Gastronomia & Harmonização

Vinhos Portugueses em Restaurantes Paulistanos

            Os vinhos portugueses vêm num crescendo de consumo no Brasil e nos restaurantes isso não seria diferente. Nas cartas que faço e forneço, tenho visto isso mesmo que ainda ainda de forma timida a não ser que, obviamente, o restaurante seja especializado. Com o intuito de fazer crescer o consumo e mostrar o ótimo perfil gastronômico dos vinhos lusos, e ViniPortugal, associação que promove os vinhos portugueses pelo mundo, promove desde a semana passada em São Paulo, o Festival de Vinhos de Portugal em Restaurante, que termina no dia 04 de Dezembro. Mais ainda, durante o período, cliente que carimbar o seu mapa de Portugal três vezes, ou seja, participar três vezes da ação nos restaurantes integrantes do festival poderá participar do sorteio que o brindará com uma viagem a Portugal, com direito a acompanhante. Diz o press release:

Doze restaurantes participarão do festival, cujo objetivo é harmonizar os sabores dos vinhos de Portugal com a culinária paulistana. Os restaurantes participantes são: Ville Du Vin, Trindade (Unidades Itaim e Alphaville), Tasca da Esquina, Bacalhoeiro, Cosi (unidades Santa Cecilia e Vila Nova), North Grill, Antiquarius, Grill Hall, Materello, Purpurina Oficina das Pizzas, Restaurante do Mube, Porto Rubaiyat e O Pote do Rei.

Para promover ainda mais o evento, o chef português Américo dos Santos e o brasileiro Willian Ribeiro gravaram um vídeo com suas receitas de Bacalhau Confitado com Sabores Lusitanos e Lombinho de Cordeiro Grelhado com Açorda de Leite e Salsa Verde, respectivamente. No vídeo com link abaixo, além de mostrar a confecção dos pratos, o sommelier Diego Arrebola destaca como os vinhos portugueses e suas diversidades de sabores harmonizam os pratos apresentados. Assista: http://vimeo.com/31928939

   Bem, eu não sei vocês, mas eu não tenho como deixar de conferir este verdadeiro festival luso, o sangue fala mais alto, e certamente voltarei  contando minha experiência. Para os amigos que estão em duvida sobre subir a bordo comigo no Tour Enogastrocultural por Portugal, eis aqui um aperitivo do tudo de bom que por lá provaremos. Uma ótima semana para todos e tenho a certeza que a receita acima já lhes deu água na boca, certo? Só faltou o acompanhamento musical com o Carlos do Carmo para entrar no clima pra valer! Salute e kanimambo.

Simple Foods, Simple Wines

          Já que a harmonização foi do tipo simples, barata e gostosa, decidi esnobar com o título! rs. É, no entanto, isso mesmo, uma harmonização simples entre vinho e prato com pesos similares sem exageros ou delirius tremulis do tipo pegar um tremendo de um vinho, complexo e caro para harmonizar com um hamburguer! Pratos e vinho têm, na minha humilde opinião, de se equilibrar tanto em peso e complexidade quanto em custo, mas enfim cada um faz o que bem entende. Nesta Terça em meu prato, um saboroso bavette italiano de boa qualidade, linguiça e ovos. Na minha taça, um Valpolicella sem pretensões, jovial e alegre que acompanhou o prato de forma digna resultando naquelas harmonizações que a maioria de nós busca em que o resultado é exponencial e quebra a coluna vertebral dos amantes do binarismo. Aqui, dois mais dois deu cinco neste feriado de cara fechada e chuvoso com jeito de preguiça, oba!

