Tomei e Recomendo

Penne com Bacalhau e Chianti!

O Chianti óbviamente na taça! rs Num desses domingo fui visitar meu filho e minha netinha e optei por almoçar lá, porém para me garantir eu cozinharia, rs, brincadeira, foi um bem bolado. Levei o bacalhau e o vinho, pedi para que ele comprasse o Penne e o brócoli já que esse seria o prato do dia. Bem, foi quase isso pois o o brócoli faltou, porém e mesmo assim ficou bem bom e a companhia ajudou demais! Como meu filhote disse, faltou o brócoli, ressaltou o bacalhau!! rs

Para acompanhar levei um bom Chianti Colli Senesi da Montechiaro, o 345, tradicional corte de Sangiovese (70%) com Canaiolo, Colorino e outras castas regionais em menor proporção, passa 12 messes em barricas francesas de segundo e terceiro uso, mais seis meses em garrafa antes de sair ao mercado.

A região de Chianti tem diversas sub regiões afora as mais conhecidas Chianti e Chianti Classico, são 9 no total. O Chianti, mesmo DOCG, varia muito de qualidade e produz por muitas vezes vinhos mais comerciais e menos expressivos havendo a necessidade de se garimpar bastante para não comprar gato por lebre. As sub regiões Colli (7) são vinhos de diversas colinas que permeiam a região e costumam gerar vinhos de melhor qualidade com maior ênfase no terroir distinto de cada uma e normalmente passam por um maior período de amadurecimento seja em barrica seja em garrafa. Os melhores na minha opinião são os Colli Fiorentini, Colli  Rufina e Colli Senesi. Este vinho é um exemplo disso e ainda prefiro os cortes mais tradicionais como este sem o uso de castas internacionais como a Cabernet e/ou Merlot que cada vez mais tomam conta da produção da região.

A harmonização, modéstia ás favas (rs) ficou muito boa. A boa fruta da Sangiovese estava bem presente com aromas intensos, boa textura com taninos macios, rico meio de boca, fruta moderada, corpo médio, boa acidez e sedoso final de boca fazem com que uma garrafa acabe muito rapidamente! Um bom vinho na casa dos 100 a 110 Reais, que me agradou muito.

Por hoje é só, em breve mais algumas experiências a compartilhar. Kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui. Boa semana a todos, saúde!

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Fabian Reserva 2005, Dignos da Mítica Safra Brasileira

Para quem não sabe, 2005 foi A safra no Brasil. Naquele ano a grande maioria dos produtores foram capazes de produzir grandes vinhos e agora após 13 anos vemos que não só a qualidade foi fora da curva como a longevidade. Até pouco tempo atrás ainda se encontravam alguns exemplares do excelente Tannat da Cordilheira de Sant’ana por aí, quem sabe fuçando ainda se ache algum perdido, o Storia 2005 que jamais foi igualado e por aí afora. Meus amigos do blog 2Panas fizeram uma degustação às cegas com 17 vinhos em 2015 e se mostraram surpresos com o resultado, pois este corte da Fabian foi para mim uma grande surpresa também. Aliás, não só o corte mas também o varietal de 100% Cabernet Sauvignon que também tive o prazer de tomar e está no mesmo patamar, dignos exemplos dessa grande e mítica safra.

O Tannat da Cordilheira 2007 também está muito bom e vivo, o Torii Cabernet Sauvignon 2008 do vinhedo mais alto do Brasil a 1427m de altitude está vendendo saúde, então me parece que temos que reconhecer que a longevidade nos vinhos brasileiros é uma realidade a ser explorada. Este corte de partes iguais de Cabernet Sauvignon e Merlot vem da região de Nova Pádua (próximo a Flores da Cunha) no Rio Grande do Sul onde a vinícola está localizada com vinhedos plantados entre colinas a 780 metros de altitude. Maturação das uvas perfeita, sem excessos de fruta madura ou notas herbáceas, doze meses de maturação em barricas francesas e americanas perfeitamente integrados no vinho após 13 anos. Nariz frutado com algumas notas de evolução, boca de boa textura, médio corpo, equilibrado, rico, acidez ainda presente o que me leva a crer que ainda há ao menos mais uns dois anos de vida nessa garrafa, se não mais, mas para quê arriscar se já está tão bom! rs Um vinho muito prazeroso de tomar, que vale o quanto cobram por aí, algo ao redor de R$75,00.

