Dicas e Novidades

Diversidade No Mundo do Vinho

Nossa vinosfera é um vasto ambiente no qual não cabem verdades absolutas, aprendi isso faz tempo e volta e meia sou lembrado disso pelos fatos. Diversidade de uvas, de formas de vinificação, de terroirs, de enólogos, de sabores, de aromas porquê nos vino-globeatermos a um só quando podemos nos divertir na busca? Quem disse que na argentina só sabem fazer Malbec, que no Chile só sabem fazer Carmenére ou Tannat no Uruguai? Quem disse que no Brasil não se faz bons vinhos ou que todo o vinho sul-africano é pinotage? Se você acredita em qualquer uma dessas premissas e outras de gênero, vai aqui meu desafio para abrir sua mente a novas experiências e explorar esse mundo mágico. Como? Degustando, provando coisas novas e hoje trago aqui uma oportunidades dessas. Na Granja Viana, Vino & Sapore por supuesto (rs), daqui a dez dias.

 

Diversidade Argentina – Dia 22 de Setembro ás 20 horas na Vino & Sapore! Descubra uma argentina diferente através de seis vinhos tintos e um espumante sendo que somente este último será de Malbec. A idéia é desconstruir essa imagem de que os hermanos somente sabem produzir bons Malbecs, ledo engano meus amigos! Minha experiência, no entanto, viajando mais de 5 mil quilômetros por regiões produtoras provando de tudo um pouco e conhecendo algumas centenas de rótulos, me dizem o contrário e convido vocês a conferir, não precisa acreditar em mim não! Para apenas 12 pessoas, seis vinhos e mais o espumante, vejam a lista de rótulos que estão numa gama de preços entre 100 a 230 Reais.:

Vicentin Rosé Extra-brut Rosé de Malbec
Penedo Borges Cabernet Sauvignon Reserva
Lagarde Guarda Cabernet Franc
El Enemigo Bonarda
Vicentin Backbone Co-Fermented Blend*
Las Moras Gran Syrah 3 Valleys
Fabre Montmayou Gran Reserva Merlot
 
Durante a degustação, os costumeiros queijos, frios, pão e água e ao término serviremos empanadas da Caminito, um de nossos parceiros de longa data.O preço da descoberta será de R$150,00 por pessoa a serem pagos no ato da reserva, vai dar mole? Contatos de Terça a Sábado das 14 às 19h pelo telefone (11) 4612-6343 ou pelo e-mail comercial@vinoesapore.com.br .
 Por hoje fica esta dica, mas durante o resto da semana tem mais. Saúde, kanimambo pela visita e nos vemos por aí!

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Taças de Vinho, Redescobrindo Sabores e Aromas.

Mesmo não sendo um xiita sobre o assunto, já deixei claro por aqui que uma boa taça pode sim fazer uma diferença enorme sobre o vinho nela tomado. Lógico que há momentos para tudo, já me diverti à beça tomando vinho num copo de requeijão numa tasca em Portugal ou de plástico na praia em Floripa, so what, como disse numa gravação há época, tudo vale a pena quando a alma não é pequena ! Agora, um bom vinho na temperatura e taça certa fazem toda a diferença e não há como negar!

Clipboard Riedel Tasting 2016

Semana passada realizei a terceira edição da Riedel Tasting Experience em parceria com ela mesma, a Mistral e minha amiga Nazaré, chef e proprietária do restaurante Vedhanta aqui no centrinho da Granja Viana, quando degustamos alguns bons vinhos em taças especificas para quatro varietais. É uma degustação de taças onde exercitamos nossa capacidade sensorial através de um exercício em que o vinho vai mudando de taça e, no processo, sabores e aromas, vão e vêm como mágica! Só que não é mágica não, é pura engenharia, que faz com que possamos tirar ao máximo tudo aquilo que um vinho varietal de qualidade pode nos oferecer e não só.

Clipboard Riedel tasting GlassesA Riedel estudou isso a fundo e como tal se tornaram ao longo dos anos especialistas em tirar o máximo de cada caldo em suas taças. Do vinho, ao café, passando pela Coca-Cola e Malt Whisky ou Cognac, para cada caldo uma taça para realçar todo o potencial que cada um tem. Tá, sei que pode ser exagero e preciosíssimo excessivo, mas que funciona, funciona. Tenho vários amigos que não acreditavam, inclusive alguns engenheiros professores que vieram conferir e comprovaram o fato. O mais legal é que agora, no caso de dúvida se pode usar um app que eles disponibilizam que possibilita que você possa tirar dúvidas na hora que precisar com relação à taça mais indicada para o vinho que vai servir, clique aqui e baixe.

