Vino & Sapore

Côtes du Rhône, A França Esquecida – Degustação Temática

CAM00049   Quando falamos de vinhos franceses invariavelmente tratamos de Borgonha e Bordeaux, eventualmente os rosés da Provence e um ou outro rótulo do Languedoc, quem sabe do Loire, outra região de parco conhecimento. As Côtes du Rhône com toda a sua riqueza e incríveis vinhos é pouco lembrada até porque diversos rótulos Cotes du Rhône e Cotes du Rhône Village de baixa qualidade inundaram o mercado durante bom tempo denegrindo a marca como já foi feito com outras regiões produtora no mundo como Valpolicella e os vinhos alemães. Nossa proposta, em parceria com a Decanter, é abrir essa região para você mostrando alguns rótulos dos mais diversos preços e gamas de qualidade escolhido por mim. ´Como sabem, sou um seguidor da máxima de Alexis Lichine de que; “No que se refere a vinho, sempre recomendo que se joguem fora tabelas de safras e manuais investindo num saca-rolha. Vinho se conhece mesmo é bebendo! “, então montei esta degustação temática no próximo dia 13 de Agosto às 20 horas na Vino & Sapore. Um pouco de teoria com muiiiita prática explorando os incríveis sabores do norte e sul do Rhône.

  • Condrieu – Com apenas 90 hectares de vinhedos, é uma região onde se encontra a quintessência da uva Viognier (branca), única uva que é permitida pela AOC situada bem ao norte da região, pouco abaixo de Cote Rotie – Amour de Dieu 2011 ,(R$298,00) de Jean-Luc Colombo é um desses bons exemplares a que a que a Wine Spectator deu 93 pontos.
  • Côtes du Rhône – um básico que cobre diversos terroirs na região e que pode ter os mais diversos níveis de qualidade. Há de tudo no mercado, porém nas mãos de um bom produtor como o Chateau Saint Roch 2009 (R$75) esta pode ser uma denominação com qualidade.
  • Lirac – Sul do Rhône e um outro perfil de vinho. Aqui reinam a; Grenache (min. 40%), Syrah e Mouvédre (min. juntas 25%), Cinsault e Carignan sendo a maioria tintos. Vinhos complexos, que precisam de quatro a cinco anos de garrafa para mostrar todas as suas virtudes. Este exemplar Saint Roch Lirac 2009 (R$105) é um vinho que surpreende quem tem pouco relacionamento com a região.
  • St. Joseph – Ainda no norte do Rhône, uma região onde a Syrah impera solo mostrando toda a sua exuberância. O Brunel de la Gardine St. Joseph 2007 (R$145,00) é um bom exemplo dos bons vinhos da região elaborados com esta uva que tem sua origem aqui mesmo, no Rhône.
  • Chateauneuf-du-Pape – no sul, tendo como epicentro a cidade de Avigon, talvez a região do Rhône mais conhecida de todas em que 13 uvas produzem alguns dos melhores vinhos franceses. Tanto nas versões branco como tinto, são vinhos vigorosos, comumente de alto teor alcoólico, marcantes que necessitam de muito tempo em garrafa para mostrar toda a sua personalidade. O Chateau de la Gardine 2007 (R$298) é um exemplo do que esses vinhos podem nos dar de prazer.
  • Cote Rotie – Célebre pelo corte de Syrah com Viognier, é uma AOC com apenas 200 hectares de vinhedos localizada no extremo norte da região que produz vinhos esplendorosos e tradicionalmente caros. Um dos grandes vinhos da região é o La Divine de Jean-Luc Colombo 2008, (R$503,00) um vinho de longa persistência, na memória!Sorry sold Out

O custo de investimento nesta degustação temática com grandes vinhos a ser realizada no próximo dia 13 de Agosto, será de R$120,00 por pessoa, pagas no ato da reserva. Serão disponibilizadas apenas 14 vagas, então não deixe para a última hora porque você pode não mais achar lugar. Ligue no Tel. (11) 4612-1433, envie e-mail para comercial@vinoesapore.com.br ou me contate via o blog garantindo logo seu lugar nas Côtes du Rhône!

 

Rhone Valley map-1

Campeão de Nossa Copa de Vinhos é o Chile!

É, na Copa Mundial de Vinhos que realizei ontem nas instalações da Vino & Sapore com a presença de 13 participantes e degustação ás cegas, deu Chile na Cabeça seguido de perto pelo Brasil! Eis o campeão: Terranoble CA1 Carmenére Andes, o primeiro vinho chileno a ganhar uma degustação às cegas promovida por mim, e olha que foram muitas!

CA1 Carmenére Andes

Em segundo deu Brasil com o Cave Geisse Terroir Nature, o que é de ser ressaltado como uma façanha já que nessa seleção que foi a campo existiam mais cinco tintos (veja a lista completa clicando aqui).

Cave Geisse Terroir Nature

 

Semana que vem dou mais detalhes. Salute e kanimambo

Copa de Vinhos – Convocação

Como tinha prometido na semana passada, eis a convocação para mais este Desafio às Cegas, desta feita tendo como tema a Copa do Mundo que se iniciará semana que vem. Dos treze países produtores escalamos sete para participarem deste evento trazendo para a taça os estilos ícones da produção de cada país. Os estilos ou castas que marcam esse país na vinosfera mundial, estarão presentes mostrando o que dada país tem de melhor com rótulos entre R$100 a 150,00. Será um tremendo desafio sensorial ao qual tão somente 14 pessoas terão acesso neste próximo dia 11 de Junho, um dia antes da abertura da da FIFA, veja só os convocados e reserve logo pois as vagas deverão ser tomadas rapidamente!

