Tomei e Recomendo

França, Bordeaux e Languedoc, Vinhos que Tomei e Recomendo – Parte III

Ficou faltando a ultima faixa de preços que tradicionalmente listo nos vinhos que tomei e recomendo, de R$80 a 120,00. Na verdade, tenho andado tão satisfeito com os vinhos na faixa abaixo que pouco tenho explorado esta. Por um lado, pelo aspecto financeiro e a diversidade de outros rótulos disponíveis no mercado e, por outro, o fato de que não tenho tido a oportunidade de provar vinhos nesta faixa. Nas degustações de que tenho participado, os vinhos ou estão abaixo ou acima destes preços. Desta faixa, apenas cinco vinhos, sendo dois de Bordeaux e três de Languedoc-Roussillon, todos abaixo de R$100,00.
Do Languedoc: Chateaux de Lascaux 2003, (Expand) Coteaux du Languedoc, um corte com preponderância de Syrah, Grenache e algo de Mourvédre elaborado na sub-região de Pic. St. Loup. Vinho com 13.5º de teor alcoólico bem equacionado, encorpado, firme, boa acidez, na boca sabores de especiarias bem presentes com algo terroso e taninos firmes. O Granoupiac Coteaux du Languedoc Rouge* 2003, (Vinea Store) é um vinho encantador, corte de 50% Syrah, 12% Mourvédre e 8% de Carignan, e um dos meus favoritos na região. Corpo médio, harmônico, fresco, com uma certa mineralidade, taninos finos, macio e redondo com um saboroso final de boca e nuances herbáceas. Da sub-região de Corbiéres vem este saboroso Chateau Camplong Cuvée Grande Piéce 2005, (Portal dos Vinhos). Corte de Grenache, Carignan, Syrah e Mourvédre tem bastante tipicidade da região. No nariz aromas tostados, na linha de café, algo de caramelo. Jovem ainda, na boca taninos finos, equilibrado, após uma hora de decanter ainda se apresentou um pouco fechado e austero, demonstrando que mais um ano ou dois de garrafa lhe fará muito bem.
De Bordeaux: Chateau Plaisance 2002 (Expand). Um Bordeaux Superieur da AOC de Margaux com 12.5º de teor alcoólico. Boa paleta aromática com fruta madura, terroso e algo de salumeria que se confirmam na boca fresca. De boa estrutura, é um vinho carnoso, encorpado, escuro, taninos um pouco rústicos, persistente com um leve amargor no final que não chega a incomodar. Chateau du Taillan 2002 (Mr. Man) é um Cru Bourgeois, vinho do Haut-Medoc. Vinho pronto, redondo, leve e agradável com seus taninos sedosos e elegantes. Um Bordeaux de bom nível, fácil de agradar, mas um pouco curto, passando rápido pela boca.

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Vinhos da Semana

              Nesta ultima semana provei alguns fantásticos vinhos, já que tive o privilégio de participar do Encontro Mistral ou, como eu o chamei, Mistral Experience! Bem, mas provar não é tomar e aqui falo, somente, dos vinhos que efetivamente tomei. É interessante, mas apesar da experiência que é você provar vinhos e conhecer novos produtos, este exercício de degustações nos deixa é com uma vontade danada de tomar vinho! Vamos lá, vamos aos vinhos que por mera coincidência são todos de 2004.

  • Clos de Torribas Crianza 2004. Este é um vinho bastante confiável e regular com comportados 12.5º de teor alcoólico. Já tomei de diversas safras e apresenta uma qualidade bastante constante que sempre agrada e satisfaz e supera a expectativa em função do preço, ou seja, entrega mais do que cobram por ele. Elaborado na região de Penedés, próximo a Barcelona, com Tempranillo e um leve “tempero” de 10% de Cabernet Franc, é um vinho frutado, fresco, elegante de taninos finos, muito bem equilibrado, boa estrutura, é um porto seguro quando na duvida do que comprar por um preço abaixo de R$30,00. Como o San Roman Crianza, é um vinho que não tem erro e os dois melhores custo x beneficio dos vinhos Espanhóis disponíveis no mercado. Pão de Açúcar, quando não em oferta, tem um preço ao redor de R$28,00. Um vinho que aprecio bastante e, volta e meia, freqüenta minha mesa. 

          I.S.P. $   

  • Dezem 2004 Cabernet Sauvignon. Vem de Toledo, no Paraná, mais um Terroir Brasileiro não muito conhecido. A Dezem vem recebendo boas criticas e comprei este Cabernet para formar uma opinião própria sobre este vinho. Por sinal, dizem que o Merlot deles também é de muito boa qualidade. De cor rubi, aromas não muito intensos apontando para frutas escuras, madeira e algo resinoso. Na boca é cheio, de corpo médio, taninos maduros muito bem equacionados, boa acidez, saboroso, fácil de agradar e no ponto para ser tomado. Uma agradável surpresa que acompanhou bem um bacalhau à Brás. O preço poderia ser mais convidativo, já que nessa faixa de preço existem opções bem mais interessantes tanto nacionais como importados, mas sem duvida um bom vinho equilibrado com seus 13º de teor alcoólico. Este comprei na Vinea Store, preço similar ao que tenho visto por aí, por R$48,00. I.S.P.  .
  • Ciclos 2004. Um corte de Malbec e Merlot produzido pela Michel Torino (Del Esteco) na região de Salta e que já tinha recomendado quando da matéria sobre os vinhos Argentinos. Com 15 meses de barrica e surpreendentes 13.5º de álcool para um vinho Argentino, é um vinho de muito boa qualidade. Com uma paleta aromática que não chega a empolgar, ganha força na boca com boa estrutura, frutas vermelhas com algo de baunilha, acidez média, muito bem equilibrado, soboroso, com taninos finos e macios, formando um conjunto de boa complexidade e persistência. Bom para acompanhar pratos mais condimentados ou uma boa chuleta. Na Portal dos Vinhos, está por volta de R$58,00.

