Tomei e Recomendo

Dia dos Pais com Vinhos Brasileiros

              Chamaram-me para dar um toque de que, em meu post de ontem com as dicas de vinhos para o Dia dos Pais, apesar de mencionar “assim como bons rótulos de nossa vinicultura”, não listei foi nada! Vero, bobiei baixo a ressaca de dois dias de Decanter Wine Show! Sorry, copiei mal, colei pior ainda e o texto sobre vinhos do Brasil não foi postado. Nada que não se possa corrigir com um post específico.

 

Do Brasil – Disponíveis nas diversas boas lojas e alguns bons supermercados com alas especiais para adegas bem elaboradas, encontramos vinhos de muito boa qualidade. Para quem ainda tem preconceitos, acho que está na hora da dar uma chance a si mesmo, a vinicultura Brasileira evoluiu, muitíssimo na última meia dúzia de anos. Procure alguns destes bons rótulos abaixo, a maioria Merlot. Dizem que talvez seja a grande cepa Brasileira, eu gosto muito e recomendo aos amigos.

Dentro os grandes Merlots, o Terroir (Miolo), Desejo (Salton), Vilaggio Grando Merlot e o Storia (Valduga) todos em torno de R$70, mais ou menos R$10,00. Abrindo um parênteses nesta lista, a Pizzato está vindo com um vinho top, ainda por lançar, que tive oportunidade de conhecer na Expovinis. Ainda não tem nome, mas assim que saia eu prometo divulgar, pelo que provei, é um vinhaço. Um outro Merlot que me encanta, já o comentei aqui, é o Marco Luigi Reserva da Família, um vinho muito saboroso e de boa complexidade, por apenas R$35,00 e, ainda, o Salton Volpi, Pizzato Reserva e o Don Abel Premium por preço ao redor de R$25,00. Alguns cortes muito bons como  o Lote 43 (Miolo) um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, que é o topo de linha desta vinícola por cerca de R$82,00, o Talento (Salton) um corte de Cabernet Sauvignon. Merlot e Tannat, um vinho muito harmônico, cheio, rico, muito agradável por cerca de R$55,00, com este mesmo corte mas com porcentuais diferentes,o Don Laurindo Assemblage por cerca de R$38,00 e o Concentus (Pizzato) muito equilibrado, redondo de taninos finos e boa acidez com um final de boca de média persistência por cerca de R$33,00. Mas tem mais, o Quinta do Seival Castas Portuguesas (Miolo) por cerca R$50,00 e o Assemblage 30 anos (Dal Pizzol) um corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Ancellotta no mesmo nível de preços.

Outros bons rótulos que acho que dão bons presentes por sua qualidade e preços módicos são; Marson Cabernet Sauvignon Gran Reserva por cerca de R$55,00, um belo vinho de muito boa estrutura, harmônico de taninos macios e saboroso final de boca, o Don Candido Marselan 4ª Geração é um vinho único, diferente, de corpo médio, intenso por cerca de R$43,00, o Cordilheira de Santa’Ana Tannat por cerca de R$46,00 é um vinho surpreendente produzido na região com esta cepa típica do Uruguai, que mostra grande potencial na região da Campanha Gaúcha próximo da fronteira. Também muito interessantes são; o Touriga Nacional (Dal Pizzol) com bastante tipicidade da cepa, mas com características diferenciadas decorrentes do terroir de Bento Gonçalves por cerca de R$35,00. Um outro Cabernet Sauvignon de grandes qualidades é o Larentis Reserva Especial, assim como o Ancellotta que são vinhos muito evoluídos, cada um com seu estilo, mas de muito boa qualidade por cerca de R$38,00 e o, recém chegado, Alicante Bouchet Reserva da Pizzato que é um vinho encorpado, que precisa de tempo, mas já demonstra grandes qualidades por cerca de R$35,00, sendo o Egiodola uma outra opção muito interessante.

Aproveite e abra um belo espumante nacional antes do almoço com seu pai. Dentre eles alguns mais caros como o Chandon Excellence, Millessime, Valduga 130 e outros como o Salton Evidence, Dal Pizzol Brut e Rosé, Pizzato Brut, Marco Luigi reserva da Família Brut 05, Cave Geisse, Don Candido e Marson Brut assim como o Prosecco da Valduga, que é um dos melhores do País, não se arrependerão! Se a sobremesa for um mil folhas ou algo de morango com chantilly, não se acanhe e vá de Marco Luigi Espumante Moscatel, divino e sómente R$25,00, ou cerca disso. Ainda preciso aprender muito sobre os vinhos Brasileiros, com matéria especifica programada para Outubro, mas os que já conheço são de um nível médio de qualidade muito bom, algumas vezes pecando por preços altos demais é verdade, mas vinhos que não mais podemos colocar de lado, pois são uma realidade incontestável.

Salute e Kanimambo. Feliz Dia dos Pais per Tutti!

Para o Pai que não está nem lá, nem cá!

Seu pai é Básico sem ser clássico e conservador? É Casual, sem ser especificamente um cara inovador e aventureiro? Pois bem, para ele, acredito que os saborosos vinhos de nossos vizinhos assim como bons rótulos de nossa vinicultura, devam ser os mais recomendados. Dentre eles, algumas ótimas opções de vinhos provados ao longo dos últimos anos. Da Argentina, terra do Malbec, mas não só, vem alguns ótimos néctares, o Chile é há muito um porto seguro para muita gente e o Uruguai, uma grata surpresa produzindo vinhos diferenciados, com menos potência e mais elegância. Mais para Velho Mundo do que para Novo Mundo. Tentar listar somente meia dúzia de rótulos de cada, especialmente para alguém tão prolixo quanto eu, é tarefa das mais difíceis mas vamos lá.

Da Argentina, começando pelos Malbecs, cinco de excelente qualidade cada um numa faixa de preços diferenciada. O Los Cardos 06 (Grand Cru Granja Viana) é um vinho desprestencioso e, por isso mesmo surpreendente. É macio, elegante, taninos macios e muito agradável e fácil de tomar por cerca de R$35,00. Numa escala mais acima, o delicioso Melipal 05 (Wine Company) já de maior estrutura, boa complexidade de aromas e sabores, vinho cheio, rico, taninos doces e boa acidez, por cerca de R$ 53,00 e o Norton Malbec Reserva 04 (Expand) na mesma faixa de preços, segue o mesmo estilo, saboroso, cheio emacio, são dois belos exemplares de Malbec. Subindo nessa escala um pouco mais, o Achável Ferrer Malbec 04 (Expand), vinho de grande estrutura que precisa de tempo na garrafa para melhor usufruir todo o seu potencial. O de 2004 começa a ficar bom agora e, certamente explodirá em toda a sua exuberância a partir do ano que vem. Um grande vinho, diferente, alia potência com elegância, taninos finos e macios num longo final de boca por um preço ao redor de R$85,00. Num degrau ainda mais alto, por volta dos R$125,00 o maravilhoso Angélica Zapata Malbec (Kylix) em qualquer safra disponível, mas a de 2002 é especial. Um vinho dos sonhos, muito harmônico, aveludado, elegante,complexo, de enorme persistência, é um vinho que não se esquece nunca. Mas não é só de Malbec que vive a Argentina que possui alguns interessantíssimos e saborosos Cabernet Sauvignon assim como excelentes vinhos de assemblage. A Zahil tem dois campeões, o Rutini Cabernet/Malbec 04 é um belo vinho, muito consistente, sedoso e fácil de agradar por R$66,00 e o Trumpeter Reserva 05 que é um saboroso, e único, corte de Tempranillo/Malbec e Cabernet Sauvignon por R$64,00. Ainda deste ultimo produtor, o delicioso Trumpeter Syrah/Malbec  05 (Kylix) por R$45,00, um corte de grande qualidade, complexo, rico e balanceado e da Bodegas Caro, o Amancaya 06 (Mistral) um corte meio a meio ce Cabernet Sauvignon e Malbec num estilo muito elegante fruto da parceria entre Catena Zapata e o Domaine de Baron de Rotschild por meros R$50,00. Mais elaborados; o Altimus 04 (Portal dos Vinhos) é um corte de  Malbec, Merlot, Cabernet Sauvignon e Bonarda que me agrada muito em função deste corte diferenciado em que a Bonarda lhe dá um tempero especial, por R$ 97,00 e, o Quimera 04 (Expand), também de Achaval Ferrer, é o que podemos chamar de vinhaço, superlativo em tudo e exuberante custando algo ao redor de R$150,00. Corte de Malbec,Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc é vinho para guardar por pelo menos uma meia dúzia de anos, necessários para amansar a fera. O Luigi Bosca Cabernet Sauvignon Reserva 04 (Decanter), é um digno clássico representante desta cepa na Argentina, com boa estrutura, rico, boa acidez, nariz intenso com frutas vermelhas frescas e algo de especiarias que se confirmam numa boca redonda e equilibrada formando um conjunto de personalidade e muito agradável por R$53,00. Três outros nobres representantes desta cepa, todos de Catena Zapata, são; o ótimo Angélica Zapata Cabernet 03 (Casa Palla) por módicos R$ 90,00 e o divino Catena Alta Cabernet Sauvignon 03 (Mistral), que creio estar esgotado, devendo estar disponíveis as safras de 04 e 05 por cerca de R$115,00 e o estupendo e cultuado Estiba Reservada Agrelo 02 (Mistral) produzido somente em anos excepcionais, por cerca de R$142,00.