Flag Button BrasilBrasil – a grande marca da produção nacional de vinhos é sem dúvida alguma o espumante e eu convoquei a Cave Geisse com seu Geisse Terroir Nature, um dos melhores se não o melhor espumante nacional que em Novembro do ano passado levou um Desafio de Espumantes Top que eu montei e lá estavam presentes grandes feras internacionais! Vibrante, complexo, cheio de nuances como o nosso Neymar. Melhor início deste embate é difícil!!!

 

 

Flag button ArgentinaArgentina –não podia ser outra a uva, tem que ser Malbec! Não é só a uva ícone do país, pois a Argentina pôs essa casta de volta no mercado mundial e na própria França onde houve um verdadeiro “revival” em Cahors. Uma outra marca do país é o vinho de altitude, então uni os dois e deu Colomé Autêntico 2012, um vinho marcante da região de Salta e que obteve o segundo lugar em Abril último no Desafio de Malbecs, batendo grandes feras mendocinas, entre eles um Catena Alta Malbec! Mais para Messi do que para Mascherano. (Importação Decanter).

 

Flag button ChileChile – pensei muito, Cabernet ou Carmenére? Dúvida cruel, porém o Terranoble CA1 Andes Carmenére, com 91 pontos da Wine Spectator e da Wine Enthusiast, acabou tendo a preferência e se não é a uva mais plantada e que gera os melhores vinhos do país, certamente está sempre presente nos cortes e se tornou a marca do Chile, tipo Valdivia?! (importação Decanter)

 

 

Flag Button ItáliaItália – mais uma vez dúvidas, Piemonte ou Toscana entre outras regiões com um monte de belos vinhos e cepas? Optei por algo diferenciado (diversidade sempre!) que me chamou a atenção faz uns dois anos, o Palistorti Rosso di Valgiano 2009, um super toscano biodinâmico elaborado com Sangiovese / Merlot e Syrah com 92 pontos de Parker. Como Buffon e Pirlo, sempre confiável. (Importação Vínica)

 

 

Flag Button FrançaFrança – desta feita a dúvida ficou entre Bordeaux e Rhône, mas acabou mesmo ficando na margem esquerda de Bordeaux. Convoquei para representar o país, um Cru Bourgeois com uma leve predominância de Merlot (55%), Cabernet Sauvignon e um leve toque de Petit Verdot, de uma safra excepcional na região, é o Chateau Noaillac 2009. Tomei a safra de 2005 e amei, Jancis Robinson deu 16,5/20 pontos para esta safra que provaremos juntos! Como Ribéry, muito consistente. (Importação Decanter)

 

Flag Button EspanhaEspanha – Rioja, Ribera del Duero, Bierzo, Priorat, Navarra, as opções são muitas, mas acabei optando por um exemplar mais moderno de Rioja Alavesa, o Biga de Luberri Crianza 2010 a que Robert Parker deu 90 pontos na safra de 2010 e 91 na de 2007 assim como recebeu de Stephen Tanzer 91 pontos na safra de 2009. Esse não conheço, mas vindo de Rioja tem jeito Iniesta!  Resta-nos provar e conferir! (Importador Almeria)

 

 

Flag Button PortugalPortugal – Optei pelo Douro como poderia optar pelo Alentejo, Dão, Lisboa ou Tejo! Os vinhos portugueses estão numa fase excepcional, como Cristiano Ronaldo, e este Grandes Quintas Reserva 2010 que obteve medalha de Ouro no International Wine Challenge 2013 e 17,5/20 pontos da Revista de Vinhos portuguesa, é uma clara mostra disso. Mais interessante ainda é de que na lista de protagonistas desta Copa de Vinhos, é o mais barato! (Importador Adega Vilaflor)

 

vinosapore_400x400_1Como reservas técnicas, ainda temos dois vinhos, sendo um do Uruguai e outro da Austrália que poderão, ou não, aparecer neste evento e por isso mesmo não os relacionarei para não criar expectativas. Ainda teremos umas comidinhas ou pizza no final do evento para forrar o estômago enquanto somamos as notas e apuramos o ganhador da Copa. Tudo isso por meros cem reais, é melhor correr porque só de falar com alguns amigos já temos 6 reservas! Como sempre promoverei mais este evento nas intimistas instalações da Vino & Sapore (km24 da rodovia Raposo Tavares) onde estaremos rodeados por mais uns 400 rótulos, nossas testemunhas! Quer reservar, então envie sua mensagem para comercial@vinoesapore.com.br “a la brevedad”.
Por hoje é só, mas durante a semana tem mais. Salute, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui e outros lugares de nossa vinosfera.