Campeão nesse tipo de evento é sempre a taça de Chardonnay para vinhos com passagem por barrica, em que conforme você troca de taça o vinho vai literalmente sumindo, tanto no nariz quanto na boca, morre e ao voltar para sua taça ressuscita retomando todas as suas características, algo que normalmente deixa as pessoas boquiabertas! Desta feita, no entanto, me surpreendi muito positivamente com um vinho que há poucas semanas Porcupine ridge syrah-viogniertinha usado numa confraria, um Syrah/Viognier Sul-africano, o Porcupine Ridge. Em taças comuns de degustação, o vinho estava bom, porém apresentou pouca fruta, aromas animais intensos e baixa percepção das características notas de especiarias. Na Riedel Tasting Experience usando a taça própria para Syrah, a Hermitage, o vinho estava exuberante com a fruta bem presente, nuances animais idem porém de forma bem mais integrada ao conjunto e o final claramente especiado com notas de pimenta. Era um vinho de outro patamar de qualidade e caso não soubesse, diria que se tratava de outro vinho, show!

Enfim, sem exageros, porém de nada adianta comprar um ótimo vinho de 200, 300, 500 ou 900,00 Reais e tomá-lo numa taça “comum”, certamente boa parte do que você pretensamente comprou não estará em sua taça e você não irá usufruir de tudo o que o vinho teria a lhe oferecer, grana jogada fora. Ah, mas eu não compro vinhos desse valor! Argumento aceite, porém o vinho de que falei, o Porcupine Ridge ou o Catena Chardonnay tomados são vinhos na casa dos 100 a 120 Reais! É, deixei você pensativo sobre o tema né? Pois bem, vá fazendo seus testes e comprove por conta própria pois sei bem o que é ser “São Tomé”, porém certamente os 35 participantes que estiveram lá nessa noite não me deixarão mentir! Grato aos amigos que lá estiveram, à Nazaré, à Cristina Geremias, brand manager da Riedel para o Brasil e uma maestra no assunto, à Mistral e à Riedel. Kanimambo, saúde e desculpem pela ausência semana passada, mas o trampo está bravo! rs Uma ótima semana para todos.

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Degustando Taças de Vinho ou Desmistificando Enochatices

Afinal meus amigos, qual a real importância da taça de vinho na apreciação de um bom vinho? Necessidade ou pura frescura? Um de meus posts mais lidos trata exatamente da necessidade, ou não, de possuir boas taças e como este conceito pode ser exagerado! Por outro lado, um bom vinho merece uma boa taça e isso. eu garanto.

No entanto, esqueça o que eu ou qualquer outro diz, a melhor e única forma de descobrir se isso é só mais uma enochatice de nossa vinosfera, é provando! A Vino & Sapore se associou pela terceira vez ( a cada dois anos) à Riedel para promover mais um tira-teima, é a Riedel Tasting na Granja Viana agora no próximo dia 25 de Agosto. Limitado a 30 pessoas, dezoito dessas vagas já está pré-reservadas, vamos descobrir o quanto a diferença de formato de uma taça pode ou não mudar sua percepção de sabor e aromas.

Clipboard Riedel Tasting 2016

Lógico que para provar as taças precisamos de vinhos e por uma exigência da própria Riedel, os vinhos não poderão ter menos do que 90 pontos, afinal; para as melhores taças os melhores vinhos, ou vice versa! Com isso em mente e a parceria com a Mistral e a Almeria, creio que caprichamos na escolha, porém, mais uma vez, cabe a você conferir.

Catena Chardonnay (RP92) –  uma das grandes referências para brancos maturados em barricas de carvalho produzidos na América do Sul, mostrando muita concentração e finesse. Sempre muito elogiado pela critica internacional, é um excelente branco com bouquet cativante de frutas brancas e nota mineral. Na boca é macio e pleno, com frutas maduras, mel, baunilha e um agradável e sutil toque tostado

Alma Negra Pinot Noir (RP92) – vinhedo a 1.300 metros de altitude em Tupungato, com grande amplitude térmica, permite que a Pinot Noir seja colhida perfeitamente madura na região de Mendoza, dando origem a este cativante vinho da linha Alma Negra. Para respeitar o caráter delicado da casta, apenas 50% do vinho é maturado em barricas de carvalho francês, sendo o restante vinificado em cubas de aço. Um vinho fresco, aromático e de grande profundidade.

Perez Cruz Reserva Cabernet Sauvignon (Guia Descorchados 91) – rubi com reflexo violáceo intenso, aromas de frutas vermelhas, licor de cassis. Na boca exibiu taninos macios, redondos, quase aveludados. boa acidez e álcool integrado. Longo, intenso e bastante frutado, um vinho que reflete bem a tipicidade e seu terroir chileno do alto Maipo.