          Para quem gosta de se aventurar na cozinha e não tem lá muita prática, dom ou criatividade, como eu, eis aqui uma receita fácil e infalível. Um pacote 500 grs de boa massa italiana (spaguetti, bavete, fettucine). Azeite, meia cebola grande, um a dois dentes de alho e faça um refogadinho enquanto cozinha a massa e quatro ovos em separado. Um pacote de linguiça fina, eu gosto da enroladinha da Sadia, cortado em pedaços com cerca de um centímetro de largura ou pouco mais. Cebola começou a dourar, jogue a linguiça e vá misturando até que esteja bem fritinha. Escorra o macarrão e jogue-0 nessa mesma panela do refogado com linguiça adicionando um pouco mais de azeite. Misture bem e desligue o fogo adicionando os ovos, agora cozidos, cortados em fatias e termine de misturar tudo. Coloque numa travessa e ao servir polvilhe com queijo ralado do bom a gosto. Pronto, está pronto e não demorou mais que uns trinta minutos, se tanto!

        Para acompanhar, um tinto maneiro, de taninos bem suaves e boa acidez como este Anticello Valpolicella 2009,  simples e de bom preço que, mesmo não empolgando, deu conta do recado pois é bem feitinho com tudo no lugar crescendo muito com o prato e  com educados 12% de teor alcoólico que não afetam ninguém. Aqui, o mais importante não é o vinho nem o prato, é o casamento ideal entre os dois e o momento. Eu me esbaldei e a sobremesa teve que ficar para mais tarde! Receita para seis, custo total de cerca de R$60,00 incluso o vinho, tem a certeza que lanche é mais barato?!! Duvido e mais saboroso garanto que não é.

          Easy and tasty moments, um feriado que agradou apesar do tempo. Boa mesa, boa companhia (família), montagem da árvore de Natal com o netinho ajudando pela primeira vez, this is what life is all about! Ontem fui dormir tranquilo e satisfeito com a vida, hoje é outro dia com as preocupações de sempre porém de bateria recarregada!

        Salute, kanimambo e não programe sua viagem de férias para 2012 sem pelo menos dar uma vista de olhos nos detalhes de minha viagem enogastrocultural por Portugal! Espero ver você a bordo.

Ps. Clique na imagem para ampliar.

Harmonizando Sobremesas

              Harmonização, uma arte que poucos dominam e que nós eventualmente acertamos! Desta feita algumas experiências que deram certo e que decidi compartilhar com os amigos. A primeira é clássica, um bom chocolate com vinho do porto. Até aí tudo normal, porém se esses chocolates forem as Ballas de Chocolate da Isa Amaral, um delicioso produto artesanal receita antiga de família, e um Porto Ruby Reserva Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo ou um Graham´s LBV, aí é o nirvana! Um complementa e destaca o outro num processo em que a taça teima em ficar vazia e as Ballas, bem essas somem rapidinho.

          Para quem gosta/prefere colheitas tardia, então vai aqui a minha dica pelo muito saboroso Viña Alicia Vendimia Tardia (Viognier/Sauvignon Blanc e Sauvignon Gris) argentino que surpreende os mais finos paladares. Cremoso, muito bem equilibrado que cresce com uma deliciosa cesta de sorvete de creme banhado em calda quente de framboesa fresca e uns suspiros para finalizar a decoração. Bom demais da conta sô!

            Não quer doce e prefere se aventurar no garimpo de sabores diferentes. Então, este sem foto, tente finalizar sua refeição comendo queijo gorgonzola com torradinhas e acompanhe com um bom espumante Moscatel nacional. Baixe a guarda, exponha-se a novos sabores e surpreenda-se!  

Salute e kanimambo.

Harmonizando Carnes & Vinho ás Cegas – Resultado Surpreendente

          Adoro desafios ás cegas! Nessas horas, sem influência de preço ou rótulo mergulhando no desconhecido é que se quebram paradigmas e preconceitos enraizados em nosso consciente. Num grupo de dez pessoas muito “fixes”, nos dirigimos à Cabana del Assado Granja Viana para um prova que, aparentemente de resultado mais ou menos previsível, não nos induzia a esperar grandes surpresas. No mesmo prato, um corte de bife de chorizo, um de bife ancho e dois carrés de cordeiro, muito bem feitos, que confirmam a fama que as carnes deste simpático restaurante de inspiração argentina ganharam em tão pouco espaço de tempo. Na frente, três taças com três vinhos diferentes, um Melipal Malbec 2006, um Menendez Mendez Tannat  Reserva Alta 2008 e um vinho surpresa que prometi colocar na prova. Qual o melhor vinho? Qual a melhor harmonização?