Do Chile, que também não é só Carmenére ou Cabernet Sauvignon. Ótimos e deliciosos rótulos de Pinot Noir e Syrah, assim como excelentes assemblages, especialmente nos vinhos topo de gama de país. Para começar com os tradicionais Carmenére, quatro exemplos de boa relação Custo x Beneficio; o Casa Silva Los Lingues Gran Reserva 05 (Kylix) por R$ 78,00 é um vinho encorpado que pede uma decantação de uns 30 minutos para se abrir e mostrar todas as suas qualidades, grande equilíbrio e taninos firmes aveludados num muito longo final de boca, o Ventisquero Reserva Carmenére 05 (Portal dos Vinhos) por R$45,00, vinho concentrado com aromas intensos, frutado com toques de madeira e baunilha, estrutura média e taninos finos,  o Matisses 06 (Vinea Store) por R$47,00 é bem estruturado, de corpo médio, harmônico, rico realmente muito bom e o Domaine Conte Selección de Barricas 06 (Zahil) por R$34,00 vinho muito equilibrado, boa tipicidade, acidez moderada, alegre, sedoso, um vinho cativante e fácil de agradar. Nos célebres vinhos elaborados com Cabernet Sauvignon, entre os melhores estão o Montes Alpha Cabernet 05 por R$65,00 e o Cuvée Alexandre da casa Lapostolle 06 por R$76,00 (ambos Mistral), dois ótimos, concentrados e potentes vinhos com a toda a tipicidade da região. Nos vinhos de assemblage um delicioso Domaine Conte Gran Reserva 03 (Zahil), corte de Cabernet com Merlot, de aromas intensos, inebriantes, mas não aquela bomba de frutas e potência. Por R$79,00, um vinho muito equilibrado de taninos macios e aveludados, boa persistência, acidez que convida a comer e te chama para a próxima taça. Ainda nessa linha, o Montes Seleccíon Limitada 06 (Mistral) por cerca deR$41,00 é um corte de Cabernet e Camenére, muito bem elaborado, de médio corpo, denso,  mas muito redondo com taninos macios e agradável final de boca, Tabali Reserva Especial Corte 05 (Grand Cru Granja Viana) de R$104,00, um muito agradável corte de Cabernet Sauvignon (50%), Syrah (45%) e arrematando, um tico de Merlot só para amansar e arredondar o vinho. No nariz aromas complexos, intensos, frutas negras com algo floral. Abre na taça, demonstrando grande frescor, taninos muito elegantes, sedosos e muita harmonia, um vinho de primeiro nível. O Don Amado 99 (Portal dos Vinhos) por R$115,00, é um belíssimo vinho. Um corte de 75% de Cabernet Sauvignon com Merlot é um vinho que está no ponto para ser tomado. Vinho de grande qualidade, cheio, redondo, boa estrutura, toque de defumado, algo herbáceo, terra e baunilha num conjunto muito saboroso, elegante e de boa persistência. Um dos melhores custo x benefício do Chile é o Montes Alpha Syrah 06, (Casa Palla) por R$69,00 um vinho maravilhoso que encanta com sua  elegância e complexidade de aromas e sabores. Sedoso, fino, taninos maduros, boa acidez e persistência que cativa facilmente quem o toma. Para finalizar, dois dos melhores Pinots do Chile; o Ventisquero Queulat Gran Reserva 06 (Kylix) por R$63,00, apresenta uma fruta vermelha madura, cheio, rico de sabores e aromas, redondo e bastante elegante e o Amayna 05 (Mistral) um belo vinho de boa estrututra, complexo e de ótima persistência por cerca de R$82,00.

Do Uruguai – Recomendo especialmente quatro bons vinhos de grande personalidade e um que é um grande vinho em qualquer lugar do mundo. Alguns ótimos Tannats como o Pisano RPF 04 (Mistral) por cerca de R$41,00 um dos mais agradáveis tannats que já tomei, complexo no nariz e boca, muita elegância num vinho de muita personalidade, o Abraxas 02 (Portal dos Vinhos) por R$105,00, um vinhaço que necessita, ainda, de uma boa decantação antes de servir, vinho encorpado, untuoso, denso, gordo, que tinge a taça com sua cor negra e brilhante, muito harmônico com taninos finos ainda firmes, o Eolo Gran Reserva 02 (Kylix) um vinho ganhador de diversos prêmios que custa mais de R$100, mas que está por apenas R$62,00 e o Enigma 04 (Decanter) por R$59,90 um vinho delicioso que surpreende, tem uma entrada de boca potentosa que evolui na boca para taninos doces e aveludados, boa acidez e ótima persistência. Cinco deliciosos e criativos cortes; o super elegante e sutil Prelúdio Barrel Select 02 (Expand) por R$115,00, elaborado com um corte de Cabernet, Merlot e Tannat é um vinho muito intenso, sedutor e longevo, o complexo e potente  Arretxea Tannat/Petit Verdot por cerca de R$85,00 (Mistral), inusitado corte que gerou um vinho de grande complexidade que enche a boca de prazer, mas que precisa de um tempo de guarda para atingir todo o seu esplendor, o muito interessante, delicado e complexo Marichal Reserve Collection Pinot Noir/Tannat (Wine Company) por R$41,00 e, finalmente, o Bouza Tempranillo/Tannat 06 (Decanter) de R$91,00 . No tradicional corte de Tannat com Merlot, um blend que deu super certo, talvez o melhor dos rótulos hoje disponível no mercado seja o muito bom Bouza Tannat/Merlot 06 (Decanter) por R$75,00, de muito equilíbrio, boa concentração, macio, elegante, fácil de agradar.  

É isso gente, essas são minhas sugestões, e não são poucas, para vinhos a serem presenteados dependendo do estilo de seu pai. Se ainda não comprou, não fique aí parado já que faltam somente dois dias, então corra para sua loja preferida e garanta seu presente. Em Onde Comprar, listo todas as principais lojas e importadores, especialmente aqueles que são nossos parceiros e onde, garanto, você será bem atendido. Feliz Dia dos Pais, que Domingo seja um dia de muita união, harmonia e alegria. Salute!