          I.S.P  

  • Meia Pipa 2004. Produzido na região de Terras do Sado pela Bacalhôa Vinhos. É um vinho que me agrada muito. Envelhecido por 12 meses em meias pipas (250 litros) de carvalho Português, usadas em primeiro uso para envelhecer o famoso Quinta da Bacalhôa, é um corte elaborado com as uvas Castelão, Cabernet Sauvignon e Syrah.. Outro vinho que é um porto seguro para mim. Já tomei diversas safras e nenhuma me desapontou, mas há que dar um tempo para que ele alcance seu apogeu. Por experiência, acho que este vinho alcança seus máximos sabores, tornando-se macio e aveludado no quarto ano da safra. Este 2004, está no ponto, muito saboroso, apetecível, bom corpo, cheio na boca, boa fruta com toques de tostado e algo de especiarias. Boa acidez, longo, elegante, teor alcoólico de 13.5%, um vinho de primeira. Como dicas de harmonização, um coelho à caçadora, bacalhau á lagareira e um bom churrasco. Já comprei este vinho por R$37,00, não faz muito tempo, subiu para algo ao redor de R$45,00, faixa em que ganharia o simbolo de boa compra, e agora já se encontra por aí com preços ao redor de R$55,00 (em Portugal este entre 4,50 a 5 Euros). Cada um sabe de si, mas acho que o importador está indo com muita sede ao pote, comprovado pela performance dos preços do restante de sua linha de produtos, e saindo fora de preço. Uma pena, porque o vinho é realmente muito bom. Bom que ainda tenho umas duas garrafas que comprei por R$38,00! Em São Paulo você pode encontrar na Kylix e na Portal dos Vinhos, nossos parceiros, entre outras lojas. I.S.P  

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França, Bordeaux e Languedoc, Vinhos que Tomei e Recomendo – Parte II

                Antes de entrar na próxima faixa de preços, queria aproveitar para fazer uma inclusão à faixa de preços de R$30 a 50,00. É que a amostra chegou tarde o que motivou atraso na prova. O vinho é, todavia, tão cativante que fiz questão de fazer esta inclusão de uma forma não habitual. De Philippe Bouchard, que também faz alguns maravilhosos Borgonhas, um delicioso Syrah* 100% Vin des Pays D’OC 2006, (Vinea) da região de Languedoc. Vinho pronto, muito agradável, teor alcoólico comportado com 12.5º, boa concentração com uma paleta olfativa muito agradável. È fresco, equilibrado, leve com toques de especiarias típicos da casta e muito saboroso. Um vinho realmente fácil de agradar e fácil de harmonizar. Agora vamos aos restantes dos vinhos provados:

De R$50 a 80,00 – Passando a barreira dos R$50,00, como na maioria dos países produtores, já se encontram vinhos de uma qualidade superior e alguns realmente muito bons e sedutores. É onde, também, encontrei o maior numero de rótulos que me encantaram, sendo poucos os que provei e reprovei.

 

 

Languedoc-Roussillon; desta região saem alguns dos melhores custo x beneficio destas listas como o A d’Aussiéres Rouge* 04 (Mistral), Chateau des Erles Cuvée des Ardoises* 04 e Domaine du Ministre St. Chinian* 04 (estes últimos dois da Zahil, também na Portal dos Vinhos) que são três opções de vinhos diferenciados entre si, mas todas apontando para um estilo de bom frescor, redondos, elegantes, que enchem a boca de prazer e gostinho de quero mais. Uma outra grande opção nessa linha de vinhos é, também, o Cuvée Marie-Gabrielle* 03 (Expand) da Domaine Cazes, um produtor biodinâmico, um vinho que me encantou. Todos rótulos para você não gastar mais de R$60,00 ou muito próximo disso, e fazer bonito.

Bordeaux; Vários bons rótulos, com vinhos de muito boa qualidade e, alguns, verdadeiros achados para esta faixa de preços, considerando-se que falamos de vinhos Franceses. Chateau Belle-Garde*05 (Nova Fazendinha – RJ) impressiona pelos aromas, muito fresco e frutado extremamente agradável e harmônico, Chateau Jealosie* 04, de boa paleta aromática, redondo, fruta madura e boa acidez e o Chateau Rocher Calon*05 (ambos Expand) mais encorpado e denso, apresentando boa intensidade de sabores e bem balanceado, o Chateau Jourdan*04 (Zahil) fácil de agradar, de corpo médio, delicado e sedutor. Mas há mais; La Reserve du Chateau Tour de Mirambeau 05 (Mistral), Chateau Bel Air Perponcher Reserve*05 (Decanter) que há tempos não tomo, mas que sempre mostrou muitas qualidades num conjunto para tomar com calma deixando-o abrir na taça, Chateau Puycarpin 05 (Zahil) Bordeaux Superieur do Sudoeste de St. Emilion que apresenta boa fruta madura, encorpado e bem equilibrado, necessitando de tempo para se abrir, Chateau Graves de Peyroutas St. Emilion Grand Cru 04 e o Chateau Molin de Castillon Medoc Cru Bourgeois*03 (os dois últimos da Nova Fazendinha) todos belos exemplares de Bordeaux, alguns já com uma certa complexidade. Uma grande pedida também, o Bordeaux Superieur Chateau Timberlay Cuvée Marie Paule Prestige* 2005 (Portal dos Vinhos/Casa Palla), vinho de grande tipicidade no nariz em que sente aromas de frutas negras e café torrado, muito bom na boca com boa estrutura, denso, harmônico, taninos finos e belo final de boca.

