Tomei e Recomendo

Bom Vinho Rima com Boa Comida

              É, dá para tomar bons vinhos solo, mas a grande maioria foi feita para acompanhar comida, preferencialmente bem acompanhado(a).  A minha dica de hoje, na verdade duas, tem a ver com essa constatação e não deixem de brindar. Não interessa ao quê, pegue uma garrafa de espumante e faça deste dia um dia especial!

Restaurant Week – no Dicas da Semana da semana passada, tinha dado destaque e sugerido a visita ao Hitan, um local diferente a ser conferido. Hoje tenho o prazer de de destacar um restaurante pertinho de casa, o Açafrão da Terra. Local muito agradável que possui a Chef Cacilda (conhecida na região) comandando a cozinha, é um restaurante jovem com menos de seis meses de vida, mas que já começa a mostrar ao que veio com muito dinamismo e competência. Melhor ainda, é aqui na Granja Viana, um local especial com ampla carta de vinhos e uma ótima opção á zorra que se tornou Sampa. Vejam abaixo e não deixem de prestigiar, especialmente os moradores da região da Raposo Tavares.

Chef Márcia é Ideia Gourmet – estamos em plena Restaurant Week,  mas tem gente que gosta mesmo é de receber e se aventurar pelos segredos da boa culinária, em casa! Nesse caso, tanto você pode encomendar os serviços da simpática e sempre alegre Chef Márcia de Paula como aproveitar de seu conhecimento tomando umas aulas e visitando seu site da Ideia Gourmet. Eu tenho isso no meu wish list! Agora com a abertura da loja, não pude nem pensar nisso, mas deixa a coisa acalmar que estarei batendo na sua porta para marcar minhas aulas.

               Para acompanhar as dicas acima, um bom vinho sempre vai bem. Desta forma fica aqui a minha sugestão para um espumante. Falo muito destes vinhos borbulhantes, mas já faz um tempinho que não publicava nenhum comentário aqui. Desta feita venho recomendar um de uma casa produtora nacional, mais precisamente de Garibaldi, relativamente nova porém com um respaldo enorme de conhecimento já que pertence ao grupo Valduga, é a já muito premiada Domno. Sua marca, Ponto Nero, da qual sou gamado no Extra-brut que já comentei aqui por diversas vezes,  vem crescendo em diversidade e incorporando marcas importadas usando sua rede de ditribuição. Hoje gostaria de comentar o Ponto Nero Brut, seu espumante “básico” desta gama (tem outros) produzido pelo método charmat e mui recentemente premiado na avaliação do Guia 4 Rodas, em que ficou no segundo lugar na classificação geral de melhores espumantes do Brasil, sendo o mais bem colocado na categoria charmat.

Corte de Chardonnay com Pinot Noir e um tico de Riesling, mostra-se muito fresco e especialmente vivaz, talvez por esse tempero do riesling que lhe dá um toque mais mineral. Cremoso e de perlage fina, creio que advindo do uso do método charmat longo em que passa seis meses sobre lies, é cítrico com nuances de tostado e levedura, possui interessante volume de boca e é  muito bem balanceado dando-nos enorme prazer ao tomar. Pode ser tomado solo, como eu fiz no Domingo, ou acompanhando saladas, peixes grelhados sem grandes temperos, frutos do mar fritos (lula, camarãozinho), etc.. Um espumante que se vende no mercado por volta dos R$35,00 preço justo para o que entrega e, mesmo não sendo exuberante, não é esse seu papel e se buscar isso vá de extra-brut, é um espumante muito agradável e fácil de se gostar. Tomei e recomendo.

Salute e kanimambo

Quimera, um sonho alcançado!

Fazia tempo que minhas garrafas da 2004 piscavam para mim cada vez que abria a adega e me mandavam mensagens telepáticas, me toma, me toma, me toma! Ontem olhei e pensei, porquê fazê-lo, porquê não, ai fui lá e fi-lo, peguei uma garrafa. Antes de falar do vinho, no entanto, vejamos o que diz o, falho mas prestativo, Wikipedia sobre o nome Quimera; “Quimera é uma figura mítica que, apesar de algumas variações, costuma ser apresentada como um ser de cabeça e corpo de leão, além de duas outras cabeças, uma de dragão e outra de cabra. Outras descrições trazem apenas duas cabeças ou até mesmo uma única cabeça de leão, desta vez com corpo de cabra e cauda de serpente, bem como a capacidade de lançar fogo pelas narinas. Graças ao caráter eminentemente fantástico de tal figura mítica, o termo quimerismo e o adjetivo quimérico se referem a algo que não passa de fruto da imaginação, uma ilusão, um sonho.”

             Achaval-Ferrer, Quimera 2004 um sonho perseguido e alcançado, é isso que o vinho é.  Uma enorme fonte de prazer, um nome muito bem escolhido para um vinhaço que busca a perfeição, tanto que não conseguimos nos manter em uma só garrafa tendo consumido duas já que minha cunhada que não gosta de vinhos argentinos, eheh, gamou. Como diria meu amigo mineirinho, “bão demais da conta, sô”!

