Tomei e Recomendo

Falando de Azeite

                Há cerca de uns 10 dias, fui convidado pela Lusitana de Vinhos & Azeites, para participar de uma degustação de alguns de seus vinhos novos e antigos. Para acompanhar os vinhos, uns queijos muito saborosos para petiscar, especialmente o parmesão, uns azeites que eles também estão importando e um delicioso Panforte que harmonizou muito bem com um bom Porto Ruby. Dos vinhos? Bem, provamos o Terras do Pó, branco, elaborado com a uva Fernão Pires, o Trincadeira Encosta do Estremoz 2004, o Barão do Sul 2005 com algumas alterações no corte, o Herdade Grande tinto 2005, um novo produtor em seu portfolio, o Vinhas Da Ira, um vinhaço, e os vinhos do Porto, Tawny e Ruby, da recém chegada Quinta das Baldias. De todos eles, falarei mais adiante em futuros blogs, mas desde já uma dica, caso você queira dar uma passada por lá, são todos muito bons e a Lusitana tem um histórico de preços justos.

azeite-santa-vitoria-custom.jpgAgora, me encantei com o azeite virgem extra da Casa de Santa Vitória. Bão demais, sô! Não vou negar adoro um bom azeite, está no sangue, e este é realmente muito bom! Mesmo não sendo um “entendido” no tema de azeites, vê-se que há muito esmero na produção deste que é proveniente do olival da propriedade Herdade da Malhada. As melhores azeitonas são selecionadas para confeccionar este azeite, como no vinho, um corte (assemblage) de diferentes variedades de azeitonas (cobrançosa, cordovil e picual) resultando em um produto de bastante complexidade. A extração a frio, por processos unicamente mecânicos, vem agregar qualidade a este néctar com acidez máxima de 0,3%. O resultado final é um azeite com aromas frutados, fresco, suave, elegante com final levemente picante. Por somente R$26,40, excelente preço para um azeite desta qualidade, ligue já para a Lusitana, (11) 4508-8880, e agende uma visita para pegar o seu azeite e conferir os vinhos. Provei e Aprovei, uma delicia e, tenho dito!

Argentina, Vinhos que Tomei e Recomendo – Parte III

                Ultima parte de minhas recomendações de vinhos Argentinos que “Provei e Aprovei”. Entramos na seara de vinhos de excelente qualidade, para curtir em boa companhia, preferencialmente com quem também seja apreciador destes néctares. Serão poucas, mas certamente, excelentes opções. Aqui começa aquele papo de chover no molhado, que critico tanto. Falar, ou escrever, sobre grandes vinhos é sempre complicado, a não ser que se queira cair na retórica, e agregar algo a tanto que já se falou é muito difícil, até porque, em sua maioria, são unanimidade. De qualquer forma, estas são minhas impressões sobre estes deliciosos néctares.

De R$80 a 120,00:

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De Catena Zapata, vem um dos melhores custo x beneficio desta faixa de preços, a linha Angélica Zapata (Portal dos Vinhos e Casa Palla). O Malbec é divino, o Cabernet Sauvignon de grande elegância (ótima promoção na Casa Palla), de ambos prefiro o 2002 que está mais redondo que o 2003. Ainda não provei, mas estão na lista, o Cabernet Franc e, especialmente, o Chardonnay do qual falam maravilhas. É a maestria de Zapata na elaboração de vinhos de grande complexidade e elegância, imperdível. O Clos de los Siete 2006 (Grand Cru) um potente e complexo corte de Malbec/Cabernet Sauvignon e Merlot produzido pela Bodega Monteviejo um projeto Francês sob a batuta do celebrado Michel Rolland.  Decante por uns 30 minutos e tome a cerca de 16% para domar este denso e encorpado vinho. Se encontrar uma safra mais antiga, 2004 ou 5, prefira, estará mais no ponto. Menos conhecido, o Altimus 2004 (Portal dos Vinhos) de Michel Torino é o topo de gama deles. Um vinho inebriante com um corte diferenciado de Malbec/Merlot/Cabernet Sauvignon e Bonarda, podendo a composição e participação porcentual de cada cepa, variar de ano a ano em função das características de cada safra. Muito elegante, harmônico, equilibrado, ótima paleta aromática, taninos finos e aveludados, é um vinho que me agrada muitíssimo e que tem um custo x beneficio incomparável.

                Ainda nos vinhos diferenciados, um ícone Argentino quando de fala de vinhos varietais elaborados com a uva Bonarda é o Nieto Senetiner Bonarda Partida Limitada (Portal dos Vinhos com um excelente preço). Inicialmente uma uva sem grandes atrativos gerando vinhos de mesa de baixa qualidade e muito rústicos, este é um exemplo do que se pode desenvolver com muito estudo, conhecimento, investimento e tecnologia. Não tomei o 2005, que é o que está disponível hoje no mercado, mas o 2002 é uma obra de arte, um grande vinho que deve constar da “wish list” de qualquer enófilo.  Achaval-Ferrer é uma Bodega suigeneris que já começou com vinhos topo de gama e, somente a posterior, é que elaborou vinhos mais “básicos”.  Interessante este conceito em que se inicia por um patamar altíssimo de forma a se estabelecer a excelência como parâmetro comparativo, gostei. Resultado, produtos de altíssimo nível de qualidade aclamados por críticos do mundo inteiro. O Achaval-Ferrer Malbec (Expand), é o melhor varietal 100% desta cepa que já tomei. Vinho encorpado, robusto, sem perder a maciez, taninos finos e aveludado, complexos aromas, grande persistência, explosão de sabores intensos na boca, boa acidez, elegante num conjunto diferenciado de estilo único, dentro do que já tomei. Sugiro tomar com um mínimo de três anos da safra, melhor com uns cinco anos de garrafa, e decantar por uma meia hora.  Nesta faixa de preços, ainda, existem alguns outros rótulos que, apesar de ainda não ter provado, estão todos em minha “wish list” e são unanimidade de qualidade; Luca Syrah, Humberto Canale Gran Reserva Merlot, Benmarco Malbec, Zucardi Q Tempranillo, Barda Pinot Noir e Gala 2 de Luigi Bosca