Para finalizar, dois vinhos que acho estarem num nível superior; O Chateau Haut Badon Grand Cru de St. Emilion *03 (Mistral) um ótimo vinho com maior participação de Merlot no corte, como de praxe na região (veja mais no post sobre Bordeaux), que gera um vinho com boa concentração, cheio na boca, acidez correta e taninos redondos de muita elegância  e o Les Granjes de Domaine Rotschild*04 (Zahil), um vinho encorpado, de boa persistência, taninos finos ainda bem presentes, mostrando enorme potencial, mas claramente necessitando de algum tempo mais na garrafa para mostrar todas as suas facetas.

              Todos vinhos que certamente agradarão. Uns mais fáceis do que outros, mas todos muito bons e, alguns achados como os; Belle-Garde, Jealosie,  Molin de Castillon, BelAir Perponcher, Cuvée Marie Paule Prestige, Haut Badon e o Les Granjes nos Bordeauxs e todos os de Languedoc acima mencionados.

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França, Bordeaux e Languedoc, Vinhos que Tomei e Recomendo – Parte I

               Nesta volta ao mundo que fazemos através dos principais países produtores de vinho, finalmente chegamos à França. Há que se ter cuidado na compra de vinhos Franceses, já que há de tudo no mercado. Atrás da marca “França”, vem um monte de vinho que não faz jus à fama então, há que pesquisar bem antes de comprar. Hoje recomendo somente vinhos da região de Bordeaux e também de Languedoc-Roussillon, região que fica ao Sul da França e que tem apresentado ótimos vinhos por preços bem acessíveis. Em Julho focarei Borgonha, Loire e Côtes du Rhône. Mas falemos de  Bordeaux, região em que é importante frisar que os vinhos são tradicionalmente, e por regulamentação, sempre um corte (assemblage) de, pelo menos duas das principais e únicas cepas autorizadas; Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc com eventual participação, também, de Malbec e Petit Verdot.

             Uma característica importante na hora da compra é tentar saber, já que a informação  não consta do contra-rótulo, conforme regulamentação do INAO, de que margem do rio Gironde é que o vinho é elaborado, se do esquerdo ou do direito. Do lado esquerdo do rio a casta dominante é sempre a Cabernet Sauvignon e do lado direito é Merlot. Isto, a grosso modo, porque existem inúmeras variáveis que podem mudar esta afirmação, indica que os vinhos do lado esquerdo deverão ter uma tanicidade e estrutura maior, resultando em vinhos mais encorpados e de maior longevidade, do que os vinhos da margem direita. Uma outra indicação genérica é buscar comprar vinhos que tenham sido engarrafados na própria vinícola, “Mis em Bouteille au Chateau”, não é uma garantia de qualidade, mas ajuda. Importante é saber que dos vinhos baratos que há por aí, a maioria são esquecíveis, sendo muito melhor optar por vinhos de igual preço e melhor qualidade de outras origens. Ah, o tal de “Grand Vin de Bordeaux” que aparece em alguns rótulos, não quer dizer nada, o importante é ver se o vinho é um AOC da região. Em posts separados que iniciarei na Segunda, falarei um pouco mais em detalhes das regiões em si.

              Como de praxe, divido as recomendações por faixas de preço e, como esperado, tive alguma dificuldade em encontrar vinhos que realmente pudesse recomendar, não somente quebrassem o galho, nas faixas mais baixas de preço. Lancei um desafio a importadores e lojas, mas poucas opções abaixo de R$50,00 estão disponíveis. Sei que há mais rótulos que deveriam estar por aqui, mas como não os provei não os posso recomendar. Só para que se tenha uma idéia, somente em Bordeaux são cerca de 7.000 Chateaus! Minha busca, no entanto, segue e em achando algo interessante, não deixarei de compartilhar com os amigos de Falando de Vinhos, em outros posts.

               Já conhecia diversos vinhos destas regiões, porém, com a ajuda de alguns parceiros e aproveitando a Expovinis, tive a oportunidade de provar mais uma lista grande de vinhos. Deste todos fiz uma triagem daqueles que mais me agradaram e, dentro destes, destaquei com um asterisco alguns que; seja pela relação qualidade x preço x satisfação, ou por me terem despertado emoções especiais, se transformaram em meus preferidos.

 Até R$30,00 – provei alguns vinhos, mas à exceção do Grand Theatre Bordeaux, não encontrei algum que pudesse realmente dizer, “comprem tranquilos, este é bom”. O Grand Theatre, aliás, bem recomendado por meu amigo Tim Baines a quem não dei muitos ouvidos, sorry Tim, posso recomendar e reina absoluto nesta faixa de preços. Importação da Wine Premium, com quiosque no Shopping Villa Lobos, este vinho é também encontrado em diversos outros locais como empórios, supermercados e lojas de vinhos como a Casa Palla. Importante, o preço médio é ao redor de R$26 a 29,00! Não é um grande vinho, nem se propõe a isso, mas é muito agradável de tomar, muito harmônico, bem frutado e com um ótimo frescor. Um vinho jovial, saboroso, que deve ser tomado levemente refrescado, aí por volta de uns 16º. Uma boa introdução aos vinhos de Bordeaux sem ter que gastar muito. O Pinot Noir, também provei e não me agradou, deixando muito a desejar.

De R$30 a 50,00 – Não são muitos os que me agradaram, alguns muito caros para o que apresentaram, mas consegui encontrar alguns vinhos com preços muito bons que, a meu ver, são uns achados. Bons rótulos de bela relação Qualidade X Preço que merecem ser conhecidos, especialmente os do Languedoc.