              Bem, antes de falarmos dessa  prova falemos da introdução desse agradável encontro promovido pela Vino & Sapore. Para começar, nos reunimos na loja, a cinquenta metros do restaurante, para um brinde com o gostoso e fresco Norton Brut Cosecha Especial. De garrafa muito bonita, um verdadeiro charme, e caldo muito fresco, este espumante mostra que mesmo a preços bem camaradas os argentinos estão chegando e os produtores nacionais que abram os olhos! Chegando ao restaurante, onde fomos muito bem recebidos por toda a equipe do salão com destaque para o Esmeraldo com um serviço muito atencioso e eficiente, iniciamos com um “aquecimento” para o Desafio que estava por vir, nos deliciando com costelinhas de porco na brasa acompanhadas de um vinho que faz a minha felicidade nestes momentos, o Varanda do Conde, vinho verde português elaborado com um corte de Alvarinho e Trajadura, harmonização esta que aparentemente foi bem sucedida e aprovada pelos presentes, mesmo não sendo lá muito costumeira. Aliás, apesar de achar que feijoada casa mesmo é com caipirinha, tentem harmonizá-la com este mesmo vinho, o resultado, mais uma vez, surpreende. A foto esqueci de tirar na hora, mas esta é de um domingo em casa, delicia!

          Voltemos ao Desafio. Não vou aqui ficar descrevendo o Malbec (este 2006 ainda melhor que o 2005) e o Tannat , pois ambos já foram por mim comentados aqui no blog  (siga os links) e, mais uma vez, demonstraram ser vinhos de grande qualidade que, ao preço de R$65,00, demonstram claramente de que não se necessita gastar rios de dinheiro para beber bons vinhos. O que foi muito interessante foi ver o resultado do grupo que deu ao vinho 3, o surpresa, a liderança como melhor vinho numa análise solo, sem comida, mesmo havendo um certo equilíbrio entre os três. Cinco pessoas preferiram o 3, três pessoas o 1 e duas pessoas o 2.

            Quando colocamos os vinhos junto com as carnes, o vinho 3 mais uma vez se destacou apresentando-se mais versátil harmonizando melhor com a maioria das carnes. Frutado, taninos finos presentes, corpo médio, boa estrutura com acidez no ponto, equilibrado e muito rico combinou bem com a untuosidade das carnes em geral sem se sobrepor ás carnes mais suaves e encarando de frente o bife de chorizo. Pessoalmente achei que cada vinho se deu melhor com uma carne especifica; vinho 3 com bife ancho, 1 com carré e 2 com o bife de chorizo, mas tenho que concordar que na média o 3 acabou se dando melhor. Agora, imagino que você já esteja curioso para saber que vinhos são o um e dois então aqui vai; o 1 foi o Tannat e o 2 o Malbec, por sinal dois vinhos de muita qualidade a preço bem razoável. O vinho 3, consequentemente, foi nosso surpresa, o Dom Rafael 2008, vinho alentejano produzido pela conceituadíssima Herdade do Mouchão, pisa a pé e um blend de Alicante Bouschet, Trincadeira e Aragonez que custa apenas R$53,00.

        Mais uma vez um monte de paradigmas quebrados; boa harmonização de carne com um vinho branco, gente que não compraria um Tannat surpresa porque foi o vinho que mais lhe agradou, o vinho de menor preço foi o ganhador e …..nem Malbec nem Tannat, deu Alentejano na cabeça! Gostoso exercício de harmonização com carnes que mostrou que nem tudo o que aparenta ser óbvio, efetivamente o é.

         Melhor de tudo, a harmonização perfeita entre os participantes deste gostoso evento. Como sempre digo e insisto, a perfeita harmonização ocorre quando vinho, prato, momento e pessoas conseguem se  unir e criar entre elas um forte elo propulsor que faz com que a aritmética seja colocada de lado e a soma das partes seja exponencial. Neste sentido, sucesso total e os nossos agradecimentos a todos que transformaram um mero exercício de degustação num momento muito especial.