Vinhos para Pais Inovadores

Para o pai mais destemido, fuçador, inventor de moda que não resiste a uma novidade, aqui estão algumas boas dicas. Do Líbano, um delicioso e elegante Lês Bretéches 06 de Chateau Kefraya (Zahil) por cerca de R$46,00. Produzido a cerca de 1000 metros de altitude, é um vinho muito saboroso, suave com boa estrutura, boa presença de frutas silvestres com nuances florais ao nariz. Na boca é redondo, macio, agradável, fazendo lembrar muito os vinhos do Languedoc, apresentando bom frescor, leve toque de especiarias e um bom final de boca de persistência média. Os taninos são finos e elegantes, tornando o conjunto uma agradável surpresa e uma bela opção de vinho de qualidade nesta faixa de preço. O irmão mais velho, Chateau Kefraya é um vinho muito conceituado e pode ser uma boa opção também, mas aí o preço já anda por volta dos R$130,00 e está disponível tanto na Zahil quanto no Portal dos Vinhos. Da África do Sul, os bons vinhos da Goats do Roam, entre eles o ótimo Goats do Roam Red 05 (Expand) por R$38,00. Um vinho encantador, com influência do Rhône, mas com características muito próprias típicas dos vinhos do Novo Mundo. Muito rico no nariz, com aromas de muita fruta vermelha fresca, boa acidez, bem balanceado pouco transparecendo seu alto teor alcoólico. A assemblage de nove cepas diferentes nesta safra,dá-lhe uma certa complexidade, difícil de encontrar em vinhos nesta faixa de preços, com notas de especiarias, algo herbáceo que vai abrindo na taça e evoluindo com outras matizes aromáticas difíceis de apontar.  Eis aqui um belo presente; uma caixa com uma garrafa de cada! Duas outras opções muito interessantes, saborosos e de ótima relação custo x benefício, são os Cabernet Sauvignon e, especialmente o Syrah da Porcupine Ridge (Mistral) por cerca de R$47,00.

Da Austrália, vêm alguns néctares muito interessantes como; Wynns Cabermet/Shiraz/Merlot 05 (Mistral) uma grande surpresa em função do preço módico de R$55,00. Vinho de muito boa concentração, bastante intensidade de aromas e muito saboroso e/ou, ainda nesta faixa de preços, o BIN 50 Shiraz 06 da Lindermans (Expand), muito equilibrado, harmônico e redondo, ótimo como vinho de entrada ao complexo mundo dos Shiraz (ou Syrah) Australianos por R$59,00. Buscando um pouco mais de complexidade e qualidade, então compre um Penfolds BIN 389 (Mistral) blend de Cabernet e Shiraz, vinho de grande impacto gustativo, formidável paleta aromática, encorpado, porém de grande elegância por R$114,00, ou o Y Series Shiraz/Viognier 05 (KMM) um corte ao estilo Cote-Rotie, no Rhône, muito sedutor, macio com taninos finos por R$87,00 ou, ainda, da Wine Company,o Two Up Shiraz  06, de taninos redondos e aveludados, agradável, extremamente saboroso com leve toque de pimenta no final de boca por cerca de R$72,00 e o imponente Richard Hamilton Centurion Shiraz 02 elaborado com uvas de vinhas com mais de 100 anos por R$239,00. Finalizando, o estupendo Elderton Ashmead Cabernet Sauvignon 02 (Expand) muito refinado, com taninos finos, redondos, algum toque de especiarias, num longo, macio e muito saboroso final de boca por R$328,00.  Da Nova Zelândia, uma das melhores escolhas em função da incrível relação Preço x Qualidade x Satisfação, é, sem duvida alguma, o adorável Aspire Cabernet/Merlot 03 (Expand), de médio corpo, taninos sedosos, elegante, pronto e absolutamente cativante por R$88,00.

 De Santa Catarina, vinhos de altitude, surgem dois belos vinhos que devem ser conhecidos como o Innominabile da Villagio Grando em torno de R$70,00 (Saint Vin Saint) e o Pinot Noir da Quinta das Neve, difícil de achar, em torno de R$60,00 (Decanter) e o Cabernet Sauvignon que também é muito bom. Da Argentina o Nieto Senetiner Bonarda Partida Especial 02 por cerca de R$85,00, que é um vinho extraordinário, e do Chile o Orzada Carignan 2003 por R$78,00 que é outro vinho muito especial, diferente e absolutamente encantador, dois excelentes vinhos, disponíveis também no Portal dos Vinhos, porém pouco conhecidos em função das cepas usadas em sua elaboração.

Amanhã, veremos as boas dicas de vinhos para o Pai que não está, nem para conservador nem para inovador, para quem eu sugiro alguns bons vinhos produzidos por nossos vizinhos Chile, Uruguai e Argentina assim como de bons vinhos nacionais. São rótulos de grande qualidade, escolhidos entre alguns achados e outras boas compras que garimpei ao longo deste último ano. Salute, kanimambo e até lá!

 

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Vinhos para Pais Clássicos.

Para o pai que é mais clássico, não gosta de grandes aventuras e riscos, que prefere jogar no seguro, minha sugestão é presenteá-lo com vinhos do velho mundo. Eis algumas interessantes opções que se encaixam em diversos tamanhos de bolso: Da França; o Timberlay Bordeaux Superieure Cuvée Marie-Paule 03 (Portal dos Vinhos/Casa Palla) um belo vinho grande tipicidade no nariz, muito bom na boca com boa estrutura, denso, harmônico, taninos finos e belo final de boca por cerca de R$69,00 ou os deliciosos Jalousie 04, mais um Bordeaux Superieure, muito aromático, fruta vermelha, boa acidez, redondo com taninos finos e elegantes, vinho muito agradável e saboroso, cheio, médio corpo, que está pronto para beber e custa R$78,00 e o  Cuvée Marie-Gabrielle 03 (ambos Expand) por R$75,00 (em oferta por R$68), um Cotes-du-Roussillon muito bom de taninos maduros, corpo médio, boa acidez e grande elegância. Porquê não, um delicioso Travers de Marceau 06 (La Croix) por R$48,00, da região de Saint-Chinian, um vinho bem frutado, ótimo equilíbrio, com taninos doces e sedosos que encantam na boca e no nariz, um vinho sedutor ou, ainda, um belo Bourgogne Pinot Noir La Vignée de Bouchard Pére et Fils 06 (Grand Cru Granja Viana) por R$77,00, que é uma ótima entrada nos vinhos da Borgonha com muita tipicidade, ótima paleta aromática , muito harmônico e aveludado na boca. Ainda na Borgonha, o delicioso Hautes Cotes-de-Baune Clos de La Perriere 05 (Nova Fazendinha-RJ), frutado, fresco, redondo e elegante na boca, um vinho imperdível para quem aprecia um bom Pinot Noir e não quer gastar muito, por apenas R$76,00. Num patamar acima, o Hautes Cotes-de-Nuits 05 da Maison Philippe Bouchard (Vinea Store) é um vinho que te seduz pelo nariz. Depois, na boca, só vem confirmar as promessas olfativas num conjunto saborosíssimo e muito redondo com um final de boca de boa persistência. O preço é condizente com a satisfação obtida, R$133,00. Do mesmo produtor e importadora, um vinho de primeira linha, o estupendo Savigny-lès-Baune 1er Cru 03. Carnudo, harmônico, uma incrível paleta aromática que encanta à primeira “fungada”, com um longo e prazeroso final de boca, é a personificação da elegância numa garrafa. Um verdadeiro sonho para qualquer enófilo e um preço que acompanha o que entrega de prazer, R$276,00, para quem pode, imperdível! Da região do Rhône, o Rasteau Village 05 de Domaine la Soumade 05 (Zahil) é daqueles vinhos que cresce assustadoramente na boca com intensa fruta vermelha, boa acidez, taninos finos e elegantes, denso, de corpo médio com longo e suculento final de boca por R$96,00, um belo vinho.

De Portugal; o Montes da Penha Tinto Reserva 06 (Vinea Store) por R$125,00, um vinho pouco conhecido, mas de grande qualidade, muito rico e intenso na boca com taninos finos e macios mostrando muita elegância, o Barão do Sul Garrafeira 02 (Lusitana) por R$55,00 é um verdadeiro achado por ser um vinho realmente complexo, de muito boa estrutura e equilíbrio, gordo, boa  paleta de aromas que se confirmam na boca com toques balsâmicos e boa acidez resultando em um vinho fresco que convida a comer, ou um gostoso Quinta da Cortezia Touriga Nacional 04, (Casa Palla) de muita tipicidade com aquele floral típico da cepa, muito macio e saboroso por excelentes R$49,90, o Vinho do Porto Graham´s LBV 2001 (Mistral) por cerca de R$62,00 um Porto de muita qualidade, intensidade e elegância ou, ainda, o incrível Quinta do Crasto Vinhas Velhas 04 (Portal dos Vinhos) com preço ao redor de R$157,00. Ainda no Douro o maravilhoso Post-Sriptum 05 (Mistral) o segundo vinho do Chryseia, que de segundo não tem é nada porque é um vinho encantador e de muita classe por R$93,00 ou ainda um dos meus preferidos do Alentejo, o Reguengos Garrafeira dos Sócios 01(Vinho Seleto), que é um vinho à moda antiga, de muito carácter e complexidade por cerca de R$70,00. Por volta desse mesmo nível de preço e um dos melhores vinhos do Alentejo, para a par com o Garrafeira dos Sócios, o Cortes de Cima Tinto 05 (Emporium) um excelente corte de Syrah, Aragonês e Trincadeira que encanta. Daqueles que termina rápido e pouco tempo dura na taça, aromas inebriantes e delicioso na boca, um achado.

