Gastronomia & Harmonização

Nem Tudo é Vinho

        Vinho é parte integrante de um todo e, em alguns momentos, também protagonista. Apesar do foco principal da 1º Granja Viana Wine Fest onde brilharam entre outros os produtos da Herdade da Malhadinha Nova do Alentejo/Portugal sobre os quais tecerei meus comentários mais abaixo, brilharam também outros expositores que entraram como coadjuvantes e saíram como protagonistas deste verdadeiro festival enogastronomico que marcou a história da Granja Viana, na região metroplitana de Sampa.

       Até poucos dias antes do evento, estava desolado com a falta de participação de meu produtor artesanal de antepastos italianos por problemas de saúde na família. Eis que do céu cai o anjo Gabriel, um dos sócios da Carciofi Alimentos, com a proposta de participar do evento. Na hora provamos e aprovamos os deliciosos produtos e agora também estão disponíveis na Vino & Sapore. Destaque de vendas (itens vendidos) possui um portfolio enxuto porém de muita qualidade sendo que, para mim, seu Tapenade de Azeitona preta e a inusitada Compota de Cebola são excepcionais. Parceria firmada, esta foi uma das descobertas proporcionadas por este gostoso evento.

       Do lado deles e estrategicamente colocado encostado no balcão dos Vinhos Verdes, a Marithimus, parceiro de longa data deu show com seus frutos do mar, salmão e truta defumados produzidos em Santa Catarina. Seus produtos são de extrema qualidade e neste evento lançaram seus novos produtos, os patés de salmão e de truta. Como todos os outros produtos por eles produzidos, a qualidade impera e são deliciosos.

       O azeite chileno Olivares elaborado com a variedade de azeitona Arbequina importado pela Dominio Cassis é campeão de vendas na Vino & Sapore e muito bom com um toque apimentado muito saboroso. Neste evento, no entanto, foi dado a degustar o azeite não filtrado da Herdade da Malhadinha e gente, que es-pe-tá-culo!

         A Herdade da Malhadinha Nova não me é estranha pois já em Janeiro de 2009 tecia comentários sobre seu vinho TOP o Malhadinha que, hoje, é seu segundo vinho já que o primeiro agora é o Marias da Malhadinha. Até hoje o Malhadinha 2003 segue sendo um de meus vinhos preferidos entre os milhares já provados e na Expovinis foi um dos poucos produtores que tive a oportunidade de provar. Por sinal, seu Aragonês, ainda por chegar ao Brasil, é divino também. Afora termos tido a oportunidade de provar o excelente Malhadinha 2008 que, a meu ver ainda se encontra algo fechado e muito ainda por evoluir, encantou a grande maioria dos que que tiveram a oportunidade de o provar tendo sido apontado como o melhor vinho da mostra, também provamos seu vinho de entrada o Monte da Peceguina que é um senhor vinho elaborado com um blend de uvas autóctones da região e uvas chamadas internacionais; Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Syrah e Cabernet Sauvignon. Para eles um gama de entrada, para outros provavelmente já intermediário, senão top! Um belo vinho que poderia certamente estar uns 15% mais barato para realmente “estourar de vez” no mercado, mas sem duvida alguma uma bela surpresa que me encantou. Como diz o Miguel em seu blog Pingamor (link aqui do lado), Sai da garrafa com uma cor escura, jovem. Aroma com boa intensidade. Boca com bom volume e boa acidez. Muito frutada, tem a companhia de tosta, chocolate preto. Ligeiro toque vegetal. Bom final, guloso. À semelhança dos anos anteriores, este vinho apresenta-se já prontíssimo a beber, com um perfil guloso, frutado, com alguma complexidade. Temos aqui a receita para o sucesso, com um vinho fácil de gostar mas não modesto, um vinho moderno, jovem e urbano.” Concordo; vinho com caráter, corpo médio que tem tudo para agradar e como dizem na terrinha, muito apetecível.

        Ah, mas falava de azeite. Gente, um baita azeite como há muito não provava. Nem sei a que preço chegará por aqui (lá custa uns 10 a 15 euros) mas certamente os amantes dos bons azeites não poderão deixar de o provar pois é absolutamente marcante. Elaborado sem filtragem com 100% da variedade Galega, acidez máxima de 0,2% é riquíssimo e sedutor. Não sei nem sobre o quê servir, não tenho esse conhecimento de causa, mas molhar um paõzinho português ou italiano e sorver todos seus sabores já é divino e para mim já basta! Este eu recomendo e ainda preciso fazer um curso sobre azeites porque cada vez me apaixono mais por eles.

       O legal desse produtor, afora a qualidade de seus produtos, é a estória por trás dos rótulos que são todos desenhados pelas crianças da família e cada desenho leva o nome da criança que o desenhou. Algo lúdico numa vinosfera cada vez mais impessoal e industrial! Acho demais e uma visita virtual, se não física, ao produtor é certamente algo a fazer parte da “wish list” da maioria dos amantes da boa enogastronomia, na minha já está!