Acima de R$120,00:

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Nesta faixa de preços, menos acessível para nós pobres mortais, existem alguns néctares que fazem frente a qualquer grande vinho do mundo. Alguns eu listarei por reconhecimento à critica e suas avaliações: Catena Alta Malbec e o Cabernet Sauvignon, Riglos Gran Corte, Cheval des Andes, Cobos, Cinco Tierras Gran Reserva, Suzana Balbo Brioso, Cadus, Benmarco Expressivo, Magdalena Toso, Poesia, Nicolás Catena Zapata, Beso de Dante, Alfa Crux Malbec, Noemía, Zuccardi Zeta, Mendel Unus, Flechas de los Andes Gran Corte, Vistalba Corte A, Val de Flores Malbec, Achaval-Ferrer Mirador e Altamira, Chacra 32 Pinot Noir, entre muitos outros. Dos grandes vinhos Argentinos nesta faixa de excelência, tive o privilégio de tomar e posso recomendar, como se  de minha indicação precisassem, sem receios os seguintes néctares:

Achaval-Ferrer, Quimera (Expand), com outro significado na mitologia Grega, em Português a palavra quimera significa produto da imaginação, fantasia, sonho e é isso que o vinho é.  Nome muito bem escolhido para um vinhaço que busca a perfeição. Corte de Malbec/Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc e Merlot, é  produzido com vinhas velhas de baixa produção o que equivale dizer, neste caso, que para cada garrafa se necessita de fruto de duas plantas. Cor escura, vinho denso e intenso em tudo, na cor, nos aromas e na boca. Encorpado, gordo com taninos finos num final de boca sedoso, longo e reflexivo. Com álcool de 13 a 13.5º, dependendo da safra, muito comportado e bem equilibrado, é um deleite para os sentidos. Vinho para decantar por volta de 45 minutos e tomar com o mínimo de 4 a5 anos da safra para poder desfrutar de todo o seu potencial. É um vinho que não se deve ter pressa para tomar. Tomei o 2003 faz três meses, dava para esperar mais um ano, ou dois, tranqüilamente, mas já estava uma maravilha. Vinho de longa guarda.

Catena Zapata Estiba Reservada Agrelo (Mistral), uma obra prima do gênio Catena Zapata. A elegância em pessoa. Muito equilibrado, bom corpo, estruturado, apetitoso com boa acidez e final de boca longo. Aromas complexos, daqueles vinhos que você toma e fica curtindo os sabores bem depois do gole já ter descido, deixando na boca aquele gostinho de quero mais. Tomei o 2002 que estava uma delicia, me encantando por sua sutileza e toque aveludado. Uma sedução, um vinho apaixonante que encanta ao primeiro contato!

Iscay um corte de Malbec e Merlot produzido pela Bodega Trapiche e seu topo de gama. Inicialmente desenvolvido com a consultoria de Michel Rolland, é o vinho ícone do produtor e um grande vinho. Carnudo, encorpado, denso, quase mastigável. Muito longo e concentrado, é de grande complexidade aromática, rico em sabores e de grande persistência.  Um vinho que precisa de tempo para se abrir e demonstrar todo o seu potencial, decantar é obrigatório. Gosto muito, mas é um vinho caro que normalmente só compro na Argentina, e mesmo lá ……!

                 Espero que tenham a oportunidade de curtir alguns destes bons vinhos e que tenham gostado das sugestões. No próximo dia 22, não deixe de passar por aqui e conhecer a Dominio Cassis, pioneira Bodega Uruguaia que chega ao Brasil com produtos diferenciados e boa filosofia comercial.

Endereços e Telefones das lojas/importadoras, aqui mencionadas, encontre na seção “ONDE COMPRAR”

Argentina, Vinhos que Tomei e Recomendo – Parte II

                Como prometido, aqui está a segunda parte desta lista de vinhos Argentinos que “Provei e Aprovei” e, consequentemente, posso recomendar. É de R$30 a 80,00 a faixa de preços onde se encontram belíssimos vinhos com preços razoáveis, alguns deles excepcionais custo X beneficio, dos quais já se obtém muito prazer ao tomar.  Conforme subimos na escala de preços, subimos também no nível de qualidade , é óbvio, mas também somente até certo ponto. Até R$120 isto é bem claro, mas acima deste nível, se sente cada vez menos este efeito já que o marketing começa a ter mais peso. Mas vamos lá a alguns vinhos, já muito interessante e de boa qualidade, que se você ainda não tomou, ponha na sua lista de vinhos a conhecer.

De R$30 a 50,00:

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             Nesta faixa de preços tenho especial apreço pela linha da Trumpeter (Wine House) em especial do Malbec e do corte de Syrah com Malbec que acho estupendo e me encanta, um vinho muito elegante e rico de aromas e sabores. Los Cardos (Gran Cru) que possui um excelente Malbec 2006, de deixar água na boca, assim como o Cabernet Sauvignon sobre os quais teci comentários em post anterior. O Luigi Bosca Reserva (Casa Palla) Cabernet Sauvignon é outro senhor vinho que me atrai muito por sua complexidade e elegância com boa tipicidade da casta. Aliás, falando de Cabernet Sauvignon, o Chakana (Portal dos Vinhos) e o Família Bianchi , são outros belos exemplares para comprovar que a Argentina não é só terra de Malbecs. O Valle Escondido Cabernet 2005 (Expand) é muito aromático e elegante, boa acidez, taninos finos e aveludados, muito saboroso.