Porcupine Ridge Syrah/Viognier (WS 90)– um surpreendente corte a La “Cote-Rotie” elaborado na África do Sul, mostrando como a Syrah se deu bem por aquelas terras próximo a Cape Town. Vinho muito rico, fino e envolvente.

Nosso segundo parceiro neste evento é um local super aconchegante e de boa comida, o restaurante Vedhanta da amiga e confreira  Chef Nazaré Peixoto, aqui no centrinho da Granja Viana. Ao final da degustação, serviremos um prato de Raviolone de Mussarela e Manjericão com molho ao Sugo ou Al Limone, você escolhe na hora, acompanhado de um quinto vinho, o saboroso Paxis Douro (WE90) do qual será servida uma taça de 100ml para cada participante. Para finalizar, um cafezinho porque ninguém é de ferro (rs). Clique na imagem para aumentar e visualizar o gostoso lugar.

Clipboard Vedhanta

O kit degustação usado (as 4 taças varietais) poderá ser comprado a um preço especial no dia, assim como encomendas poderão ser feitas para taças avulso. Os vinhos servidos poderão ser comprados no dia com um preço especial com desconto de 10% sobre o preço de prateleira na Vino & Sapore. Tudo isso por apenas R$130,00 por pessoa com efetivação das reservas mediante pagamento. Nossos eventos têm tido, graças a Deus e apoio dos amigos, lotação esgotada em poucos dias do lançamento e como já temos 18 pré-reservas, sugiro ligar ou enviar seu mail já!

Parceiros neste evento, sem o qual nada conseguiríamos realizar/ Restaurante Vedhanta, Mistral, Almeria e Riedel. Um kanimambo enorme a eles e a você que segue fazendo deste blog um dos mais lidos no Brasil. Salute e aguardo vossas reservas lá na Vino & Sapore.

Local: Restaurante Vedhanta – Rua José Felix de Oliveira, 1032 / Centrinho da Granja Viana acesso pelo km 24 da Rodovia Rapose Tavares / Cotia

Dia: Dia 25 de Agosto às 20h

Reservas: Vino & Sapore – Rua José Felix de Oliveira, 875 – e-mail comercial@vinoesapore.com.br ou telefone (11) 4612-6343 ou 1433 das 14 às 19h

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Mistral Wine Show!

Eles chamam de Encontro de Vinhos Mistral, mas eu acho que é show mesmo, então como o campo e a bola são minhas, chamo do que quero! rs Gente, brincadeiras à parte, chorei no segundo dia porque o compromisso que eu tinha à noite (me tirando do Encontro) acabou não Encontro mistral 2016vingando, porém já eram 18:30 e não rolava mais ir até Sampa naquele horário. Uma pena, porque o segundo dia seria dedicado aos tintos e alguns vinhos de sobremesa aos quais não tive tempo de me dedicar no primeiro e único dia de garimpo por essas águas tão férteis do rico portfolio da empresa. Quatro horas é nada para conseguir desvendar e conhecer a tão diversa flora que a empresa expôs nesse dia. Pena que é só a cada dois anos e ainda por cima perdemos um dia do que era usual.

Desta forma acabei me concentrando nos vinhos brancos, um estilo extremamente versátil de vinhos que me encanta por suas sutilezas e diversidade tanto que há tempos cunhei a frase de que os “brancos são a pós-graduação em vinhos”! rs No face adiantei alguma coisa para quem estava ainda por ir, com algumas dicas, porém hoje compartilho aqui um poucos dessa experiência com os meus destaques. Como tenho muitos leitores no exterior e especialmente em Portugal, vou mencionar aqui os preços em USD (política comercial da Mistral) só para verem como sofremos por estas bandas, especialmente após o aumento insano do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que chega a porcentuais estratosféricos de 1000, 2000, 3000% sobre o que era cobrado! Coisa de loucos o que faz tomar grandes vinhos ser um privilégio para poucos em terras brasilis!

Soalheiro (Minho/Portugal) – Logo na entrada fui mui gentilmente recebido por este que é um dos meus produtores preferidos do Minho, região dos vinhos verdes. Nada mal para começar a tarde!

Soalheiro Alvarinho clássico, um vinho que dispensa apresentações e se pudesse teria às caixas aqui em casa! Inebriante, para dizer o mínimo,vivo, fresco, vibrante, um exemplo do que essa uva pode gerar nas mãos certas. Um ícone português e da região, um vinho que me deixa feliz! USD46,90

Soalheiro Reserva, este eu não conhecia e gostei demais do encontro, quero repetir só que desta vez sem provar, quero tomar mesmo! Vinhaço, deixou de ser inebriante para se tornar num vinho de meditação, para tomar nas calmas . As uvas são de produção orgânica (Biológica como eles dizem por lá), fermentado em barrica e mais um ano de afinamento em barricas usadas. A madeira é muito sútil estando lá para realmente dar suporte ao vinho, não para se sobrepor até porque aí não há nada a esconder. belo inicio e ainda preciso visitar o produtor, um caso antigo de amor (!), show na minha modesta opinião! USD92,50

Wilhelm Bründelmayer (Áustria), a Gruner Veldliner é a uva da região, mas os Rieslings também são muito bons e um em especial me surpreendeu.