Salute e kanimambo

Paella y Vino – The Day After

Faz um mês, nossa há quanto tempo, que tivemos a oportunidade de nos sentarmos na Vino & Sapore com amigos para mais uma degustação harmonizada. Mais uma vez um grande sucesso já que conseguimos atingir nossos objetivos ao conseguirmos montar as bases estruturais de toda e qualquer harmonização; Prato, Vinho, Pessoas e Momento! A ideia deste encontro veio da quantidade de pessoas, clientes e eleitores, que me perguntavam sobre os vinhos mais adequados para harmonizar com Paella e optei por diversificar os vinhos em prova.   Na Granja Viana a reputação da Paella preparada no forno a lenha pela Dona Sagrario é irretocável e célebre há décadas, então a fonte do alimento sólido para esta experiência enogastronomica só  poderia vir de lá e não deixou duvidas, delicia! Já os vinhos, aí a escolha foi bem mais difícil pois as potencialmente boas “maridajes” no mercado eram enorme. Optei por mixar o tradicional ao inusitado, rótulos mais conhecidos com aqueles menos midiáticos e só provando para ver o que dará certo.

  • Ramon Bilbao Branco – um Viura fermentado em barrica de que gostei muito quando visitei o tradicional e famoso Don Curro. Ótima acidez, saboroso, equilibrado e complexo com bom corpo, um vinho que entusiasmou o pessoal mas que não aguentou a paella valenciana que junta carnes brancas e frutos do mar.
  • Señorio de Sarría Rosado – um vinho de Navarra, região famosa por seus rosés, elaborado com a uva símbolo da região, a garnacha. Menos residual de açúcar do que estamos acostumados a ver nos vinhos deste estilo, mais seco e com uma acidez bem presente, acompanhou muito bem a paella com um toque mais refrescante e provavelmente seria minha escolha para uma tarde de verão.
  • La Calandria Cientruenos Garnacha – um vinho que acaba de chegar ao mercado, pequeno produtor que cria mais que vinhos, cria poesia engarrafada. Tentando restaurar a essência e tradição da Garnacha nos vinhos tintos de Navarra, um vinho diferenciado. Muita fruta, pouca madeira, taninos suaves paleta olfativa deliciosa e sedutora que evolui para bala de cereja, porém sem qualquer açúcar residual no palato. Um vinho que combinou muito bem com a Paella sem brigar com ela em nenhum momento tendo se mostrado um vinho muito alegre e jovial que certamente também deverá acompanhar muito bem um variado dortido de tapas. Uma maridage muito agradável que fez a cabeça de alguns.
  • Finca San Martin Crianza – um Rioja delicioso e sedutor que provei o ano passado e me surpreendeu muito positivamente já que, inclusive, possui um preço muito bom. Mas é na boca que ele realmente mostra a que veio e arrasou neste encontro com a Paella. Uma maridaje clássica, que mostrou uma incrível harmonia com o prato. O vinho mostra muito de um estilo mais clássico qdos vinhos de Rioja alta, porém algo mais light. Madeira muito bem colocada, taninos finos e maduros, um caldo vibrante que seduz e que, na minha opinião, foi a melhor harmonização num encontro em que os vinhos, como um todo, foram muito bem com o prato.
  • Trapezio Plus – nenhuma degustação que armo fica completa sem algo diferente e este vinho, fruto do corte entre a Merlot, maior porcentual, e a Cabernet Franc produzido na Argentina, surpreendeu a todos. O vinho por si só já surpreende pois prima pela elegância muito mais que potência que creio ser típico dos vinhos advindos de Agrelo em Lujan de Cuyo, pois tenho tido essa sensação da maioria dos vinhos dessa sub-região em Mendoza. Taninos bem posicionados, médio corpo, frutos negros muito agradáveis, final algo especiado, equilibrado e fresco. Uma ótima descoberta neste encontro em que a harmonização geral foi muito bem.

Destes cinco vinhos, quatro muito boas harmonizações, o ganhador fica por conta de cada um já que houve preferências por diversos. Só o branco, que todos adoraram, acabou destoando o que não lhe tira valor, uma pena pois o produtor não mais exportará esse rótulo. Mais uma noite muito agradável onde a alegria imperou e nos mostrou que as pessoas são claramente parte integrante de qualquer harmonização.

Salute, kanimambo e amanhã tem mais.

 

Salvar

Salvar

Toscana na Vino, Um Festival de Sabores

           Ultimamente tenho realizado uma série de encontros temáticos em que coloco em prova as sensibilidades sensoriais de cada um na busca da melhor harmonização entre vinhos e pratos. Neste caso, para um restrito grupo de no máximo 13 pessoas, nosso propósito era testarmos a capacidade de harmonização de grandes vinhos da Toscana até R$200,00 e um prato mais típico de outras regiões como o ragu de ossobuco que, no final, acabou mesmo é sendo um ragu de rabada por uma falta de comunicação entre mim e o chef, meu amigo Ney Laux. Isso no entanto, não tirou o brilho ao encontro, pois o prato estava, como de costume, soberbo.