Degustando os Sabores de Espanha

Amigos eis um convite imperdível para os amantes das coisas de Espanha. Uma noite especial,

Uma Viagem pelas Regiões Vinícolas Espanholas,

Seus Vinhos e Sabores

Flag Button Espanha

 

            No dia 15 de Maio a partir das 20 horas, estaremos reunindo numa gostosa degustação, um Cava e seis vinhos tranquilos das diversas regiões produtoras espanholas na Vino & Sapore tendo como parceiros a importadora Peninsula e a Chef Sandra Souza da Casa de Culina. Muita diversidade, uma verdadeira viagem pelos sabores e uvas de Espanha que terminam numa saborosa mesa de Tapas e Pintxos! Mostraremos um pouca da importância da Espanha na vitivinicultura mundial, e passaremos por sete das regiões produtoras mostrando que este não é só o pais da Tempranillo, mas também da Monastrel, da Garnacha, da Godello, etc.. Falaremos um pouco dos Crianza espanhóis, você sabe o que significa isso? Veja por onde andaremos neste encontro que realizaremos na Vino & Sapore:

  • D.O. Cava, Penédes – Cava Juve Y Camps Cinta Purpura Reserva Brut 2008 > com uma crianza de 24 meses em Clipboard Espanha Peninsulamedia na garrafa, é um grande espumante elaborado com as uvas mais qualificadas do Alto Penedés.
  • D.O. Valdeorras – Valdesil 2009, um vinho envolvente com muito volume e boa acidez elaborado com a uva Godello. Considerado o melhor vinho branco da Espanha no Brasil pelo crítico Jorge Lucki e listado pela revista Prazeres da Mesa entre os Melhores Vinhos de Espanha.
  • D.O. Alicante – Puerto Salinas 2004, com um blend típico da região, Monastrel, Cab. Sauvignon, Garnacha e 15 meses de envelhecimento em carvalho francês recebeu do principal guia de vinhos espanhol (Penin) 90 pontos e 92 de Robert Parker
  • D.O. Catalunya – L’Equilibrista 2010, um complexo e poderoso corte de Syrah, Carineña e Garnacha , envelhecido por 14 meses em barrica de carvalho novas francesas de tostado médio . Penin lhe deu 94 pontos nesta safra.
  • D.O. Rioja – Sierra Cantabria Cuvée 2009, um clássico Rioja elaborado com 100% Tempranillo de vinhas velhas com mais de 50 anos e envelhecido por 18 meses em barricas francesas e americanas. Robert Parker lhe deu 93 pontos e Penin 92.
  • D.O. Ribera del Duero – Pago de los Capellanes 2012, mais um 100% Tempranillo desta feita mais jovem com apenas cinco meses em barricas francesas. A safra 2010 recebeu 91 pontos da Wine Spectator e 92 de Robert Parker. A safra 2012 ficou entre os TOP 100 do ano de 2013 da Wine & Spirits americana.
  • D.O. Bierzo – Losada 2008 mostra-nos toda a força e expressividade da uva Mencia autóctone da região. Elaborado a partir de vinhedos velhos cultivados em solos de ladeiras suaves e argila, criado por 12 meses em barricas de carvalho francês.

Este encontro se dará na Vino & Sapore, clique no link para ver localização, e terá um máximo de 14 vagas disponíveis das quais 5 já se encontram reservadas, então se tiver interesse, reserve já! O valor de R$95,00 por pessoa deverá ser pago no ato da reserva. Compras dos vinhos em degustação no dia terão um desconto especial de 10% sobre os preços de tabela no site da importadora. Garanta seu lugar, ligue para (11) 4612-6343 ou por e-mail para comercial@vinoesapore.com.br . Salute, kanimambo e espero poder receber os amigos para mais uma viagem de descobrimentos por novos sabores.

Clipboard Pintxos & Tapas

Hoje é Dia Mundial da Malbec – Resultado do Desafio ás Cegas!

Malbe day       O dia é hoje, porém em função da véspera de feriado decidimos celebrar no último dia 10 com um Desafio de Grandes Malbecs ás Cegas. Graaaandes malbecs estão pela hora da morte, com preços entre os R$500 a 1200,00 então optamos por encontrar vinhos de grande qualidade porém com patamares de preço algo mais viáveis, entre R$150 a 200 com uma surpresa no meio. Deveriam ter sido seis vinhos mais um espumante, porém na hora apareceu um penetra e completamos o Desafio com sete contendores ao trono de Melhor da Noite!

No salão, 12 jurados (!) apreciadores de bons vinhos, amantes de Malbec de vários níveis de conhecimento (uma fotografia do mercado). No balcão, os desafiantes devidamente cobertos por papel alumínio e numerados enquanto preparamos as papilas gustativas com um muito bom espumante Alma Negra Rosado de Malbec Brut da Mistral. Descobri esse espumante o ano passado nas mesmas festividades e desde lá volta e meia está presente nas mesas dos eventos que promovo. Marcante, surpreende na taça e no palato, um rosé de malbec que encanta desde os aromas sedutores até sua performance em boca, um espumante com mais corpo, rico, fresco, com uma ótima perlage. Bom solo e eu arriscaria tomá-lo acompanhando uma costelinha ou uma boa linguiça toscana na braza ou melhor ainda, um chorizo uruguaio! Ótima forma de começarmos nossa celebração da Malbec!

Bem, agora falemos dos vinhos tranquilos presentes e o resultado deste embate de pesos meio pesados testados em taças Riedel Overture.