Da Espanha, região de Navarra; Artazuri 05 (Vinci) por cerca de R$48,00, é um vinho que lembra um estilo Borgonhês, com ótima paleta aromática e muito saboroso,  e o Guelbenzu Azul 03 (Expand) por R$75,00 que é de uma personalide muito própria, muito harmônico e redondo na boca, assim como os estupendos Viña Arana 98 (Zahil) um inebriante clássico da Rioja por R$156,00 que é um verdadeiro néctar, sedutor e encantador, o Luis Cañas Crianza 04 (Decanter) também de Rioja por R$65,50, um vinho de muitas virtudes, ou, ainda, o Marques de Murrieta Reserva 02 (Expand) vinho de grande elegância, deliciosos aromas e longo final de boca por R$110,00 (preço de promoção neste mês). Da Ribeira del Duero, o Viña Sastre Crianza 02 (Kylix) um encorpado, denso e complexo vinho por R$119,00, todos vinhos fáceis de agradar por sua excelência.

Da Itália, uma grata surpresa da Sicília, o Passo Delle Mule 05 (Portal dos Vinhos) por R$97,50, muita fruta e toques balsâmicos, num vinho denso, cremoso e complexo, boa estrutura muito elegante e com enorme equilíbrio. Taninos maduros e aveludados, boa acidez com um longo e saboroso final de boca. Daqueles vinhos para você tomar com calma, sorvendo e descobrindo todos os seus segredos. A Vinea Store nos traz dois vinhos muito agradáveis e fáceis de agradar quem gosta de vinhos mais elegantes, o Barbera D’Asti DOC 04 um delicioso, aromático e macio exemplar de vinho elaborado com a uva Barbera por R$72,00 e um saborosíssimo, leve e sedutor Rosso Salento IGT “Santi Médici” 05 elaborado com 100% de Negroamaro por R$60,00. Ainda numa faixa de preço bem acessível, o surpreendente Montepulciano d’Abruzzo Nicodemi 05 (Decanter) por R$61,00, de grande tipicidade, vinho rico e complexo que encanta a boca e o nariz, com um final de boca saboroso e de média persistência. Dois outros belíssimos vinhos são o Cinque Autoctoni, (Portal dos Vinhos) elaborado com um corte de cinco uvas autóctones da Itália que lhe dá uma personalidade diferenciada, taninos de grande qualidade e em total harmonia num conjunto de sabor intenso, encorpado, complexo, literalmente especial e de longa guarda, por R$147,00 e o Il Brusciato Bolgueri D.O.C 05 (Expand) produzido na Toscana, que é um vinho muito apetecível, muito elegante e extremamente saboroso. Boa paleta aromática em que sobressaem as frutas vermelhas, algo de especiarias e salumeria. Na boca é muito agradável, mostra boa estrutura, fruta madura e taninos leves e macios. Acidez moderada, elegante e harmônico com um bom e longo final de boca. Preço R$118,00. Opcionalmente, um Cabernet Sauvignon de primeiro nível com muita personalidade, o Pradio ROK 04 (Wine Company). Vinho retinto, escuro, denso, de boa estrutura e grande complexidade, com um longo e especiado final de boca. De taninos firmes, finos e aveludados com acidez média, formando um conjunto muito harmonioso que promete evoluir mais ainda com alguns anos de guarda. Preço ao redor de R$110,00.

Ufa!! E nas seções; Tomei e Recomendo, Degustações, Boas Compras, Países e Produtos e Indíce de Satisfação, você encontrará um monte de outras excelentes opções em diversas faixas de preço. Se você tiver disponibilidade, há algumas preciosidades, com preços condizentes, que são presentes muito especiais. Amanhã darei continuidade a estas dicas, listando belas oções de vinhos para o Pai que está, mais para inovador e fuçador, que adora garimpar coisas novas e diferentes. São rótulos de grande qualidade, escolhidos entre alguns achados e outras boas compras que garimpei ao longo deste último ano. Salute, kanimambo e até lá!

 

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França – Bourgogne, Loire e Cotes-du-Rhône. Vinhos que Tomei e Recomendo – III

Cheguei ao final de meus posts sobre os vinhos que tomei e aprovei nesta minha viagem pelos vinhos da França. Foram dois meses de muito prazer, algumas desilusões, uma ou outra frustração e diversos ótimos achados. Nas regiões da Borgonha, Loire e Rhône, como aconteceu quando falei sobre Bordeaux e Languedoc, a faixa de R$50 a 80,00 é tão fértil, que sobra pouco espaço e disponibilidade financeira para viajar além. Os próprios parceiros trabalham mais esta faixa, então fica mais difícil provar vinhos de maior envergadura, chamemos assim. Todavia, alguma coisa provei e muitos são verdadeiros néctares, alguns imperdíveis. Para finalizar estes posts, dividi este em duas partes; a da faixa de R$80 a 120,00 e uma outra com valores acima disto. Vamos lá, falemos dos vinhos!

De R$80 a 120,00 alguns vinhos de tirar o chapéu a começar pelo Loire com três magníficos e exuberantes vinhos, um ótimo vinho do Rhône e dois da Borgonha;

LoireMademoiselle T 06 Pouilly-Fumée* (Decanter), nenhum outro Sauvignon Blanc terá a mínima graça depois de provar este vinho. Daqueles vinhos que uma pessoa não sabe se funga ou se bebe! Uma paleta aromática de grande intensidade e complexidade, absolutamente sedutora que nos faz abrir um enorme sorriso. Na boca é de um enorme frescor, intenso, frutos cítricos, uma boa dose de mineralidade em perfeita harmonia e elegância. Um vinho inesquecível e apaixonante. Ainda nesta linha, um delicioso Acquarelle Pouilly-Fumée 06 de Pascal Jolivet ( Mistral) muito suave, sem a mesma pujança que o anterior, mas apresentando uma delicadeza muito especial com um final de boca longo e prazeroso. Com a uva Chenin Blanc, um exuberante vinho produzido por uma das principais e prestigiadas vinícolas da região, a Hüet, É o Vouvray Séc Le Haut Lieu 2005* (Mistral), um grande vinho de um nariz estupendo em que sobressaem frutas brancas tipo maça verde e pêra, ótima acidez, cheio na boca, seco no ponto certo, um vinho extremamente saboroso, de grande qualidade e persistência que certamente elevará qualquer refeição à quase perfeição. Dizem que cresce com mais uns cinco ou dez anos na garrafa, será? As minhas, quando as tiver, não agüentarão tanto tempo, pois não tenho tanta força de vontade assim!

Cotes-du-Rhône – Não tomei muitos nesta faixa de preços e, um em especial me cativou e me encantou, Rasteau Village 05 de Domaine la Soumade 05* (Zahil), um corte de 80% Grenache com 10% cada Syrah e Mourvédre que resulta num belíssimo vinho com um nariz não muito intenso. É daqueles vinhos que cresce assustadoramente na boca com forte presença da uva Grenache que lhe traz intensa fruta vermelha, boa acidez, taninos finos e elegantes, denso, de corpo médio com um longo e suculento final de boca com leves toques de especiarias. Beleza de vinho que, certamente melhorará ainda mais com um ou dois anos de garrafa.