         Para a provas de harmonização, ás cegas obviamente, cinco vinhos de grande qualidade que foram primeiramente degustados solitos. Nesta primeira parte da prova, os preferidos de cada um variaram mostrando a boa qualidade dos rótulos nas taças, mas um se destacou o de número cinco. Como, no entanto, com o prato tudo pode mudar, lá fomos nós para um repeteco de caldos para encarar o ragu de rabada sob uma cama de polenta que por si só já nos faziam aguar. Pessoalmente achei que o número três cresceu muitíssimo com o prato, porém  o ganhador por maioria foi novamente o número cinco.

        Enquanto somávamos os pontos dados pelos amigos presentes, começamos a preparar a sobremesa, uma deliciosa Torrada Elisé (que de torrada não tem nada) obra de um outro chef de primeira, Roberto Strongoli, que prepara este doce com uma massa coberta por lascas de amêndoas e um creme suave e muito saboroso com as ditas cujas. Para acompanhá-la, um excelente Vin Santo da Cantina Leonardo (W&W Wine)  que harmonizou á perfeição, digno de uma Gran Finale!

Ah, você quer saber quem era quem, pois bem os caldos concorrentes escolhidos a dedo por sua qualidade cobriam quase que toda a região da Toscana e diversos importadores: na mesa e na taça em ordem de serviço;

  • Da Vinci Chianti Riserva (W&W Wines) – um degrau abaixo dos demais (inclusive de preço) masdelicioso na taça tenso se ressentido um pouco na hora de acompanhar o prato. Por volta dos R$110,00 vale cada centavo.
  • Badia a Passignano Chianti Clássico Riserva (Winebrands) – literalmente um clássico de extrema elegância com uma paleta olfativa intensa e sedutora que encanta à primeira fungada. Já o comentei no blog antes e mais uma vez mostrou ao que veio! Vinho na casa dos R$180,00 e deixa saudades.
  • Villa di Capezzana  (Mistral) – o menos conhecido de todos os desafiantes e um vinho que há muito conheço e curto daí ter feito questão de o incluir neste saboroso exercício sensorial. Um vinho de uma das primeiras DOCs da Toscana, Carmignano, que demanda uma participação miníma de Cabernet Sauvignon no blend. Vinho fino, complexo e sedoso no palato. Custa ao redor de R$165,00, mas depende das variações cambiais.
  •  A Sirio (Zahil) – falar deste vinho é chover no molhado! Da safra de 2004, a mais antiga deste encontro, se mostrou o mais novo no quesito estrutura junto com o Rosso. Um vinho de guarda de altíssima qualidade que ainda vai fazer muita gente feliz nos próximos três a quatro anos, provavelmente mais. Custa por volta dos R$170,00.
  • Le Difese (Ravin) – faz jus à fama da vinícola que tem no Sassicaia, região de Bolgheri, seu vinho ícone. Um vinho absolutamente sedutor, bom agora e com um futuro promissor, que demonstra bem a capacidade desta vinícola em produzir grandes vinhos. Preço ao redor de R$180,00.
  • Caprili Rosso di Montalcino (Decanter) – vinho que mostra bem toda a estrutura e força, marca de um estilo de vinhos de Montalcino que tanto encantam os brasileiros. Um vinho vibrante e marcante que custa por volta dos R$135,00.

        Todos caldos abençoados por Baco, cada um com seu estilo e sua personalidade, vinhos que recomendo. O grande vencedor deste verdadeiro desafio sensorial e hedonístico foi o Le Difese, terceiro vinho da Tenuta san  Guido (leia-se Sassicaia) que mesmo sendo ainda bastante jovem (09) mostrou-se muito bem tanto só quanto acompanhando o prato, um vinho que encanta e seduz tanto os que apreciam vinhos mais estruturados quanto os que seguem uma linha de mais elegância. Um vinho sofisticado, rico, equilibrado tanto no olfato quanto no palato, caldo que seduz facilmente quem tem o prazer de o conhecer, sem duvida o melhor vinho da noite conforme os amigos presentes e, conforme pesquisado, talvez o melhor le Difese já produzido. O resultado final ficou sendo; Le Difese, Badia a Passiganano, A Sirio, Caprili Rosso di Montalcino, Villa di Capezzana e Da Vinci Chianti Riserva num desafio em que imperou a qualidade.

      Já que o evento era da Toscana, levei de casa meu azeite especial da Tenuta San Guido como “antepasto” acompanhado de mini ciabatas, absolutamente divina essa combinação e o azeite, verdadeiramente extraordinário! Mais um encontro bem sucedido e uma harmonização perfeita já que o momento foi extremamente agradável e é essa verdadeira razão do vinho, gerar prazer e convívio social harmonioso, o equilíbrio entre vinho + prato + momento + pessoas!