Gruner Veltliner Kamptaler Terrasen – apesar de ter provado L. Berg Vogelsang que é superior em preço e muito bom, o que mais me entusiasmou foi este. Seco (trocken), fresco, saboroso, leve porém sem ser esquálido o que não é incomum nos vinhos elaborados com esta uva. Muito bom vinho. USD56,90

Riesling Kamptaler Terrasen – Belo exemplar de riesling, bem seco e complexo, mineral padrão muita tipicidade da uva e estilo mais puxado para Alsácia do que para Mosel e certamente um vinho que gostaria de acompanhar com Eisbein, eh, eh! USD56,90

Alois Kracher (Áustria) – o rei dos vinhos doces mas o foco aqui foi em seus outros vinhos. ia voltar para os doces que dizem rivalizar com os Sautern, mas não deu tempo! Aqui gostei muito de dois vinhos, um rosé e um branco que me chamaram a atenção.

Illmitz Pinot Gris – enorme surpresa, me seduziu este vinho. Ótima paleta aromática, bem seco de boca, rico e complexo, boa tipicidade da casta, longo, um vinho que deixa lembranças e pede bis. Mais um que precisarei tomar, fiquei com água na boca! USD39,50

Ilmitz Rosé – elaborado com uma uva que pouco conhecemos, Zweigelt (dois dinheiros?! rs). Provei o tinto com esta uva e não fez minha cabeça, porém vinificado em rosé me satisfez muito. Sua mais marcante característica é ser um vinho ao mesmo tempo leve e fresco, porém bem seco, com toques de grapefruit no final de boca. USD34,90

Alvaro de Castro, vulgo Quinta da Pellada (rs) (Dão/Portugal)

Encruzado 2012 – Gordo, equilibrado, fresco, complexo, um notável exemplar dessa grande casta do Dão! USD47,90

Primus 2013 – grande e nobre vinho branco português, um field blend em que despontam a encruzado e bical porém é composto de diversas outras castas. Encorpado, seco, untuoso, fino, muito boa acidez, estilo algo borgonhês Meursault (?), intenso, baita vinho para tomar nas calmas, curtindo cada gole! Vinho para guardar, um branco que precisa de tempo. USD139

Tasca d’Almerita (Sicilia/Itália)

Inzolia Sallier de la Tour – uma casta autóctone como várias desta vinícola ilha! Muito fresco, floral nos aromas, saboroso de boca, fácil de gostar, bom vinho. USD32,90

Regaleali Bianco – um blend de três uvas autóctones da ilha, Inzolia, Catarrato e Grecanico, esta última uma variação da Garganega da região de Soave (norte da Itália),marcante e delicioso, já me dei soltando um uau assim sem querer! Belo vinho, um que preciso rever e tomar com calma, gostei demais. USD33,5

Chardonnay – embarquei numa outra dimensão, vinhaço! Gordo, rico, complexo fermentado em barrica mais 8 meses de maturação nelas, chega tomando conta da boca e nariz com uma madeira extremamente bem colocada sem passar em nenhum momento pela fruta abundante. Na minha wish list, um chardonnay de primeira!! USD99,90

Lungarotti (Umbria/Itália) –

Pinot Grigio – a Trebiano e a Grechetto fazem a festa por aqui, mas este vinho me surpreendeu com ótima acidez e um forte mineral que marca presença em boca. Muito bom. USD31,90

Grechetto – um vinho bem seco, sério (pode?), persistente, boa estrutura, pensei num prato mais robusto para acompanhar, bom. USD33,50

Torre di Giano – delicioso blend de Trebbiano com Gechetto e, pelo que me falaram por lá porém não aparece na ficha técnica, um tico de vermentino. Ótima textura de boca, aromático, fresco, boa persistência, muito bom! USD35,50

Torre di Giano Vigna il Pino – o mesmo blend acima porém fermentado em barrica (30%) e com passagem de seis meses em barricas de vários usos. Um vinho complexo e atraente com grande capacidade de envelhecimento. Este 2011 estava ainda muito vivo! USD75,90

Viña Garces Silva -Amayna (Chile)

Boya – é a nova linha da bodega e mais em conta. Mais importante na minha opinião, sem madeira e mais equilibrados. Provei o bom Sauvignon Blanc, mas me empolguei mesmo foi com o Chardonnay que passa 12 meses sur lie em tanques de inox, delicia!! USD31,90