Do Languedoc; Le Loup dans Le Bergerie* 06 e Travers de Marceau* 06 dos quais já fiz post especifico,  (De la Croix) todos vinhos muito saborosos, fáceis de beber, bem frutados, taninos sedosos e finos com bastante equilíbrio. O Le Canon du Marechal Syrah/Merlot* 06 (Expand) um produto biodinâmico, fácil de tomar e agradar, corpo médio, boa acidez com aromas de frutos vermelhos e leve toque especiado, o Les Bateaux Syrah 06 (Portal dos Vinhos/Zahil) um vinho muito confiável, com boa paleta aromática em que aprecem frutas silvestres, com algo de canela e especiarias bem próprios da cepa e finalizando, um branco delicioso super fresco e aromático, ótimo com frutos do mar, ou para beber solo, o Les Fumées Blanche* 06 (Zahil/Portal dos Vinhos), um dos meus brancos preferidos. Belos vinhos por preços muito interessantes e acessíveis.

De Bordeaux; Algumas boas opções a começar pelos Brancos Chateau Peyruchet Blanc* 2006 (Expand) e Chartron La Fleur Blanc 06 (Mistral) ótimas opções, exemplo de Sauvignon Blanc da região, médio corpo, muito elegantes e balanceados, próprios para acompanhar comida, por um preço bem camarada. Um dos grandes achados é o Chateau Peyruchet Cuvée Jean-Baptiste (Expand) que é um vinho doce muito atrativo e com um preço imbatível para uma garrafa de 750ml e pela qualidade. Para mim, falta-lhe um pouco de acidez razão pela qual sugiro tomar este vinho com uma sobremesa mais fresca como uma torta de frutas, kiwi ou morango. Nos tintos, duas opções bastante interessantes; Chateau la Croix du Duc* 05 (Expand) muito equilibrado, fácil de tomar, mas possuindo boa estrutura e final de boca, mostrando boa qualidade e o Chateau Pey La Tour* 05 (Bruck), não confundir com o Bordeaux Superieur que é outro preço e outro importador, que já apresentam uma certa complexidade de aromes e sabores, normalmente estranhos a vinhos deste preço. Um outro vinho interessante, bastante agradável, leve, descompromissado é o Cruse 6’em Generation Bordeaux Rouge 2005 (Mr. Man).

Na semana que vem listarei os vinhos, e que belos vinhos, de R$50 a 80,00 e  até R$120,00. Salute, Kanimambo e bom fim de semana a todos.

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Dia dos Namorados

              Não sou daqueles xiitas que acha que vinho só deve ser tomado acompanhado, mas acredito, piamente, que fica muito melhor quando compartilhado com alguém especial. O momento e a companhia influem no vinho, e vice versa. Aliás, tudo na vida é um pouco assim, se não for compartilhado, perde um pouco da graça. Pois bem, chegou Junho e junto o dia dos namorados, data mais que importante que requer comemorações especiais e, preferencialmente, criativas. Eu, particularmente, acho que é um dia especial para você curtir junto com quem você ama, de forma única vivendo momentos de grande emoção e devoção. O presente se houver, deve ser mais uma lembrança, algo sutil e simbólico que será coadjuvante ao grande momento que vocês compartilharão juntos, esse sim, deveras importante. Um bom vinho, uma refeição num local aconchegante, um brinde com um espumante, um vinho do porto servido com toda a sua simbologia, tudo isto só vem agregar a qualquer momento especial compartilhado com a pessoa amada.

                O mundo do vinho é especialmente fértil em opções para todos os momentos, todos os gostos e todos os bolsos, só há que conhecer e pesquisar um pouco. Que tal servir; meio que do nada de manhã, à tarde ou à noite, um bom espumante com uma taça de morangos frescos? Podem ser espumantes importadas ou nacionais, nossos produtos estão excelentes, como o delicioso Pizzato Brut (Casa Palla) ou Dal Pizzol Brut (Portal dos Vinhos), para não falar do Chandon Excellence (Casa Palla), com preços variando de R$35 a 75,00. Se preferir importados, pode ser um Cava Cristalino (St. Marché) ou Don Román Brut (Casa Palla/Portal dos Vinhos/BR Bebidas), duas excelentes opções por preços acessíveis, por volta dos R$30 a 35,00. Dinheiro está curto? Vá de um Moscatel nacional, como o Aurora (Casa Palla), que tem um preço bem camarada e também vai bem com os morangos. Por pouco dinheiro, você impressionou quem você queria. Quer caprichar, compre uma Champagne como uma Taittinger (Expand), Drappier Carte D’Or (Zahil) ou Bollinger (Mistral), mas cuidado para não exagerar na dose, na maioria das vezes a beleza está na simplicidade!