Salute e kanimambo

Revisitando um Clássico, Don Curro

          Cozinha minimalista não é minha praia. Não que não seja legal, uma experiência de sabores e texturas diferentes, mas gosto mesmo é de um prato farto em diversos sentidos. Existem em São Paulo alguns restaurantes que fizeram história e seguem sendo ícones de uma época, um deles eu frequentei há 30 anos e ultimamente revisitei por duas vezes com enorme felicidade pois vi que pouco mudou e, o que mudou foi para melhor!

        Falo de um clássico da cozinha espanhola, o Don Curro! Com mais de meio século nas costas, é um restaurante que não deixa duvidas ao que veio; celebrar suas raízes espanholas e a família, tanto no que se refere aos seus consumidores quanto à sua administração que é feita pelos irmãos Rafael e Zé Maria. A cozinha, como tem que ser, toda envidraçada, viveiro de lagostas na entrada, tapas incríveis, pratos para dois (sim, ainda há gente que cultiva esse bom hábito) e um preço justo face a quantidade e qualidade servida.

        No final do ano passado estive por lá numa degustação de Cavas e me deliciei com os diversos tapas servidos. Chorizo argentino e Presunto cru espanhóis de importação exclusiva, linguado á doré no azeite, croquete de jamon, polvo á la feria, manjubinha escabeche, camarãozinho alajillo,  não precisa nem pedir prato principal! Um vinho branco, sangria ou um Cava de sua adega subterrânea, boa companhia e a felicidade enogastronomica será completa! Já que falamos de clássicos, no entanto, suas paellas (pronuncia-se Paêlha e não Paeja) são a marca registrada da casa e famosas, para muitos a melhor da cidade.

        A primeira adega subterrânea e climatizada a ser construída nos restaurantes em Sampa, um viveiro de lagostas, uma peixaria de primeira com recebimento diário de produtos, tudo é pensado e executado com extremo detalhe e dedicação para dar, com excelência, sequencia ao projeto de Don Curro Dominguez (ex-toureiro) e Dona Carmen há 54 anos. Nesta última incursão, em que tive o privilégio de circular pelos bastidores do restaurante, um magnifico prato de lulas recheadas os quais foram acompanhados por um vinho branco diferenciado e também de importação exclusiva, o Ramon de Bilbao Viura fermentado em barrica. Comem três (!) e custa R$102,00 sacou?!

        O vinho me encantou tanto quanto a comida e a “maridaje” com o prato foi perfeita. A Viura se dá bem com madeira e envelhece bem, os Vina Tondonia que o digam, e este da safra de 2009 só vem confirmar isso. Extremamente aromático, seduz rapidamente por uma paleta olfativa deliciosa e cítrica. Na boca mostra um corpo médio, bem estruturado e finamente equilibrado por uma acidez gulosa que pede comida como esta lula recheada. Ah, ia-me esquecendo dos “postres”! A Torta de Santiago é demais de boa, mas me encantei mesmo pela Torta Espanhola! Vá até ao fim, não se acanhe não, pois as sensações palativas despertadas valem a pena e cada centavo gasto.

       História repleta de estórias, como a de quando foram parar na delegacia de Itanhaém há mais de 30 anos ao serem pegos retirando água do mar com um caminhão pipa para seu viveiro de lagostas! Ainda bem que a tecnologia solucionou esse problemas !! rs. Uma viagem ao passado com muita qualidade mostrando que, como os bons vinhos, a gastronomia também pode envelhecer com classe  evoluindo com o tempo. Uma experiência enogastronomica em São Paulo que recomendo a quem aprecia as coisas boas da vida. Ficam em Pinheiros, Rua Alves Guimarães 230 e você pode conhecer mais clicando aqui e visitando seu site onde poderá fazer uma visita virtual à linda adega da casa.

Salute e kanimambo.

Páscoa Com Martúe e Espino Chardonnay Sem Salvaguardas, ufa!

       Para não me irritar, nesta Páscoa tentei nem pensar, nem ler, nem escrever nada sobre essa excrecência chamada Salvaguardas. Tentei me dedicar ao trabalho, aos amigos (obrigado pela visita Albert e espero que o Bacalhau tenha ficado bom) e especialmente à família. Tem algo mais maravilhoso que ver o neto se esbaldar com seu primeiro ovo de páscoa!!

         Esta sim é a melhor harmonização da Páscoa, felicidade entre a família e as gargalhadas desse moleque. Agora, não é por isso que devemos negligenciar os sentidos e necessidades mais básicas! Na Sexta-feira Santa, até as 13:30 não sabia o que fazer para o almoço já que eu e minha esposa estávamos sós. Ao fecharmos a loja, após breve abertura quando alguns amigos deram o ar de sua graça, passamos no supermercado e lá me encantei com uns camarões que insistiam em piscar para mim. Cerca de 15 horas e já estávamos nos deliciando com Camarão à Charlston (que na verdade deveria ser com bavette ou fetuccine) acompanhado deste coringa que é o gostoso Espino Grand Cuvée Chardonnay que a William Févre produz no Chile (Imp. Dominio Cassis) e que tem poucos concorrentes à altura nessa faixa de preço. Combinação da hora!