Borgonha – Afora os tintos, finalmente o meu primeiro Chablis um dos meus vinhos brancos preferidos. Lamentavelmente, por seus preços serem bastante caros, provei poucos dos que há disponíveis no mercado. Quando viajava, mais assiduamente, internacionalmente, volta e meia encontrava algumas boas oportunidades e comprava umas duas ou três garrafas, porém, a maioria, não estão disponíveis no mercado. Vi diversas opções mais baratas em catálogos, mas este Chablis 1er Cru Montmains do Domaine Race 05 (Nova Fazendinha-RJ) foi um verdadeiro achado. Muito bom, ótima cremosidade, acidez adequada, médio corpo, na boca é complexo, de boa estrutura e muito saboroso. Para ser exuberante falta-lhe, em minha opinião, aquela mineralidade presente nos grandes vinhos desta região, Agora, pelo preço, em torno de uns R$80,00 no Rio de Janeiro, é imbatível. Dos tintos, um excelente, talvez o melhor de todos os Borgonhas genéricos que tive a oportunidade de provar, o Bourgogne Pinot Noir 05 de Olivier Leflaive* (Wine Premium) produzido na região de Cotes de Beaune. Faz lembrar alguns Villages, parece um vinho mais evoluído, com uma linda cor ruby, brilhante e límpida como só um Pinot de qualidade possui. Um nariz muito elegante, aliás como tudo neste vinho, em que se destaca uma fruta vermelha (Ameixa?) fresca e leves toques florais. Na boca é de médio corpo, sedutor, taninos finos e aveludados, um vinho realmente encantador e de boa persistência.

 

 

Acima de R$120,00 o céu é o limite o que, na Borgonha, nos leva a preços realmente estratosféricos. Mas também não exageremos, há muitos rótulos deliciosos e exuberantes entre todos aqueles que já apresentei nestes posts de Tomei e Recomendo na França. Não reconhecer, todavia, que esses são grandes vinhos e verdadeiros néctares é impossível, pois seria negar o óbvio. Quanto maior for o preço, melhor o vinho, certo? Bem, deveria ser sim, aliás, se espera isso de um vinho de alto preço, mas não necessariamente. Nestas degustações que tive, provando vinhos da França, provei vinhos bastante caros que, na minha humilde opinião, eram bem aquém do esperado, inclusive de vinhos bem mais em conta. Os que aqui listo, foram os que mais se destacaram e que acho, havendo caixa, são imperdíveis e vinhos inesquecíveis. Nestes casos, pela simples questão de que, tivesse eu essa capacidade financeira, os poderia tomar sempre, não há preferidos e não há asteriscos. Como não são muitos, não os dividirei por região e darei idéias de preços, vamos lá.

Dois brancos excepcionais, um da Borgonha e outro do Loire. Aligoté de Bouzeron 05 do Domaine Aubert et Pamela Villaine (Expand) um projeto biodinâmico da mesma família que controla o famoso Domaine de Romanée-Conti. Um vinho realmente excepcional e surpreendente para uma cepa que não é das mais conceituadas. Este 2005 tem uma tendência de maior cremosidade, enquanto o 2006  puxa mais para um frescor, algo mais jovial e “irrequieto”, se é que um vinho pode ter esse perfil. Em qualquer um dos dois, uma elegância impar, extremamente complexos, muito aromáticos e de grande harmonia com um toque mineral absolutamente cativante que ajuda a arredondar a acidez bem acentuada. Um belo vinho por um preço condizente com o que é oferecido, R$138,00. O vinho do Loire é um dos melhores vinhos que já tive a oportunidade de provar e, certamente fará parte de minha adega muito em breve. Quarts de Chaume de Domaine Baumard (Mistral), um vinho de reflexão, uma verdadeiro elixir dos Deuses, sob o qual já tive o prazer de escrever e descrever a enxurrada de emoções e sensações que me causou. Propositalmente não mencionei a safra, porque pouca diferença deve fazer já que todas as avaliações lhe dão 90 pontos ou mais. Eu não sigo muito esse negócio de notas, mas elas ajudam a nos mostrar tendências, o que ocorre neste caso. O preço varia de algo ao redor de R$150,00 para o de safra 2000, até R$260,00 para o da safra 2006 que, dizem, está excepcional e levou 98 pontos da Wine Spectator enquanto o da safra 2000 teve “somente míseros” 90 pontos!. Eu provei o de safra 2003 e até agora não me recuperei, uma incrível experiência. Este é para quem não gosta de vinhos doces, para aniquilar com seu preconceito, e para o deleite daqueles que gostam.

            Três Borgonhas de grande qualidade, dois dos quais do mesmo produtor, Philippe Bouchard. Primeiramente o excepcional  Savigny-lès-Beaune, 1er Cru Clos de Guettes 03 (Vinea Store) que é difícil de descrever. Tentei fazê-lo em um post específico, não sei se consegui, mas resumindo em poucas palavras é mais um daqueles vinhos que você não sabe se ”funga” ou toma e, na boca, é a personificação da elegância, um maravilhoso e inebriante néctar, sonho de qualquer enófilo. Por R$276,00, é um achado perto de outros que há por aí. Não é para todos, mas para quem pode pagar esse preço por um vinho e tem uma queda por vinhos sedutores, a escolha é esta! O primo mais novo deste vinho, é o Hautes Cotes-de-Nuits 05 (Vinea Store) que provei na Expovinis e, mesmo com já diversas provas nas costas nesse dia, fui surpreendido por este vinho, também produzido por Philippe Bouchard, e mais uma vez me senti “fisgado”. Não tem a mesma intensidade aromática e complexidade do Savigny, mas é um vinho que ainda te seduz pelo nariz. Depois, na boca, só vem confirmar as promessas olfativas resultando num vinho muito equilibrado, de taninos finos e boa acidez, num conjunto muito redondo e saborosíssimo final de boca de longa persistência. Um vinho encantador e muito, mas muito agradável por um preço que, acho, já dá para aprontar uma estripulia, R$133,00. Um outro grande vinho que tive o privilégio de degustar, foi o Nuits Saint Georges 05 de Corton-André (Fasano), um vinho de grande sutileza, suave mas repleto de sabor e aromas complexos. Grande harmonia, taninos elegantes e aveludados, vinho que encanta e seduz, mas o preço é bem salgado, R$539,00.

            É isso meus amigos, daquilo que provei, o que listei foram os vinhos que mais me encantaram e me despertaram sensações muito prazerosas. Acho que é para isso que o vinho existe, para nos dar prazer e, com maior ou menor intensidade, foi isto que senti ao degustar estes vinhos. Salute, bom proveito e, ao longo da próxima semana falaremos um pouco sobre a região do Loire e do Cotes-du-Rhône, haverão posts com as Boas Compras que nossos parceiros destacarão e sempre alguma coisinha mais. Nos vemos por aqui.

Salute e kanimambo.

 

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França – Bourgogne, Loire e Cotes-du-Rhône. Vinhos que Tomei e Recomendo – II

 

 

              Bem, depois de um inicio tímido nas faixas mais baixas de preços, apesar de alguns belos vinhos, verdadeiros achados, chegamos naquela faixa em que a busca já encontra um numero maior de opções e, normalmente, damos um pulo de qualidade. A partir da faixa de preços de R$65,00, já começamos a encontrar algumas boas opções de Borgonhas, num emaranhado de rótulos. Neste caso são os genéricos, mas não por isso menos bons. Na lista abaixo, alguns belos vinhos também do Loire que insisto que provem, são vinhos brancos diferenciados e intensos, pois mudam a nossa forma de ver este estilo de vinhos. Finalmente, os vinhos das Cotes-du-Rhône com sua enorme diversidade de estilos e produtos com ótima relação Qualidade x Preço x Satisfação.

Nesta faxia de R$50 a 80,00, provei alguns vinhos de muito boa qualidade que posso recomendar com uma certa tranqüilidade. Marquei com um asterisco, aqueles que mais me encantaram e se tornaram objeto de desejo.

