Gastronomia & Harmonização

Chenin Blanc com Risoto de Camarão, Brie e Limão Siciliano

Pouca gente conhece a Chenin Blanc o que é uma pena, é um vinho muito fresco e vibrante que acompanha maravilhosamente frutos do mar e peixes. Originária da região do Loire onde se produzem alguns néctares tanto secos como de sobremesa e espumantes, especialmente na AOC de Vouvray, se deu muito bem na África do Sul onde existe um pouco de tudo entre eles alguns ótimos vinhos como o deste produtor KWV o qual produz também um bom pinotage. A Chenin chegou na África do Sul com os Huguenots expulsos da França por motivos religiosos em 1580, tendo sido uma das primeiras cepas a florescer por lá onde também era conhecida como Steen.

Por muitos anos a superprodução e falta de controle nos vinhedos geraram vinhos de qualidade duvidosa, mas de uns 15 anos para cá novos investimentos, redução na produtividade dos vinhedos e tecnologia aplicada mudaram essa onda. Hoje há muitos grandes vinhos elaborados com Chenin Blanc na África do Sul e normalmente com preços mais acessíveis que os nobres do Loire. Entre eles gosto muito deste KWV Classic Collection que volta e meia habita minha taça.

Neste final de ano, noite de reveillon, preparei um jantar especial a dois, um delicioso (humildade sempre foi meu ponto forte! rs) Risoto de Camarão com Brie e Limão Siciliano que harmonizei com esse vinho de leve nuance floral, crocante, fresco, com notas cítricas bem presentes, maçã verde, ótimo meio de boca e persistente final com um toque mineral que ornou à perfeição. Está certo que a presença de minha loira, a luz de velas e mais uma passagem de ano juntos (a 42º), ajudam a tornar o momento especial, mas a harmonização atingiu seu objetivo com louvor porque, acima de qualquer coisa, ela gostou!

Explorem a Chenin Blanc sul africana, para quem gosta de vinhos brancos e desta casta, acredito que o resultado será muito positivo e eu recomendo muito esse que anda na casa dos R$129 aqui em São Paulo.

Dicas do risoto? Nada complicado. O caldo faço com os rabinhos do camarão, para acrescentar sabor, e um tablete daqueles prontos. Os camarões tempero antes com limão, tico de sal e um pouco de salsinha e deixo descansar por uma meia hora. Refogo cebola, alho e quase todo o camarão ( os maiores reservo para finalização) que ao ficar rosadinho retiro e guardo para acrescentar mais ao final para não cozinhar demais. Arroz, vinho branco e caldo, colher grande manteiga, aos poucos ir acrescentando as raspas do limão (eu também coloco um tico do suco para aumentar a acidez), quando o arroz começar a ficar no ponto acrescento os camarões e finalizo com queijo Brie para dar aquela cremosidade. Na frigideira coloco um tico de manteiga para grelhar os camarões maiores que vão na finalização do prato. É isso, facinho, facinho, mas não esqueça que pilotar o fogão esquenta, mantenha a taça do “chef” abastecida, porque taça vazia dá azar e cozinhar sem vinho não rola e aí o prato pode desandar!! rs

Saúde, kanimambo pela visita e até a próxima!

 

Nem Todo o Dia é Dia!

Tem gente que acha que só porque militamos neste vasto mundo do vinho, todo o dia abrimos uma garrafa de vinho e, quando o fazemos, são sempre grandes vinhos. Bem, certamente haverão algumas poucas estrelas de nossa vinosfera que eventualmente o façam, especialmente “se me dão” (rs), mas eu e a maioria sabemos que na verdade isso não passa de apenas mais uma imagem equivocada que se faz de nós. Sim, na maioria bebemos bem, não muito, porque nossa “litragem” nos permite garimpar bons vinhos a bons preços, sim porque também os compramos!