      Depois passo a receita, mas é super simples e a base é de limão siciliano, mas eu coloquei um algo mais que deu um toque especial e só fez os sabores extrapolarem. Bom demais e Domingo com a família toda, esta paleta de cordeiro na brasa com um delicioso e surpreendente Martuè, (Imp. Almeria) vinho que conheci ontem pela primeira vez, um espanhol de Pago na região de Toledo próximo a Madrid. Precisava saber se passava no crivo para entrar no portfolio da loja e o fez com louvor, baita vinho que fez uma “maridage” perfeita e maravilhosa com o Cordeiro. Caiu o queixo, mas da garrafa não sobrou gota para contar a história!!

          Depois de uma Páscoa tão bem harmonizada – Prato, Vinho, Familia – falar mais o quê? Só assistir a tempestade de granizo e secar o estrago!!!!!!!!!!

         Salute , kanimambo e para dizer que não falei das Salvaguardas, que tal Coca-cola Fermentada do Rio Grande do Sul? Leia aqui > http://clubedaenogastronomia.blogspot.com.br/2012/04/vem-ai-coca-cola-de-uva-fermentada.html?spref=fb . Amanhã tem mais, uma ótima semana para todos.

Última Hora – Dicas de Bacalhau & Vinho Para sua Páscoa

        Todos os anos costumo montar degustações harmonizadas de Vinho & Bacalhau para testar algumas “maridages”. Já escrevi bastante sobre o tema que você pode pesquisar aqui mesmo no blog. Desta feita me uni ao restaurante A Quinta do Bacalhau e montei uma degustação que foi, para ser modesto (rs), divina! Tanto pela comida, como pelos vinhos e, especialmente, pelas pessoas presentes! Mas vamos aos finalmente.

Punheta de bacalhauMuros Antigos Loureiro com sua ótima acidez fez uma parceria estupenda com o prato. Outros vinhos verdes certamente também se darão bem, mas este Loureiro é realmente muito bom.

Bacalhau à Brás – selecionei dois vinhos brancos para que os presentes pudessem provar e eleger o que melhor harmonizaria com o bacalhau. O português Casa Ferreirinha Vinha Grande Branco, um vinho delicioso e muito bem feito, que não aguentou o Bacalhau. Certamente um vinho que se dará melhor com frutos do mar e um peixe grelhado, tipo uma truta com amêndoas. O segundo Vinho de maior peso e com uma madeira muito bem colocada, foi o surpreendente Espino Grand Cuvée Chardonnay produzido no Chile pelo produtor William Févre um produtor de Chablis. Muita elegância, bom corpo, rico e de bom frescor casou certinho com o prato e o preço também é um plus, pois gira em torno dos R$60,00.

Bacalhau à Lagareiro com brócoli e batatas ao murro com muito azeite – Para este prato selecionei dois tintos, um português e um espanhol. O Finca Nueva Crianza é um Rioja com a tipicidade da região em que a madeira está bem presente. Foi bem, houve gente que o preferiu, porém faltou-lhe harmonia com o prato. O vinho em si é muito saboroso, porém o Dois Vales da região do Douro, casou á perfeição. Mostrou um corpo mais em linha com o prato e seus sabores se mesclaram melhor ressaltando o conjunto de forma harmoniosa e muito saborosa. Mais uma vez o preço também é um plus, pois não chega a R$70,00 e é daqueles vinhos que entrega bem mais do que se paga.

Sobremesa, Pastéis de BelémJockey Club Porto Tawny Reserva, uma companhia e tanto para doces conventuais portugueses á base de ovos, natas, amêndoas, colombas pascale,  do que melhor tem no mercado.

 

       A escolha é sua, acima só mais algumas experiências que quis compartilhar com você que está sempre em busca de algo novo. A harmonização é uma coisa de difícil acerto pois cada um tem seu palato e suas preferências, porém o peso do prato e do vinho é sempre um importante fator a ser considerado, mas o importante mesmo é que se seja feliz. Bons pratos, bons vinhos e boa companhia são uma receita de felicidade difícil de bater a não ser por alguns momentos memoráveis de cunho familiar como nascimento de um filho, seu casamento, os netos, etc. Aproveite cada momento, pois sobre esses você tem escolha!

Salute, kanimambo e aproveitem o feriado. Eu ainda vou tentar ganhar uns trocados a mais com os atrasadinhos de plantão, abrindo a loja na Sexta das 10:30 às 13:00, Inshala!