  • Catena Alta Malbec 2009 (Mendoza) – Uma referência no mercado e um vinho para lá de premiado. Um bom vinho, estrutura média, frutado com um final algo apimentado, boa entrada de boca, equilibrado, pouco marcante e algo curto na taça. Preço R$210,00
  • Colomé Autêntico 2012 (Salta) – Fiquei preocupado a principio pois o vinho era muito novo, dei uma passada rápida pelo magic decanter, mas não negou fogo mesmo que fosse algo mais duro de inicio. Muito aromático, marcante meio de boca e de grande evolução em taça. Vinhedos centenários com clones das primeiras vinhas da região com mais de 150 anos. Preço R$155,00
  • Viu Manent Single Vineyard San Carlos Malbec 2008 (Chile – Colchágua) – Um adversário chileno que veio para brigar par a par com os rótulos argentinos. Taninos mais presentes, um vinho mais robusto, muito bom volume de boca, notas de especiarias bem marcantes, frutos negros, final de muito boa persistência. Vinhedos centenários. Preço R$175,00
  • Lagarde Primeras Viñas 2009 (Mendoza) – Aromáticamente marcante como um “pote” de frutas exuberantes sob a mesa. Equilíbrio total entre taninos, álcool e acidez, muito bom de entrada, meio e final de boca. Taninos são muito finos, daqueles que se apresentam sedosos na ponta da boca, sem excessos, bom volume de boca, untuoso. Um estilo bem sofisticado e menos over. Vinhedos de 1906 e 1936, as primeiras vinhas do produtor. Preço R$178,00
  • J. Alberto 2009 (Patagônia) – Pura finesse e elegância desde a primeira ‘fungada”! rs Fruta fresca, algum floral com um toque de madeira de fundo muito bem colocada que “levanta” o conjunto. Vinho denso, muito rico, com um meio de boca delicioso e marcante, taninos aveludados e muito longo. Leva uns imperceptíveis 5% de merlot no corte. Vinhedos de 1955. Preço R$195,00
  • Casarena Jamilla’s Vineyard Pedriel 2010 (Mendoza) – Confirmou na taça tudo o que venho falando dele desde que o descobri na Wines of Argentina do ano passado. Pedriel costuma gerar vinhos algo mais duros, mas este exemplar quebrou esse paradigma. O vinho se apresentou muito fino com uma bela e convidativa paleta aromática, fresco, taninos aveludados, elegante, madeira muito bem integrada, um vinho muito bom num estilo, digamos, mais europeu de ser com taninos aveludados, cremoso na boca e incrivelmente sedutor! Preço R$147,00

Chegou o Penetra! Na França, de onde origina, a malbec era também conhecida como Auxerrois e Cot. O penetra chegou trazendo COT no rótulo, porém não era francês não, era chileno!

  • Perez Cruz Cot Limited Edition 2011 (Chile – Alto Maipo) – um belo vinho. Carecia da mesma estrutura e complexidade da maioria de seus oponentes, eram de outra categoria (este é meio-médio), mas cumpriu com brilhantismo seu papel fazendo seus oponentes suarem! rs Sedoso, fruta madura, especiarias, boa textura num corpo médio, final de boca fresco com um leve toque de mentol. O vinho mais barato do encontro, R$98,00 mas que fez bonito e leva um tempero de Petit Verdot e Carmenére .

AND THE WINNER IS

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           È gente, quando a degustação é às cegas e não se sabe o que está em sua taça nem o preço, as coisas mudam e este vinho realmente surpreendeu a maioria sendo o mais barato dos desafiantes originais, sem contar o penetra. A foto abaixo mostra a ordem (direita para esquerda) da classificação dos vinhos nessa noite e para esse grupo de pessoas. Todos vinhos de muita qualidade e uma noite realmente surpreendente para 12 privilegiados participantes de mais este Desafio de Vinhos às Cegas, uma já tradicional marca deste blog que desde 2008 iniciou esses embates e que agora voltei a realizar só que desta vez na Vino & Sapore.

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O meu resultado foi algo diferente com o Lagarde em primeiro sendo seguido por Casarena, J.Alberto e Colomé muito próximos, todos entre 92 a 94 pontos! Para quem gosta de Malbecs, uma bela seleção de vinhos. Aproveitem, hoje abram uma boa garrafa dessa uva ícone de nossos hermanos argentinos, mas não fechem suas mentes e taças a vinhos de outras origens, pois há muita coisa boa por aí a se provar.
A favor da diversidade e contra a mesmice, salute, kanimambo e Feliz Páscoa.

 

Escolha seu Espumante da Virada

      Deixei de falar dos espumantes que participaram desse gostoso evento realizado na Vino & Sapore  em 27/11 quando lá reunimos 22 pessoas num exercício de degustação diferenciada, porque esperava que a confreira e já “colunista” deste blog, a Raquel Santos que esteve presente, nos presenteasse com mais um de seus gostosos textos o que finalmente ocorreu, valeu Raquel. Concordo com sua abertura, porém quando participamos de algum evento onde um ganhador tem que ser apurado, a pontuação é essencial e a uso quando participo de eventos desse tipo, como os da Gowhere Gastronomia ou os Desafios de Vinho por mim organizados.

Aproveitando para falar de pontuação, chegamos num estágio em que boa parte dos enófilos tende a relevar um vinho de 86 pontos como se esta nota fosse de pouca monta. Para esses, se não tiver 90 ou mais pontos o vinho é medíocre e pior ainda se não tiver nota! Ledo engano e como perdem esses incautos seguidores de Baco!!

Nas minhas avaliações mais técnicas, tendo a ser bastante comedido nas notas que dou e vinhos acima dos 90 pontos são poucos. Um vinho de 80 pontos é bom, um acima de 85 é muito bom. Já acima de 90 e até 95 pontos já falamos de vinhos de grande qualidade e acima disso néctares excepcionais, então sou contra a banalização das notas e por isso mesmo não divulgo no blog as que eu dou nas provas em que participo. Neste caso especifico, no entanto, vou dizer que nenhum vinho tirou menos de 89 (Vértice) e o máximo que dei foi 94 (Ferrari Perlé) ou seja todos vinhos de muita qualidade! Bem, mas agora que já falei um monte, não perco o hábito (rs), deixa a Raquel falar um pouco de sua experiência na degustação de 27 de Novembro e, se ainda não se decidiu, faça sua escolha do espumante da virada, pois ainda dá tempo!