                Espumante não é sua praia? Que tal um bom vinho para comemorar, acompanhando uma boa refeição. Aqui existem milhares de opções à sua disposição. Não quer gastar muito, mas quer qualidade? Que tal um Fincas Privadas Tempranillo (Casa Palla), um Las Moras Malbec (Casa Palla/BR Bebidas) ou um Graffignata Cabernet Sauvignon (BR Bebidas), todos Argentinos ou, ainda, um Cordellier Merlot 2005 (garrafa velha) de Bento Gonçalves (Casa Palla), com preços abaixo de R$20,00. Subindo um degrau; um Quinta do Cabriz Dão (Expand), Português por cerca de R$24,00 ou um Trivento Tribus Pinot Noir (Expand) 05 Argentino ou ainda um Volpi Merlot 2005 da Salton, na mesma faixa de preço. Um pouco acima, um Bordeaux Grand Theater 2005 (Wine Premium/Casa Palla) boa introdução à região de Bordeaux, o Quinta do Cadão Douro Reserva 00 (Casa Palla) campeão pelo preço, o Argentino Los Cardos Malbec 06 (Grand Cru Granja Viana), o Espanhol Don Román Crianza 05 (Portal dos Vinhos) ou ainda um delicioso Goats do Roam Red (Expand), da África do Sul, por R$38,00 e Matisses Carmenére 2006 (Vinea).Todos vinhos de boa qualidade, saborosos,fáceis de tomar e que cabem no bolso. Crescendo em complexidade e preço, já por volta dos R$60 a 80,00, um saboroso Tabali Special Reserve Corte (Grand Cru Granja Viana) Chileno, um Bordeaux como o Chateau Rocher Calon (Expand) ou um Timberlay Chateau Marie-Paulle (Casa Palla) assim como o delicioso Bourgogne Pinot Noir La Vigne de Domaine Bouchard (Grand Cru Granja Viana), um divino Montes Alpha Syrah (Mistral/Casa Palla), Domaine Conté Gran Reserva 2003 (Zahil) ou Ventisquero Gran Reserva Pinot Noir (Portal dos Vinhos) todos Chilenos ou ainda os deliciosos Espanhois; de Rioja o Cune Crianza e de Navarra o Artazuri tinto 2005 (ambos da Vinci). Quer caprichar? Que tal um delicioso e aveludado Passo Delle Mule (Portal dos Vinhos) da Sicilia/Itália, Viña Ardanza ou Arana de La Rioja Alta (Zahil) de grande elegância e frescor ou, ainda, o divino e exuberante Borgonha Savigny-les-Baune 1er Cru da Maison Phillipe Bouchard (Vinea)? Há de tudo, o que manda é seu bolso e seu gosto!

              Gente, poderia continuar listando dezenas de outros rótulos, mas existe uma quantidade enorme de vinhos de qualidade que farão bonito num momento destes. Pode ser que goste de brancos, de rosés, Chilenos, Portugueses, Espanhóis, Italianos, enfim cada um com seu gosto e sua sensibilidade, o importante é comprar e servir o que mais agrade ao casal. Aqui no blog tenho uma série de outras sugestões bem interessantes divididos por faixas de preço e países de origem em “Tomei e Recomendo” e “Onde Comprar”, havendo, também, diversas boas dicas nos destaques de “Boas Compras” que nossos parceiros disponibilizam. Agora, está com bala na agulha, bolso recheado quer fazer bonito? Eis aqui uma receita infalível:

              Inicie servindo como aperitivo, uma taça (ou duas) de um Rosé nacional, muito agradável e de grande frescor, de nome muito sugestivo, Amante ( Portal dos Vinhos ), produzido pela Valduga. Serve como presente também, já que a embalagem e garrafa são lindíssimas. Depois, na refeição, abra uma garrafa de Pedro & Inês (Expand), um tinto do Dão em Portugal e conte a história, para lá de romântica, de Pedro e Inês (aquela que gerou a expressão “agora não dá mais, a Inês é morta”), lembra? Não lembrou clique para ver aqui no blog. Quer finalizar com um estrondo? Sirva um cálice de um Porto Vintage (clique aqui para dicas e veja também em Boas Compras I e II) antigo, com uns 15 ou 20 anos (não tendo vá de um LBV 99, 00 ou 01 ou de um Tawny 10 anos ou ainda de um Porto Reserva) explicando que aquele néctar tem por caracteristica durar anos a fio sendo comum, vinhos de 30, 50, 80 e mais anos e quanto mais antigos melhor ficam. Aí você brinda ao amor de vocês, esperando que ele dure e evolua tanto quanto um grande Porto. Vai gastar uma nota, mas depois de tudo isso, se ainda estiver de pé, é só correr para o abraço e comemorar, sucesso garantido! Salute, e feliz dia dos namorados.

Matéria, sintetizada, publicada na Revista Circuito edição de Junho 2008.  Endereços e Telefones para contato, encontre na seção  “ONDE COMPRAR”

 

Cinco Vinhos

                 Final de tarde de Domingo muito agradável, sentado no terraço enquanto me delicio com uma taça de Vinho do Porto Quinta de Baldias Tawny (Lusitana), escrevo sobre estes cinco vinhos tomados ao longo destes últimos dias, período no qual me debrucei na prova e descoberta dos vinhos de Bordeaux e Languedoc sob os quais estarei escrevendo a partir da próxima semana. Sem muita escolha, seleção ou ciência, na verdade apenas uma coletânea de opiniões e sensações que gostaria de compartilhar. São vinhos que cabem no bolso, com preços que variam entre R$25 a 37,00, e que me souberam bem.

 

La Florencia 2005, Mendoza, Argentina.  Este rótulo possui também outros varietais dos quais o mais conhecido é o Malbec. Eu tomei o Merlot, porque queria algo diferente e há muito busco encontrar um de qualidade e preço médio na Argentina. A cor é de um rubi profundo e bonito, com bom brilho. Os aromas não me chamaram a atenção, mas na boca aparece alguma fruta vermelha com algumas notas herbáceas e algo defumado ao final, de corpo médio, boa intensidade e um leve amargor no final. De taninos firmes já maduros sem grande adstringência e baixa acidez. Bem feito, mas seu estilo austero não me encantou. Vinho correto por cerca de R$32,00.

 I.S.P.  