               Loire – O Jardim da França e o berço de deliciosos vinhos brancos. Os bons tintos são elaborados à base de Cabernet Franc, mas não tive a oportunidade de provar nenhum. Mesmo dos brancos, não foram muitos, mas foram muito bons! Nesta faixa de preços consegui listar três vinhos com três estilos diferentes. Primeiramente, um vinho surpreendente e “Três Délicieux”, o Cheverny Le Vieux Clos 06* (Decanter) um saborosíssimo corte de Sauvignon Blanc com um tempero de 15% de Chardonnay, que faz toda a diferença. Médio corpo, harmônico, complexidade de aromas e na boca é uma cativante “mistura” de sabores e sensações com o frescor da Sauvignon Blanc e a cremosidade e riqueza do Chardonnay, belo e encantador vinho. Um puro Sauvignon Blanc 05 de Domaine Fournier Pére et Fils* (Expand) de ótima acidez, paleta aromática de boa intensidade com nuances florais, elegante com um saboroso final de boca. Mudando radicalmente, um Coteaux du Layon Carte D’Or 04 de Domaine Baumard* (Mistral) o papa dos vinhos doces da região. Elaborado com Chenin Blanc, é um vinho encantador e sensual. O correto equilíbrio da doçura com a acidez, forma um conjunto muito fácil de beber, é suave convidando á próxima taça e, se não se prestar atenção, vai uma garrafa, fácil, fácil! Não tem a intensidade de seu irmão maior (Quarts de Chaume), mas é um achado pelo preço.

 

 

 

 
 
 

 

                BorgonhaExistem uma série de Pinot Noirs básicos, ou genéricos, no mercado. Aqueles que conhecemos como Bourgogne Rouge ou Bourgonge Pinot Noir. Entre os muitos rótulos desta faixa de preço no mercado, talvez o que mais me tenha encantado, seguido de perto de mais uns dois, tenha sido o Bourgogne Rouge de Bouchard Pére et Fils* (Grand Cru Granja Viana) que apresentou maior tipicidade, boa intensidade de aromas e sabores, é elegante, suave e complexo formando um conjunto muito agradável de tomar. Perto deles, realmente perto, mais dois rótulos que me fizeram sorrir bastante, o Albert Bichot Vieilles Vignes 05* (Expand) mostrando boa fruta madura no nariz, com nuances florais, harmônico e saboroso final de boca com taninos aveludados e o Joseph Drouhin Bourgogne Rouge 05* (Mistral) que apresenta bastante frescor, maciez e nuances florais ao nariz. Fora esses Bourgogne Rouge de muita qualidade, me deliciei com alguns outros vinhos bastante interessantes como; Mercurey Croix Jaquelet Rouge 05 (Mistral) da Domaine Faiveley na Cote Chalonnaise, um vinho de características mais fechadas, mas de grande equilíbrio e muito rico na boca, o Hautes Cotes de Baune Clos de la Perriere 05* (Nova Fazendinha – RJ) uma verdadeiro achado, pleno de frescor, complexidade e longo final de boca e o Louis Jadot Convent des Jacobins Rouge 04 (Mistral), nariz intenso com frutas vermelhas, leve para corpo médio, bem equilibrado e final de média persistência.  Para finalizar os tintos, o surpreendente e delicioso Morgon Domaine La Beche 05* (Nova Fazendinha – RJ) de Olivier Depardon um 100% Gamay que é para arrebentar com todos os possíveis preconceitos para com essa uva. Como todo o vinho elaborado à base de gamay, este tem um nariz muito frutado e de enorme frescor, mas tem muito mais; tem boa estrutura, acidez, taninos finos e macios e um saboroso final de boca. Nos brancos, difícil encontrar vinhos desta região nesta faixa de preços, mas consegui! Um vinho de boa mineralidade e leve floral num conjunto bem balanceado e bastante agradável é o Albert Bichot Chardonnay Vieilles Vignes (Expand) que tomei há uns três anos. No evento Mistral, tive a oportunidade de provar um Convent des Jacobins Branco 06 de Louis Jadot e, apesar de ter perdido minhas notas, me lembro que foi um vinho que me agradou bastante, apresentando boa cremosidade e boa intensidade olfativa de aromas cítricos, que foi o que mais me marcou.

               Cotes-du-Rhône – Algumas belezinhas que valem muito a a pena. Entre eles, dois em especial me chamaram muito a atenção. Começando pelo Cotes-du-Rhône Village 04 do Domaine de la Renjarde* (Nova Fazendinha – RJ) um corte de Grenache (maior parte) com Syrah, Carignan, Cinsault e Mourvédre que é um vinho encantador e cativante de bom nariz que aponta para frutas vermelhas frescas, na boca é redondo, macio com taninos finos muito bem equacionados, persistência média, saboroso, um vinho que dá muito prazer de tomar e agrada fácil. Um pouco mais sério, denso e cheio na boca o Cotes du Rhone Rouge 04 de E. Guigal (Expand) um conceituado produtor da região que elabora este vinho com um corte de Syrah e Grenache. O 2004 é a safra que está disponível, mas eu realmente provei o 2003 na casa de um amigo há cerca de um ano. Aquele estava muito bom, médio corpo para encorpado, mas com muita elegância, taninos finos e aveludados com boa acidez e longo final de boca com um retrogosto de especiarias. Dizem que o 2004 está um pouco mais tânico, encorpado e firme, mas igualmente bom. O divino Saint Joseph Deschants Rouge 04* (Mistral) de M. Chapoutier, produtor biodinâmico, é um vinho de boa complexidade que surpreende (o 05 está mais caro). Nariz complexo que apresenta nuances florais. Na boca é delicioso, denso, boa estrutura, muito harmônico, enchendo a boca de prazer com um longo final de boca em que aparecem as especiarias típicas da casta Syrah e uma certa mineralidade. Mais fácil, mas igualmente saboroso é o Cotes-du-Rhône de Philippe Bouchard 06* (Vinea Store), pronto e muito agradável de tomar. Um corte elaborado com Grenache, Syrah e Cinsault, que exala aromas de frutas vermelhas, na boca se mostra carnoso, médio corpo, taninos presentes bem equacionados mostrando que pode melhorar na garrafa apesar de já estar pronto para beber. O final é longo, muito saboroso, levemente apimentado.

 

 

               Como sempre digo, esta faixa de preços tem uma vastidão de rótulos de grande qualidade e é onde se encontram os melhores custo x beneficio do mercado, independentemente de origem. Na França, não é diferente! Na Sexta-feira listo alguns néctares que se situam em faixas de preço acima de R$80,00. Não são muitos, mas para que tenha a disponibilidade financeira, asseguro que são vinhos de grande qualidade, alguns inesquecíveis. Até lá, salute e kanimambo.

 

  

 

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França – Bourgogne, Loire e Cotes-du-Rhône. Vinhos que Tomei e Recomendo – I

            É meus amigos, seguimos na França neste mês de Julho, só que falando de três outras regiões em que se destaca a Borgonha (Bourgogne). Mas a França não é só Bordeaux e Borgonha ou Champagne, como já vimos no mês de Junho com o Languedoc-Roussillon, é também a elegante e deslumbrante região do Loire e o complexo emaranhado de sub-regiões de Cotes du Rhône com seus deliciosos vinhos e preços competitivos. São estas a três regiões que veremos em maior detalhe ao longo deste mês de Julho no blog. Também, al longo do mês, uma lista de rótulos que provei e aprovei, porém com preços, lamentavelmente, um pouco mais altos do que gostaríamos assim como alguns bons destaques que nossos parceiros estarão ressaltando em Boas Compras.

           A Borgonha é o berço da Pinot Noir, região em que apresenta todo o seu esplendor, o mesmo ocorrendo com a Chardonnay. O clima é instável e as uvas difíceis de viníficar, razão pela qual as safras são importantes nesta região. Os tintos são menos tânicos, devendo ser tomados levemente refrescados em torno de 15 a 16º. Os bons; são vinhos sensuais, de extrema elegância e apaixonantes, produzidos em pequenas quantidades por um grande numero de produtores e alguns importantes negociantes. São vinhos cobiçados no mundo inteiro e, conseqüentemente, caros. Diferentemente de Bordeaux, aqui os vinhos são, essencialmente, varietais de Pinot Noir (tintos) e Chardonnay (brancos) exceção feita à sub-região de Beaujolais em que a Gamay, que gera vinhos muito frutados e leves, tem forte presença.

           O Loire é o paraíso dos vinhos brancos e onde tanto a Sauvignon Blanc quanto a Chenin Blanc produzem grandes vinhos como os da sub-região de Vouvray, Pouilly-Fumée e Quarts de Chaume. Nos tintos, seus principais vinhos são elaborados como varietais de Cabernet Franc. Uma região linda, repleta de castelos e mosteiros, conhecida como Jardim da França, tendo sido reconhecida como Patrimônio da Humanidade. Uma região a ser prospectada e seus vinhos garimpados. Brancos exuberantes, que precisam ser conhecidos. Nossa visão e opinião sobre vinhos brancos, muda depois que percorremos os caminhos do Loire, acredite-me.