            Corte de Malbec/Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc e Merlot, é  produzido com vinhas velhas de baixa produção o que equivale dizer, neste caso, que para cada garrafa se necessita do fruto de duas plantas. Cor escura, vinho denso e intenso em tudo, na cor, nos aromas e na boca. Encorpado, gordo com taninos finos num final de boca sedoso, longo e reflexivo, um vinho exuberante. Com álcool de 13 a 13.5º, dependendo da safra, muito comportado e bem equilibrado, é um deleite para os sentidos e mostra que os bons vinhos argentinos não necessitam ser só força e potência, a elegância tem lugar nas mãos de quem sabe. Vinho para decantar por volta de 45 minutos ou tomar com o mínimo de 4 a 5 anos da safra para poder desfrutar de todo o seu potencial. Este 2004 com seis anos de idade está no seu apogeu, uma maravilha que seduz os sentidos e ao qual se deve dedicar tempo para apreciar, não é um vinho para se ter pressa para tomar. Quando tomei o 2003, em 2008, tinha dito que que estava uma maravilha mas que dava para esperar mais um ano, ou dois, tranqüilamente, pois este confirma essa minha primeira impressão.

        Ano que vem tomo minhas garrafas de 2006, de uma safra magnífica na Argentina, mas guardarei pelo menos uma para 2012 pois acho que o vinho evoluirá mais ainda. Agora, deste produtor tudo é bom. Do Malbec “básico” ao seu magnífico Mirador, o de 2006 foi um dos melhores vinhos que já tomei, obras de artista que valem cada tostão, se não aos preços de cá, pelo menos nos de lá. Muitos amigos me perguntam o que comprar quando vão à Argentina, então fica aqui minha dica, vinhos da Achaval Ferrer.

       Sei, hoje é dia de Dicas da Semana, mas depois de tanto tempo sem falar de vinho e depois desta soberba experiência de domingo, tinha que falar do Quimera. O Dicas vem amanhã ou Quarta!

Salute e Kanimambo

Hoje é Dia!!

               Toda a Sexta é dia de alto astral já que anuncia a chegada do fim de semana! Hoje é mais ainda, é dia de festa já que daqui a pouco tem um embate que pode ser um joguinho ou jogão! Amigos portugueses e brasileiros grudados na televisão, outros no estádio para ver um Portugal x Brasil na copa do mundo, coisa que não se via desde 1966 e que espero possa repetir o placar. É, não adianta reclamar não, o Brasil já está classificado, então sou Portugal desde criancinha! Eheh. Tem mais, seria uma bela lição no prepotente e arrogante “professor” de más maneiras, o tal de Dunga que está merecendo uma lição para ver se desce de seu salto XV! Nunca uma seleção esteve tão distante de seu povo, mas enfim, sinal dos tempos. Mais uma, Carlos Queiroz, o técnico de Portugal, é primo de meu padrasto e Macua como eu, nascidos que somos em Nampula, norte de Moçambique, ou seja; quase familia e conterrâneo! Bem, mas este não é o lugar para falar de futebol então minha sugestão de hoje é também por um embate entre dois vinhos, obviamente um luso e outro brasuca, numa faixa de preço média acessível à maioria.

Escalei o Ceirós Tinto 2006, um vinho para quem não tem pressa pois vai desabrochando na taça conforme o papo corre solto, mostrando-se menos rústico que o 2004. Um tradicional blend duriense de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca é vinho complexo produzido pela Quinta do Bucheiro uma vinícola familiar com mais de 250 anos localizada na região de Sabrosa (será que é de lá que vem o Simão, jogador português?!) no Douro. Direto da garrafa para a taça, o vinho é impactante, vinhoso de aromas em que a fruta madura predomina com boa intensidade.  Deixe-o respirar e desfrute de um vinho untuoso, fruta madura (ameixa), bom volume de boca, rico, taninos presentes mas bem equacionados num final de boca longo, macio e algo apimentado. Um vinho muito particular e marcante, equilibrado e guloso com boa acidez que pede comida e agrada sobremaneira. Importado pela Vinhas do Douro custa por aí em torno dos R$50,00.

 

uma escalação complicada, mas devido á falta de opções no mesmo patamar de preços, sim porque há que se manter um mínimo de bom senso comparativo, caí num hibrido! Sim, porque a mão do enólogo é português e as castas também de lá se originam, o bom Quinta do Seival Castas Portuguesas 2005, um corte de Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz produzido pela Miolo na região de Campanha, próximo da fronteira com o Uruguai. Surpreendente e prova inequívoca da melhora de qualidade dos vinhos brasileiros num projeto muito interessante. Frutos negros maduros com algo resinoso no nariz, madeira, fruta passa, bem estruturado com taninos finos, equilibrado, saboroso com um final de boca agradável e de boa persistência em que se manifestam nuances herbáceas. Está pronta a beber, é um de meus “nacionais” mais requisitados à mesa e meu amigo Rui Miguel do excelente blog português Pingas no Copo (link aqui do lado) o elogiou demais e comentou, “Olhando para o prontuário, dicionário e outros acessórios gramaticais apenas ocorreu a seguinte definição: Complexo e distinto.” Veja o resto dos comentários dele aqui.  O preço anda também pela casa dos R$50 a 59,00 dependendo de onde estiver.