Salute e kanimambo.

Ps. Sugestão para o próximo sábado; almoço na Cabana del Asado e compra de vinhos na Vino & sapore , eh/eh!

Dica Para o Fim de Semana.

            Esta semana estou bem mais inspirado pela enogastronomia do que pelo vinho em si, tratando de curtir os sabores das harmonizações mais do que as partes. Já me cobraram a receita do Penne c/Bacalhau e brocoli, que publicarei em breve, mas tenho mais um prato que virou minha especialidade e que aproveito para sugerir aos amigos como a Dica de Fim de Semana, para domingo mais precisamente. Separe duas garrafas de um bom vinho branco, sugiro o francesinho Alain Brummont Gros Manseng (uva pouco conhecida entre nós)/Sauvignon Blanc que casa perfeitamente com este prato, e deixando a segunda de sobreaviso! A primeira você já leva consigo para a cozinha, pois dizem que é bom cozinhar com vinho. rs Desta forma, vá colocando na taça e curtindo a elaboração do prato, no mínimo servirá para o desinibir despertando o chef adormecido dentro de si! O vinho é muito fresco, saboroso e balanceado fazendo um estilo bem vibrante e sedutor que pode servir para abrir sua refeição acompanhando uma salada com queijo de cabra, petiscos diversos (torradinha com queijo de cabra vai bem) ou algo semelhante, até o prato principal fazendo bonito em ambas as hipóteses.

        O Prato? Bem, esta receita de Tagliatele com Salmão e Espinafre (pode ser fettucine ou bavette) eu repasso na íntegra da forma como a peguei há alguns atrás numa revista, pena que era um anuncio de uma espagueteira que não consegui recortar fora (sorry). Gente, é fácil demais não se acanhem. Se até eu consigo, porquê não você? Surpreenda-se!

Bon apettit, salute e um belo fim de semana para todos. Segunda tem mais e seguimos nos encontrando por aqui (virtualmente) ou na Vino & Sapore ao vivo e a cores de taça na mão!

Penne com Bacalhau & Vinho

            Se tem uma coisa de que gosto, é de cozinhar com vinho. Ás vezes, até coloco algum na comida! rs. É, essa eu li em algum lugar e curto a mensagem não deixando de levar minha taça para a cozinha quando me meto a mestre-cuca, limitado por sinal, normalmente aos Domingos que é quando sobra um tempinho! Digamos que seja um test-drive para garantir que tudo saia certo no almoço! Pois bem, neste último Domingo sai fora do meu tradicional arroz de bacalhau com brócolis e me aventurei por um caminho luso-italiano trocando o arroz por um belo penne e ficou da hora! Servi no prato fundo, regado por bom azeite (sempre!) e acompanhado de um vinho que me agrada bastante e já recomendei aqui seu irmão mais nobre o reserva. Este Quinta do Valle Longo Colheita 2006 é o mais básico dos rótulos desta casa aqui no Brasil, pelo menos pelo que sei, e um vinho que agrada bastante estando no seu ápice, porém certamente ainda palatável até ao final de 2012, quiçá algum tempinho mais.

Sem os excessos cada vez mais presentes nos vinhos do Douro na busca de conquista de novos mercados no Novo Mundo, estamos diante de um vinho muito bem feito, equilibrado, de aromas não muito intensos em que desponta alguma fruta negra com toques balsâmicos e nuances mais terrosas. Já na boca, a riqueza do Douro muito bem balanceada, taninos sedosos sem se sentir aquela fruta madura e algo enjoativa que muitas vezes adornam os vinhos “mercadológicos” da região. Boa acidez, final com algum mineral a despontar e, mesmo não sendo lá muito  longo, dá conta do recado deixando-nos aquele gostinho de quero mais na boca. É incrível como os 14% de teor alcoólico conseguem ser tão imperceptíveis tanto no nariz quanto no palato, um belo trabalho dos enólogos! Não é um blockbuster, mas vale bem os cerca de R$50 a 55 que pedem por ele e, com este penne com bacalhau, o casamento foi muito feliz pois o vinho está bastante elegante compondo muito bem com o corpo do prato sem se sobrepor em nenhum momento.