Minha garrafa abri comendo, sempre (rs) e harmonizou muito bem com a picanha na brasa durante o jogo Brasil x Suíça.

É isso por hoje, uma grande semana para os amigos e kanimambo pela visita. Saúde!

Uau, Costela de Ripa e Decero Tannat

Como dar errado? Este foi meu presente ás cinco Mães em minha casa no último Domingo! Visitei meu amigo Celso Frizon mais conhecido como Dr. Costela e peguei com ele costela de porco com molho agridoce (dos Deuses!) e um bom pedaço de costela de ripa. Afinal, se não dá para levar a família ao Dr. Costela a gente traz o Dr. Costela à família, são só 50 kms ida e volta, rs, mas as mães mereciam ao menos isso neste dia especial, um churrasco de prima. A introdução ao churrasco foi de linguiças diversas (a de cordeiro estava especial!)e terminei (esquentei?? rs) as costelas, nenhum trabalho, puro prazer poder servir tão seleto grupo de Mães!

20180513_163815Para acompanhar a Costela de Ripa, escolhi um vinho especial de pequena tiragem de uma de minhas bodegas preferidas de Mendoza, a Finca Decero, o Mini Ediciones Tannat 2012. Sim um Tannat de Mendoza e tão soberbo quanto seu primo Petit Verdot nascido na mesma casa, mostrando que Mendoza não é só Malbec e Cabernet Sauvignon! Desbunde este vinho, tá certo que a costela e as Mães presentes deram um tempero especial, mas o que tinha me encantado em Setembro passado na minha última visita, ficou melhor ainda com mais seis meses na minha adega.

Muito aromático com frutos negros bem presentes, na boca é rico, frutos negros se confirmam, ótima estrutura de boca, textura gostosa, taninos de boa tipicidade porém muito bem equilibrados sem qualquer agressividade, final longo, guloso e se mais garrafas tivesse mais tomariamos, perfeita harmonização! Um verdadeiro prazer hedonístico e mais um rótulo que recomendo a quem estiver por aquelas bandas ou em Buenos Aires, porque LAMENTAVELMENTE, ainda não tem ninguém trazendo estes vinhos. Tem gente trazendo tanta coisa meia boca e a Decero segue sem importador no Brasil coisa de louco! Ah, se eu tivesse uma graninha extra!! Alguém a fins de entrar nessa comigo?? rs

Dia lindo, gente linda, comida excelente e vinhos idem, nessas horas que cai a fixa! Um kanimambo e abraço especial cheio de carinho a todas as mães amigas que me visitam por aqui. Espero que tenham tido um dia lindo e que exijam de seus parceiros e filhos que a “festa” não fique só num dia, pois vocês são a essência da vida devendo ser devidamente reconhecidas sempre. Um brinde especial a todas vocês Mães!

Cheers Smile

 

Mi Terruño, Não é Só Cara Bonita!

Ultimamente tenho visto um melhor trabalho por parte dos produtores no sentido de desenvolver rótulos mais marcantes. Lógico que o visual não é tudo e nem tudo o que brilha é ouro, mas que ajuda a vender 20180317_125719ajuda e falo isso por experiência. Afinal, no meio de tanto rótulo nas prateleiras algo que se destaque chama a atenção e tem uma chance maior de venda quer se compre por rótulo, sim existe quem o faça, ou não. Nesta semana falarei sobre dois pares de vinhos em que os rótulos me chamaram a atenção. Uma dupla espanhola e uma dupla argentina, patamares de preço e qualidade diferentes, propostas diferentes, porém as duas me agradaram bastante. Seja pelo inusitado, no caso dos espanhóis, seja pela boa relação PQP (Preço x Qualidade x Produto) dos argentinos dos quais falo hoje.

Mi Terruño é uma bodega argentina trazida ao Brasil pela Palácio dos Vinhos e de sua linha de produtos me interessei por provar dois rótulos da linha Expression, a segunda gama de entrada da bodega, que se encaixam dentro do meu conceito de garimpo, vinhos de bom preço com qualidade da qual não abro mão. Um Sauvignon Blanc e um Malbec, dois vinhos que provei e aprovei e por tanto decidi compartilhar com os amigos.