           Que ganhe o que performar melhor, mas não deixe de levá-los á mesa acompanhados debons amigos e pratos. Se o jogo for tão bom como esse embate viníco, estaremos bem servidos! Que assim seja e como o jogo começa às 11, já dá para abrir um espumante no intervalo, algo leve, suave e fácil sem muita complexidade, um espumante brasileiro vai muito bem ou até um Prosecco como o Moinet. Brasileiros, podem ser; um leve Moscatel bem equilibrado como o da Marco Luigi ou Garibaldi, ou os; Marco Luigi Brut, Ponto Nero Brut, Valduga Arte Brut ou Aurora Blanc de Noir elaborado com Pinot Noir, todas ótimas opções de espumantes secos, mas vibrantes e cheios de vida que ajudam a alegrar o momento.

           Como, espero, o resultado final deverá ser empate, daí Portugal se classifica e sai em segundo pegando jogos mais “fáceis” na sequência, celebrarei com um Vértice Gouveio, um dos melhores espumantes hoje produzidos em Portugal. Para quem quer algo mais jovial, uma garrafita do rosé 3b da Filipa Pato também não é má pedida, não! Na eventualidade, mesmo que remota (eh,eh), de dar Brasil, bem, aí um Miolo Millésime/ Cave Geisse Nature ou Ponto Nero Extra Brut cairão muito bem. Aliás, já dizia Napoleão, “merecido nas vitórias e necessário nas derrotas”!

Salute, kanimambo e Segunda estarei de volta com Dicas da Semana, inclusive de boas compras.

Ps. Bolas, faltaram e muito para o meu conterrâneo Queiroz. Metesse o Hugo Almeida enfiado entre o Juan e o Lucio (este o melhor da partida de hoje) e acho que meu desejado 1 x 0 teria sido possível. Joguinho, não?! Sabem qual a diferença entre o rugby e futebol? É o seguinte; rugby é um jogo de animais jogado por cavalheiros, enquanto o futebol é um jogo de cavalheiros jogado por animais! O Felipe Melo não é uma prova disso?!!!

Novidades da Quinta Mendes Pereira

Aproveitando minha ida à SISAB 2010, fora as visitas, garimpos e descobertas  na feira, ainda tive o enorme prazer de sair para jantar com os amigos Raquel e Carlos da Quinta Mendes Pereira vinícola que vem se destacando no Dão, tendo já sido alvo de diversos comentários meus e muito recentemente foi destaque na Revista de Vinhos onde foi agraciada com o titulo de Melhores de 2009 da região. Vale a pena acompanhar esta outra matéria feita pela revista mostrando em detalhes esta vinícola que desponta na região e que tem sangue brasileiro tocando a obra.

É uma produtora que produz vinhos num estilo de que gosto; complexos, médio-corpo para encorpados, elegantes, ricos, de taninos aveludados e muito saborosos dando-nos enorme prazer de tomar. Tive a oportunidade de provar dois novos vinhos e rever um outro. Revi o Rosé de Touriga Nacional, que é realmente um vinho muito fresco e saboroso que convida à próxima taça, um ótimo aperitivo ou pode acompanhar lulas ou polvo à provençal ou até uma paella. O Escolha da Produtora 2006, tem tudo a ver com o nome escolhido,  mostrando-se um vinho muito fino de taninos macios e sedosos, absolutamente pronto mas que pode, e deve, evoluir mais ainda com mais uns dois anos de garrafa, um vinho feminino no seu jeito delicado e sutil de ser. Já o Reserva 2007, uma amostra  do que ainda será engarrafado e preparem-se, porque vem aí mais um estupendo vinho. Apesar de a Raquel me ter dito que este só será engarrafado e colocado no mercado a partir do ano que vem, é um caldo que já mostra grandes predicados e que, por mim, podia vir para o mercado já.

Não tomei notas nem fotografei deixando-me tomar pelo prazer de rever amigos e desfrutar de uma boa refeição tomando bons vinhos, mas cada vez que provo os caldos desta produtora, mais me enamoro por seus vinhos. Kanimambo amigos por um ótimo jantar e minhas desculpas por não ter podido retribuir nesta semana passada em função da forte gripe que me pegou e derrubou! Fico devendo e pago na próxima vinda de vocês a Sampa (rs).

Salute e kanimambo

Vinhos & Encontros I

                Nesta época do ano nos metemos a nos reunir com os amigos para confraternizar e, invariavelmente a taça enche, quando não transborda! Nessas horas a carga etílica e festa não são registradas como deveriam, até porque há hora para tudo. Um ou outro vinho, no entanto, mesmo nessas situações acaba por sobressair e, mesmo não tomando notas, merecem ser resumidos mesmo que de forma menos eficiente e mais emotiva. Dentre esses, alguns deixaram algumas marcas na memória, então vamos lá!

             No encontro com os amigos do Clube do Vinho de Embu, Fábio, Zé Roberto e Jaerton, a quem devo publicamente desculpas pelo cano que dei numa segunda confraternização, que sempre me acompanham em meus Desafios de Vinho, tivemos oportunidade de entornar algumas garrafas, algumas muito especiais, no bar Graf Zepelin do restaurante o Garimpo, a começar por:

  • Ventolera 2008, produzido pela Vina Litoral no vale de Leyda e importado pela Casa do Porto. Um dos mais interessantes Sauvignon Blancs chilenos que tive oportunidade de provar este ano de 2009. Muito cítrico, mineral e fresco no nariz, sensações estas plenamente correspondidas na boca onde ele é vibrante, crocante, fruta muito presente e bastante longo. Uma grata surpresa num estilo que nos faz lembrar os bons vinhos do Loire. O Rodrigo (Casa do Porto) tinha recomendado que o  provássemos alegando que era um dos melhores achados e com um preço incomparável. Touché Rodrigo, achei tudo isso mesmo, por R$79, ou próximo disso, está bem abaixo dos vinhos de seu nível disponíveis no mercado. Mantenha-o assim!
  • Casa Marin Cartagena 2006, um Sauvignon Blanc diferenciado, de mais idade tanto na cor quanto na boca onde já lhe falta um pouco de acidez, porém ganha maior complexidade e cremosidade. Muito bom, num estilo diferenciado, mais maduro.
  • O amigo Jaerton nos trouxe um Chateauneuf-du-Pape de 1988 já cansado de guerra, mas deixava transparecer sob suas marcas do tempo os dias de glórias passadas. Interessante como exercício e experiência.
  • O Horst (espero que esteja soletrando corretamente seu nome) dono do restaurante e pessoa querida no pedaço, é uma simpatia tendo nos acompanhado  em parte de nosso encontro presenteando-nos com duas preciosidade. Um Baumgartner Riesling Qualitatswein de 2000 que demonstrou como esta cepa envelhece bem, delicado e sedutor já de cor amarelo ouro brilhante de aromas intensos e boca delicada, e uma garrafa muito especial de sua coleção privada. Era uma garrafa de Braun Niersteiner Orbel Riesling Beerenauslese 1999, uma das classificações mais altas de vinhos alemães indicando um vinho doce de uvas botritizadas. Uma maravilha, da cor dourada escura, quase âmbar, brilhante e um verdadeiro creme na boca em perfeito equilíbrio com uma acidez ainda muito presente. Uma maravilha que dificilmente  será esquecida.
  • Ainda tivemos mais dois tintos, um saboroso Pinot Noir Australiano o Magistrate 2007 de Yarra Valley e um vinho de que gosto bastante e já comentei aqui recentemente, o Calitterra Tributo Edicción Limitada Shiraz/Cabernet Sauvignon/Viognier.

        Um final de tarde muito agradável no Bar Graf Zeppelin do bonito, simpático e aconchegante O Garimpo, visita imperdível para quem for a Embu. A foto das garrafas abatidas não está aquelas coisas, a minha camera que “não treme e foca no escuro” deixei no carro do amigo Alê no outro dia e ainda não a reavi, sorry foi o que deu para fazer. Mais do que os vinhos, uma perfeita harmonização entre pessoas que são o que, “nos finalmente”, dão  brilho aos momentos, o resto é coadjuvante.

Salute e kanimambo

Gastronomia e Harmonização

sunday Oct 11th 002Vejam que não me referi  á enogastronomia, e sim a gastronomia porque harmonização não se faz somente com vinhos. Como em matéria do Paladar, a harmonização de um prato pode ser feita com diversos e divinos liquidos, sejam eles cervejas, sucos, caipirinha, vinhos ou qualquer outro ou até nenhum, já que a principal harmonização, a meu ver, é com as pessoas. Neste fim de semana preparei um churrasco tradicional JFC, ou seja: lingüiça, costelinha e picanha. Antes, como aperitivo, tomei uma cerveja que me agrada muito, a Leffe. Já fui mais de cerveja, mas até hoje gosto de uma Stella Artois, de um chopp Warsteiner ou de uma Erdinger Weissbier, todas muito especiais, mas uma me completa, a cerveja de Abadia que é, normalmente, bastante cara, mas esta, de origem belga, nem tanto tendo harmonizado muito bem com carne seca (Beef Jerkee), defumada, desidratada e levemente apimentada , um substituto para meu saudoso e sempre apetecível  “biltong”.

Agora, já que aqui se fala mesmo é de vinho, se mata a cobra e mostra o pau, aqui está minha principal harmonização deste fim de semana, a minha costelinha de porco na brasa com vinho verde, neste caso o gostoso Varanda do Conde um corte das uvas Alvarinho e Trajadura.sunday Oct 11th 004 Este é um vinho do qual tenho sempre uma garrafas em casa porque me dá muito prazer e é um perfeito companheiro para a costela ou um lombinho de porco no forno. De um intenso frescor e acidez rasgante, perfeitamente balanceado e pleno de sabor é uma perfeita combinação com comidas mais gordurosas. Há pouco tempo o usei numa harmonização com feijoada e tanto eu como os convivas,  pode ter sido mera cortesia dos amigos, adoramos essa combinação. A acidez corta a gordura e realça sabores com ótimos resultados, uma de minhas harmonizações preferidas e um vinho que me grada muito e tem mais, não é caro custando algo próximo aos R$30,00 variando em 20% para cima ou para baixo dependendo de onde comprar. Outros vinhos verdes poderão ser opções, sejam blends como um varietal de Alvarinho ou Loureiro ou Avesso ou …. rs.

Experimente você e depois compartilhe suas opiniões conosco. Salute e kanimambo.

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Meus TOP 50 Vinhos – Uma Homenagem às 50 Edições do Planeta Morumbi.