             Sobrou um pouco do caldo na garrafa, meus parceiros de almoço não estavam lá muito animados no dia,  que á noite terminou sendo companhia para um Caldo Verde, o qual já comentei aqui nesta segunda-feira, tendo fechado o Domingo com chave de ouro!

Salute e kanimambo

Frio, Caldo Verde & Vinho.

Um bom caldo verde com chouriço, é outro papo, regado com bom azeite tendo o frio por companheiro e a parceira do lado então não fica muito melhor que isso! Tudo bem simples, sem frescura aproveitando o vinho que sobrou do almoço de Domingo, um saboroso Quinta do Valle Longo Douro 2006 com taninos já equacionados e perfeitamente integrados mostrando toda a riqueza de sabores da região (depois falo melhor do vinho). Uma bela harmonização regional, só me faltou a broa de milho para ser perfeito! Salute, kanimambo e uma ótima semana. Vamos ver se nesta eu consigo retomar o rumo e postar parte de tudo o que está acumulado!

Bacalhau & Vinho, Hora de Escolher!

             Páscoa chegando e o bacalhau se aprontando! Diz o ditado que existem 1001 maneiras de preparar Bacalhau e se isso é verdadeiro então certamente existirão 1001 harmonizações diferentes. Aqui mesmo, há cerca de dois anos atrás, fiz ampla pesquisa sobre a melhor harmonização de bacalhau e vinho que publiquei em  http://falandodevinhos.wordpress.com/2009/04/06/bacalhau-e-vinhos-harmonizando-a-pascoa/. A conclusão foi de que cada cabeça com sua sentença! A diversidade de vinhos e pratos de bacalhau é imensa, mas há gente que acha que a melhor harmonização é com vinho verde. Outros acham que um branco amadeirado é incomparável e outros, ainda, não abrem mão de um tinto. Afinal o que é melhor? Pensando nisso e para que você faça sua escolha, a Vino & Sapore se uniu ao restaurante Emilia Romagna para lhe oferecer a oportunidade de escolher a melhor harmonização e definir o prato especial de Páscoa do restaurante.

 

Serão servidos dois pratos de bacalhau, mais uma entrada, e três vinhos; dois brancos e um tinto, para você provar e escolher a melhor harmonização. Vai perder esta chance?

  • Entrada >  Pataniscas de Bacalhau à Maria Santos
  • Pratos > Bacalhau com Natas e Bacallá ai Ferri (grelhado com brócolis e batata ao murro)

Para harmonizar, serviremos os três vinhos e você escolhe a melhor parceria Bacalhau & Vinho! Ao final, uma surpresa para finalizar o jantar de forma diferente e fazer jus à boa gastronomia da casa que é essencialmente italiana.

  • Vinho Verde Moura Bastos 2009
  • Casa Valduga Gran Reserva Chardonnay 2009
  • Altano Biológico (orgânico) 2008

         Qual será a melhor harmonização? Certamente diversos outros rótulos poderiam estar por aqui, mas destes, qual o que se sairá melhor? A recepção será feita com um espumante de boas vindas para posteriormente darmos inicio á degustação dos vinhos e só depois daremos inicio ao serviço dos pratos, com, obviamente, mais vinho! Como sempre, as vagas são limitadas e desta vez a 14 pessoas. Uma irresistível oportunidade para quem não conhece o gostoso Emilia Romagna, para quem quer rever e para quem quer passar momentos agradáveis curtindo um pouco daquilo que faz alegria de muitos, a boa enogastronomia! O evento se dará no próximo dia 14 de Abril com inicio ás 20:30 e custará R$130,00 por pessoa, já com serviço e cafézinho inclusos, sendo realizado nas aconchegantes instalações do Emilia Romagna, aqui do lado da Vino & Sapore na Estação do Sino, centrinho da Granja, na rua José Felix de Oliveira 854, acesso pelo Km. 24 da Rodovia Raposo Tavares.  Reservas na Vino & Sapore através deste e-mail ou por telefone (11) 4612.6343/1433.