            Cotes-du-Rhône, dividido entre o Norte e o Sul, com características bem diferenciadas, é, junto com o Languedoc, a região onde, entre grandes e caros vinhos como os Hermitage, Cote-Rotie, Vaqueyras e Chateauneuf-du-Pape, encontramos alguns belos vinhos por preços bem acessíveis. Ao Norte uma maior presença de Syrah e Viognier enquanto ao Sul, uma maior preponderância de Grenache, Mourvédre, Cinsault e Carignan. Do Norte, talvez a sub-região mais famosa seja a de Cote-Rotie com incríveis vinhos elaborados com Syrah e uma parte (máximo 20%) de Viognier, uma cepa branca, e no Sul, o Chateauneuf-du-Pape, tanto branco como tinto, em que podem ser usadas até 8 cepas diferentes no assemblage do tinto e seis no branco.

            Dos vinhos desta região que tomei e recomendo, os mais acessíveis vêm da Cotes-du-Rhône, mas os grandes néctares, tenho que reconhecer, vêm da Borgonha e com os preços lá em cima. Por outro lado, foi também nesta mesma Borgonha, e em Bordeaux, que mais tombos tomei. São vinhos complexos, difíceis, caros e nem sempre estão à altura da fama. Acredito que consumir e aprender a apreciar estes vinhos, é coisa para quem entende ou tem bolso farto resistente a tombos das mais diversas alturas. Minha sugestão; participe de degustações e vá conhecendo estes vinhos e suas nuances, descubra o seu estilo e treine seu paladar, depois saia comprando. Do Loire, uma grande surpresa com brancos deliciosos, sutis e elegantes. De qualquer forma, eis aqui as minhas recomendações, com asterisco os meus preferidos, daquilo que tomei e posso, tranqüilamente, recomendar como vinhos saborosos de boa qualidade. Vamos lá, vamos aos vinhos!

 

 Até R$30,00 – Que eu conheça, nenhum em especial que possa recomendar como uma boa compra. Talvez alguns Beaujolais, mas que não me agradaram tanto em função da uva Gamay que produz vinhos muito leves e meio ralos. Na maioria das vezes, melhor comprar um vinho Nacional, Argentino ou Chileno, que provavelmente lhe trarão mais prazer e satisfação. Se quiser garimpar e explorar este segmento de vinhos Franceses, eis três opções de fácil obtenção em supermercados e casas do gênero, os vinhos de Abel Pinchard, que é razoável dentro de seu estilo, e estes outros dos quais recebi boas indicações, mas que não conheço; Lês Celliers de Sichel e Masson-Dubois, ambos vinhos das Cotes-du-Rhône.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De R$30 a 50,00, ainda modesta a quantidade de rótulos e nenhum da Borgonha, a não ser um único Beaujolais (erroneamente inserido como Cote-du-Rhône na coluna do jornal) que só começam a aparecer a partir de R$65,00. Nesta faixa, as grandes estrelas são mesmo os vinhos das Cotes-du-Rhône e “um” achado da sub-região de Vouvray no Loire.

           Cotes-du-Rhône – Alguns deliciosos achados por preços muito bons, começando pelo saboroso, leve e alegre Saint Esteves D’Uchaux* 05 (Zahil/Portal dos Vinhos), de muito bom preço e fácil de agradar, e os elaborados e ricos Les Chévrefeuilles * 05 (De la Croix), delicado, elegante e fresco, e o Belleruche Rouge* 05 (Mistral), mais encorpado, boa estrutura, média persistência e, certamente, um belo acompanhamento para uma carne assada com batatas. Todos verdadeiros achados num emaranhado de rótulos. Mas existem mais vinhos de boa qualidade e, entre eles; o Parallel 45 Rouge 05 (Mistral), um vinho bem conhecido e muito constante ano após ano, o Village Baumes de Venise 04 (Mistral) saboroso e equilibrado e, finalizando, o Cotes-du-Rhône Village de Louis Bernard 04 (World Wine), bastante harmônico e cheio na boca com taninos finos e elegantes. 

            Vouvray – Guy Saget é um produtor de grande qualidade que nos traz este Vouvray 06* (Mistral), um vinho branco “off dry” elaborado á base de Chenin Blanc. Um vinho branco especial, diferente e ótimo para tomar como aperitivo, acompanhando um curry, um fricassé de frango ou, quem sabe, um lombo agridoce. Um verdadeiro e delicioso achado que me encanta por fugir ao lugar comum e, ainda por cima por este preço! Difícil encontrar um vinho deste nível, desta região e desta qualidade dentro desta faixa de preços. Um achado em todos os sentidos.

           Borgonha – o Beaujolais Village Domaine La Beche Oliver Depardon 05 (Nova Fazendinha – RJ), um gamay mais encorpado, médio corpo e evoluído, de boa tipicidade da região mostrando boa fruta, frescor e taninos macios num final de boca bem agradável.

           Nos próximos posts veremos os vinhos acima destas faixas de preços. Enquanto isso, deliciem-se com alguns destes saborosos rótulos e de bom preço, em função do binômio Qualidade x Prazer ofertado.

Salute e kanimambo.

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Mais Vinhos da Semana

              Bem, Vinhos da Semana realmente não são. Na verdade são vinhos, muitas vezes, efetivamente tomados num período um pouco mais longo, estando mais assim como para uns dez dias. Só que, não dá para dar um titulo de “Vinhos dos Últimos 10 dias”, ficaria uma coisa sem graça, não concordam? De qualquer forma, são os vinhos que tomo em casa e sob os quais teço as minhas opiniões, sensações e prazeres que é uma forma de compartilhar os vinhos com os amigos. Vamos lá, chega de papo e falemos de vinho.

 

 

Philippe Bouchard Syrah 06, Vin des Pays D’OC , delicioso vinho da região de Languedoc com 100% de Syrah. Vinho pronto, muito agradável, teor alcoólico comportado com 12.5º, boa concentração com uma paleta olfativa muito agradável. É fresco, equilibrado, leve para corpo médio com toques de especiarias típicos da casta e muito sabor. Taninos finos e elegantes, completam este conjunto de forma muita harmônica. Um vinho realmente fácil de agradar e fácil de harmonizar por um preço muito bom. Como sempre digo, um Syrah elegante é sempre um grande prazer tomar e este não foge à regra. Disponível na Vinea Store por R$49,00. 

I.S.P. $

 

Los Vascos Cabernet Sauvignon Gran Reserva 05, um Chileno tradicional, com um tempero de 3% Syrah e 5% Carmenére, com influência Francesa que sempre me agradou muito. Este não negou fogo, mas já tomei melhores e o 2004 é um deles. Segue sendo um vinho de bastante elegância, de médio corpo, taninos finos, porém achei, por mais que os outros digam não, que a madeira e o pimentão aparecem demais faltando-lhe harmonia. Talvez tenha faltado uma decantação, não sei. De qualquer forma, segue sendo um vinho bastante interessante, boa qualidade só que, desta vez, não me empolgou. Pode ser o vinho ou posso ter sido eu, preciso lhe dar uma nova chance, mas a principio, acho que o Reserve está melhor, mais equilibrado e custa menos. Disponível na Confraria do Queijo & Vinho por R$64,00. 

I.S.P.   

 

Duque de Beja 05, vinho Alentejano, saboroso corte de Syrah/Cabernet Sauvignon/Aragonez e Trincadeira. Bonita cor rubi com toques violáceos e boa fruta no nariz. Na boca, fruta madura de boa intensidade, macio, sem arestas, muito harmônico e de média persistência. Vinho bastante agradável, taninos maduros, doces e já equacionados, lhe dão uma personalidade muito própria. Ideal para acompanhar uma carne assada ou prato similar. Disponível na Lusitana por R$ 45,36.

I.S.P.  .  