Planeta 50Esta última edição do Planeta Morumbi já circulando desde o inicio do mês, foi a quinquagésima a ser distribuída na região. Já são mais de 16.000 exemplares mensais que, por solicitação dos condomínios, já chegam diretamente a 12.000 apartamentos complementando sua distribuição com 70 pontos de distribuição estrategicamente posicionados em shoppings, bancas e pontos de referência no bairro como supermercados, cabeleireiros, hortifruttis, etc. A coluna Falando de Vinhos tem acompanhado este crescimento e solidificação de uma imagem na região, a mídia de maior cobertura local, há 22 edições e não poderia deixar de homenagear o jornal através de seu editor e meu amigo Henrique Farina. A coluna de Agosto foi publicada com a escolha de meus TOP 50 vinhos tomados ao londo desse período em que por lá deixo minhas impressões e comentários sobre as coisas de nossa vinosfera. Um para cada edição do jornal e todos, vinhos que deixaram marcas ao passar assim como cada edição do jornal.

         Uso agora o blog para terminar esta homenagem e para quem quiser fuçar e conhecer melhor o jornal, não deixe de navegar pelos links aqui do lado, tanto na versão on-line como do blog com noticias diárias do bairro. A relação está em ordem alfabética e as safras podem não mais estar disponíveis no mercado, mas foram as que me marcaram indepentemente de preço, já que existem rótulos a partir de 100 Reais até quase 1.000. Tem diversos outros como o Graham’s Porto Vintage 1980, um Graham´s Tawny 40 anos (ambos Mistral), Clos-Vougeot Grand Cru 05 do Chateau De La Tour (Decanter), Grainha 2006 (Vinea) e Vina Tondonia Banco Reserva 1989 (Vinci) que mereceriam estar aqui, mas …….. em algum lugar tem que se passar a linha e fazer uma seleção deste porte é, efetivamente, um exercício salomônico. Salute Planeta Morumbi, salute meu amigo Henrique, que venham muitas mais edições por aí e kanimambo pelo privilégio de poder dar meus pitacos por aí.

Vinho

País

Importador

Achaval Ferrer Mirador 2006 Argentina Expand
Almaviva 2004 Chile Diversos
Amarone Classico C’a del Pipa Cinque Stelle 2004 Itália Decanter
Barollo Corda della Bricolina 2000 Itália Expand
Bouzeron Aligoté 2005 (branco) França Expand
Casa Marin Miramar Syrah 2005 Chile Vinea
Catena Zapata Estiba Reservada 2002 Argentina Mistral
Chacra Cincuenta y Cinco Pinot Noir 2007 Argentina Expand
Chateau de Tracy Pouilly-fumé 2006 (branco) França Decanter
Chateau la Puy 2001 França Casa do Porto
Chateauneuf-du-Pape Vieux Télegraphe Telegramme 2005 França Expand
Chinon le Pallus 2005 França Vinci
Chryseia 2001 Portugal Mistral
Comtes de Champagne 98 – Taittinger França Expand
Cote-Rotie La Divine 2005 França Decanter
Cuvelier Los Andes Grand Vin 2006 Argentina Expand
Dehesa la Granja Selección 2000 Espanha Mistral
Domaine Baumard Quarts de Chaume 2006 (branco doce) França Mistral
Domaine de Bouzerau Puligny Montrachet Champs Gain 2005 (branco) França Decanter
Domaine Huet Vouvray Sec Le Haut Lieu 2006 (branco) França Mistral
Elderton Ashmead Cab. Sauvignon 2002 Austrália Expand
Erdener Treppchen Riesling Auslese 2003 (branco) Alemanha Expand
Familia Deicas 1er Cru garage Uruguai Expand
Figurehead 2004 África do Sul Decanter
Herencia Remondo La Montesa Res. 2004 Espanha Vinci
Leonardo Porto Tawny 20 anos Portugal Lusitana
Luis Pato Vinha Barrosa 2005 Portugal Mistral
Malhadinha 2003 Portugal Épice
Marcel Deiss Mambourg Grand Cru 2002 (branco) França Mistral
Marques de Murrieta 2004 Espanha Expand
Moscatel Roxo de Setubal 1997 (branco doce) Portugal Portuscale
Pago de Cirsus Selección de la Familia 2004 Espanha Decanter
Penfolds BIN 389 Austrália Mistral
Perez Cruz Quelén 2005 Chile Wine Company
Pio Cesare Barberad’Alba Fides 2005 Itália Decanter
Pisano Arretxea Tannat/Petit Verdot 2004 Uruguai Mistral
Porto Branco Res. Especial Santa Eufêmia 1973 Portugal World Wine
Protos Gran Reserva 2001 Espanha Peninsula
Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2005 Portugal Qualimpor
Quinta do Monte d’Oiro Reserva 2004 Portugal Mistral
Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional 2000 Portugal Zahil
Quinta dos Roques Dão Encruzado 2007 (branco) Portugal Decanter
Sassicaia Bolgheri 2004 Itália Expand
Savigny-les-Baune 1er Cru Clos de Guettes 2005 França Vinea
Seña 2005 Chile Expand
Tiara 2007 (branco) Argentina Decanter
Tignanello 2004 Itália Winebrands
Viña Arana Reserva 1998 Espanha Zahil
Viña Real Gran Reserva 1998 Espanha Vinci
Viña Tondonia Gran Reserva 1987 Espanha Vinci
Viñedo Chadwick 2004 Chile Expand

Iniciando-se nos caminhos de Baco – Parte II

             Como disse no post de ontem, nossa vinosfera não é monocromática, então pensar somente em vinhos tintos me parece um equivoco igual ao de só tomar vinhos franceses, só espanhóis ou só argentinos. Abra sua mente e amplie seus horizontes permitindo-se provar vinhos brancos, rosés, espumantes, generosos, etc.