Desde que comecei a escrever sobre vinhos há mais de dez anos, sempre dividi os vinhos por classes; os do dia a dia, os do fim de semana que volta e meia são os do dia a dia, os do mês e os para ocasiões especiais que são os vinhos do topo da pirâmide e que volta e meio abrimos também porque simplesmente merecemos! rs Galgando degraus e preços, tomando menos por vezes, porém melhor porque a vida é curta demais para tomar vinho ruim!

Recentemente fui almoçar na casa de minha filha e genro (o que sabe cozinhar!! rs) que mais uma vez se esmerou e fez um panelão de um tremendo de um arroz carreteiro de lamber os beiços! O moleque é bom de cozinha, sem frescuras, cozinheiro raiz que, como eu gosta mesmo é de PC, vulgo Prato Cheio!

Queria algo singelo, sem grandes complexidades, algo que harmonizasse e não complicasse o momento e tão pouco os tomadores presentes. Optei por este Malbec Prisionero, que a Galeria de Vinhos traz, e caiu que nem uma luva. Vinho de gama de entrada da ótima Vicentin Family Wines do Vale do Uco em Mendoza, prima acima de qualquer coisa pelo equilíbrio entre a simplicidade e a qualidade. Um vinho pode ser bom, bem feito e barato, este custa menos de 50 Reais, havendo momentos em que qualquer coisa mais complicada pode estragar o momento, este se encaixa nesse perfil. Um vinho simples mas apetitoso, 100% Malbec de San Raphael com passagem de seis meses em barrica (imagino que de terceiro ou quarto uso), fácil de agradar, taninos aveludados e bem integrados, muita fruta mas sem ser aquela coisa madura excessiva que enjôa, alguma especiaria e uma ótima acidez completam o quadro. Corpo leve para médio, com o arroz ficou da hora e é uma harmonização que poderei repetir quantas vezes meu genro quiser! rs

Obviamente que ainda saí com marmita e deu para mais duas refeições, estava bom demais como sempre. Bem, fico por aqui com mais esta dica onde o menos é mais, sem frescuras assim é nossa vinosfera, apesar de alguns teimarem em a complicar, deu prazer cumpriu seu papel! Kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui ou, quem sabe, você não vem comigo explorar os Vinhos de Altitude de Santa Catarina comigo!

Saúde

 

Penne com Bacalhau e Chianti!

O Chianti óbviamente na taça! rs Num desses domingo fui visitar meu filho e minha netinha e optei por almoçar lá, porém para me garantir eu cozinharia, rs, brincadeira, foi um bem bolado. Levei o bacalhau e o vinho, pedi para que ele comprasse o Penne e o brócoli já que esse seria o prato do dia. Bem, foi quase isso pois o o brócoli faltou, porém e mesmo assim ficou bem bom e a companhia ajudou demais! Como meu filhote disse, faltou o brócoli, ressaltou o bacalhau!! rs

Para acompanhar levei um bom Chianti Colli Senesi da Montechiaro, o 345, tradicional corte de Sangiovese (70%) com Canaiolo, Colorino e outras castas regionais em menor proporção, passa 12 messes em barricas francesas de segundo e terceiro uso, mais seis meses em garrafa antes de sair ao mercado.

A região de Chianti tem diversas sub regiões afora as mais conhecidas Chianti e Chianti Classico, são 9 no total. O Chianti, mesmo DOCG, varia muito de qualidade e produz por muitas vezes vinhos mais comerciais e menos expressivos havendo a necessidade de se garimpar bastante para não comprar gato por lebre. As sub regiões Colli (7) são vinhos de diversas colinas que permeiam a região e costumam gerar vinhos de melhor qualidade com maior ênfase no terroir distinto de cada uma e normalmente passam por um maior período de amadurecimento seja em barrica seja em garrafa. Os melhores na minha opinião são os Colli Fiorentini, Colli  Rufina e Colli Senesi. Este vinho é um exemplo disso e ainda prefiro os cortes mais tradicionais como este sem o uso de castas internacionais como a Cabernet e/ou Merlot que cada vez mais tomam conta da produção da região.