               Michel Torino têm uma excelente linha de produtos tendo dois que se destacam nesta faixa de preços que é o Don David Reserva Torrontés (Portal dos Vinhos), uma beleza de vinho e um dos melhores desta cepa na Argentina, e o Malbec também de muita boa qualidade com bastante tipicidade e harmonia num conjunto que agrada muito na boca e têm um preço muito convidativo. Um vinho que me surpreendeu, foi o Amado Sur (Expand) produzido pela Trivento que é um corte, diferenciado, muito bem elaborado de Malbec/Bonarda e Syrah que enche a boca de prazer com muito equilíbrio e harmonia. O Altos Las Hormigas (Portal dos Vinhos) era um vinho do qual nunca tive, ao contrário da critica especializada, satisfação ao tomar. Como sou do tipo persistente, recém provei o 2006 e achei estupendo, muito equilibrado, taninos suaves, um verdadeiro veludo na boca e está por volta dos R$31,00, ou seja, um dos melhores custo x beneficio desta faixa. Ou mudou algo no vinho, ou mudei eu, não sei! O Saurus Pinot Noir (Casa Palla), de uma região onde esta cepa começa a gerar vinhos muito interessantes. Para finalizar, há que enaltecer os vinhos da grande dama do vinho Argentino, Suzana Balbo, uma enóloga de primeiríssima linha que produz uma linha chamada Crios (Confraria do Queijo & Vinho), que é muito boa e, prova de que se podem desenvolver vinhos de ótima qualidade com preços corretos. O Crios Malbec é bom, o corte Syrah/Malbec 2006 me encantou e o Torrontés 2007 uma verdadeira delícia, páreo duro para o Don David Reserva. Para a sobremesa, um colheita tardia muito agradável e balanceado (acidez/frescor/doçura) o Santa Julia Tardio (Expand) elaborado com a uva Torrontés, muito bom para finalizar uma refeição.

De R$50 a 80,00:

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           Três das melhores relações custo x beneficio desta faixa de preços são cortes similares. Acho que começo a demonstrar minha leve preferência por vinhos de corte e de maior elegância, influências do Velho Mundo! Aqui temos muita qualidade e elegância; um corte de ótima qualidade produzido por gente que entende muito do que faz, é o Amancaya 2006 (Casa Palla, com preço incrível). Corte de Cabernet Sauvignon com Malbec com jeito de Bordeaux devido á influência que o Chateau Rotschild traz para esta parceria com Catena Zapata, um vinho de grande classe. No páreo, o Ruttini Cabernet/Malbec 2005 (Wine House) e D.V. Catena (Casa Palla) Cabernet/Malbec 2006. Eis uma interessante prova, ainda vou promover isso, a ser elaborada; Amancaya, D.V. Catena e Ruttini juntos num embate em que, certamente, o grande ganhador será o degustador. Elegante e muito bom, o Petit Fleur 2005 (Grand Cru,) corte de Malbec/Cabernet Sauvignon/Merlot e Syrah que só peca um pouco pelo exagero de álcool, acima de 15º, mesmo que equilibrado. Ainda nos cortes, não deixe de tomar o Trumpeter Reserva 2004 (Portal dos Vinhos), Tempranillo/Malbec e Cabernet Sauvignon, um veludo na boca com muita harmonia de sabores e aromas e o Don David Ciclos 2006 (Portal dos Vinhos) corte de Malbec e Merlot.

              Dos Malbecs, gosto muito do Terrazas Reserva (Casa Palla), um vinho muito constante e saboroso, assim como do Luigi Bosca D.O.C. 2005 (Confraria do Queijo & Vinho) de excelente qualidade, denso, potente com muita personalidade devendo ser decantado por uma meia hora antes de servir. Um dos melhores Malbecs da atualidade, é o Kaiken Ultra (Confraria do Queijo & Vinho), um vinho para quem gosta de vinhos mais potentes e encorpados. Gosto muito também, do Cinco Tierras Reserva Malbec, não sei quem o vende hoje em dia, era a Grand Cru, mas nada souberam me informar e não consta mais do catálogo deles. É um vinho de excelentes qualidades, com bastante tipicidade da cepa, taninos aveludados, um conjunto de grande elegância, um produtor de grande qualidade. Imagino que deva aparecer de novo na mão de outro importador, não deve tardar muito. Um Merlot diferenciado, o Finca Sophenia 2005 (Expand), é uma ótima opção para quem quer conhecer esta uva e suas características Mendocinas. Um belíssimo exemplar de Sauvignon Blanc que me encantou, apesar de um pouco caro por aqui, é o Saurus Select (KMM) da Familia Schroeder.

              Neste próximo dia 20, levo ao ar o terceiro e ultimo post desta série de vinhos Argentinos que Provei e Aprovei. Serão os vinhos de R$80 a 120 e acima deste valor. Vinhos de grande qualidade, que recomendo com a maior tranquilidade, e aqueles que mais busco trazer de fora quando viajo.

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Argentina, Vinhos que Tomei e Recomendo – Parte I

             Dando sequência ao tema dos vinhos Argentinos, inicio, concomitantemente com a distribuição do jornal com a coluna do mês, as recomendações de vinhos tomados e aprovados com esta lista de vinhos até R$30,00.  É desta faixa de preços que saem os verdadeiros vinhos para o dia-a-dia. Quando algum critico, todavia, dá uma nota ou confere uma avaliação sobre um vinho para o dia-a-dia que vale R$50 ou 60,00 eu me pergunto, dia-a-dia de QUEM? Adoraria que fosse do meu, mas não é assim como não é da maioria dos apreciadores e “tomadores” de vinho. Eu considero vinhos de até R$30,00 como para o dia-a-dia e, preferencialmente, se estiverem ao redor de R$20,00. Para a maioria, vinho de R$50 ou 60,00 já são vinhos de “Fim de Semana”. O grande problema é achar vinhos, chamados corretos e honestos com qualidade aceitável nesses níveis de preço mais baixo. Em minha opinião, é na Argentina que se encontram alguns dos melhores rótulos de vinhos que atendem a esse preceito e que, realmente, devem ser conhecidos, até para quebrar o preconceito de que vinho barato é ruim. Sim a maioria não é grande coisa, acabam sendo muito rústicos, desequilibrados e despojados de qualquer elegância, isso quando não totalmente aguados, mas como venho dizendo, para todas as regras existem exceções e aqui temos várias a considerar.