             Tem gente que vai dizer que mulheres é que gostam de brancos e que no inverno só se devem tomar tintos. Pois bem, existem estudos que mostram que as mulheres preferem os tintos e lhes deixo uma pergunta; por acaso pára-se de tomar cerveja e sorvete no inverno? Pode até haver redução no consumo, mas as pessoas seguem consumindo gelado no frio, então porquê essa premissa não é válida para o vinho?

             Eu tenho me deliciado com vinhos brancos, mais que rosés, confesso, e espumantes de forma bastante regular, até porque existem pratos que pedem esses vinhos, e adoro abrir um encontro de amigos ou refeição tomando algumas dessas saborosas opções. Em Março fiz um painel bastante grande sobre Brancos & Rosés, mas eis aqui uma lista bastante enxuta que creio possa ser uma entrada para esta sedutora, diferente e vibrante paleta de sabores e aromas.

BRANCOS

 

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Benjamin Senetiner Chardonnay Argentina Casa Flora

17,00

Santa Helena Varietal Chardonnay Chile Interfood

22,00

Septima Chardonnay/Semillon Argentina Interfood

23,00

Cono Sur  Riesling Chile Expand

23,00

Salton Volpi Sauvignon Blanc Brasil  

24,00

Missiones de Rengo Sauvignon Blanc Chile Épice

26,00

Varanda do Conde Vinho Verde (Corte) Portugal Casa Flora

32,00

Verdicchio dei Castelli di Jesi Classico Verdicchio Itália Expand

32,00

Crios Torrontés Argentina Cantu

39,00

Concha y Toro Late harvest Sobremesa Chile Expand

39,00

Danie de Wet  Sur Lie Chardonnay África do Sul Mistral

42,00

Muros Antigos Loureiro Portugal Decanter

52,00

Protos Verdejo Espanha Peninsula

54,00

Rutini Chardonnay Argentina Zahil

66,00

Le Vieux Clos Chard/Sauvignon Blanc França Decanter

73,00

ROSÉS

Rosé Clipboard

Obikwa Pinotage África do Sul Interfood

30,00

Crios Malbec Argentina Cantu

39,00

Melipal Malbec Argentina Wine Company

45,00

Terraza Isula Sciaccarellu/cinsault França (Córsega) Emporio Sorio

49,00

Protos Corte Espanha Peninsula

58,00

           Nos brancos certamente poderia adicionar um monte de rótulos mais como, o Dr. L, um Riesling de Dr. Loosen (Expand) da região do Mosel na Alemanha, o Valduga Gran Reserva Chardonnay ou mais dois vinhos portugueses, o Quinta do Ameal Loureiro (Vinho Seleto) ou o Prova Régia (Interfood) elaborado com 100% Arinto e nos Rosés o Vinha da Defesa (Qualimpor), também português, mas me auto-limitei em 80 rótulos, então as listas são essas mesmas.

            Antes de finalizar, no entanto, um recomendação provem, bebam e curtam os espumantes nacionais, estão muito bons. Na linha dos mais baratos (até R$25) o Salton Ouro, Marco Luigi Moscatel, Marco Luigi Brut Champenoise, Aurora Brut Blanc de Noir (100% Pinot) e o Blanc de Blanc (100% Chardonnay) são imperdíveis e botam no chinelo a grande maioria dos proseccos italianos disponiveis no mercado nessa faixa de preço e tão em voga em casamentos, festas e eventos. Num nível um pouco mais alto (até R$45) os; Pizatto, Miolo, Dal Pizzol, Marco Luigi Reserva da Familia, Cave Geisse Nature e Marson Champenoise são uma grande pedida.

            É isso meu amigo, com estas listas termino estas dicas para quem está começando a navegar nestas águas regidas por deus Baco. Não é uma rota fácil, está repleta de tentações, mas o resultado costuma ser extremamente prazeroso. Espero que, de alguma forma, tenha contribuido para uma viagem mais tranquila e lembre-se, nesta vinosfera, como na maior parte das situações em nossas vidas, é praticando que se melhora, o que em nosso caso significa litragem, mas com moderação e na hora certa!

Para ver como contatar os importadores e checar onde, mais próximo de você, o rótulo está disponível, dê uma olhada em Onde Comprar, post em que constam os dados dos importadores e lojistas assim como de produtores brasileiros.

Salute e kaimambo.

Iniciando-se nos Caminhos de Baco

             Recebi dois comentários, do Paulo Roberto e da Rachel, que me incentivaram a escrever este post. É que muita gente que se inicia nos prazeres, alguns dissabores também, de nossa vinosfera fica um pouco perdido devido á enormidade de possíveis escolhas que hoje está disponível.  Bem-vindo ao club meu amigo e não é só você não, somos todos nós, em maior ou menor escala, mas somos todos já que é impossível conhecer todos os mais de 18.000 rótulos hoje existentes no mercado. Aí ainda tem o cara que fala que vinho barato é ruim e vinho caro é bom (!) o que é, em minha opinião, uma tremenda bobagem. A tendência é essa, mas os próprios Desafios de Vinhos que promovo mensalmente, são prova evidente de que isto não é regra. Os riscos diminuem conforme você for subindo na escala de preços, mas segue lá e, quando se erra, a queda é maior. Com tanta informação e disponibilidade, a chance de dar um tilt e cair em estereótipos é bastante grande. Costumo brincar dizendo que, em nossa vinosfera a infidelidade não só é aceite como é desejável, então mãos á obra, ou melhor dizendo, mãos á garrafa e bocas á taça!