A harmonização, modéstia ás favas (rs) ficou muito boa. A boa fruta da Sangiovese estava bem presente com aromas intensos, boa textura com taninos macios, rico meio de boca, fruta moderada, corpo médio, boa acidez e sedoso final de boca fazem com que uma garrafa acabe muito rapidamente! Um bom vinho na casa dos 100 a 110 Reais, que me agradou muito.

Por hoje é só, em breve mais algumas experiências a compartilhar. Kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui. Boa semana a todos, saúde!

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Fabian Reserva 2005, Dignos da Mítica Safra Brasileira

Para quem não sabe, 2005 foi A safra no Brasil. Naquele ano a grande maioria dos produtores foram capazes de produzir grandes vinhos e agora após 13 anos vemos que não só a qualidade foi fora da curva como a longevidade. Até pouco tempo atrás ainda se encontravam alguns exemplares do excelente Tannat da Cordilheira de Sant’ana por aí, quem sabe fuçando ainda se ache algum perdido, o Storia 2005 que jamais foi igualado e por aí afora. Meus amigos do blog 2Panas fizeram uma degustação às cegas com 17 vinhos em 2015 e se mostraram surpresos com o resultado, pois este corte da Fabian foi para mim uma grande surpresa também. Aliás, não só o corte mas também o varietal de 100% Cabernet Sauvignon que também tive o prazer de tomar e está no mesmo patamar, dignos exemplos dessa grande e mítica safra.

O Tannat da Cordilheira 2007 também está muito bom e vivo, o Torii Cabernet Sauvignon 2008 do vinhedo mais alto do Brasil a 1427m de altitude está vendendo saúde, então me parece que temos que reconhecer que a longevidade nos vinhos brasileiros é uma realidade a ser explorada. Este corte de partes iguais de Cabernet Sauvignon e Merlot vem da região de Nova Pádua (próximo a Flores da Cunha) no Rio Grande do Sul onde a vinícola está localizada com vinhedos plantados entre colinas a 780 metros de altitude. Maturação das uvas perfeita, sem excessos de fruta madura ou notas herbáceas, doze meses de maturação em barricas francesas e americanas perfeitamente integrados no vinho após 13 anos. Nariz frutado com algumas notas de evolução, boca de boa textura, médio corpo, equilibrado, rico, acidez ainda presente o que me leva a crer que ainda há ao menos mais uns dois anos de vida nessa garrafa, se não mais, mas para quê arriscar se já está tão bom! rs Um vinho muito prazeroso de tomar, que vale o quanto cobram por aí, algo ao redor de R$75,00.

Minha garrafa abri comendo, sempre (rs) e harmonizou muito bem com a picanha na brasa durante o jogo Brasil x Suíça.

É isso por hoje, uma grande semana para os amigos e kanimambo pela visita. Saúde!

Dia dos Namorados Econômico, Mas Gostoso!

Coisa tá apertada, crise não está dando trégua, sem grana para levar a/o parceiro (o) para jantar em Paris? Para a maioria a situação anda assim e para alguns (muitos lamentavelmente) ainda pior pois estão sem fonte de renda e aí pega mesmo! Tempo de nos reinventarmos, sei que é fácil de falar porque venho tentando também, de irmos á luta, mas se prezamos um companheiro ou companheira isso não pode ser um empecilho para não comemorar o dias dos namorados de forma romântica e especial, mesmo sabendo que essa relação se constrói mesmo é no dia a dia.

Quando se está nessa situação, Fondue de Queijo e um de Chocolate com morangos de sobremesa é sempre uma bela saída, considerando-se (obviamente) que você tenha um kit de fondue em casa. Nisso, caso você compre pronto, talvez se gaste 50 pratas porém ainda tem o vinho, porque fondue chama vinho! rs Há para todos os gostos e bolsos, mas a ideia aqui é economizar então afora os Fondues, sugiro aqui três vinhos.