              Lógico que os ótimos e grandes vinhos se encontram no topo das faixas de preços, mas espero que você se divirta com algumas das boas opções que listo abaixo. São vinhos descompromissados, mas que nos surpreendem exatamente porque pouco esperamos deles em função do baixo valor. Eu gosto de ser surpreendido, receber em troca, mais do que  paguei e, estes vinhos fazem exatamente isto. São vinhos que, tenho a certeza, sepultarão de vez o preconceito para com vinhos baratos onde, existe vida sim senhor. Espero que vocês gostem e aproveitem estas dicas. Como a lista de vinhos é grande, postarei primeiro a faixa de até R$30,00 e na seqüência, em alguns dias, os de R$30 a 50,00 e de R$50 a 80,00,  finalizando com os vinhos entre R$80 a 120,00 e os rótulos mais caros que, na sua maioria, são verdadeiros néctares, no nível dos melhores vinhos do Mundo. Certamente existem muitos mais rótulos que poderiam estar nesta lista, mas como não os tomei, não os posso recomendar. Ainda falta litragem! rsrsrs Também tomei diversos que não achei que tivessem qualidade para constar da lista. De qualquer forma, os amigos estão livres, e bem-vindos, para comentar e adicionar sugestões de vinhos outros que não estes.

Até R$30,00

Pela primeira vez, pensei em abrir uma exceção e iniciar esta lista por “até R$20,00”, mas achei melhor deixar assim por uma questão de padronização da coluna e da listagem geral que estou preparando e que espero disponibilizar neste blog ainda este mês. De qualquer forma, esta primeira parte de sugestão de vinhos, será de vinhos que beiram os R$15,00 (mais ou menos R$1,50 dependendo de onde comprar), mas que surpreendem.

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Começemos pelo Fincas Privadas Tempranillo uma delicia de vinho, fácil de agradar, um vinho correto com tudo no lugar, e o Malbec deles também é muito saboroso. Na mesma linha de preços, os bons Las Moras Malbec e Graffigna Cabernet Sauvignon. Pela qualidade destas dois vinhos e reputação destas Bodegas, creio que deva ser interessante fazer uma experiência e provar alguns outros rótulos destes dois produtores. Ainda nos varietais, a Alfredo Rocca têm um surpreendente Pinot Noir e um bom Malbec. Na linha dos cortes, duas boas opções são o Santa Julia Syrah/Malbec e o Fuzion Tempranillo/Malbec. A maioria deste vinhos, você poderá encontrar em bons supermercados, mas é na Casa Palla e na BR Bebidas que você os achará pelos melhores preços. No caso do Fuzion, somente nas lojas da Expand. Não tem erro, no caso de uma festa, um evento, aquele churrasco com número grande de pessoas a quem você não conhece bem o gosto, sirva um destes rótulos e você estará seguro, quem não é chegado a vinhos certamente elogiará e os “entendidos” de plantão certamente não porão defeito, sem gastar demasiado. Por falar em churrasco, o malbec Barrancas, uma boa opção para um encontro destes, está com um preço estonteante na BR Bebidas, veja a lista de Boas Compras de vinhos Argentinos que publiquei faz poucos dias.

Em uma escala de preços um pouco mais acima, a de R$20,00, mais ou menos R$3,00, encontramos opções de vinhos um pouco mais  elaborados que, mais uma vez, nos surpreendem. É o caso do Leonardo Tempranillo (Confraria do Queijo e Vinho) um encorpado e belo exemplar desta cepa clássica da Rioja Espanhola, mas bem acessível, assim como os Finca Flichman Oak Aged ou Roble (BR Bebidas) com bons Cabernet Sauvignon e Malbec. A linha de entrada de Catena Zapata é o Argento (BR Bebidas) que possui dois bons varietais, o Cabernet Sauvignon e o Malbec vinhos bem elaborados e sempre confiáveis. Ampakama Petit Verdot (Casa Palla), difícil achar um varietal com esta cepa e os críticos tecem bastantes elogios a este vinho. Surpreendente para valer mesmo, é a linha  Tribu da Trivento (Expand), que tem um Pinot Noir muito correto, bem elaborado, bastante elegante e redondo na boca que me deixou um gosto de quero mais, e que, por apenas R$23,00, é imperdível. Tem, também, um bom Tempranillo que vale provar e um Malbec que ainda não conheço. Vinhos fáceis de agradar, mas já possuidores de um certo caráter.

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No mais alto patamar desta faixa de preços, já encontramos vinhos de qualidade superior e bastante interessantes. Da Bodega del Fin del Mundo na Patagônia, temos o Postales (Confraria do Queijo e Vinho) com um corte muito interessante de Cabernet Sauvignon e Malbec que agrada pelo equilíbrio, da Finca Los Lirios (Portal dos Vinhos) provei um Malbec honesto, muito elegante e sedoso na boca, que vale o que cobram. Talvez uma das melhores opções de vinhos 100% Bonarda, nesta faixa de preços, seja o Alta Vista Premium 2004 (BR Bebidas), redondo, bons aromas e equilibrado na boca, realmente muito agradável. Também muito interessantes são os vinhos, pouco conhecidos, da Pascual Toso (Casa Palla). Bons o Cabernet Sauvignon e o Malbec, mas o Chardonnay ainda me parece o melhor deles, muito harmônico com bastante mineralidade e bastante frescor. Agora, no topo desta coleção de bons vinhos básicos, tem um que extrapola e é campeão, a linha Alamos de Catena Zapata. O Alamos Chardonnay 06 (BR bebidas com um preço incrível) também disponível no Portal dos Vinhos e Casa Palla, um vinho muito bem elaborado, equilibrado, sem exageros de madeira. De médio corpo, boa persistência e aromas que lembram pêra, leve amendoado com algo de biscoito amanteigado que se confirma na boca de forma cremosa. A boa acidez o deixa fresco e sedutor.  A linha Alamos, no entanto, não é só isso. É também um delicioso Pinot Noir, um bom Malbec e os muito interessantes Bonarda e Syrah.