 

Monte do Vilar Tinto 2005, Alentejo, Portugal. (Lusitana) Um vinho com a cara do Alentejo, elaborado com Aragonês e Trincadeira, corte típico desta região. Bela paleta aromática de boa intensidade onde aparecem claramente frutas vermelhas e algo de café tostado. Na boca, a sensação olfativa se confirma com acentuação em fruta madura e boa acidez num vinho de corpo leve e fácil de agradar que certamente se dará bem, levemente refrescado, acompanhando um arroz de bacalhau e brócolis ou um churrasco de carnes menos gordurosas ou, quem sabe, até um arroz de pato. Taninos maduros e macios num saboroso final de boca. Por cerca de R$28,00 meu I.S.P.  $   

Marco Luigi Reserva da Família Merlot 2003, Bento Gonçalves, Brasil. Este produtor tem uma série de produtos de que sou fã. Possui um Merlot básico varietal por cerca de R$22,00 que é muito saboroso, um Conceito Tempranillo por cerca de R$30,00 que também acho bastante interessante, assim como os espumantes dos quais destaco o Reserva da Família Brut e o Moscatel. Desta vez tive o prazer de tomar este muito saboroso Merlot da linha Reserva da Família. É realmente, um vinho mais evoluído, de médio corpo com álcool bem comportado em 13º, bom volume de boca, boa acidez, taninos maduros, finos e elegantes estando, na minha opinião, no auge para ser tomado. De interessante complexidade tanto no nariz como na boca, é um vinho de persistência média e bom final de boca que só vem comprovar minha tese de que, nos níveis médios de preço, os Merlots nacionais não devem para ninguém. Um dos bons produtos nacionais disponíveis no mercado e bem posiconado no quesito preço considerando-se a qualidade oferecida. Uma pena que em São Paulo não seja muito fácil de encontrar. Por cerca de R$33,00, vi no site da Costi Bebidas em Porto Alegre. I.S.P.  $ 

Callia Alta Shiraz (syrah)/Malbec 2006, Mendoza, Argentina. (BR Bebidas / Kylix) Pelo que pesquisei, este produtor parece trabalhar muito bem os vinhos de corte tendo a Shiraz, ou syrah, como sua casta dominante. Este corte, especificamente, achei muitíssimo agradável e fácil de tomar. Vinho correto, descompromissado, nariz de boa fruta fresca, taninos finos maduros, plenamente integrados, macio e sedoso, ótimo para acompanhar uma pizza, um bom cheese-salada, mesa de frios ou coisa do gênero. Dentro do estilo, e com um preço ao redor de R$26,00, é um vinho que satisfaz e que incentiva a  provar os outros cortes; Shiraz/Cabernet e Shiraz/Bonarda.

I.S.P. $

Masseria Trajone, Nero D’Avola, Sicília, Itália 2004. (Vinci/Portal dos Vinhos) Não sou um especialista ou grande conhecedor de vinhos Italianos, mas é o segundo vinho elaborado com esta cepa autóctone, que tomo e aprovo. O outro, o Passo Delle Mule, é um espetáculo de vinho que me encantou, tendo-o comentado num post anterior, e está num patamar de preços bem mais alto. Este é um vinho menos elaborado, mas segue sendo extremamente prazeroso de tomar. Tem uma paleta aromática bastante intensa e na boca é puro prazer. Muito equilibrado, boa estrutura, redondo, macio, boa acidez, enche a boca de prazer num final de boca médio e muito saboroso. Um belo achado por este preço de cerca de R$37,00, faixa em que contracena com o Altano, um vinho do Douro importado pela Mistral, mas que não faz parte desta análise, e que é outro belo produto por um preço incrível.

Meu I.S.P. $ 

 

Bohemian Highway

                Domingo, dia ensolarado e bonito, típico de nosso outono. Linda caminhada, por ruas tranquilas e arborizadas, respirando ar puro e fresco, sou um privilegiado. Volto a casa, um leve pigarro insiste em me incomodar a garganta num prenuncio de uma potencial gripe. Precisava de algo macio e sedoso que atenuasse o incomodo e abri um vinho. Tá bom, já sei, poderia ser um mel com própolis ou coisa semelhante, mas ……tenham dó, dia lindo, família reunida, papo rolando solto, tinha tudo a ver!

                Estava em clima de provar coisas novas, na adega escolhi um vinho que não conhecia. Peguei um Cabernet Sauvignon Americano da Bohemian Highway da safra de 2005. Já sei, nunca tinha ouvido falar, né? Pois é, eu também não, é lançamento da Vinci, mas acho que esta falta de conhecimento só nos aguça a curiosidade e, paralelamente, nos deixa absolutamente á vontade para apreciar o vinho sem quaisquer influências externas. Bem, comentarei o vinho logo abaixo, mas para sintetizar, quando me dei conta, tinha dois dedos de vinho na garrafa!

  • Produtor – Bohemian Highway Wine Company
  • Importador – Vinci (tel. 011. 2797-0000)
  • Região – Sonoma County, California
  • País – Estados Unidos
  • Composição uvas – Cabernet Sauvignon
  • Detalhes Produção
  • Teor de álcool – 13º.
  • Safra – 2005.
  • Preço aproximado em maio/08 – R$42,00
  • I.S.P –  

O contra-rótulo tem uma descrição do vinho, que talvez seja uma das mais corretas que já tenha visto “This wine embodies the casual, free-flowing spirit you will find along the way”. Ou seja, casual, despretensioso, pura diversão. Aliás, o próprio rótulo já nos dá uma certa dica do vinho. Ficamos batendo papo na mesa petiscando uns queijos e um pão italiano com azeite e depois almoçamos uma massa recheada com mussarela de búfala e molho ao sugo. Tudo simples, leve, ligeiro e o vinho, harmonizou perfeitamente com a comida e com o clima reinante. Um vinho bastante agradável que me surpreendeu, já que esperava um vinho mais encorpado e robusto. Ao contrário, é um vinho leve, suave, fácil de beber, porém sem ser aguado, risco que se corre em vinhos deste estilo. Boa paleta aromática em que sobressaem aromas de frutas vermelhas maduras, na boca é macio com taninos sedosos e doces, harmônico, bom frescor, vinho fácil de agradar. Não é um vinho de complexidades ou grandes wows, mas não se propõe a isto, possuindo um jeito meio “easy rider” de ser. Ganharia uns pontos a mais em meu indíce de satisfação caso fosse um pouco mais barato.