Nancul Reserva Chardonnay por cerca de 60 pratas, levemente amadeirado (só 60% do lote por seis meses), toques de baunilha, cremoso, fresco com boa acidez e corpo que complementa bem o Fondue de Queijo.

OU

Punto Y Coma Garnacha de vinhas velhas é uma boa opção nos tintos. Um vinho bem frutado, mas com notas levemente terrosas, de taninos macios que não brigam com o queijo o que ocorre por muitas vezes quando de vinhos de maior estrutura e teor alcoólico com muita madeira. Aqui o menos é mais. Já andou acima de 90 Reais, mas houve uma redução e é provável que se encontre por aí entre 65 a 70,00!

Dominio Cassis Licor de Tannat, sempre uma grande e inebriante surpresa. Parece quase um licor de cacau, com notas de chocolate bem presente. Um blend de uma maçeração de frutos secos com álcool vinico por um ano, aliado ao vinho tannat, um conjunto harmônico e equilibrado que certamente vai se dar muito bem com aqueles morangos mergulhados no chocolate. Custa um pouco mais, de 70 a 75 Reais, e a garrafa é de 500ml, mas vale cada centavo.

Fondue Wines

Dois vinhos legais, fondue, quiçá foram 200 pratas (acho que menos) e o momento intimo, a dois, esse vai de graça!! rs Se necessário, ainda dá para buscar vinhos ainda mais em conta, fale com seu sommelier de confiança (se não tem já passou da hora! rs), fuçe nos mais diversos blogs sobre o tema, vá só com o fondue de queijo, enfim, opções sempre haverão se a pessoa valer a pena e você usar sua criatividade. Presentes comprados são diferentes de “presentes” elaborados, pensados, estes são mais valorizados, deixam marcas, mostram que você realmente se importa.

Pense nisso e crie o momento, certamente a recompensa estará garantida neste próximo dia dos namorados! rs Agora, não tem kit de Fondue, a grana está curta não dá sequer para essa “extravagância”, então colha umas flores do campo, uma pequena tábua de frios ou compre um pão italiano e monte umas bruschetas  adicione uma garrafa de vinho de vosso gosto que caiba no bolso, porque essa é essencial NÃO pode faltar, e curta o momento do jeito que dá. Surpreenda, crie, comprar um presente qualquer um compra, mas criar o momento é especial! Importante meeeesmo, é estar junto,

Quer mais sugestões do que harmonizar com os vários tipos de fondue, pesquise aqui mesmo no blog digitando Fondue no espaço reservado para pesquisa (search) de textos no canto alto direito da tela,  ou clique aqui, tem diversos posts sobre o tema. Kanimambo pela visita, um ótimo fim de semana para todos, feliz Dia dos Namorados! Saúde

Cheers Smile

 

Nem Todo o Dia é Dia!

Digo isso de forma tranquila, tem dia que não estou a fins e tem dia dia que estou, porém cada vez mais tenho tentado tomar vinho acompanhando refeições e cada vez menos solo, menos tomar por tomar. Há dias que pedem uma cervejinha, outros uma dose de Bourbon ou um bom Whisky, quiçá um gin ou port tônica, porquê não! Meu lema sempre foi diversidade, então porquê sempre vinho? Sou um apaixonado pelos caldos de Baco, mas neste quesito não sou monógamo não, deixo a infidelidade correr solta para saciar minhas vontades sem culpa! rs

Neste sentido, cada vez mais meus vinhos tendem a ser escolhidos de acordo com o que vou comer, sem obsessões, mas há que existir um mínimo de bom senso em fazer o vinho “ornar” com o prato. “Malbecão” com salmão não rola, sorry, mesmo respeitando quem cometa esse harakiri gustativo! Temos o costume de tomar vinho como “drink”, eu venho perdendo essa tendência já faz um tempinho e ando mais light, menos despretensioso nos pratos que venho comendo. Por outro lado, grandes vinhos não são para todos os dias né?