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Nunca dei muita atenção às notas dadas para classificações de vinhos em degustações. A comparação entre eles, sempre me pareceu um julgamento anacrônico, como concurso de miss. A busca do melhor, o mais belo, o perfeito, sem considerar que cada um tem sua graça, sua característica própria. Além do que, a escolha de um “melhor”, deixa um outro na posição de “pior”, que nem sempre corresponde à um julgamento justo. Como concursos de misses, as meninas desfilam sua beleza numa passarela e o júri analisa uma a uma. Aparentemente todas são lindas e a decisão  final acontece por conta da simpatia, postura, desempenho na passarela, carisma, etc… Ou seja, os traços de personalidade contam mais do que os traços físicos, mesmo sendo um concurso de beleza com padrões estéticos pré estabelecidos.

         Agora imaginem um concurso de Espumantes. Todas as garrafas lindas, vestidas em traje de gala na passarela. Um júri com fichas à postos para julgá-los.

         No nosso caso, a degustação foi às cegas. As garrafas devidamente cobertas com papel alumínio, escondendo sua procedência, e deveríamos levar em consideração apenas as característicasde cada um e as sensações organolépticas, ou seja, aspectos da personalidade de cada um, como a cor em taça, aromas, sabores, corpo, persistência em boca, etc… já que o método de elaboração era comum a todos, Champenoise ou Tradicional. O desempenho na passarela contou com o auxílio luxuoso de três lindos canapés, para fazer a harmonização com cada uma das bebidas :1. Barquete com paté de salmão defumado e dill / 2. Cestinha de massa filo com queijo brie e chutney de damasco / 3. Torradinha com atum selado e molho terê.

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         Adotei um critério próprio de classificação para me ajudar nessa avaliação :

         1. O que eu mais gostei (que não significa que seja necessariamente o melhor)

            Ferrari Perlé 2005 – Itália . Lindo tom dourado na taça. Denso, com muito extrato, nariz complexo, ótima acidez, muito festivo e achei que não necessitava de nada para acompanha-lo. Só ele se bastava.

         2. O que eu menos gostei ( que não significa necessariamente o pior)

           Cave Geisse Terroir Nature 2009 – Brasil. Amarelo claro e pérlage delicada e pequenina. Boa acidez, frutado, lembrando maçãs, damascos e cítricos. Bem seco e curto na boca. Ficou muito bom com o canapé de brie com damascos e acompanharia uma longa conversa pela noite adentro.

          3. Os ótimos.

         Champagne Barnaut Grand Cru Grand Reserve – França. Cor amarela presente, pérlage exuberante que enchia a boca. Nariz incrível com florais, frutas, cítricos e principalmente uma casquinha de tangerina que era um charme. Acidez muito boa que escoltou bem o atum com molho oriental, também de sabor marcante.

         – Órus Pas Dosé Adolfo Lona – Brasil, produção limitada a 628 garrafas. Cor salmão, linda na taça. Delicado e elegante. Ótima acidez que equilibrava muito bem sabores cítricos e adocicados (laranja).

         – Labet Crémant de Bourgogne – França. O mais clarinho de todos. Nariz delicado e sabores bem presentes e complexos. Boa acidez e super equilibrado. Para qualquer ocasião!

         4. Os muito bons.

         – Franciacorta Lo Sparviere 2007 – Itália. Amarelo pálido, com muita pérlage( bem no centro da taça e constante). Boa acidez, sabores cítricos, minerais e amanteigados. De persistência média. Foi o que harmonizou melhor com o salmão defumado.

         – . Juvé y Camps Gran Reserva da Familia 2007 – Espanha. Dourado claro e brilhante. Muito fresco no nariz com sabores minerais e leve amargor. O mais austero deles, com grande potencial de evolução e persistência na boca. Bom para acompanhar aperitivos e por isso ficou muito bom com todos os canapés

         – Vértice Gouveio 2006 – Portugal.  Clarinho, mineral, com boa acidez, notas de panificação e brioches. Bem encorpado e equilibrado. No final, sobra um toque oxidado, o mais velho deles. Talvez acompanhando um assado ( lembrei de um leitão com maçãs assadas) faça um bom contraponto.

         Para finalizar, como nosso anfitrião e organizador do evento já nos contou aqui, opções não nos faltam. E observem que estamos apenas falando de espumantes elaborados pelo método tradicional, com segunda fermentação na garrafa.  Se achou que ficou ainda mais difícil de escolher o seu, opte por todos eles! Um de cada vez, é claro. Feliz 2014!

A Rioja Classica, a Rioja dos Viña Tondonia!

        Mais uma grande noite na Confraria Saca Rolha que se reúne mensalmente na Vino & Sapore, para explorar alguns dos muitos mistérios por trás de alguns rótulos de grande renome e prestigio em nossa vinosfera. Explorar vinhos de mais idade então, essa é uma experiência que me encanta e seduz, especialmente quando falamos de um vinho branco de 20 anos. Daqueles vinhos únicos que revertem regras e mudam conceitos, mas deixemos nossa porta voz, a amiga, confreira e sommelier Raquel Santos, falar por nós:          

         Em nosso encontro anterior, tentamos desbravar a região de Rioja na Espanha. Digo “tentamos” porque nesse mundo, dos vinhos, isso é uma tarefa quase que impossível de se conseguir em apenas uma vez.