Fincas Privadas Tempranillo 05. Este Argentino, volta e meia, aparece sob a minha mesa e não só quando o orçamento está curto não! Por vezes, gosto de tomar vinhos mais descomplicados, sem grandes compromissos e fáceis de beber. Este é meu porto seguro e um vinho que me agrada muito. Não tem um conjunto olfativo intenso, mas é agradável com bons aromas de frutas vermelhas. Na boca é um vinho suave, macio, muito saboroso, surpreendente frescor e de grande harmonia com taninos finos e um bom final de boca. As pessoas têm dificuldade em acreditar, mas tudo isso custa apenas R$13,50 a 16,00 dependendo de onde você o compra. Na Casa Palla o compro pelo preço mais baixo, mas o Carrefour e outros supermercados também o têm. Provei os outros varietais deste produtor e os achei bem mais fracos, não os recomendando. Nesta faixa de preço, este Tempranillo é campeão absoluto e harmoniza maravilhosamente com pizza, um belo hambúrguer, umas lascas de queijo, bate-papo, amigos, macarronada de Domingo, e por aí afora.  Aliás, acho que rima bem com informalidade. A dica é, deixar o preconceito de lado e se deixar surpreender provando este verdadeiro achado para seu dia-a-dia. Fiquei em duvida se era um e meio smiles ou se deveria dar-lhe dois. Ora bolas, este merece, me dá muito prazer por pouca grana, então dois smiles serão! 

I.S.P. $ $ 

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Vinho do Líbano? Les Bretéches, hummm…..

Gosto quando descubro coisas diferentes, adoro experimentar. Se visito um país pela primeira vez, tento sempre provar os sabores locais. Nesta nossa Vinosfera, ajo da mesma forma e o meu hobby é garimpar. Desta vez a Heloisa da Zahil me apresentou ao meu primeiro vinho Libanês. É, é isso mesmo, vinho do Líbano. Já sabia da existência de bons vinhos da região, porém não tinha tido a oportunidade de provar um vinho desta origem que possui uma forte influência Francesa, muito em função de ter sido um protetorado Francês e a chegada de Jesuítas Franceses à região nos idos de 1857. O vinho existe na região (Fenícios à época) há mais de 4000 anos e o Chateau Kefraya é um dos persistentes e ativos produtores que insistem em seus projetos apesar de todas as dificuldades políticas no Líbano onde a guerra tem deixado suas marcas ao longo dos anos. No total são cerca de doze produtores com uma produção total de cerca de cinco milhões de garrafas anuais, mas a região está crescendo e evoluindo muito de 20 anos para cá e, especialmente, nos últimos cinco anos com novos produtores e investidores chegando nos rastros do sucesso trazido por vinícolas como o Chateau Kefraya.

Este Chateau é dos principais protagonistas no mundo vinícola Libanês e seu topo de gama aqui no Brasil, Chateau Kefraya, é um vinho cultuado e bastante conceituado (por volta dos R$130,00). Este Les Bretéches du Chateau Kefraya, que provo hoje, é recém chegado sendo qualificado como um vinho do chamado “entry level”, que é uma forma bem acessível de tomar contato com os vinhos do Líbano e, em especial, deste importante produtor. Falemos do vinho!

  • Produtor –  Chateau Kefraya
  • Importador –  Zahil (11) 3071.2900
  • Região –  Vale do Bekaa
  • País – Líbano
  • Composição uvas – Podendo variar anualmente, mas aproximadamente 70% Cinsaut, 10% Cabernet Sauvignon e o restante dividido em porcentuais praticamente iguais de Syrah, Tempranillho, Carignan, Mourvedre e Grenache. Nesta safra, teve um corte de 80% Cinsaut, 6% Cabernet e 7% cada Grenache e Carignan.
  • Detalhes Produção – Tanques de inox e concreto, nada de madeira.
  • Teor de álcool – 13.5º
  • Safra – 2006.
  • Preço médio em Junho/08 – R$46,00
  • I.S.P. $

Produzido a cerca de 1000 metros de altitude, o Les Bretéches  é um vinho muito saboroso, suave com boa estrutura, boa presença de frutas silvestres com nuances florais ao nariz. Na boca é redondo, macio, agradável, fazendo lembrar muito os vinhos do Languedoc e do Rhône na França , apresentando um bom frescor, leve toque de especiarias e um bom final de boca de persistência média. Os taninos são finos e elegantes, tornando o conjunto uma agradável surpresa e uma bela opção de vinho de qualidade nesta faixa de preço. Tomei-o solo, linda cor rubi brilhante na taça, acompanhado só de algumas lascas de Parmesão, bom, mas penso que será um companheiro certeiro para um arroz de lentilhas com kafta de carne. Certamente combinará com diversos outros pratos, desde uma pizza a uma carne de forno! Pelas suas qualidades, um vinho de fácil harmonização que fará fãs rapidamente. Como o próprio produtor o descreve, um vinho de prazer.

Ps. Uma pena que a substituição tarifária tenha elevado o preço deste vinho. A R$40,00 seria campeão, uma ótima compra que estaria no páreo para o prêmio de melhor achado do ano!

Late Bottled Vintage – LBV

               Esta é uma de minhas categorias preferidas de Vinho do Porto. Obvio que prefiro o melhor, e aí o Nivarna é mesmo um bom Vintage de uma safra clássica. O Vintage, todavia, tem três inconvenientes; primeiramente é bem mais caro, especialmente quando ele já está envelhecido e quando, em minha opinião, ele está melhor para ser tomado, segundo em função do tempo que há que esperar para um vinho destes amadurecer e por fim, abriu tem que tomar todinho, na hora. Com isto, o Vintage se torna um vinho de celebração para tomar com os amigos e família naquela data super especial. O LBV, por outro lado, se assemelha muito aos vintages, apesar de não possuir a mesma complexidade de aromas e sabores, porém está pronto quando sai para o mercado, ganhando com uns 4 a 6 anos de garrafa, depois de aberto agüenta bem, se usado o vacuvin, pelo menos uns 10 a 15 dias e é muito mais barato.

             No Brasil estão disponíveis quatro rótulos com preços incríveis que, certamente valem a pena. Existem outros, também de grande qualidade, mas os preços já ficam acima de R$90 e 100,00.

  • Vista Allegre LBV 2000, se encontra na Casa Santa Luzia por R$57,00 e é muito bom. Tenho-o tomado com uma certa constância, e, por experiência própria, agüenta três semanas depois de aberto com muita galhardia. Uma grande pedida, num vinho bem equilibrado, suave, de uma safra muito boa e pronto a beber.
  • Quinta das Tecedeiras LBV 2001, da Expand, está em falta e, parece, está por chegar. Encontei algumas garrafas na loja do Shopping Iguatemi. Estava muito curioso para conhecer este vinho e não me arrependi da compra. Um pouco mais encorpado e com uma certa rusticidade, mas muito saboroso na boca. O preço também é especial, R$59,00.
  • Graham´s LBV 2001 provei agora no Encontro da Mistral. Está maravilhoso e o pessoal da Graham’s me confirmou que este vinho é responsável por 30% do faturamento da empresa, salvo erro porque minhas anotações sumiram, o que é uma responsabilidade imensa para um produto. Salvo erro, porque não me lembro se o porcentual era das vendas, do faturamento ou do resultado. De qualquer forma, com esta participação, a empresa tem que cuidar muito para que o produto permaneça sempre num alto nível de qualidade o que só nos favorece. Encantei-me com o produto que é macio, aveludado, ótima paleta aromática e muito saboroso, e me apaixonei pelo preço, em USD como padrão na Mistral, que pelas taxas de cambio em vigência, nos dá algo como R$62,00. Eu já comprei duas garrafas, é uma incrível relação Qualidade x Preço x Satisfação!
  • Niepoort LBV 2001, também da Mistral, outro produtor de grande prestigio que produz um LBV de grande qualidade. Este servi no casamento de minha filha, ao final da recepção. Sumiu! O preço está aí com o do Graham’s, por volta de R$65,00. Muito boa qualidade, um pouco mais encorpado e denso, mas muito saboroso.

               Para quem quer dar um salto de qualidade, saindo dos Ruby básicos, estas são grandes opções por preços bem camaradas. Garanto que quem entrar nessa, não sai mais, os LBVs são deliciosos. Para quem gosta de variar e estudar estilos, eis aqui uma sugestão; compre um de cada e faça as comparações escolhendo o seu preferido. Depois nos conte como foi e qual o escolhido.

Salute e kanimambo.