Malbec ou Tannat no Churrasco?

            Para quem está menos embrenhado nos segredos de nossa vinosfera, fica a impressão de que a Malbec é uma uva argentina e a Tannat uruguaia. Ledo engano, pois as duas se originam na França e daí saíram para o mundo tendo se tornado ícones da vinicultura nestes dois países. A Malbec é originária da região de Cahors sendo também uma das cepas autorizadas a fazer parte do corte bordalês, apesar de pouco usada, tendo encontrado em seu novo habitat, Mendoza/Argentina, sua Shangrila! A Tannat, por outro lado, nasceu no Madiran onde ainda se elaboram potentes vinhos de longa guarda, para mostrar-se em toda a sua plenitude no nosso vizinho Uruguai. Os vinhos tannat do Uruguai ainda são meio desconhecidos do grande publico, mas estes varietais ou blends com merlot, vêm gradativamente ganhando destaque na mídia especializada e espero que façam rapidamente a transposição para sua taça.

        Pergunte para um uruguaio e ele certamente lhe dirá que não tem nada como tannat para fazer companhia a uma boa carne. Já os argentinos, estes juram que a Malbec gera vinhos que têm tudo a ver com sua carne! Achei que estava na hora de conferir isso e no fim de semana fui a um churrasco na casa de um amigo com duas garrafas de baixo de braço; um Alta Reserva Tannat da Gimenez Mendez e um  Malbec  Reserva Tomero da bodega Vistalba.  Na churrrasqueira, os amigos Márcio e Raffa preparavam alguns cortes deliciosos que faziam antever um grande embate entre esses dois vinhos. Tinha costela de cordeiro, maminha, costela de porco com mostarda, picanha, enfim um verdadeiro pitéu que prometia! Sem bairrismos, somos neutros (um português e dois brasileiros), abrimos as duas garrafas e nos deixamos levar nas ondas dos mais intensos sabores.

           Com o cordeiro não teve nem graça, o Gimenez Mendez literalmente arrasou seu adversário combinando taninos firmes, mas elegantes com nuances terrosas e riqueza de sabores que harmonizou muito bem com a carne de gosto mais forte. O Tomero com seus 14.6% de álcool, taninos macios, doces e fruta compotada, não foi páreo. Porém, ainda tínhamos outras carnes a provar e vinho a tomar, a batalha mal começava!  Com a maminha, de sabores mais delicados, o Tomero mostrou suas armas mostrando-se mais equilibrado, mas na picanha e costela dançou de novo. Neste encontro, com estas carnes e estas pessoas, deu Gimenez Mendez na cabeça, mas faça você seu próprio juízo. No próximo churrasco, leve seu Malbec, mas não esqueça de colocar um Tannat na bagagem, você pode se surpreender!

Salute e kanimambo pela visita

Bonne Appetit

         Duas dicas de restaurantes para os próximos dias e ambos possuem interessantes cartas de vinho. O La Marie, sei que também pratica ótimos preços nos rótulos escolhidos pelo Edson que, afora ser um grande chef de cozinha, também é chegado nos caldos de Baco!

1 – Ano e cardápio do Coelho! Coelho, ummm é bom demais só que não é fácil de se achar por aí! Me lembro do Coelho à caçadora que minha mãe fazia e acho que vou matar saudades no Freddy! Em homenagem ao coelho, animal regente do ano novo chinês em 2011, o restaurante Freddy criou uma inusitada temporada gastronômica. A iguaria pouco consumida no Brasil entra em cena durante dois meses, o festival tem início previsto para o dia 14 de março a 14 de maio. No menu, é possível saborear quatro pratos, entre os quais estão: o Lapin Moutarde (coelho ao molho mostarda) e o Lapin à La Caçadora (coelho cozido com cenoura, batata, cebolinha e champignon). A temporada compreende: entrada, prato principal e sobremesa, por um único valor: R$ 89 nos jantares de segunda a sábado, e nos dias de almoço (exceto sábado, dia que a casa não funciona).