Dentro de um par de dias, mais dicas de vinhos Argentinos em faixas de preço mais altos, porém, não caros. Até dia 20 espero poder postar todas estas dicas e aí, finalmente, mostrar uma nova Bodega Uruguaia que chega ao Brasil com vinhos muito interessantes e preços que cabem em nosso bolso.  Aguarde, a semana que vem estará recheada de informações interessantes. 

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Marco Luigi Reserva da Familia Brut 2005

               Se é para tomar espumante e o bolso está recheado, sem duvida a escolha é por Champagne, mas  grana estando curta, vou de espumante nacional, um belo Chandon Excellence. Se ainda não dá, ia de Marson Brut que sempre foi um dos meus preferidos. Digo ia porque não vou mais, apesar de ser uma ótima opção. Neste ultimo fim de semana tive o prazer de reunir parte da família, o carnaval atrapalhou, para celebrar o 30º aniversário de minha filha e de meus jovens, mas bem vividos, 53. Brindamos com um espumante Marco Luigi Brut, Reserva da Família, safra 2005. Uma beleza, pena que eu só tinha uma garrafa pois era para tomar várias, tamanho o entusiasmo do pessoal!! A partir de agora será visita constante em minha adega e um dos meus preferidos.

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  • Produtor – Marco Luigi
  • Região – Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves.
  • País – Brasil
  • Composição uvas – Corte de Chardonnay, Pinot Noir e Merlot
  • Detalhes Produção – Método Champenoise, fermentado na garrafa.
  • Teor de álcool – 12º
  • Safra – 2005
  • Preço médio – R$35,00
  • I.S.P. $ smile1602.gifsmile1602.gifsmile1602.gif

               Eu que já era fã declarado do Moscatel deles, que considero o numero 1 do Brasil, e do espumante Brut Tradicional, me encantei com este Reserva da Família de apenas 3.000 garrafas produzidas. Muito bom, com bastante frescor, boa acidez, seco, mas sem exageros e sem qualquer amargor final do jeito que gosto dos espumantes. No nariz, aromas de mel, amêndoas e algum brioche bem típico de um espumante elaborado com Chardonnay e Pinot Noir pelo método Champenoise. Na boca, é longo e confirma tudo isto com algun toque, do que me pareceu, abacaxi fresco maduro tudo  em perfeita harmonia e equilíbrio. Boa espuma, cremoso, perlage fina, abundante e persistente num conjunto de grande elegância. O surpreendente corte com Merlot, gosto dessa ousadia em inovar, lhe dá um caráter próprio e único. Um espumante nacional de primeiríssima linha que tomei e recomendo a todos os amigos do Falando de Vinhos.  Para consumir a uma temperatura entre 6 e 8%.  Mais um belo produto que a Marco Luigi nos trás.

Salute e kanimambo.

Chose de loque!! Quarts de Chaume de Domaine des Baumard.

               Dia 16 de Janeiro de 2008 é uma data que, definitivamente, se tornou um marco em minha educação enófila. Uma data a ser convenientemente evocada. Foi uma noite de degustação de vinhos brancos da região do Loire, França, que ocorreu na ABS (Associação Brasileira de Sommeliers) com vinhos da Mistral, e que confirmou uma opinião que tenho, existem vinhos que não pedem avaliação, pedem reflexão!

             O vinho foi o Quarts de Chaume 2003, um vinho doce, branco, elaborado com a uva Chenin Blanc e produzido pelo Domaine des Baumard que alguém, não me lembro quem, na hora denominou como “Pura Poesia”. Difícil falar sobre este vinho depois de tão acertada, curta e certeira definição. Não é um prazer tomar este néctar, é um êxtase! Super fresco, aromas de compota, manga, toques de mel e frutas cítricas algum caramelo, bala toffee ou aquelas de leite da Kopenhagen, como alguém lembrou no evento. Muito equilibrado, longo, harmonia total entre álcool e acidez, ótima mineralidade, uma grande complexidade que o torna um vinho inesquecível. Dizem ser vinho para 15 a 20 anos de guarda, eu tomo todas agora, está delicioso! Em 15 anos o vinho deve se abrir nos aromas e, provavelmente, perder boa parte do frescor e mineralidade de hoje. Na verdade, vira um outro vinho, igualmente extraordinário assim dizem, mas um outro vinho despertando outras e diferentes emoções. Um vinho de sobremesa? Acho que não. A meu ver, ele É a sobremesa e um crime seria colocar algo para acompanhar, pois ele é, ao mesmo tempo, protagonista e coadjuvante. Antes, tomamos um ótimo Vouvray do Domaines Huët que, ficou ofuscado pelo brilho deste maravilhoso Quarts de Chaume.

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               Cheguei em casa tarde, pensando em comer algo já que estava com fome. Parei na cozinha com a porta da geladeira entreaberta, ainda sentindo aquele gostinho do vinho na boca, e pensei; se como algo agora acabo com esta sensação. Não comi foi nada! Sentei-me ao computador e escrevi estas linhas enquanto ainda sentia os aromas e sabores desta preciosidade, curtindo as sensações ainda vivas em minha boca e minha mente. Tudo isto, no entanto, tem um preço. Na Mistral o preço desta boa safra, o 2000 está mais barato e também deve ser excelente, está em USD125 o que daria hoje, algo em torno de R$225,00. Não é para qualquer um, mas se comparado com os preços no exterior, o preço não está ruim não. É que é um vinho excepcional mesmo, e isto tem seu custo. Do meu lado, ou melhor, na minha frente estava o Presidente da ABS e expert em vinhos, Arthur de Azevedo, que nos deu uma dica, que o Coteaux du Layon, do mesmo produtor, é também excelente, mesmo que não no mesmo nível, e com um preço bem mais acessível. O dinheiro nem sempre dá, mas acho que merecemos, de vez em quando, nos autopremiarmos com um presentinho destes. Vi o Coteaux de Layon Carte D’Or 2004 (WS92) no catálogo da Mistral por algo em torno de USD36,50 , a meia garrafa está por USD23,30, o que acho que já dá para bancar e sentir um pouco deste gostinho e destas sensações, ou seriam emoções? Vou provar o Coteaux e depois comento.