         Passamos pelas principais regiões e conhecemos produtores importantes. Vimos também que uma das características desses vinhos é sem dúvida a arte do envelhecimento em barricas, e posteriormente, o tempo de maturação nas caves, inclusive para seus vinhos brancos. Foi Tondonia cemitérioexatamente aí que ficou faltando uma dose maior de investigação. Alguém lembrou do mítico Tondonia que tem um dos brancos mais originais dessa nossa vinosfera. Esse vinho é produzido pela família López de Heredia desde 1877 na cidade de Haro, capital de La Rioja. Combinamos então uma degustação dos  branco e tinto Reserva que passam 6 anos em barricas de carvalho. Além desse longo tempo que ficam em contato com a madeira, são vinhos de vida extremamente longa. Suas caves de crianza (envelhecimento) com seus nichos peculiares lhes deram fama e o nome sugerido de “o cemitério”, enfim, estamos diante de mitos a serem venerados e desfrutados.

         Confesso que a oportunidade de conhecer o famoso Tondonia me deixou bem ansiosa alguns dias antes. Era como ficar cara a cara com um ídolo, ou alguém que só se conhece de ouvir falar, e de repente todo aquele imaginário que vivia em minha cabeça pudesse se tornar realidade, ou não! São vinhos caríssimos e a ideia de compartilhar uma garrafa dessa nos permite por à prova esses mitos, uma das inúmeras vantagens de fazer parte de uma confraria.

         Como de costume, sempre iniciamos com um espumante, que nos ajuda a preparar as papilas, enquanto esperamos a presença de todos e vamos colocando a conversa em dia. Brindamos com o espumante Campos de Cima Extra Brut da vinícola do mesmo nome. Da região da Campanha Gaúcha, quase na fronteira com o Uruguay. Bem refrescante, frutado e seco. Para quem não conhece, vale a pena experimentar. Mais um exemplar entre muitos outros bons espumantes brasileiros.

         O próximo vinho, veio para acalmar os ânimos e concentrar a atenção do que teríamos pela frente: Vilarino 2012, da região de Vinho Verde – Portugal – elaborado com a casta Azal. Leve, floral, com um toque vegetal, porém com presença marcante. Boa acidez e bastante frescor.

         Enfim chegamos, era a hora do Viña Tondonia Blanco Reserva 1993.

Tondonia Branco 93         Na taça mostrava-se de um amarelo âmbar dourado, típico de vinhos envelhecidos. Afinal estávamos falando de um vinho branco de 20 anos!  Enquanto era servido, já podia-se sentir os aromas que invadiram o ambiente. Todos tentavam decifrar aqueles aromas e expressavam ao mesmo tempo, admiração, espanto e um certo olhar desconcertante de uns para os outros. Realmente era algo diferente! Revelava-se em camadas sucessivas que iam nos distraindo e faziam adiar o primeiro gole a cada aproximação da taça. Na boca, o primeiro ataque nos traz a boa acidez da Viura muito bem incorporada com uma untuosidade cremosa, rica em sabores cítricos, florais, minerais, etc….O tempo na taça só fazia aumentar a riqueza de aromas e sabores que evoluíram para especiarias (erva doce, anis), palha, flores secas, frutas cítricas. Tudo isso sem perder a vivacidade e o frescor, e evidenciando  mais ainda os seus coadjuvantes (presunto de Parma, azeite e pão). Verdadeiramente um vinho único que todos desejavam repetir a dose. Resolvemos então dar sequencia na degustação enquanto outra garrafa era providenciada e colocada na temperatura ideal de serviço.

                  Viña Tondonia Tinto Reserva 2001.

         Um típico Riojano, feito com as típicas castas: Tempranillo, Garnacha, Graciano e Mazuelo.Tondonia tinto 2001 Como  o branco, passa 6 anos por barrica de carvalho , o que torna seus taninos finíssimos e muito elegantes. Mostra grande evolução de aromas e sabores de especiarias, frutas vermelhas em geleia, tabaco, etc. Muito bem estruturado, com ótimo corpo e carácter austero, ainda mostra-se com muito frescor. Apesar dos seus 12 anos, ainda é uma criança com muita vida pela frente. Eu já ouvi por aí que esse vinho não envelhece nunca!

        Depois dessa dupla, acho que todos precisavam de um tempo para digerir  essa experiência com vinhos tão ricos e poderosos. Foi então sugerido colocar à prova mais dois vinhos intrusos, de regiões diferentes.

        

O primeiro foi o italiano Gianni Rosso di Montalcino 2010.

         Bem equilibrado, com presença de madeira, cerejas e muito aromático.

O segundo foi o francês Perrin & Fils Vinsobres Les Cornuds 2009 da região do Rhône. 

         Um vinho bem típico daquela região. Notas de frutas vermelhas (cerejas), algo picante, como uma pimenta do reino, e álcool aparente, mas não incômodo.

         Dois ótimos vinhos, dentro de suas características. Com certeza quero dar mais atenção a eles outro dia.

Clipboard Saca rolhas Rosso e Cornuds

          Voltamos no Blanco! Eu, que sempre fui defensora dos “branquinhos”, estava adorando ver aquele riquíssimo exemplar afrontar qualquer tinto que pusessem na sua frente!