                   Como diriam meus colegas blogueiros Portugueses, um vinho saboroso, apetecível e descompromissado! Não sei se passa por madeira, mas se passa, é imperceptível. Certamente será ótima companhia para uma pizza de calabresa ou um churrasco de hamburgers bem tipico Americano. Ah, aqueles dois dedos de vinho que tinham sobrado? Eheheh…… Salute, são quase nove da noite e vou pegar um mel com própolis, amanhã promete!

Tomei e Recomendo – Vinhos do Porto

                    Meus caros amigos, neste mês me debrucei sobre os Vinhos do Porto que são vinhos especiais, diferenciados, que muita gente tenta copiar, alguns até com relativo sucesso, mas que são únicos. São vinhos diferenciados com características diferente dependendo do estilo e categorias dos vinhos elaborados. Eu confesso, sou um apaixonado e, podendo, tomo um cálice todo o final do dia. Abaixo listo uma série de rótulos de meu agrado e espero que tenham a possibilidade de os conhecer, são vinhos, quase sempre inesquecíveis. Preços existem para todos os bolsos. Em geral os mais baixos são os Portos básicos depois seguem-se; os reservas, depois os colheita, os LBV, os com Indicação de idade e, finalmente, os geniais e deliciosos néctares que são os Vintage. Aqui abaixo seguem alguns vinhos de qualidade que já tive o privilégio de provar e, alguns, tomar:

  • Brancos – Só conheço três e não tenho os preços de todos. Dos secos, para uso no Portônica ou fresco como aperitivo, o Burmester Extra Seco (Adega Alentejana) o Fonseca Siroco (Vinho Seleto) por R$70,00 e o Ferreira Lágrima que é um estilo mais doce que pode ser tomado ao final da refeição também refrescado como nos tawny.
  • Básicos – Os vinhos com melhor preço e já de boa qualidade são os Tawny e Ruby básicos como: Don José (Cia do Whisky) R$39,30 um Porto simples, fácil de beber e agradável, Dow Ruby e Tawny (BR Bebidas) por R$37,00 que são vinhos um pouco mais elaborados e encorpados e o Quinta de Baldias Ruby e Tawny, vinhos que, a meu ver, estão num patamar de qualidade um nível acima e são os meus preferidos (Lusitana) R$53,00 o ruby e R$57,00 o tawny com 8 anos de barrica.
  • Reservas – Dos tawny; o Adriano Ramos Pinto 500ml (Casa Palla) por R$49,00 e o Burmester Jockey (Confraria do Queijo & Vinho) por R$66,00. Ambos são vinhos de qualidade indiscutível. Já dos Ruby; o divino Quinta Nova Reserva 500ml (Vinea Store) por R$69,00 e o ótimo Churchill Reserva (Expand) por R$68,00 são os meus favoritos sendo, ambos, bem frutados e com taninos muito finos e sedosos. Ainda temos o bom, encorpado e rústico Fonseca Bin 57 (Casa Santa Luzia) por R$57,00, o agradável, aveludado e bem elaborado Graham’s Six Grapes (Kylix) por R$72,00 e o Warre’s Warrior Special Reserve (Decanter R$102,40). Uma categoria de Portos onde faço a festa, grandes produtos que me encantam e cabem no bolso.
  • LBV – Belíssimos exemplares a preços convidativos. Sempre que posso abro um LBV que tem muito das características dos Vintage, que são o supra-sumo do Vinhos do Porto, mas com um preço bem mais acessível; Burmester 2001 (Confraria do Queijo & Vinho) é bastante agradável com fortes aromas e sabores achocolatados por R$68,00. O meu preferido, inclusive em função da relação custo x beneficio, é o muito bom Vista Alegre 2000 (Casa Santa Luzia) de uma excelente safra por R$57,00, ótimo o Quinta Nova 2003 (Vinea Store) para guardar e preferencialmente tomar dentro de uns dois anos, mas já pronto agora, por R$122,00. Também de muito boa qualidade e delicioso, o Niepoort 2001 (Mistral) por aproximadamente R$65,00, o excelente Quinta do Noval 2001 (Grand Cru Granja Viana) por R$133,00, o internacionalmente elogiado Warre’s Traditional 1995 (Decanter) por R$126,50 assim como o DOW 1999 500ml (BR Bebidas) por R$69,00. Também muito bom, o Churchill’s LBV 2000 (Expand) por razoáveis R$98,00. Também gostei muito do Quinta da Pacheca LBV 2002 (Vinci), muito sedoso, com taninos elegantes e boa fruta por aproximados R$85,00.  Diversas opções para todos os bolsos e gostos, mas todas igualmente deliciosas. Eu me esbaldo por aqui!
  • Tawny com Indicação de Idade – Um dos mais conceituados rótulos de 10 anos, o excelente Niepoort 10 anos (Mistral) por R$112,00, o muito saboroso e equilibrado Warre’s Otima 10 anos (Decanter) por R$119,60 e o Taylor’s 10 anos (Expand) com 91 pontos da Wine Spectator por excelentes R$98,00. Também gostei muito do Quinta do Ventozelo 10 anos (agora com a Cantu) um vinho de muito frescor e cativante por R$190,00. Provei também o São  Lourenço 20 anos, um vinho espetacular, de grande elegância e complexidade, elixir do Deuses (Lusitana) por R$290,00.
  • Vintage – Quinta do Estanho 2000 (Portal dos Vinhos) por R$198,00 uma baba considerando-se que é um Vintage de primeira linha, o Fonseca 2003 (Vinho Seleto) por R$385,00, o Quinta da Pacheca 2003 (Vinci) por cerca de R$238,00 e o delicioso, Quinta da Gricha Vintage 1999 (Expand) por R$438,00.