                Quarts de Chaume 2003,  Mon Dieu, que vinho! Depois de tomar um vinho como este, nossa educação enófila dá um pulo de qualidade enorme e, muitas das coisas sobre as quais tinha questionamentos, começam a fazer sentido. Certamente, uma obra de arte em forma de vinho, uma poesia na taça, um elixir divino que tem que ser apreciado, ao menos uma vez na vida.

Estação Verão – Vinhos refrescantes.

                Como no final de ano o papo é só de festa e venda de espumantes, sobrou pouco tempo para poder desenvolver a matéria sobre vinhos Argentinos da forma como gostaria. 662519-9834-it.jpgDesta forma, pensei que fosse melhor falar um pouco de vinhos refrescantes, alegres e saborosos, dignos da Estação Verão que estamos vivendo.  Optei por comentar alguns vinhos brancos, a maioria, um rosé, um tinto e um Moscatel, alguns dos quais já mencionados anteriormente em outros posts e coluna no Jornal Planeta Morumbi, mas que merecem uma atenção especial na estação.  Todos provei e todos aprovei como boas opções e ótimos custo x beneficio.  A edição do jornal com a coluna, começa a ser distribuido hoje, na região do Morumbi e Real Parque. Estes, são vinhos para serem tomados jovens preferencialmente com 1 a 2 anos da safra, o tinto até quatro. O bom é que, em média o preço deve estar em torno de R$25,00 e o mais caro não chega a R$50,00, ou seja, preço não será problema, existem opções para todos os bolsos. Certamente que existem vinhos melhores e bem mais caros, mas esse não era o foco da matéria.

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Los Lírios 07 – (R$14,50 no Portal dos Vinhos), é um corte de Chardonnay e Chenin Blanc produzido na Argentina. Vinho simples, leve, razoavelmente fresco com uma certa mineralidade. Límpido claro, amarelo palha para tomar sem arroubos e sem grandes expectativas, mas um vinho agradável de tomar. Ótima opção de um vinho para aperitivo. Preço incrível!

Etchart Rio de Plata Torrontés/Chardonnay 06 – (R$17,90 na Casa Palla) Eis mais uma bela opção de um vinho leve, fresco e agradável, fácil de tomar e, conseqüentemente, ótimo como aperitivo. Um corte, menos comum, que une as características mais perfumadas da Torrontés, com a maior sofisticação da Chardonnay formando um conjunto muito interessante. Seco, com toques de pêssego e abacaxi, bem equilibrado apesar de seus 13º de teor alcoólico, o que recomenda não exagerar nas doses.

Casa Valduga Premium Gewurztraminer 07 – (R$22,00 na Casa Palla) um dos melhores exemplares desta cepa, produzidos no Brasil. Demonstra bem a tipicidade da uva, muito aromático lembrando lichia e flores brancas, boa acidez, escolta maravilhosamente bem pratos da comida indiana levemente apimentados. Um curry, tanto de frango quanto de camarão, ficará uma delicia acompanhado deste bom vinho.

Cono Sur Riesling do Chile 06 – (R$23,80 na Expand) Este é um achado e talvez o melhor custo X beneficio de todos. Mais um que não deixo terminar na adega. De enorme frescor e ótima mineralidade, é um vinho que encanta como aperitivo e, certamente, acompanhando um prato de frutos do mar ou até um curry ou franguinho assado. Há que experimentar, um destaque nesta Estação Verão.

Marco Luigi Espumante Moscatel – (R$25,00 na Maison des Caves) Uma delicia, super refrescante, levemente doce e suave. Para curtir como aperitivo, final do dia no terraço, ou à beira da piscina. Opcionalmente, harmonize com salada de frutas, panettone e sobremesas diversas desde que não demasiadamente doces. Com uma torta de morango, merengue e chantilly, será um manjar dos Deuses!

Pisano Cisplatino Torrontés 07 – (R$28,00 no Portal do Vinho) do Uruguai, é um bom rótulo de entrada para este belo produtor. A Torrontés, mais famosa na Argentina, é destaque também no país vizinho e, em especial, nas mãos da família Pisano que produzem o ótimo Rio de Los Pajaros, exaltado de forma unânime pelos maiores críticos de vinho. Sem grandes complexidades neste vinho mais simples, nos deparamos com uma boa paleta aromática levemente perfumado e bastante suave na boca. Ótimo como aperitivo, acompanhando um queijo de cabra ou então, uma salada de frutos do mar, casquinha de siri ou lulas à dorê.

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Alamos Chardonnay 06 – (R$27,90 na Casa Palla) dica do Luiz Horta, a casa de Catena Zapata mostrando sua maestria em produzir vinho de qualidade em qualquer faixa de preços. Mais um vinho muito bem elaborado e sem exageros de madeira. De médio corpo, boa persistência e aromas que lembram pêra, leve amendoado com algo de biscoito amanteigado que se confirma na boca de forma cremosa. A boa acidez o deixa fresco e sedutor. Um vinho muito agradável que, até dá para se tomar como aperitivo, mas recomendo que seja tomado com comida. Pelo que pesquisei, um peixe ao forno com batatas, cebola e tomate, creio que seria um ótimo acompanhamento. Talvez uma truta com amêndoas? Incrivel qualidade por este preço!

Quinta Giesta Rose 06 – (R$ 30,00 na Importadora Lusitana) uma delicia refrescante elaborada com Touriga Nacional, a emblemática cepa Portuguesa que nos presenteia com aromas inesquecíveis de flores do campo e frutas vermelhas frescas, framboesas, morangos. Cor linda meio rosa puxando para salmão escuro, macio na boca com toques acentuados de groselha, levemente adocicado, mas seco. Ótimo para bebericar com os amigos e harmonizou maravilhosamente bem com um prato de lombo agridoce com arroz chop suey de presunto, de dar água na boca só de pensar! Também vai muito bem com Peru e Salmão grelhado. No contra-rótulo, o produtor recomenda servir entre 10 a 12º. Minha sugestão é de servi-lo um pouco mais gelado, entre 8 a 10º no máximo.