Retrato do Bacalhau do Capitão

      Quando um blogueiro se encanta com algo ele fotografa e compartilha. Tem até um tal  de Instagram, ou coisa semelhante, sei lá a tecnologia avança mais rápido do que eu tenho condição de absorver (!), que tem deixado uma série de amigos viciados. Pois bem, hoje minha foto é diferente!

      Há poucos meses, numa confraria que busca não só provar bons caldos mas também bons pratos, o mestre cuca da turma apresentou um prato de bacalhau de fácil e rápida feitura que encantou a todos. Domingo passado me aventurei na cozinha tentando repetir a dose e me dei bem! A foto do prato é prova disso!

       Foi bom! Esse poderia bem ser o titulo desta foto e na próxima vez espero me lembrar de o fotografar na travessa e no prato, pois depois que se inicia a refeição ele some mais rapidamente do que o tempo do preparo. Ficou delicioso e compartilho com os amigos a receita que fiz para 6 pessoas.

Ingredientes

  • Duas batatas grandes
  • Duas cebolas idem
  • 750grs de bacalhau em lascas ou desfiado.
  • 500ml de creme de leite fresco

Preparo.

  • Corte as batatas e cebola em fatias bem fininhas – separe
  • Dessalgue o bacalhau (36 horas na geladeira com quatro a cinco trocas de água). Ao término junte azeite (deixando-o úmido não submergido) e deixe descansar na geladeira por mais umas três horas.
  • Na bandeja a ir ao forno, coloque um pouco de azeite e forre com as batatas seguido da cebola e do bacalhau formando camadas. Cada vez que chegar ao bacalhau, raspe um pouco de noz moscada sobre ele e mais um fio de azeite. Repita a sequência de camadas até ao topo da travessa terminando com batata.
  • Leve ao forno, pré aquecido a 250º, por cerca de 15 a 20 minutos e retire.
  • Chacoalhe bem o creme de leite e vire a garrafa na travessa de forma homogênea cobrindo todo o bacalhau. Volte com a travessa ao forno por mais cerca de 15 minutos até gratinar. Se quiser sirva com um pouco de arroz branco.

        Nome do prato? Em homenagem ao amigo mestre cuca da confraria, Bacalhau do Capitão, na verdade um Bacalhau com Natas simplificado porém não menos saboroso. Para acompanhar, um vinho branco mais encorpado e complexo como o Esmero ou até, para os mais tradicionais, um Herdade do Esporão Reserva ou um tinto de corpo médio e taninos macios, todos lusos obviamente. Para os  amigos leitores, pretensos mestre cucas de fim de semana, como eu,  bom proveito e depois me diga o que achou. Para não acharem que foi lorota minha, aqui no canto o resto da travessa e do vinho, um Quinta da Cortezia Touriga que já tinha visto melhores dias, mas deu conta do recado. Salute kanimambo e amanhã tem mais uma lista dos Melhores de 2011 por Faixa de Preço, hoje quis vos dar um descanso! rs

Easy Sunday – Polpettone Voilá com Vasari Montepulciano d’Abruzzo

        Domingo preguiçoso a dois e nada de criatividade ou qualquer vontade, diga-se de passagem, de me enfiar na cozinha para preparar almoço que neste dia é tradicionalmente responsa minha! Como moro perto da loja (para quem ainda não sabe, a Vino & Sapore), decidi pelo mais simples, porém não menos saboroso. Peguei um Polpettone da Voilá, linha de pratos gourmet congelados, preparei  um pouco de Casarecce (como a Itália tem nome e formatos para pastas!) e abri uma garrafa de Vasari Montepulciano d’Abruzzo. O Polpettone estava uma delicia e combinou bem com o vinho que se mostrou muito versátil já que o que sobrou acompanhou bem um sanduiche de pernil acebolado no final de tarde. Talvez lhe tivesse faltado um pouco de corpo para encarar o Polpettone, foi bem com o pernil, mas o molho de tomate, muito bem feito por sinal, fez a liga. Gostoso vinho, macio, redondo, frutado e fácil de se gostar com taninos sedosos que cumpriu seu papel atendendo a minhas expectativas de um vinho saboroso, agradável que não complicasse nem me fizesse pensar muito, só curtir descompromissadamente. 

      Por vezes o menos é mais, e hoje foi um dia desses. Gostoso, simples, vinte minutos de cozinha e boa companhia, não dá para pedir muito mais que isso no dia da preguiça. Salute, kanimambo e a partir de amanhã a lista de meus Melhores de 2011 iniciando com meus “Best Buys” entre tintos e brancos.

Bons Pratos, Grandes Vinhos, Ótimos Companheiros!