 

 

 

Endereços e Telefones para contato, encontre na seção “ONDE COMPRAR”

 

 

 

De Wetshoff Estate – Chardonnay

                   O amigo e profundo conhecedor de vinhos, Luiz Horta, me sugeriu alguns vinhos Sul Africanos, entre eles o Pinotage da Robertson Winery e o Chardonnay Lesca da “De Wetshof Estate”. Na verdade, o grupo produtor é o mesmo, só que são diferentes conceitos e linhas de vinhos. Eu, que nunca me encantei com os vinhos elaborados com a casta Pinotage, uva símbolo da África do Sul, achei uma delicia, fácil de beber, diferente e com um preço muito bom, em torno dos R$30 a 33,00. Mas não é sobre o Pinotage que quero falar e sim sobre o Lesca, um branco elaborado com Chardonnay. Bem, não é bem do Lesca, porque estava esgotado, mas de seu irmão, o Bom Vallon Chardonnay Sur Lie 2007.

                 Eu que adoro vinhos brancos bem minerais e com boa acidez, em especial os Chablis, me encantei com este delicioso vinho. Fermentado em tanques “Sur Lie”, sem passagem por madeira gerando um vinho extremante elegante, muito fresco e refrescante. O teor alcoólico, apesar de alto para um vinho branco, em torno de 14º, não se nota em nenhum momento tamanho seu equilíbrio, passando, raspando, por meu teste da Terceira Taça. Vibrante com grande mineralidade, maçã verde, algo de limão, com muita delicadeza como que se acariciasse a boca com vagas de prazer. Não é um vinho de guarda, talvez dois a três anos, devendo ser tomado jovem com frutos do mar, ostras, peixes pouco condimentados, ou até como aperitivo, pois é um vinho leve e suave. Muito agradável, é mais uma boa dica do Luiz, mesmo que indiretamente, de que gostei muito. Agora, assim que der ($), tenho mesmo é que provar o Lesca!

  • Produtor – De Wetshof Estate.
  • Importador – Mistral
  • Região – Robertson Valley, Southern Cape
  • País – África do Sul
  • Composição uvas – 100% Chardonnay.
  • Detalhes Produção – Fermentado em tanques, Sur Lie por alguns meses e remexido semanalmente.
  • Teor de álcool – 14º.
  • Safra – 2007.
  • Preço médio em Abril/08 – R$50,00
  • I.S.P –  

Vila de Frades Reserva Branco

                Gosto quando descubro coisas diferentes, adoro experimentar. Se visito um país pela primeira vez, tento sempre provar os sabores locais. Nesta nossa Vinoesfera, ajo da mesma forma e meu hobby é garimpar. Numa dessas, constantes, visitas que faço ao Portal dos Vinhos, tive a oportunidade de dar de cara com o produtor e o importador deste vinho. Papo vai, papo vem, passamos do vinho a tauromaquia (touradas) e o papo foi longe. Desse encontro restaram as lembranças e uma garrafa de Vila de Frades Reserva Branco 2005, para prova. A primeira surpresa foi o corte com a uva Perrum, que até esse momento desconhecia. Portugal tem um sem número de castas autóctones, muitas com nomes muito interessantes como Rabo de Ovelha, Tinta Cão, Bastardo, Baga, Bical, Sousão, Antão Vaz, Fernão Pires, Encruzado, Loureiro, Arinto, entre muitas outras e agora, conheci mais esta. Falemos do vinho!

  • Produtor – Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito C.R.L.
  • Importador – Garrafeira Alentejana (www.garrafeiraalentejana.com.br)
  • Região – Alentejo, sub região de Vidigueira
  • País – Portugal
  • Composição uvas – Antão Vaz e Perrum
  • Detalhes Produção – Fermentado a 16º e estagiado em barricas novas de Carvalho Francês por um período de 4 meses.
  • Teor de álcool – 12.5º.
  • Safra – 2005.
  • Preço médio em Abril/08 – R$49,00
  • I.S.P$

Uma surpresa muito agradável, a segunda, só que desta vez na boca. Não é um daqueles vinhos brancos ligeiros, leves, para bebericar com os amigos numa tarde de verão. Pode até ser, obviamente, mas acredito que seja um vinho que se aprecia melhor com comida. É de corpo médio, cor amarelo dourado brilhante, possui muito boa acidez, aromas intensos de fruta madura como pêssego e ameixa amarela. Na boca é completo, muito equilíbrio, boa harmonia, boa fruta com nuances de baunilha e algo de mel num final de boca de persistência média. Mais que tudo é um vinho diferente, talvez em função da uva perrum autóctone da região que lhe dá uma personalidade própria. A casta Antão Vaz, também autóctone portuguesa e bastante usual em vinhos do Alentejo, já gera, por si só, vinhos muito agradáveis e de boa acidez. A adição de Perrum no corte fez a diferença, pois lhe deu mais complexidade. Muito bom.

            Fiz umas experiências gastronômicas com este vinho já que, por acaso, os cardápios em casa se propunham a isso. Primeiramente com um Cuscuz e o vinho acompanhou muitíssimo bem o prato. A boa estrutura e frescor do vinho, também fez com que harmonizasse muito bem com um curry de frango com maçã.  Se lembram do erro que cometi com a minha harmonização da Páscoa? Pois bem, com este vinho, aquele Bacalhau a Braz garanto que ficaria dez! Poderia, inclusive, acompanhar uma receita de bacalhau no forno com fidalguia. Uma ótima opção de um vinho efetivamente gastronômico. Eu gostei e recomendo, bela alternativa ao famoso e bem mais caro Esporão Reserva Branco. Existe também a versão Tinta que dizem ser muito boa, não conheço, mas se acompanhar este nível, certamente será de primeira e deve ser provado também. Estes vinhos, inclusive uma versão mais ligeira do branco, estão disponíveis na Portal dos Vinhos. Salute e kanimambo.