Cada momento tem seu vinho e neste último Domingo, bem preguiçoso e sem frescuras, peguei um resto de costela bovina congelada que tinha sobrado do Dia das Mães e pensei num risoto de funghi para acompanhar a carne, aqui um tinto já ia bem! Aí me deparei com o fato de que o funghi que tinha estava velho e realmente não estava a fins de sair, então fucei alguma alternativa com o que tinha em casa e saiu um risoto de chouriço português que, por sinal, ficou da hora! rs Uma verdadeira salada de sabores, então preferi um vinho mais neutro, de taninos médios e macios, pouco marcantes tendo minha escolha recaído sobre um vinho da região Lisboa do bom produtor DFJ Vinhos, o Casa do Lago Tinto*.

Tenho um carinho especial por este vinho que é um corte de cinco uvas Syrah, Touriga Franca, Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon vinificados separadamente e o blend afina por três meses em barricas francesas (só um toque) e três em garrafa antes de sair ao mercado. Vinho de corpo médio, frutado, taninos muito bem trabalhados e aveludados, presentes mas finos, acidez balanceada, final de boca gostoso com leve apimentado, vinho que agrada fácil e muito versátil. Ornou, rs, não se sobrepôs, não ficou aquém, os sabores se complementaram de forma bastante harmônica e equilibrada.

Já harmonizei com massas e vai muito bem, achei que se deu muito bem com o prato e com um tempero adicional, tem bom preço! Sim, para a maioria de nós esse segue, se não ainda mais importante em tempos de crise, um importante fator e um vinho desses entre 65 e 70 pratas acredito ser um bom achado, por isso estar compartilhando aqui com vocês até porque, como já disse, nem todo o dia é dia, inclusive para botar a mão no bolso!! rs

Casa do Lago Tinto

É isso amigos, por hoje é só, mas na Quinta passada fui de Curry de Frango com Chutney de manga e coco ralado, que será que abri?? Essa conto outro dia, kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui, fui!

Cheers Smile

 

 

 

 

 

 

* Importador Lusitano Import.

 

 

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Alfama!

Tem em Lisboa, mas não dando para passear por lá sempre dá para matar saudades gastronômicas (ao menos isso! rs) e desfrutar de sabores Lusos aqui em São Paulo. Há diversos restaurantes, uns mais chiques e outros nem tanto, há butecos, enfim uma grande diversidade de sabores para todos os bolsos. Próximo a São Paulo, seja na Rodovia Raposo Tavares, seja na Castelo, também os há basta bater aquela vontade!

Quem se lembra do “Abril em Portugal”, marcou época esse, mas morreu! A tradição nem sempre perdura e até o Don Curro (espanhol) mudou, uma pena mesmo que eventualmente possa até ter melhorado pois uma parte ha história ficou pelo caminho. Vivemos tempos de pura efemeridade, de escaladas vertiginosas de sucesso publico ao total esquecimento em poucos anos, então me senti especialmente feliz ao receber um mail marketing, que em geral desprezo, com esta imagem e notícia.

Há tempos não vou lá, mas foi palco de muitos encontros e bons pratos, nunca me esqueço de suas ameijoas à Bulhão Pato (não sei se ainda as fazem) e uma certa noite de fados!! rs Como não ficar feliz ao ver que o “velho” Alfama dos Marinheiros na Pamplona foi eleito pela Folha de São Paulo como o melhor restaurante luso da cidade em 2017! Não ganho nem rango de graça, rs, compartilhar essa noticia é puro prazer saudosista e certamente um dia desses passarei por lá novamente para matar essas saudades e conferir o presente status quo. Fica a dica para você conferir também, kanimambo e nos vemos por aqui em breve ou em qualquer outra estrada de nossa vinosfera, fui!