         Foi bom ter reservado um tempo para os vinhos da Tondonia. Aliás, tempo é a palavra mágica quando se fala de vinhos evoluídos, elegantes e com personalidade forte como estes, é o mínimo sinal de respeito que devemos a eles. Afinal demoram tanto tempo presos naqueles tonéis ou nas garrafas para atingir seu apogeu, que quando chega o momento de libertá-los, precisamos ter calma, paciência e também elegância pois assim como nas mil e uma noites, o gênio tinha poderes ilimitados. Garanto que eles retribuem em dobro. E com alegria, compartilham conosco toda a sabedoria que adquiriram em sua longa jornada.

Espumantes, a Voz do Povo ….

Faz duas semanas realizei uma mini feira de espumantes na Vino & Sapore, foi a Taste & Buy Espumantes com 22 espumantes em degustação. Lá, um pouco mais de 50 potenciais compradores, curiosos do mundo do vinho e fiéis seguidores de Baco tiveram a oportunidade de provar diversos rótulos e fazer seu juízo de qualidade e também de valor que são fatores essenciais à decisão de compra. Não é de hoje que repito o mantra de Alexis Lichine, “No que se refere a vinho, sempre recomendo que se joguem fora tabelas de safras e manuais investindo num saca-rolha. Vinho se conhece mesmo é bebendo! “. Por outro lado, num país onde o custo de vida é absurdamente alto, o vinho não foge à regra então essas degustações também têm a função de reduzir o risco na compra, porque não tem nada mais “pé” que gastar numa compra às cegas e não gostar do produto comprado, né?!

Apesar do brilho de rótulos como Labet Cremant de Bourgogne, Juve y Camps Vintage Brut e o Rosé de Pinot Noir, de qualidade inconteste,  os top de vendas dão sempre uma idéia da preferência comercial de cada produto pois o povo tende a fazer sua escolha do ponto de vista da relação qualidade x preço ou seja, bom que caiba no bolso. Eis aqui a lista dos cinco top de vendas do dia:

DSC03147Cecilia Beretta Prosecco Brut Superiore DOCG Valdobiadenne-Conegliano Millesimato 2011 – nome nobre para um dos melhores proseccos. Paleta  olfativa de frutos tropicais bem presentes, notas florais e um perlage bastante fino e abundante convidam a levar a taça à boca. Na boca a surpresa, corpo! Só que delicado e elegante, muito equilibrado, frutado, nuances de brioche, acidez bem presente porém balanceada, seco no ponto, vibrante e de final muito agradável com boa persistência. TOP of Sales!!

DSC03134Cecilia Beretta DOC Extra-dry Poggio delle Robinie – seguindo as pegadas de seu irmão mais nobre, é vibrante, “crocante”, muito equilibrado com ótima perlage, nariz algo floral com notas de pessego, na boca é verdadeiramente apetecível e fresco com notas de frutas tropicais, maçã verde, que pede a próxima taça. Informal e sedutor, não foi á toa que se deu tão bem no dia.

VG BrutVillaggio Grando Brut 2013 – Espumante de altitude (1300 metros na serra catarinense) único pois é elaborado com as três uvas de champagne; Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. Perlage intensa, abundante, tamanho médio e muito persistente formando um delicado colar de espuma na borda da taça e uma cor amarelo palha bem clarinho. Baunilha bem presente no nariz, frutos secos e algumas nuances de padaria de forma bastante sutil e delicada. Na boca mostra-se harmonioso, fresco com toques mais cítricos e bastante longo, muito agradável e apetecível. Grande relação custo x beneficio!

DSC03140Sanjo Bardocco Sidra – Um intruso? Sim e não. Sim porque não é vinho (não foi elaborado com uvas vitis viníferas), porém não, pois é elaborado pelo processo Charmat possuindo mais que 3bar de pressão atmosférica, consequentemente um espumante, ou não?!  Faz lembrar um Moscatel, docinho, boa acidez, surpreende os mais céticos substituindo com ampla vantagem muitos dos lambruscos meia-boca disponíveis no mercado e na mesma faixa de preços. Esqueça o que conhece de Sidras, esta está em outro patamar.

DSC03139Contessa Borghel Rosé – cor rosada linda, aromas frutados sutis com boa perlage e surpreendente espuma que formou um colar persistente, pura sedução na taça. Elaborado 50/50 com Pinot Nero e Raboso (Friulli – Itália), na boca é saboroso, puro frescor que equilibra sobremaneira o leve residual de açúcar que passa batido, vibrante, leve, apenas 11% de teor alcoólico, combina com férias e verão!

Bem, por hoje é só e as conclusões ficam com cada um. Para situações onde a quantidade é maior, certamente esses rótulos são uma ótima escolha, agora no caso de celebração a dois e considerando tão somente os rótulos presentes no evento, (veja lista aqui)  eu sou mais um Juve y Camps ou o Labet Cremant de Bourgogne sem duvida alguma, seguidos do Cave Geisse Nature e Angas Cuvée Brut o australiano que chegou em cima da hora e surpreendeu.

Salute, kanimambo e amanhã tem mais!

Tá Escolhendo Espumantes?

        A diversidade saindo fora da mesmice porém sem jamais perder de vista a qualidade, serviço especializado e preços justos, são as marcas da Vino & Sapore. Todo os conceitos e filosofia que norteiam o conteúdo deste blog estão presentes lá, porém, como uma imagem fala mais que mil palavras, montei este clipboard com os rótulos de espumantes hoje disponíveis que tomo a liberdade de compartilhar com os amigos me colocando à disposição.
  Clipboard Portfolio Geral Espumantes na Vino & Sapore

Parafraseando o saudoso Bertoldo Brecha, Veeeeenha!  rs

http://www.youtube.com/watch?v=WB4hTjH9IH8

Salute e kanimambo.