 Todo o grande momento enogastronomico tem seu “foreplay” que é o preparo do espirito e de nossas aptidões hedonísticas para algo maior que está por vir. Quanto maior for o êxtase a ser alcançado, melhor deve ser o foreplay! Pois desta feita os amigos desta confraria sem nome (ainda) chutaram o balde e mandaram ver legal tendo sido uma honra e um privilégio ter em minha casa, a Vino & Sapore, gente desta estirpe com seus néctares abençoados por Baco! Falarei deste momento em dois tempos, um agora com a preparação para o momento de maior gozo e um segundo quando me dedicarei a tentar transmitir algo da torrente de emoções que se apossaram de mim. Para começar a preparar a boca, depois de um rosé meio morto que dispensarei de apresentações, abrimos um vinho que descobri há um tempo atrás e segue sendo uma enorme surpresa quando o apresento, Tannat/Viognier da bodega Alto de la Ballena, um vinho diferenciado de uma região e bodega pouco conhecida dos seguidores de Baco tupiniquins e até algums do próprio Uruguai. A grande maioria das bodegas produz seus vinhos em Canelones, próximo a Montevideu, mas esta bodega está próximo a Punta, aliás uma região a ser olhada já que por ali perto também temos a Dominio Cassis que elabora um Tannat de primeira, o Abraxas. Neste caso o Tannat é cortado pelo Viognier que lhe aporta um perfil aromático mais floral e uma acidez muito legal enquanto também doma algo de seus taninos que aqui se apresentam muito finos e elegantes num corpo de boa estrutura. Um vinho que vale a pena conhecer e esta garrafa agradeço ao amigo Mario que me trouxe de Montevideu.

          Para iniciar os trabalhos, um dos amigos nos trouxe um delicioso exemplar de Moet Chandon Brut Imperial 1995 que estava divino e se entrosou maravilhosamente bem com as caudas de lagosta gratinadas acompanhadas de um igualmente delicado risoto de limão siciliano e queijo brie! Minuto para enxugar a boca, espera aí! rs Voltei, mas continuo aguando!! Champagne safrada com idade ganha uma complexidade danada e este ainda se mostrou vibrante com uma acidez muito presente que encantou a todos e harmonizou á perfeição!

         É de conhecimento geral da maioria, que 1984 não foi uma safra lá muito boa para vinhos, exceção feita à Califórnia, porém para pessoas tenho a certeza que sim, pelo menos para um que é o amigo César, um jovem aficionado por bons vinhos e bons pratos! Encontrar-lhe vinhos de 84, todavia, é trabalho árduo e não sabíamos o que esperar deste Chateau Palmer 84 que havia recém chegado ao Brasil. Tinha tudo para estar moribundo , mas…….não foi bem isso que encontramos na taça. Para acompanhar o vinho, um Filé Mignon na Mostarda e Foie Grass! Hoje está difícil escrever, espera aí que vou pegar uma toalha!! rs Voltei e agora, com a toalha, acho que não teremos mais interrupções não. Onde estávamos mesmo, ah, o vinho pseudamente moribundo e seu acompanhante da noite, o Filé. Madre de dios, que coisa!!! Primeiramente o vinho surpreendeu a todos, já que pela safra pouco prometia, porém mostrou-se ainda muito digno, um vinho de muita elegância e complexidade, com aquela classe que um vinho de fina estirpe só adquire com a idade e anos bem acomodados, lembrei-me do amigo Silvestre e sua paixão por vinhos velhos. Toques animais, alguma fruta ainda presente porém de forma muito sutil, mata molhada, algumas notas de torrefação, taninos extremamente elegantes e acidez ainda presentes formam um conjunto que, se não exuberante, demonstrou um equilíbrio bem presente num final de boca macio e algo curto que, no entanto, deixa claro que estamos diante de um digno representante de Margaux e que os bons produtores se conhecem mesmo é nestas safras adversas. Um vinho sedutor que poderia ser “só” isso caso não existisse um prato a lhe fazer companhia e aí o pato virou ganso mostrando que uma boa harmonização pode operar milagres especialmente quando a terceira e quarta partes dessa equação estão presentes; momento e pessoas certas! Como dizem os hermanos, maridaje perfeita e literalmente de lamber os beiços, momento de grande persistência que ficará na memória por muito tempo e não posso deixar de agradecer ao César por isso. A foto, tomados que estávamos pela emoção, não é aquelas coisas e não faz jus ao prato, mas não podia deixar de publicar.

         Para finalizar veio para a mesa um Vega Sicilia Único 1999 e aí eu, que tinha separado uma outra garrafa surpresa para encerrarmos a noite, optei por guardar a viola no saco e sair de mansinho! Gente, há quem pense que só porque militamos nesse meio que temos acesso a tudo o que é grande vinho, ledo engano. Para alguns isso pode ser muito corriqueiro, porém para a maioria de nós isso é sempre um enorme privilégio! Mas espera aí, já falei demais por um post e minha toalha já encharcou, então deixemos esse Vega Sicilia Único para amanhã já que tenho causo para contar e o vinho merece vênia e um post só para ele! Antes de ir-me no entanto, tenho que tirar o chapéu para o mestre cuca da turma que junto com sua parceira fizeram deste encontro e degustação uma verdadeira explosão de sabores e sensações ímpares. Obrigado meu amigo Odair Marcelo, participante ativo e fomentador desta confraria, e Nega pelo verdadeiro show de cozinha que só veio comprovar minha tese de que, em qualquer atividade, só quem tem o dom consegue real destaque e que só suor, apesar de válido e essencial, não leva ninguém ao pódium! Agora precisam é montar vosso serviço de Chef in House, porque capacidade vocês têm e muita então este espaço está aberto para divulgar esse dom especial que vocês possuem.