            Minha sugestão para quem começa é começar devagar e por baixo até você encontrar seu estilo de vinho não deixando de provar os brancos e rosés também. Nossa vinosfera não é monocromática, então arrisque um pouco e experimente de tudo deixando de lado quaisquer preconceitos existentes, aqui pode! Teste diversos rótulos baratos garimpando junto aos mais diversos blogs sendo que já aqui você encontrará diversas listas e sugestões de rótulos provados. Veja em Tomei & Recomendo, Vinho na Taça, Degustações, Vinhos da Semana, Brancos & Rosés, Melhores de 2008 entre outras categorias listadas aqui do lado. São, no entanto, um monte de rótulos a pesquisar, então hoje reduzirei esta lista para uns 80 vinhos com os quais você poderá se iniciar e apreciar essa jornada que se inicia. São vinhos que vão subindo em ordem de complexidade e sofisticação, sendo os mais baratos uma gama de rótulos mais amistosos e fáceis de beber, porém bem elaborados, normalmente equilibrados e saborosos. Bons para se iniciar nas alegrias do mundo de Baco e não fazer feito em festas e eventos. Depois, quando você já tiver provado uns 40 ou 50 destes vinhos, é tempo de alçar vôo e fazer seus próprios garimpos, saber onde gastar um pouco mais, definir seu estilo de vinho e aproveitar todas as delicias com que deus Baco nos tenta diariamente lembrando que uma boa taça e a temperatura adequada , junto com uma guarda adequada, são essenciais para quem por aqui se aventura. 

                Comecemos por uma lista de sessenta vinhos tintos que cobrem um spectrum bastante amplo com diversas uvas, origens e regiões. Os próprios cortes simbolizam bem cada região dentro do mesmo país. Os preços foram checados e são em reais, porém devem ser tomados apenas como referência. Indiquei os importadores, mas tente buscar seu vinho direto com sua loja especializada preferida próximo de você. Criar uma sinergia com o pessoal de lá facilitará muito sua vida nesta expedição de garimpo.