Alfama

Uau, Costela de Ripa e Decero Tannat

Como dar errado? Este foi meu presente ás cinco Mães em minha casa no último Domingo! Visitei meu amigo Celso Frizon mais conhecido como Dr. Costela e peguei com ele costela de porco com molho agridoce (dos Deuses!) e um bom pedaço de costela de ripa. Afinal, se não dá para levar a família ao Dr. Costela a gente traz o Dr. Costela à família, são só 50 kms ida e volta, rs, mas as mães mereciam ao menos isso neste dia especial, um churrasco de prima. A introdução ao churrasco foi de linguiças diversas (a de cordeiro estava especial!)e terminei (esquentei?? rs) as costelas, nenhum trabalho, puro prazer poder servir tão seleto grupo de Mães!

20180513_163815Para acompanhar a Costela de Ripa, escolhi um vinho especial de pequena tiragem de uma de minhas bodegas preferidas de Mendoza, a Finca Decero, o Mini Ediciones Tannat 2012. Sim um Tannat de Mendoza e tão soberbo quanto seu primo Petit Verdot nascido na mesma casa, mostrando que Mendoza não é só Malbec e Cabernet Sauvignon! Desbunde este vinho, tá certo que a costela e as Mães presentes deram um tempero especial, mas o que tinha me encantado em Setembro passado na minha última visita, ficou melhor ainda com mais seis meses na minha adega.

Muito aromático com frutos negros bem presentes, na boca é rico, frutos negros se confirmam, ótima estrutura de boca, textura gostosa, taninos de boa tipicidade porém muito bem equilibrados sem qualquer agressividade, final longo, guloso e se mais garrafas tivesse mais tomariamos, perfeita harmonização! Um verdadeiro prazer hedonístico e mais um rótulo que recomendo a quem estiver por aquelas bandas ou em Buenos Aires, porque LAMENTAVELMENTE, ainda não tem ninguém trazendo estes vinhos. Tem gente trazendo tanta coisa meia boca e a Decero segue sem importador no Brasil coisa de louco! Ah, se eu tivesse uma graninha extra!! Alguém a fins de entrar nessa comigo?? rs

Dia lindo, gente linda, comida excelente e vinhos idem, nessas horas que cai a fixa! Um kanimambo e abraço especial cheio de carinho a todas as mães amigas que me visitam por aqui. Espero que tenham tido um dia lindo e que exijam de seus parceiros e filhos que a “festa” não fique só num dia, pois vocês são a essência da vida devendo ser devidamente reconhecidas sempre. Um brinde especial a todas vocês Mães!

Cheers Smile

 

Vinil e Vinho Virou Vinílico!

Quanto “V” né? rs Pois bem, isso é coisa de meu amigo Mauricio Tagliari que idealizou o evento que está em sua segunda edição e tem jeito de ser muito legal! Eu até fiquei tentado em levar alguns de meus discos de vinil lá para troca, mas não tenho coragem até porque como não tenho repetidos teria que abrir mão de alguns e não estou emocionalmente preparado para isso não! rs Eis o press recebido que com o maior prazer compartilho com você, amigo leitor.

“No dia 5 de maio (sábado), das 15 às 19 horas, acontece em São Paulo (SP), a 2ª edição do Vinílico, festival que combina vinho e música: rótulos nacionais e importados vão dividir espaço com os nostálgicos discos de viViníliconil e um line-up especial, que traz pocket shows de artistas da cena autoral na capital paulista. Tudo isso rola nocharmoso pátio da Unibes Cultural (ao lado do Metrô Sumaré), das 15 às 19 horas.

Os vinhos que darão o tom e o sabor da tarde de sábado serão apresentados pela Cantu Importadora, pela vinícola Quinta da Companhia, o wine bar Vino! e pelas lojas Santé Vinhos, Bendito Vinho e Wine Lovers, que vão levar ao Vinílico rótulos selecionados e exclusivos. Além de degustar a ampla oferta de vinhos, será possível adquirir produtos a preços especiais contando, ainda, com R$ 10 do valor do ingresso como crédito na compra de vinhos.

