vinhos aos quais tiro o chapéu. Seja no blends da mesma uva de diversos vinhedos em variadas altitudes com cada uma aportando algo diferente, seja na mescla de diversas cepas onde a Cabernet Franc e a Petit Verdot invariavelmente se mostram presente tanto juntas como em separado, conforme pode ser conferido nos rótulos e contra rótulos abaixo. (clique na imagem para ampliar) Os porcentuais, esses variam ano a ano em função de como cada casta se comportou na safra e, consequentemente, são de pouca importância para nós consumidores sendo mero modismo.

Blends argentinos 001
Na última semana reunimos alguns privilegiados, na minha opinião porque o painel estava excelente, para provar seis vinhos (foto acima) que trouxe da viagem para compartilhar essa experiência que vivi e que me seduziu, a Degustação da Mala! Quem perdeu, realmente dançou e não sabe o que perdeu! O único senão, a meu ver, são os preços praticados pois me parecem altos demais e poderiam se estabilizar em cerca de 20% abaixo dos patamares hoje praticados. Por outro lado, do preço de prateleira os impostos são responsáveis por cerca de 58% do valor então já sabemos para onde apontar o dedo né?! Bem, muita “charla” e pouco vinho, já sei, então vamos falar dessas belezuras!
Desta feita não fiz desafio entre eles nem os servi ás cegas. Provamos os vinhos sabendo o que eles eram e os apreciando com a devida vênia! Fazia menos de uma semana que os tinha provado em Mendoza, porém vê-los e provando-os lado a lado prestando a devida atenção foi mais exultante ainda. Grande fase a dos Hermanos!

Melipal Front & BackMelipal Blend 2010 – Corte de Malbec com Cabernet Franc e Petit Verdot em plena harmonia, macio, redondo e já pronto a beber cumprindo o papel que o trouxe ao mundo, nos dar prazer e o fez muito bem! Belo vinho que agrada fácil, taninos macios já integrados,  notas de baunilha e alguma especiaria. As cepas são envelhecidas separadamente em barricas francesas por 12 meses e ao final é feita uma seleção das melhores barricas para se efetuar o assemblage. ) mais barato do plantel, lá em torno de 160 pesos e por aqui acho que vi em sites do sul em torno das 100 pratas.

Atamisque atamisque front & BackAssemblage 2009 – Estilo algo diferente e bem mais jovem na taça mesmo que na mesma faixa da maioria dos outros rótulos abertos. A região (Tupungato), a altitude (1200mtrs) e uma filosofia diferente nos apresentam um vinho com muita personalidade e muito gastronômico sendo prejudicado num comparativo em que comida não esteja presente. Grande estrutura de meio de boca, notas tostadas, uma vida inteira pela frente e certamente crescerá com um bom pedaço de ojo de bife. O único assemblage sem Cabernet Franc e/ou Petit Verdot no corte. Preço na casa dos R$160,00 por aqui

 

Brioso side by sideSusana Balbo Brioso 2010 – já o tinha comentado aqui. Provei-o novamente lá no almoço e agora por mais uma vez, não tendo muito mais a agregar de comentários a não ser que é um vinho que vale muito o preço que por aqui anda na casa dos R$160 a 170,00. Harmonioso, complexo, possui um frescor de final de boca que cativa e pede bis. Me gusta! Aliás, o que deste painel não me gustó?!

 

Achaval-Ferrer Quimera 2011 – Sou supeito para falar do Quimera aqui porque é chover no Quimera side by sidemolhado, basta digitar o nome do vinho em pesquisa e ver minha paixão pelo vinho. Recentemente tomei o último 2007 de minha adega e estava divino com seus sete anos de vida, então este 2011, que está divino com apenas quatro, promete ainda bem mais nos próximos dois a três anos. Um vinho sedutor que é um deleite para os sentidos e mostra que os bons vinhos argentinos não necessitam ser só força e potência, a elegância tem lugar nas mãos de quem sabe. Gosto de o manter em minha adega e custa em torno dos R$200.

 

Benegas Meritage side by sideBenegas Lynch Meritage 2007 – Adorei lá e confirmou aqui, estamos diante de um vinho de produção limitada a apenas 3.000 garrafas ano e produzido com esmero, um vinho que mexe com nossas emoções e nos faz lembrar os bons vinhos de Bordeaux. Café, notas terrosas, taninos integrados e aveludados, toque mineral no final de boca bem longo e prazeroso. Grande estrutura, um vinho com sete anos nas costas que dá prazer de tomar agora mas que seguirá evoluindo muito positivamente pelos próximos seis a sete anos. Vinhaço que aqui anda na casa do R$250,00.

Lagarde Henry Gran Guarda 1 2009 – mais um vinhaço na taça e também de produção limitada. Este não Henry side by sidemenciona as castas no rótulo ou contra rótulo, porém é um blend de Malbec (35%) e Cabernet Sauvignon (39%) e partes iguais de Cabernet Franc e Petit Verdot, para variar! Outro baby na taça e outra grande alegria de o poder desfrutar novamente. Ótimo volume de boca mas sem ser pesado, encorpado, complexo, grande equilíbrio, frutos negros, taninos finos e notas de especiarias num final interminável onde aparece algo de tostado e mocha. Mais um vinhaço que vem mostrar porquê é ícone da casa e que ficará ainda melhor dentro de alguns anos. Preço por aqui na casa dos R$270,00.

 

Terminou e fiquei triste, pois vai demorar um pouco para voltar a montar uma dessas. Por outro lado, vamos abrir o olho porque os vinhos argentinos vão muito além dos Malbecs e me surpreendem muito positivamente então minha dica para você é, baixe a guarda e deixe se levar por essa onda! Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos. Ao longo desta e da próxima, minhas impressões da viagem a Mendoza, um lugar que cada vez mais me seduz!

Viagem a Mendoza – Garimpando Os Bons Blends Argentinos

Viagem de grandes vinhos, boa comida e harmonizações ótimas com um grupo de gente que só fez ressaltar os sabores desses encontros, porque má companhia transforma qualquer vinho em vinagre! rs O bom do vinho é que ele melhora quando compartilhado e por isso decidi trazer algumas garrafas para uma degustação especial com aqueles que para lá não puderam ir conosco, Esse encontro ocorrerá lá na Vino & Sapore a partir das 20 horas na Quinta dia 28/8, conforme já anunciado. Tinha deixado para listar os vinhos na volta, então cá está e não entrarei em detalhes pois uma foto vale mais do que mil palavras ou assim dizem! (clique para ampliar imagem)

Blends argentinos

Uma bela seleção de vinhos que no mercado estão na faixa de R$140 a 240 e entre 90 a 93 pontos no Guia Descorchados.  Uma tremenda oportunidade de provar e conferir todos estes vinhos por apenas 100 pratas por pessoa a serem pagas no ato da reserva. Descubra o que a Argentina anda fazendo além da Malbec! A degustação tem vagas limitadas a 12 pessoas das quais 8 já estão reservadas e pagas restando tão somente quatro vagas, vai dar mole?!! Ligue para (11) 4612-6343 ou por e-mail comercial@vinoesapore.com.br e garanta logo a sua vaga.