Muros Antigos Loureiro 06 – (R$35,00 no Armazém dos Importados) um branco Português, elaborado com a uva Loureiro. No nariz é suave e elegante, com notas cítricas e florais. Na boca, é exuberante, uma maravilha. Fresco, muito fresco, textura macia e muita fruta. Muito harmonioso, é um vinho imperdível, que fará bonito escoltando um peixe grelhado, caldeirada de lulas ou mesmo como um delicioso e estupendo aperitivo. Yummy!

Fumées Blanches 06– (R$37,00 no Portal dos Vinhos/Wine House) um delicioso vinho importado pela Zahil, elaborado com a uva Sauvignon Blanc na região de Languedoc na França. Um daqueles achados únicos porque, será difícil achar um Sauvignon Blanc tão bom por este preço. Muito mineral, cítrico, ótima acidez o que lhe dá um enorme frescor. Ótimo como aperitivo, uma maravilha acompanhando frutos do mar grelhados e certamente seria boa companhia para uma salada Caesar com frango.

Saint Estève D’Uchaux 05 – (R$39,00 no Portal dos Vinhos/Wine House) um Cote du Rhône tinto elaborado com a as uvas Grenache (80%) e Syrah bem suave, clarete, aromas finos de frutas silvestres, redondo, fácil de agradar, para tomar fresco, entre 12 a 14º. Acompanha bem um Peru à Califórnia, Pizza, prato de frios, um frango grelhado, rondele de presunto com molho rosé, etc.. Sem grandes arroubos, um vinho muito gostoso, sem arestas, para bebericar com os amigos e jogar conversa fora.

Deu la Deu 06 – (R$44,40 na Cia do Whisky) importado pela Barrinhas, este é, dentre os vinhos elaborados com a uva Alvarinho, o que possui o melhor custo X beneficio. Muito mineral e fresco na boca, cremoso, fino com aromas atrativos e cítricos. Na boca um vinho de corpo médio. Pode ser tomado como aperitivo, mas experimente acompanhar um churrasco num forte dia de calor. Uma experiência única e que certamente lhe trará prazer ou então tente, da forma mais tradicional, acompanhando umas sardinhas na brasa, ou ainda, como aperitivo. Ai,ai,ai, bom demais da conta!

Outros – Existem muitos outros vinhos que poderiam constar desta lista e fazer bonito. Entre estes, poderia citar o Chartron La Fleur Blanc (Mistral), um Sauvignon Blanc da região de Bordeaux, muito agradável, um outro Sauvignon Blanc muito bom é o Ventisquero Reserva do Chile (Portal dos Vinhos) . Ainda do Chile, uma dica do Saul Galvão no caderno Paladar do Estadão desta semana e que corri para conferir, o Emiliana Sauvignon Blanc (Casa Palla), com preço a abaixo de R$20, um vinho muito fresco e agradável.  Da Argentina o Don Pascual Chardonnay também é muito agradável puxando pela mineralidade e frescor e o Saurus Sauvignon Blanc Select (importadora KMM) da região da Patagonia que é muito bom. Os Portugueses, mestres do vinho verde; Quinta da Aveleda (Portal dos Vinhos), Barão do Sul Branco, Lisa branco e rosé, assim como o Dom Bastos Branco (todos da Lusitana), Conde de Barcelos e o Dom Rafael Branco (Portal dos Vinhos), este ultimo um vinho mais encorpado e de maior complexidade , ou ainda, um Aliança Reserva Dão Tinto (Casa Santa Luzia) bem refrescado. Da Itália o ótimo Pinot Grigio da Santa Margherita (Rei do Whisky/Portal dos Vinhos) e os vinhos Lambruscos tanto brancos como tintos. Para os Lambruscos, recomendo buscar vinhos DOC (Denominação de Origem Controlada), que são melhores, como os da Riunite. Tente um tinto DOC bem fresco, acompanhando a feijoada. Da Austrália, o Hardy´s Stamp Riesling/Gewurztraminer um vinho bem acessível e muito interessante (Casa Palla).

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Villa Francioni – Joaquim

               Nesta ultima semana tive o agradável prazer de provar, no Portal dos Vinhos, o vinho Joaquim, produzido pela Villa Francioni vinícola de Santa Catarina. Mais uma prova de que os investimentos em terra, vinhedos e tecnologia, feitos nos últimos anos pelos produtores Brasileiros vêm obtendo sucesso e dando resultados positivos. Existe ainda, muita coisa por ser feita, mas o Brasil já mostra condições de produzir bons vinhos tintos além dos muito bons espumantes. Não diria que este vinho é tudo o que a critica especializada vem enaltecendo, mas é um vinho de qualidade indiscutível que não faz feio vis-à-vis a concorrência de nossos “hermanos” Argentinos,Uruguaios e Chilenos de gama média boa.   

            O problema é que, quando se comparam preços, a concorrência, inclusive Portuguesa e Espanhola, apresenta produtos bem mais interessantes por valores iguais ou inferiores. Na minha opinião, um equivoco da maioria dos produtores nacionais para quem, basta algumas boas avaliações, para já salgarem os preços. Creio que a melhor forma de valorizar e promover a qualidade dos vinhos Brasileiros é, exatamente, a de tornar esses vinhos moderadamente acessíveis. De qualquer forma, falemos do vinho, já que é este o principal objetivo deste blog.