Ao palco vão subir os músicos e compositores Maria Ó, Lulina, Lara Aufranc, Igor Caracas, Danilo Penteado e Guilherme Kafé. Entre os expositores de vinil, estão confirmados a Animal Discos, Mafer Records e Marafo Records, que levam suas coleções para troca ou venda”.

O ingresso para o Vinílico custa R$ 60 e dá direito ao combo ‘degustação de vinhos + shows + R$ 10 para compra de vinhos’. Local Unibes Cultural – Rua Oscar Freire, 2.500 (ao lado do metrô Sumaré) com ingressos à venda no dia do evento na bilheteria (dinheiro e cartões de débito e crédito) ou antecipe a compra clicando aqui! Lembro que você poderá levar vinis para troca, mas não poderá vender pois isso é exclusividade dos expositores que lá estarão. Vá de vinil, vá sem, vá apenas para curtir boa música e bons vinhos, mas vá!

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Bom fim de semana e nos vemos aí, por aqui ou, quem sabe, na Vino & Sapore onde rola sempre um bom papo, boa música (Sábado é Blues) e bons vinhos! Fui, kanimambo pela visita

 

Bacalhau Espiritual!

Último post sobre a Páscoa com uma receita de bacalhau, entre mais de 1001 (rs) que tem tudo a ver com o dia. Quem ainda não optou pela receita de hoje, ainda dá tempo, acho! Eis a receita para 6 pessoas da Miriam Cavalcante no site Tudo Gostoso.

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Ingredientes

  • 700g de bacalhau dessalgado
  • 3 batatas grandes cozidas
  • 2 cenouras grandes cozidas
  • 6 fatias de pão de forma sem casca
  • 3/4 de xícara de leite quente
  • 2 cebolas médias picadas
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 3 colheres bem cheias de manteiga ou margarina
  • noz-moscada a gosto
  • sal a gosto
  • 1 caixa de creme de leite
  • 1 xícara de requeijão tipo catupiry
  • queijo parmesão ralado

Preparo

  1. Cozinhe o bacalhau
  2. Deixe esfriar e desfie em lascas grandes
  3. Em uma vasilha pique o pão e regue com o leite
  4. Deixe de molho por uns minutos
  5. Depois amasse o pão com o leite fazendo um purê de pão
  6. Reserve
  7. Passe as batatas e as cenouras no espremedor fazendo um purê
  8. Reserve
  9. Numa vasilha misture com um garfo o creme de leite como requeijão
  10. Reserve
  11. Ligue o forno para preaquecer
  12. Em uma panela grande coloque a cebola com o azeite e a margarina e doure
  13. Acrescente os purês de batata e de cenoura e misture bem
  14. Coloque o purê de pão e a noz moscada e misture novamente até que fique tudo bem encorpado
  15. Acrescente metade do bacalhau e misture
  16. Desligue o fogo e acerte o sal
  17. Em um pirex coloque metade da massa de purês, cubra com o restante do bacalhau e por cima coloque o restante da massa
  18. Cubra tudo com a mistura de queijo e creme de leite e polvilhe com o parmesão ralado
  19. Leve ao forno, 200° C, até dourar.

Na Tudo Receitas, uma versão algo diferente desta acima, clique e veja, escolha a que achar melhor. Eu hoje estou em outra (pescado no forno) e o bacalhau, quem sabe o Espiritual, será para Domingo. O Vinho para acompanhar, eu vou de um branco luso com certeza, provavelmente um Dão! Feliz Páscoa, preferencialmente em família, mesa farta e copos idem! Kanimambo pela visita e lembro que a Vino & Sapore abre neste Sábado para que o almoço de Domingo não seja regado a laranjada!! rs