          Salute, kanimambo e amanhã tem mais um capítulo sobre essa odisseia que foi a semana retrasada. É nestas horas, não só, que me lembro do amigo Didu que sempre nos lembra que chato mesmo, com todo o respeito aos profissionais do ramo, deve ser vender parafusos! Fui.

 

Festival de Vinhos Portugueses em Restaurantes – Fui Conferir

Já tinha informado sobre o festival aqui mesmo no blog e prometido conferir. Como promessa é divida, fiz minha escolha e deveria, do ponto de vista jornalístico, ter optado por um restaurante brasileiro, mas e o tuga aqui lá resiste? Escolhi, um pouco em função da proximidade e um pouco por curiosidade, a nova filial do Trindade, um restaurante do grupo Bela Sintra, no Shopping Iguatemi de Alphaville. Que bela escolha! Não foi tudo perfeito pois só tinham um vinho branco, o Prova Régia, que estava em falta e eu tinha me entusiasmado com um prato de “Lulas Algarvias”, desta forma  acompanhando minha esposa com sua escolha de Linguado e vinho. Nada no entanto, que simpatia e bom serviço não resolvam! A Jane, sommelier que nos atendeu, gentilmente nos trouxe um resto de garrafa do Prova Régia como cortesia. Deixei que minha esposa ficasse com ele e mudei meu prato para um delicioso arroz de pato. Prato pesado que merecia um alentejano me levando a escolher o Roquevale Reserva 2005 que estava divino e casou perfeitamente com o prato. Pouca gente conhece este vinho e não sabe o que está perdendo pois está no ponto para ser apreciado, muito complexo e já com uma certa evolução, riquissímo, um caldo de primeira linha que nos deixa com aquele gosto de quero mais na taça e que só cresceu com o arroz de pato, belo vinho. Aliás, bons vinhos do Alentejo e Douro tomados no tempo certo são dificeis de bater!

As entradas do Trindade são um caso á parte e comi, depois de bastante tampo, Rissóis (sim esse é o nome por lá) de camarão deliciosos, Pasteizinhos de bacalhau muito saborosos e sequinhos  (bolo por lá é coisa doce!), Grão de bico com bacalhau e um Queijo da serra (castelão – mais suave) derretido com torradinhas que estava dos deuses, valeu mestre Arnaldo (maitre)! Os pratos estavam divinos e a harmonização de ambos nem se fala, mas ainda tinha mais, as sobremesas! Me lembrei na hora de um deslumbrante doce que vem no carrinho de sobremesas do Bela Sintra elaborado com ovos nevados  e que só ele já merece uma visita ao restaurante. Bem, mas voltemos á realidade, ás sobremesas do Trindade que também são uma tentação. Toucinho do Céu maravilhoso, Encharcada de lamber os beiços, porém foi com a delicadeza e leveza, podem crer, da Siricaia (elaborado com leite condensado e gemas de ovos) que me deixei levar. Ainda teve um ótimo café e uma Amarguinha para arrematar a noite, bão demais da conta sô!

Faltou um vinho de sobremesa no festival, a casa tem outros, e sugeri a inclusão do Burmester Jockey Club Tawny Reserva já que o importador é participante do evento e o vinho casa muitíssimo bem com os doces conventuais da casa. Preços dos vinhos sem exageros, comida divina, bons vinhos, serviço de prima, o restaurante está de parabéns e espero que a filial que fica no recém inaugurado Shopping Iguatemi de Alphaville tenha o mesmo sucesso que os outros empreendimentos do grupo. Qualidade e equipe têm para isso e o recomendo aos amigos, inclusive os que moram aqui na Granja Viana pois com o Rodanel, é coisa de 15 a 20 minutos tops. Valeu Arnaldo e equipe, show de bola!

Conferi, gostei e agora a melhor noticia, o Festival foi prorrogado até dia 11 de Dezembro, não deixe de conferir você também, recomendo.  Uma ótima ação da ViniPortugal no sentido de promover o consumo de vinhos portugueses entre os brasucas em terras brasilis, por sinal um ótimo trabalho que vem sendo desenvolvido já faz um tempinho e que o volume de importações da terrinha vem comprovar sua eficácia.  Salute e kanimambo, vejo você por aqui ou lá, na Vino & Sapore onde bom vinho português espera por você. Por falar nisso, uma homenagem a Portugal e ao Senhor Vinho!

http://www.youtube.com/watch?v=gvDGijbmoXs

Como diz a canção, “vamos lá meu amigo a mais um copinho?!”