A carne do coelho é branca, bem saborosa e de gosto. Além de ser saudável, pois apresenta pouca gordura.Para acompanhar o ideal são vinhos tintos leves com poucos taninos e acidez marcada.

Confira, abaixo, as opções do cardápio do I Festival do Coelho do Freddy:

Entradas

* Poireaux Vinaigrette (salada de alho poró ao vinagrete)

* Salada Verde com Tomate e Palmito

Pratos Principais

* Lapin Maison (coelho ao molho madeira e champignons)

* Lapin Moutarde (coelho ao molho mostarda)

* Lapin au Curry (coelho ao molho curry, servido com arroz de passas)

* Lapin à la Caçadora (coelho cozido com cenoura, batata, cebolinha e champignons)

Sobremesas

* Soufflés: Chocolate, Grand Marnier, Citron e Abricots

* Marjolaine (bolo francês gelado com nozes, chocolate, chantilly e amêndoas, servido com calda de chocolate quente)

* Frutas da Época

O Freddy fica na Rua Pedroso Alvarenga, 1170, Itaim Bibi, São Paulo. Para maiores detalhes ligue para (011) 3167-0977 ou acesse o site: www.restaurantefreddy.com.br

2 – Restaurant Week Começa com Ida ao La Marie – é, está chegando mais um Restaurant Week e o La Marie, do Chef Edson di Fonzo, é sempre prioridade no topo de lista de restaurantes a serem visitados. Vejam a nota recebida da assessoria de imprensa e, como eu os conheço, este eu recomendo só que previna-se e reserve pois a procura é sempre grande!

Para esta edição do Restaurante Week (21 de março a 3 de abril), o restaurante La Marie mantém a lagosta como prato de destaque e, para atender solicitações dos clientes abrirá, nos dois domingos do SPRW, das 19h00 as 23h30. Outro destaque do cardápio exclusivo será um prato sem glúten:  Sorrentini de Quinoa com tomate seco e berinjela. Mais uma vez o La Marie apresenta uma opção para vegetarianos: nesta temporada será o Agnelotti de abóbora com ricota defumada. O prato sem glúten e o vegetariano são opções aos pratos principais propostos e podem ser pedidos no almoço e no jantar.                                                                                         

A “Lagosta Toscana”, com medalhões grelhados e ao molho de ervas será acompanhada por Papardelle elaborado com vinho Merlot dando um toque suave e exótico à massa servida para o jantar.  A entrada escolhida foi ostra gratinada, tendo profiterolles como sobremesa.

Para o almoço, a escolha dos pratos lembra a gastronomia do filme Comer, Rezar e Amar com entrada de fundos de alcachofras a vinagrete trufado ou com opção de molho roquefort, tendo como principal Vitelo à Romana ao molho de vinho branco acompanhado de fettuccini na manteiga de salvia. A sobremesa escolhida foi o Tiramissu”.

Aqui o menu completo do La Marie para o Restaurant Week:

Almoço

Entrada: Fundo de alcachofras ao molho Roquefort ou Vinagrete Trufado

Principal: Vitelo à Romana ou Saint Peter ao vinho branco

Sobremesa: Tiramissu

Jantar

Entrada: Ostras Naturais ou Gratinadas e salada verde

Principal: Lagosta Toscana

Sobremesa: Profiterolles

*Opção Vegetariana : Agnelotti de abóbora com ricota defumada

*Opção sem Glúten : Sorrentini de Quinoa com berinjela e tomate sec0

* podem ser pedidos em substituição aos pratos principais propostos, no almoço e no jantar.

O La Marie Restaurante – Rua Francisco Leitão, 16 em Pinheiros, São Paulo. Para maiores detalhes, reservas e horário de funcionamento, ligue: (11) 3086-2800 – São Paulo – SP ou visite o site http://www.lamarierestaurante.com.br .

Salute e kanimambo