Degustando Oito Espumantes Top às Cegas

Como divulguei amplamente, nesta semana realizei uma degustação temática de espumantes, com uma prova às cegas em que oito espumantes top, todos elaborados pelo método tradicional, estiveram em degustação. Anteriormente, divulguei a todos os rótulos que seriam degustados no dia, exceção feita a um que era o meu, já tradicional nos eventos ás cegas que promovo, Intruso. No encontro, apreciadores de vinho dos mais diversos níveis de conhecimento, porém sem a participação de profissionais do setor, com um resultado bastante interessante que, como tudo na vida,  deve ser interpretado com a devida parcimônia. É o resultado de uma degustação, num dia especifico com um grupo determinado de pessoas e sempre haverão controvérsias, até entre os que estavam presentes. De qualquer forma, acho o resultado válido, pois representa a avaliação de um grupo interessante de amantes do vinho.

De ressaltar que a qualidade geral apresentada foi muito boa mostrando bastante diversidade tanto de uvas, como de origens porém todos elaborados pelo método tradicional (champenoise). Eis as feras:

Seleção Espumantes Top

  • Orus Pas Dosé – Adolfo Lona é o produtor e enólogo, Garibaldi, RS, Brasil. Rosé Nature sem adição de licor de expedição, elaborado com um blend de Chardonnay, Pinot Noir e Merlot. Somente 628 garrafas produzidas este ano, já esgotado no produtor. Doze meses de autólise e 12 de afinamento em garrafa, 17/20 pontos de Jancis Robinon.  Preço, R$138,00.
  • Labet Cremant de Bourgogne (meu Intruso) – 100% Chardonnay, Revista Adega 91 pontos, preço, R$132,00.
  • Cava Juve y Camps Gran Reserva da Familia 2007 – 50% Xarel-lo, 30% Macabeo (Viura), e 10% cada Parellada e Chardonnay. Guia Penin (93 pontos) e Guia Proensa (94 pontos), 36 meses de autólise e garrafa. Preço, R$175,00
  • Ferrari Perlé 2005 (Trento Itália)  – 100% Chardonnay, 90 pontos da Wine Spectator, 60 meses de autólise. Preço R$265,00
  • Vértice Gouveio 2006 – Uva Gouveio, típica do Douro e usada em blend de vinhos brancos na região. Fermentação parcial em barricas de carvalho, 60 meses de autólise e 17 pontos em 20 dados pela Revista de Vinhos (Portugal). Preço, R$149,00.
  • Cave Geisse Terroir Nature 2009– Pinto Bandeira, RS, Brasil. Meio a meio Chardonnay e Pinot Noir de Pinto Bandeira – RS. Autólise de 36 meses, preço  R$125,00. Avaliação internacional, Jancis Robinson (Reino Unido), 17/20 pontos. Somente 6.700 garrafas produzidas.
  • Franciacorta Lo Sparviere 2007 –  Pequeno produtor da região, 100% Chardonnay com 36 meses de autólise.  Preço, R$155,00
  • Champagne Barnaut Grand Cru Grand Reserve – 66% Pinot Noir e restante Chardonnay, 24 meses de autólise, 17,5 pontos de Jancis Robinson, 92 pontos da Wine & Spirits, 90 de Robert Parker e 5 estrelas da Revue du Vin de France. Preço, R$249,00

And the Winner Is?

Cave Geisse Terroir Nature 2009

Cave Geisse Terroir Nature

seguido de

 Labet Cremant de Bourgogne / Ferrari Perlé / Barnaut Grand Reserve Grand Cru de Champagne.

Este é o resumo da ópera, já os detalhes de cada ato serão revelados pela amiga e confreira Raquel Santos, que esteve presente e se comprometeu a escrever mais um de seus gostosos textos sobre as experiências por aqui vividas que publicarei assim que ela me envie, porém a surpresa foi geral e certamente o resultado serviu para dar a extrema unção no eventual preconceito que alguns dos presentes pudessem ter. Uma seleção de vinhos de primeiro nível com espumantes bem parelhos do ponto de vista qualitativo. Quando publicar a matéria da Raquel, também darei minhas preferências, mas no meu conceito e avaliação mais técnica, as notas ficaram entre 89 e 93, se é que isso diz algo! rs Mais uma noite muito agradável e desta feita no unimos à chef e amiga Wendy Elago com quem desenvolvemos três canapés para testar a harmonização de cada um dos espumantes, um tempero a mais para tornar a degustação algo mais interessante ainda.

 Wendy canapés 2

A cada espumante servido as pessoas o degustavam solo e depois com cada um desses canapés deliciosamente elaborados pela Wendy. Um à base de pasta de salmão defumado Marithimus com dil, outro de cestinhas crocantes com brie e suave chutney de damasco dando um toque mais asiático e o terceiro de atum selado com crosta de gergelin com pepino agridoce e um leve toque oriental de molho tarê, que harmonizou especialmente bem com o Orus. Uma experiência bastante interessante. Quer conhecer mais das artes da Chef Wendy, então acesse seu site www.comidapraalma.com.br , quer falar com ela; comidapraalma@gmail.com, eu recomendo.

Salute, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos. Com este calor, um belo espumante vai certamente harmonizar e lembre-se, neste Sábado a partir das 16 horas, um Taste & Buy Espumantes com 2o rótulos em degustação na Vino & Sapore!

Ps. preços são indicativos com variação de mais ou menos R$10,oo no mercado de São Paulo.