Ernesto Catena – Alma Negra e Animal (Argentina)

Alma Negra Misterio branco – um blend de Viognier com Chardonnay que já apontei aqui no blog como um dos mais marcantes brancos argentinos e que só agora a Mistral decidiu trazer. Mudaram o blend pois o chardonnay tomou conta e o que tomei por lá a Viognier ditava o ritmo. Gosto mais quando a Viognier está mais presente, porém segue sendo um belo vinho! USD36,50

El Enemigo – Argentina

Chardonnay – um grande vinho sem dúvida alguma! repito o que já falei aqui quando postei sobre vinhos brancos argentinos, “O vinhedo está em Gualtallary o que já é um plus em função da altitude que lhe aporta excelente acidez e boa dose de mineralidade. Doze meses em barricas francesas só 35% novas, sem battonage deixando as leveduras criar “flor” (um tipo de véu sobre o mosto) resultando em complexidade de aromas, bom corpo, um chardonnay diferenciado e cativante”. Maravilha! USD35,90

São “apenas” 18 vinhos brancos em destaque. Para quem gosta do estilo, muita coisa boa para curtir e descobrir com vinhos para os mais diversos bolsos e gostos. Viaje, não se acanhe, explore novos sabores pois isso é que faz o verdadeiro enófilo! rs Kanimambo e um ótimo fim de semana para todos. Semana que vem tem mais e assim que der dou uns pitacos sobre alguns dos poucos tintos provados.

Incrível Costela!

Gosto que me enrosco nessa tal de costela. Seja suína, seja de vaca, é uma carne suculenta que permite as mais variadas formas de preparo e foi na Rodovia Regis Bittencourt em Itapecerica da Serra, uns poucos kms depois do posto rodoviário passando a entrada de Embu, que encontrei o Nirvana das costelas. Fazia tempo que andava aguado por conhecer a casa e finalmente há pouco mais de mês finalmente fui conhecer a casa do amigo Celso Frizon, show o Dr. Costela, que um dia já foi Rancho do Vinho!! (clique no link em negrito para conhecer o lugar e ver como chegar)

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Fomos em família e nos esbaldamos no buffet que traz junto um rodizio de carnes, porém pela primeira vez me abstive de sequer provar a picanha que veio, meu foco era um só, as costelas!! Tá, não sou xiita e me deliciei  também com uma linguiça elaborada por eles, porém a festa mesmo foi com a costela na brasa, costela no bafo, hamburguer de costela, e por aí foi até que o Celso chegou com uma costela suína em molho agridoce absolutamente divina!!! De lamber os beiços, meus amigos.

Dr. Costela 1

O Celso é um chef de mão cheia e quando trouxe uns cubinhos de tapioca com geléia de tomate e pimenta (receita dele) saidinha do fogo naquele momento, foi um outro auê na mesa! Pena que na excitação do momento esqueci da foto, porém imperdível assim como sua banana flambada e adorei o sagu!! Não dá para ficar aqui falando de aromas e sabores, só indo lá mesmo.

Clipboard Dr. Costela

Tinha levado um Lagarde Primeras Vinas Malbec para acompanhar e a combinação com essa costela suína foi perfeita. Boa comida, bom vinho, boa companhia, a simpatia do Celso, o lugar aconchegante, não tem como dar errado! Recomendo aos amigos que sejam chegados nessa carne, um ótimo passeio de fim de semana podendo dar uma passada antes em Embu e almoçar tarde no Dr. Costela, um belo programa e, importante sempre, com preços módicos.

Kanimambo pela visita e nos vemos por aqui durante a semana ou em qualquer esquina de nossa vinosfera. Saúde!

Degustação Temática Queijo & Vinho!