  •  Produtor – Villa Francioni.
  •  Região – Santa Catarina, sub-região de São Joaquim no planalto Catarinense.
  • País – Brasil.
  • Composição uvas – Corte de Cabernet Sauvignon com Merlot.
  • Detalhes Produção – 10 meses de barrica de carvalho Francês.
  • Teor de álcool – 13.6º.
  • Safra – 2005.
  • Preço médio em Jan./08 – R$62,00

             Foi um vinho que me satisfez. Gostei, mesmo não atendendo ás expectativas criadas por tanta promoção e criticas positivas. Este é o problema do marketing excessivo, a tendência é criar expectativas além das possíveis de atender e, ai, o efeito é inverso. Muito boa paleta de aromas com frutas vermelhas e algo herbáceo finalizando com uns aromas tostados após um tempo na taça. Na boca não apresentou a mesma exuberância que no nariz, mas achei um vinho bem equilibrado, com taninos finos bem posicionados e aveludados, de corpo médio para encorpado, acidez adequada e sem excessos de álcool, o que é um fator importante a se ter em conta nos dias de hoje. Demonstrou bastante elegância e boa persistência num conjunto que agrada bastante. Uma pena o preço, se estivesse ao redor de uns R$40,00 certamente seria uma presença constante em minha mesa. smile160.gifsmile160.gifsmile160.gif

Dois Tintos Divinos – Reguengos Garrafeira dos Sócios e Angelica Zapata Alta Malbec

                   Para inveja (boa) de minhas amigas Sandra, Regina e, especialmente a Juliana, que adoram este vinho, o Angelica Zapata Alta Malbec 2003, foi o vinho de minha ceia de reveillon.  Calma meninas, ainda existem mais de 300 dias neste ano para tomar outras garrafas!

 

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Bem, ainda prefiro o 2002 que acho um pouco superior, mas, por outro lado, acho que este Angelica merece mais um ano de garrafa apesar de já estar pronto. Catena Zapata em todo o seu esplendor, um dos grandes vinhos Argentinos. Segue sendo um vinho delicioso, muito bem estruturado, encorpado, saboroso, taninos finos, bem aromático e persistente. Nesta noite, escoltou um cordeiro com risoto de rucula com enorme fidalguia. Incomodou-me, um pouco, o alto teor alcoólico de 14,5º que acho um pouco exagerado. Aliás, este tema merece uma matéria especial sobre o qual me debruçarei muito em breve. Está, no entanto, muito bem equilibrado e não se sente ao tomar, porém na terceira taça ………. Mesmo assim, um belíssimo vinho que vale cada centavo pago e, na promoção da Casa Palla a R$78,00 é um custo X beneficio impressionante.

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                   Animado pela ótima ceia, e pela companhia, reuni o restante da família para um agradável churrasco neste primeiro dia de Janeiro. Adoro estar rodeado da família, o dia estava lindo e, para abrir o churrasco, um espumante Moscatel Marco Luigi para despertar e aguçar as papilas gustativas. Super fresco, uma delicia como sempre só, peninha, que lá se foram as ultimas duas garrafas e o verão só começando. Há que repor o estoque rapidamente! Para acompanhar o churrasco, chuleta e picanha, um divino Garrafeira dos Sócios Reguengos 2000, da região do Alentejo, Portugal.

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Um pujante e elegante vinho Alentejano com caráter e personalidade, elaborado com as uvas Aragonês, Trincadeira e Castelão.  Cor grená e, mesmo não sendo exuberante , possui boa complexidade aromática, com leves toques florais. Encorpado, mas ao mesmo tempo com uma suavidade impressionante. Com seus 13.5º de álcool, é um perfeito equilíbrio de sabores,  aromas, acidez, álcool e taninos que enche a boca de prazer. Literalmente, um vinho redondo, sem arestas. Um vinho que se orgulha de ser Alentejano e não se dobra a modernismos. Um grande e aveludado vinho, de pouco marketing, que deixa muitos famosos no chinelo. Não é de agora que conheço este vinho e é, sempre, como visitar a casa de um velho e querido amigo, confiável e afável. Daqueles vinhos em que você fica na duvida se pede, mais uma taça ou mais uma garrafa! Um dos meus favoritos, disponível na casa Santa Luzia, ou na Vinhos Seleto por cerca de R$78,00, um ótimo preço pela satisfação e qualidade que você leva para casa. Comecei muito bem o ano, inclusive no que se refere a assuntos etílicos! Ah, ia-me esquecendo, o churrasco estava muito do bom!!

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Los Cardos

              É, era muito bom para ser verdade (post de Dez. 13)! Cava Cristalino por R$19,90  foi um engano, durou um dia e depois sumiu. Bem, mas a promoção de Los Cardos no Pão de Açucar, é vero! Paga-se R$29,90 e, ao comprar duas, leva-se a terceira garrafa grátis o que significa R$19,90 cada e, neste caso, não tem para ninguém. Fiquei de comentar a compra na próxima coluna mas ai achei que ficava tarde e decidi antecipar para que os amigos possam ter a oportunidade de aproveitar a promoção antes que termine.                                   

            O Malbec 2006, é um vinho muito aromático, frutas do bosque, fresco, com boa intensidade, redondo com grande equilibrio, boa acidez e taninos finos. Jovem mas já pronto a tomar. Na boca repete os aromas com algun toque herbáceo e algo de especiarias. Muito bom, com bastante tipicidade da cepa, é um vinho de leve para médio corpo que certamente agradará à grande maioria.  Para esta época do ano quando a variedade de pratos é muito grande, creio que é um vinho que harmonizará fácil com quase tudo. Eu vou aproveitar e comprar mais, difícil encontrar esta qualidade por este preço!  Um desses belíssimos vinhos que supera expectativas e nos enche de prazer.  $ smile1602.gifsmile1602.gifsmile1602.gifdancsmile1.gif

            O Cabernet Sauvignon 2006, como de esperar, é um vinho mais encorpado. De um vermelho granada, aromas de fruta madura, ameixa. Na boca, boa persistência, um leve apimentado e, ao final, se sente um pouco o álcool de 14º. Mais uma vez reflete bem a tipicidade da cepa, num conjunto agradável mas de acidez um pouco abaixo do que me agrada, mas que não prejudica o todo. Taninos presentes, mas finos e elegantes ainda levemente adstringente. Pronto para beber, mas acho que o vinho se beneficiará bastante com mais uns seis meses de guarda quando deve “arredondar”(os puristas vão me matar) mais. Belo vinho que, por esse preço, é uma verdadeira pechincha. Deverá harmonizar bem com carnes de sabores e/ou temperos mais fortes. Só faltou aquele algo mais ….smile1602.gifsmile1602.gifsmile1602.gif

                 Não tomei o Sauvignon Blanc, mas pelo que li é uma boa opção de qualidade na área dos vinhos brancos.