O Sauvignon Blanc vem do Vale do Uco, fermentado em cubas de inox e apresenta boas características da casta com notas herbáceas puxando para chá verde e frutas cítricas de boa intensidade. Na boca é um vinho de acidez bastante equilibrada, cítrico com um final de boca em que despontam limão e algo de grapefruit com ele toquinho de amargor tipico da fruta. O álcool é um pouco alto para um vinho que tem como conceito ser leve, 13%, e 20180317_171347_Burst01aparece quando fora de temperatura. Sendo servido em torno dos 6 a 8 graus centigrados é imperceptível e o conjunto é bastante agradável. Vi no mercado com preços que variam ao redor de R$75,00 mais ou menos 5.

O Malbec, apesar de ter gostado do branco (SB acima), me chamou mais a atenção. Estou sempre em busca de vinhos deste estilo, vinhos mais elegantes com taninos mais finos mostrando harmonia em vez dos vinhos super extraídos em todos os sentidos e que, de tão maduros, se tornam enjoativos. Neste caso as uvas vêm de vinhedos da região de Maipu e Tupungato com 55% do vinho passando por barricas de 2º uso francesas e americanas durante parcos 4 meses. O bastante para fazer a diferença, porém sem afetar demais o vinho. Paleta olfativa de boa intensidade onde predomina frutas vermelhas em especial ameixa, taninos finos, médio corpo, boa textura, leves notas tostadas num rico meio de boca, alguma especiaria de final, um vinho muito agradável de tomar. Sem fruta madura demais, sem taninos excessivos, gostei bastante e me pareceu bastante versátil, de massas a carnes grelhadas ou só aquele papo amigo com frios e queijos. Mesma faixa de preço do Sauvignon Blanc e mais um vinho que gostei e aprovei na faixa de preço em que se encontra

Dois vinhos que vão além da cara (rótulo) bonita, valem a pena e não é todo o dia que podemos tomar grandes vinhos. No próximo falarei de dois Rosés de que gostei bastante e depois falo daqueles espanhóis que mencionei no inicio, um 100% Graciano e o outro um Tempranillo Branco, uma mutação da uva tinta que só recentemente (2007) foi incluída no rol das uvas autorizadas em Rioja.

Tenham todos uma ótima semana, kanimambo pela visita e seguimos nos vendo por aqui, na Vino & Sapore ou numa das várias curvas de nossa vinosfera.

 

* Disponível nas boas lojas do ramo entre elas na Vino & Sapore

 

 

Gewurztraminer & Curry, Deliciosa Combinação!

Clássica harmonização, Gewurztraminer e pratos condimentados asiáticos.  Uma uva cultivada em muitas regiões, principalmente na Alsacia (França) e nas regiões do Rhein e Pfalz (Alemanha), mas também na Austria, Itália (Alto Adige), Nova Zelândia, Austrália, Chile, Estados Unidos e alguma coisa por aqui no Brasil em que a Angheben elabora um que aprecio bastante.

Os vinhos de Gewürztraminer normalmente são de cor amarelo intenso, quase dourados. Por conta de sua composição e características da casca, são vinhos com grande estrutura em boca. Uma de suas “fraquezas” é a acidez, muito delicada e, que em anos mais quentes, tende a ser muito baixa e um açucar residual por vezes alto demais para os secos mas que é providencial para os vinhos de sobremesa como os Spätlese. São sempre muito aromáticos, com notas marcantes e características lembrando lichias e pétalas de rosas com toques, de maior ou menor intensidade, de especiarias. Apesar de, à primeira vista não parecer, graças às suas características aromáticas e gustativas, os vinhos de Gewürztraminer secos e jovens são ótimos parceiros para a culinária, especialmente pratos com riqueza aromática e bem condimentados, como a cozinha asiática – chinesa e indiana. Curries mais suaves aceitam bem os mais maduros como foi o caso deste Gustav-Lorentz 2013* de cor dourada brilhante e aromas intensos de damasco e lichias que nos convidam a levar a taça à boca que é onde o vinho realmente interessa!