SÓ RELEMBRANDO, FALTAM POUCOS LUGARES ENTÃO RESERVE JÁ, VENHA!!
Olá amigos, bom dia. Como sempre cá estou para falar de mais um evento de degustação e harmonização que armei na Vino & Sapore no próximo dia 7 de Julho. A Vino & Sapore se uniu á Autour de la Table de minha au tour de la tableamiga de longa data Eliza Leão para montar uma noite de alegria e conhecimento. A Eliza  e eu montaremos uma noite interativa que, espero, será muito proveitosa!
Entre uma Tábua de Queijos artesanais da Queijo com Arte e do Capril do Bosque (Cabra e Vaca), iremos testar harmonizações na prática!   Paralelamente, será uma noite de conhecimento onde todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre a história do queijo, sua fabricação e diferentes variedades poderão matar um pouco de sua curiosidade. Eis o que eu e a Eliza armamos para você degustar e harmonizar, 5 queijos e 5 vinhos, não necessariamente nessa ordem:
Queijo de Vaca massa cozida de longa maturação – Amalaya Riesling/Torrontés (Argentina)
Queijo de Cabra massa não cozida – Cantagua Sauvignon Blanc (Chile)
Queijo de Vaca massa não cozida e casca com cinzas – Vistamonti Barbera (Itália)
Queijo de Vaca massa não cozida casca lavada – Quinta da Prelada Porto Ruby Reserva (Portugal)
Queijo de Cabra Azul do Bosque – Anselmann Spatlese (Alemanha)
Queijo & vinho Clipboard
    Ao final ainda serviremos um caldinho para esquentar e finalizar a noite. Quem estiver a fins, como sempre, aviso que estaremos limitados a no máximo 24 pessoas e os primeiros a efetivarem suas reservas  garantem seu lugar. O custo do investimento será de R$125,00 por pessoa (pagos no ato da reserva) que cobrirá os queijos, vinhos, pães especiais, água e caldo. No dia a Eliza também disponibilizará alguns kits para venda.
Local, Vino & Sapore, (Rua José Felix de Oliveira 875, centrinho da Granja Viana, KM 24 da Rodovia Raposo Tavares) estacionamento livre no local e inicio previsto para as 20:30h. Aguardo sua reserva, me contate pelos comentários aqui, envie seu e-mail para comercial@vinoesapore.com.br ou me ligue na Vino & Sapore de Terça a Sábado das 14 às 19 horas (tel. 011-4612.6343 ou 1433). Kanimambo e uma pergunta só, vai dar mole! rs

Chocolates Nugali São Boa Companhia aos Vinhos

Sim, tanto aos Vinhos do Porto Ruby quanto a alguns colheitas tardias de Malbec que também tendem a harmonizar bem. Eu curto um ou dois quadrados de chocolate amargo ou meio-amargo, no caso 70% Cacau com uma taça de Vinho de Porto Ruby antes de deitar. Aliás, no caso dos chocolates da Nugali, o 70% Flor de Cacau com crocante de açaí, é de implorar por mais, mas há que se ter um pouco de controle! rs

Gente, abri esse espaço hoje aqui para falar de chocolate porque é um alimento como qualquer outro e este blog trata de enogastronomia, mesmo que o foco maior seja no vinho. Conheço estes chocolates há muito tempo e me apaixonei por eles quando passei por Pomerode lá em Santa Catarina, cidade não muito distante de Blumenau. Quando montei a Vino & Sapore (há mais de cinco anos) quase fechei uma parceria com eles, mas a Valrhona há época fazia sucesso e eu acabei traindo meus instintos, antes não tivesse!

Agora, depois do tour que fizemos por Santa Catarina no carnaval, de novo mantive contato e a chama reacendeu! rs Acabei introduzindo no portfolio e quem gosta de chocolates, falamos de algo diferenciado, fora da curva e muiiito melhor que algumas grandes e famosas marcas por aqui em São Paulo, vale conhecer e por aqui no pedaço (Cotia/Granja Viana) sou o único que trabalha com eles. Agora deixa eu lhe mostrar quem é a Nugali através de seu sucesso recente na International Chocolate Awards e algumas fotos de alguns de seus saborosos produtos. (clique na imagem para ampliar)

Nugali Clipboard

A International Chocolate Awards é a principal competição mundial de chocolates de alta qualidade e as centenas de amostras de produtos são avaliadas às cegas pelos maiores experts em chocolate no mundo, como sommeliers, chefs e críticos de gastronomia. O painel de avaliação inclui juízes da Europa, Japão, América do Sul e o grande júri da entidade. São selecionados apenas 14 finalistas, que são aqueles considerados os melhores, passando por uma seleção técnica inicial e por quatro dias de avaliação. A marca brasileira está entre os finalistas concorrendo com marcas como Pacari (Equador), Amano (EUA) e El Rey (Venezuela), que são referência de chocolate exclusivo e de qualidade no mundo.

A Nugali é a única marca brasileira entre os finalistas nas categorias de chocolates puros da International Chocolate Awards, que em 2016 está sendo realizada em New Jersey (EUA). A empresa catarinense concorre pelos chocolates amargos de origem e foi selecionada entre os melhores das Américas, Ásia e Pacífico, competindo com centenas de marcas de vários países. O ganhador será divulgado no dia 27 de julho em New Jersey, vamos torcer e enquanto isso abrir um Porto e um Flor de Cacau 70% da Nugali! Afinal, “As pesquisas sobre os flavonóides no chocolate têm mostrado benefícios como a diminuição do risco de doenças cardiovasculares, diminuição do colesterol e melhoria no sistema imunológico”, revela a engenheira de alimentos Priscila Efraim, da Universidade de Capinas (Unicamp). Juntou com uma taça de Porto e bingo!!