Beginners list Clipboard

Alfredo Roca Malbec Argentina Casa Flora

18,00

Alfredo Roca Pinot  Noir Argentina Casa Flora

19,00

Fincas Privadas Tempranillo Argentina Malbec

19,00

Quará Malbec Argentina  

19,50

Graffigna Cabernet Sauvignon Argentina  

22,00

Trivento Tribu Pinot  Noir Argentina Expand

23,00

Monsarraz Tinto Corte Portugal Vinho Seleto

24,00

Salton Volpi Merlot Brasil  

24,00

San Marzano Primitivo Itália Casa Flora

24,00

Las Moras Malbec Argentina  

24,00

Grand Theatre Bordeaux Corte França Expand

27,00

Casillero del Diablo Syrah Chile VCT Brasil

27,00

Casillero del Diablo Merlot Chile VCT Brasil

27,00

Don Roman Rioja Tempranillo Espanha Casa Flora

27,00

Quinta do Cabriz Colheita Corte Portugal Winebrands

27,00

Bonachi Motepulciano Montepulciano d’Abruzzo Itália Mistral

28,00

Marco Luigi Res. da Familia Merlot Brasil  

32,00

Angheben Barbera Brasil  

34,00

Robertson Pinotage África do Sul Vinci

34,00

Domaine Conté Seleccion Barricas Carmenére Chile Zahil

36,00

Marques de Borba Tinto Corte Portugal Casa Flora

37,00

Cono Sur Reserva Pinot  Noir Chile Expand

39,00

Masseria Trajone Nero d’Avola Itália Vinci

39,00

Los Cardos Malbec Argentina Grand Cru

39,00

Don Candido 4ª Geração Marselan Brasil  

40,00

Chianti Vernaiolo DOCG Corte Itália Expand

42,00

Famiglia Bianchi Cabernet Sauvignon Argentina Mr. Man

45,00

Trumpeter Syrah/Malbec Argentina Zahil

45,00

Bom Juiz Corte Portugal Vinho Seleto

46,00

Ochotierras Reserva Cabernet Sauvignon Chile BR Bebidas

46,00

Pasion 4 Bonarda Argentina Fasano

46,00

Alaia Corte Espanha Peninsula

47,00

Chateau la Gatte Tradition Bordeaux Corte França Mistral

48,00

Phillipe Bouchard VdP Syrah França Vinea Store

48,00

Les Bretaches Corte Libano Zahil

49,00

Códice Tempranillo Espanha Peninsula

49,00

Saint Esteves d’Uchaux Corte França Zahil

51,00

Pisano RPF Tannat Uruguai Mistral

52,00

Quinta da Cortezia Touriga Nacional Portugal Casa Flora

54,00

Travers de Marceau Corte França De la Croix

58,00

Alfredo Roca Reserva Familia Malbec Argentina Casa Flora

58,00

Valpolicella Classico Campo del Biotto Corte Itália Decanter

59,00

Chateau Piron Bordeaux Corte França La Cave Jado

59,00

Salton Talento Corte Brasil  

59,00

Belleruche Rouge Corte França Mistral

62,00

Melipal Malbec Argentina Wine Company

64,00

Quinta de Cabriz Reserva Corte Portugal Winebrands

65,00

Barão do Sul Garrafeira (02) Corte Portugal Lusitana

65,00

Valdipiata Rosso di Montalcino Corte Itália Zahil

68,00

Wynns Blend Corte Austrália Mistral

68,00

Arriero Reserva (03) Cabernet Sauvignon Argentina Vinea Store

69,00

Domaine du Ministre Corte França Zahil

72,00

Valfieri Barbera D’Asti Barbera Itália Vinea Store

72,00

Odfjell Orzada Carignan Chile World wine

75,00

Luis Cañas Crianza Tempranillo Espanha Decanter

75,00

Quinta Nova Douro DOC Corte Portugal Vinea Store

75,00

Montes Alpha Syrah Chile Mistral

80,00

J. Carrau Pujol Corte Uruguai Zahil

82,00

Bouchard Bourgogne Rouge La Vignée Pinot  Noir França Grand Cru

83,00

Chateau La Guérinnière Bordeaux Corte França D’Olivino

98,00

Amanhã completo o post com dicas de brancos e rosados. Serão mais 20 vinhos que valem a pena ser conhecidos e complementam seu ciclo de conhecimento. Se conseguir tomar uns cinquenta ou sessenta destes, determinando seus vinhos para o dia-a-dia, para festas, achando seu estilo, então a missão estará cumprida (rsrs). Óbvio que existe mais um sem número de rótulos, mas esta lista é somente um pequeno empurrãozinho para você começar seus próprios garimpos.

Salute e boa sorte na jornada, que deus baco lhe ilumine o caminho.

O Apressado Come Cru

Monbrison 2001 001Ou neste caso bebe, mas é um ditado que se encaixa muito bem em nossa vinosfera cada vez mais ávida por novidades e cada vez cometendo mais infanticídios. Os produtores, movidos por necessidades financeiras, descarregam no mercado seus produtos, muitos deles ainda “crus” e nós, em vez de os guardarmos pelo tempo necessário para amadurecimento, os “atacamos” repletos de ansiedade.  Bons? Muitas vezes sim e outras não.  Pessoalmente prefiro pecar pela demora , eventualmente tomando um vinho já em decadência, do que tomá-lo de forma afoita tentando fazer mirabolantes especulações de como ele irá se desenvolver no futuro e perder essa exuberância que só se desenvolve com o tempo. Foi assim com o Chryseia 2001 que tomei no inicio de 2008, o Malhadinha 2003 que tomei no final do ano passado e agora com este Chateau Monbrison 2001, entre outros, que tomei neste último domingo em função da pergunta do amigo Cristiano. Senti-me compelido a abrir a adega de guarda e dela sacar o que poderia ser um vinho de grande categoria e ele não negou fogo!

Existe um sem número de vinhos que podem ser tomados com dois, três ou até cinco anos e já se mostram estupendos, mas a grandes vinhos há que dar-lhes tempo para que possam desenvolver seu potencial e lhe inebriar com todos seu arsenal de complexos sabores e aromas. Este Chateau Monbrison pode até não ser um vinho que seja percebido por críticos e mercado como um Monbrison 2001 012grande vinho, pesquisei na rede, mas sua performance na minha taça, nariz e boca foram grandíssimos! Um Cru Bourgeois da região de Margaux, a mais elegante das AOCs da margem esquerda de Bordeaux, mostrou-se exatamente assim, um vinho de grande finesse. Um corte de 50% de Cabernet Sauvignon, 30% merlot, 15% Cabernet Franc e o restante Petit Verdot. A cor ainda era rubi com suaves nuances atijoladas, mostrando sua idade com halo aquoso condizente. O perfil aromático mostrava muita fruta e toques terrosos, complexo e muito atrativo que nos chamava à taça. Na boca era macio, taninos maduros, sedosos e de grande elegância, perfeito equilibrio ainda apresentando boa acidez, muito rico em sabores, boa textura, corpo médio com um final de boca algo especiado exuberante e longo, tendo eu e o vinho nos fundido num só, dá para ver na taça, em perfeita harmonia.  Pode até não ser grande, mas neste dia se comportou como tal dando-me um enorme prazer ao tomá-lo, deixando marcas que tardarão em sumir. 

Lamentavelmente faltou garrafa, porque minha esposa adorou e meu genro idem (snif)! Enfim, agora terei que esperar uma próxima viagem para trazer Monbrison 2001 002mais algumas garrafas desta belezura já que por aqui não encontrei quem venda, mas recomendo tomar o 2001 ainda esta ano, está perfeito, porém não guardá-lo por mais tempo. Esta garrafa comprei no free shop de Paris há uns três ou quatro anos atrás e, se me recordo bem, custou algo próximo a 20 euros. Vi  na La Maison du Vin na Suíça, para os amigos que estejam por essas bandas, os da safra 2001 e 2004, este último para tomar dentro de uns dois anos, onde estão por cerca de 43 francos suíços.

Por falar em Chateaus e Bordeaux, amanhã o primeiro post sobre o gostoso Desafio de Bordeauxs que Cabem no Bolso (até R$100) que realizei semana passada na charmosa Vinea Store. Estavam previstos 10 “desafiantes”, mas eu botei uma pimentinha nesse angu, um vinho surpresa totalmente às escuras, o que seria?!

Desafio Bordeaux 013

Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.