Não tem Nugali, tudo bem, escolhe uma outra boa marca, mas não deixa de fazer essa harmonização não!  O Porto você escolhe, tem diversos bons produtores entre eles os da Quinta do Infantado, Niepoort, Graham’s, e Taylors entre outros. Para meu gosto, deixemos claro, os Ruby vão melhor com os chocolates amargos e meio-amargos, já o Tawny encara melhor os ao leite, mas há controvérsias! rs Saúde e uma ótima semana para todos, kanimambo pela visita.

RODA DE AROMAS E SABORES

Roda de aromas no chocolate

 

17 Vinhos Brasileiros Premiados na Decanter Wine Awards

Certamente um motivo de orgulho para nossa ainda “engatinhante” vitivinicultura de medalhas decanter wine Awardsvinhos finos tupiniquim. Afinal, a DECANTER WINE AWARDS é um evento que está entre os melhores, maiores e, principalmente, mais respeitados concursos de vinho internacional.

Este ano, algumas ótimas surpresas ao vermos alguns vinhos brasileiros pontuados. Só espero que não comecem com aquele marketing ridículo de “melhor do mundo” usando essa premiação como base, menos gente, menos! Enfim, isso não é importante, o que vale mesmo é que, como digo faz anos, aprendemos a fazer vinho (meu problema é com a estratégia comercial que adotam) e alguns rótulos são realmente muito bons e esse reconhecimento internacional em concursos sérios é primordial inclusive para o próprio mercado (consumidor) nacional. Vamos a alguns destaques brasucas entre os “apenas” (rs) 16.000 vinhos do mundo inteiro inscritos na edição 2016:

Medalha de Platina (2) – Valduga com dois rótulos > Leopoldina Chardonnay 2015 e Leopoldina Merlot 2012 (RS)

Medalha de Ouro  (1) – Guaspari Vista do Chá Syrah 2012 (SP)

Medalha de Prata (5)- Só espumantes; Aurora Brut, Valduga 130, Perini Moscatel, Salton Séries Brut Rosé e Salton Intenso Brut. (RS)

Medalha de Bronze (9)- Valduga Raizes Cabernet Franc e Raízes Gran Corte ambos 2012, Aurora Moscatel, Aurora Premium Selection Cabernet Sauvignon 2013, Aurora Procedências Chardonnay Brut, Aurora Reserva Merlot, Ponto Nero Conceptual Edition Brut Rosé de Noir, Ponto Nero Brut Rosé, Guaspari Vista de Serra Syrah 2012

Talvez este resultado sirva de incentivo a outras vinícolas investirem na participação deste renomado e respeitado concurso no ano que vem e aí, certamente, outros nomes aparecerão por aqui.

Para boa ordem, vejam a pontuação necessária para que uma medalha seja outorgada a um vinho no Decanter Wine Awards:

Platina – foi introduzida nesta edição e substitui o troféu de melhor vinho regional. Vinhos de altíssimo gabarito! Foram somente 130 vinhos os agraciados este ano.

Ouro – de 95 a 100 pontos / Prata – de 90 a 94 pontos / Bronze – de 86 a 89 pontos.

Kanimambo pela visita e, tendo a oportunidade, porquê não um vinho brasileiro na taça? A evolução na qualidade é fato, basta a gente perceber o vinho e seu preço (sim importante também) dentro de seu contexto. Saúde, tchin-tchin!

Expovinis 2016 – Melhores Vinhos Abaixo de R$70,00

O legal deste “concurso” levado a cabo na Expovinis pelos blogueiros do vinho no Brasil e organizado pelo amigo Cesar Adames, é extremamente interessante por três razões em minha opinião:

1 – A indicação é dos blogueiros (veja quem na coluna da direita abaixo) que vão selecionando seus candidatos mediante provas junto aos expositores. Os expositores não escolhem o que querem que seja provado.

2 – O preço cabe no bolso da maioria

3 – A gente fica sabendo da lista dos indicados, o que não ocorre e eu condeno, na escolha do TOP 10. Dessa forma acabamos tendo nas mãos uma lista de bons vinhos a provar, pois se chegaram aqui é porque já passaram por um bom filtro. Feliz de ver que tanto o Fausto Chardonnay e o Tannat (que eu já havia destacado) estão aqui. Também o Quereu Sauvignon Blanc que tenho na Vino & Sapore e acho muito bom.

Pois bem, este ano foram avaliados tintos e brancos separadamente independente de sua origem, o foco era apurar qualidade x preço. Eis a lista dos candidatos e os ganhadores estão destacados.

Expovinis 2016 Melhores abaixo de R$70

OS VENCEDORES

Expovinis 2016 Winners Abaixo de R$70

WORLD WINE EXPERIENCE 2016 – Parte 2

Amigos, eis a segunda parte das experiências da Raquel Santos por mares italianos na World Wine Experience. Desta feita as regiões mais nobres ganham destaque começando, para preparar o palato, com espumantes. Vamos lá, vamos viajar virtualmente?

6 – Mionetto

Localizada no coração da DOCG Conegliano/Valdobbiadene, região demarcada do Vêneto, esta vinícola produz Proseccos há mais de 110 anos. Provei 5 estilos diferentes feitos com a qualificação “extra dry” (12 a 20g de açúcar por litro). Todos eles muito frescos, independente do padrão de rigor ou sofisticação da vinificação.

            Mionetto  Vivo e Mionetto Vivo Rosé extra Dry – Esses dois primeiros são os vinhos de entrada da vinícola. São espumantes simples, festivos e agradáveis, feitos com uvas variadas. O branco ( Chardonnay, Pinot Blanc, Riesling, sauvignon Blanc e Verduzzo ) e o Rosé ( Cabernet Sauvignon, Merlot e Raboso ).

            Prosecco di Valdobbiadene Superiore Extra Dry DOCG – 100% Glera, muito macio e agradável em boca. Expressa muito bem o estilo desse tipo de vinho.

            Sergio MO Extra Dry e Sergio Mo Rosé Extra Dry – Espumantes de autor que leva a assinatura do enólogo(Sérgio Mionetto). A linha Sérgio foi feita para homenagear seu avô, Francesco Mionetto, fundador da empresa. O Branco foi vinificado com as castas Bianchetta, Chardonnay, Glera e Verdiso. O Rosé , Raboso e Lagrein. Muito rico e elegante.

7 – Bellavista

A Lombardia, região do Franciacorta não poderia estar fora dos vinhos destacados. São os espumantes que rivalizam com os de Champanhe como os melhores e mais aclamados do mundo.

            Franciacorta Cuveé Alma Brut DOCG – Método tradicional usando as castas locais (Chardonnay, Pinot Nero e Pinot Bianco). Aromas complexos e sutis. Bela pérlage e persistência em boca.

            Franciacorta Gran Cuveé 2009 Rosé Brut DOCG –  Ótima expressão da Pinot Nero que certamente não lhe confere apenas a cor rosada. A elegância delicada dos aromas e a firmeza persistente dos sabores fazem deste vinho uma experiência única para ser apreciado em ocasiões especiais.

 8 – Poggiotondo

Da região da Toscana, provei dois vinhos produzido por Alberto Antonini, que preza a autenticidade e a pureza das características da DOCG Chianti, por meio da agricultura biológica.

            Chianti “Cerro del Masso” 2014 – Frutado com alguns toques balsâmicos. Fresco e mineralidade que dá leveza e vocação gastronômica.

            Chianti Riserva 2009 – Com as mesmas características, porém com mais intensidade. Um clássico que expressa toda a personalidade e elegância do terroir.

 9 – Travaglini

 Na região do Piemonte, a família Travaglini, produz vinhos com a Nebbiolo (que lá é chamada Spanna), na pequena província de Gattinara(DOCG). O local é considerado um dos mais expressivos para essa casta, juntamente com Barolo e Barbaresco. O solo ácido e vulcânico, a grande amplitude térmica, produz Nebbiolos mais suaves, menos tânicos e com acidez que permite maior tempo de guarda. Uma curiosidade é a forma da garrafa, projetada pelo produtor, para funcionar como um decantador.

            Gattinara DOCG 2009 – Envelhecido 24 meses em barris de carvalho esloveno. Complexo e bem equilibrado.

            Gattinara DOCG Riserva 2008 – Elaborado com colheitas excepcionais, tem maior tempo de afinamento em barris de carvalho (3 anos) e consequentemente um vinho mais evoluído. Muito bom.

10 – Gianni Gagliardo

Outro grande produtor do Piemonte, considerado um dos mestres do Barolo. A família possui vinhedos em La Morra, Barolo, Monforte, Serralunga e Monticello d’Alba. Provei um Barbera d’Alba, Nebbiolo d’Alba e 2 Barolos, mas quero destacar apenas um dos Barolos:

            Barolo Serre DOCG 2007 – Quando provamos um vinho e ficamos sem palavras para descrever as sensações que ele provoca, percebe-se que ele cumpriu 100% sua função. Um Barolo é um Barolo!

             A relação entre a quantidade e a qualidades dos vinhos apresentados foi impressionante, principalmente se pensarmos que ali estavam apenas vinhos italianos. Isso mostra a diversidade que temos à disposição nessa vinosfera mundial. E é sempre bom lembrar que ter acesso à ela não deveria ser privilegio restrito apenas a alguns. Vinho é alimento, saúde, e principalmente cultura.