O prato, um Curry de Frango com Maçã, chutney de manga levemente apimentado e coco polvilhado por cima, uma receita da família que dá um ibope danado aqui em casa. O vinho com suas nuances de frutos tropicais, levemente especiado, corpo médio e acidez equilibrada com um toque mineral de final de boca casou á perfeição e repetirei esta harmonização em muitas e muitas outras ocasiões porque o resultado, para o meu gosto obviamente, foi excelente! Tudo aquilo que buscamos numa harmonização, equilíbrio e uma “turbinada” nos sabores, quando 2 + 2 somam 6!! rs Melhor ainda a companhia, porque sem isso a harmonização fica manca, rs, bão demais da conta sô!

Curry e Gewurztraminer

 

Penso que deve ficar muito interessante com Moqueca, mas ainda não provei, vou colocar na minha lista de experiências enogastrônomicas. Por hoje é só, espero que curtam e partam para vossas próprias experiências porque como já dizem os ingleses, “practice makes perfect” então vamos praticar é muiiiito!! Kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui, na Vino & Sapore ou em qualquer outra esquina de nossa deslumbrante vinosfera. Fui, saúde!!

 

* Disponível na Vino & Sapore e outras boas lojas do ramo

Verão na Taça

Há pouco mais de um ano publiquei aqui uma receita de Clericot (versão branca da Sangria) com Sotanillo que tem tudo a ver com nosso verão e férias, encontro de amigos e familiares uma ótima forma de “iniciar os trabalhos”! rs

Hoje trago uma versão mais light, fácil e rápida de iniciar esses mesmos “trabalhos”, bastando para isso uma garrafa de Sotanillo* gelada e morangos frescos que, por sinal, estão bem baratos no momento. O Sotanillo, da região de La Mancha na Espanha, é um frisante à base da uva Airén com apenas 8% de teor alcoólico, muito fresco, toque cítrico, frutos tropicais, final de boca seco porém deixando no retrogosto um muito leve dulçor, porém muiiito longe dos famosos Lambruscos!! Para desfrutar como um “abre alas” de encontros descontraídos, garrafa no gelo (6º está de bom tamanho), uma taça e um pote com pedaços de morangos e podemos começar a festa! Eu gosto de usar taça de vinho branco, mas há quem prefira as flutes de espumante, aí cada um segue o caminho que desejar e pronto, prazer garantido e uma garrafa é pouco, já vou avisando desde já! Se o dia estiver quente, praia ou piscina então nem se fala, ainda mais que a garrafa está abaixo de 40 pratas no mercado.

Ah, o som? Este vinho harmoniza bem com Morena Tropicana de Alceu Valença, prove e veja se não tenho razão. https://www.youtube.com/watch?v=NWalM6gHMXA

Sotanillo - Taça

Sem medo de ser feliz, explore, viaje, pule fora da caixinha! rs  Uma ótima semana para todos e kanimambo pela visita.

Saúde, tchin-tchin

Cheers Smile

 

 

 

 

 

 

* Importação e distribuição exclusiva Almeria, disponível na Vino & Sapore e outras boas lojas do ramo.

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SPERI – Grandes Vinhos de Valpolicella

Dando continuidade e finalizando meus comentários sobre os vinhos de Valpolicella provados na degustação promovida pela Mistral, chego na SPERI. Diz o Gambero Rosso que a SPERI tem notável importância histórica na região com 60 hectares de vinhedos orgânicos todos eles localizados na região de Valpolicella Classico. Eu não conheço o bastante para comentar essa afirmação, mas o que eu posso dizer é que provavelmente seja o melhor que eu já provei e isso, lamentavelmente, quer dizer preços mais altos! Não tem jeito, como sempre digo, “nem todo vinho caro é excelente, porém não existe vinho de excelência barato”, especialmente no Brasil!!

Neste caso, só vinhos de Valpolicella e difíceis de comentar, pois o nível aqui começa alto desde seu DOC Classico até um néctar dos deuses chamado Recioto la Roggia que entrou para meu wish list, inebriante. Da sPERI ClipboardSperi foram “apenas” cinco vinhos sobre os quais tecerei abaixo alguns comentários sobre as sensações despertadas, mais do que a qualidade em si que, a meu ver, é irrepreensível. Um toque antes, sempre que possível gosto de mostrar preços no mercado, sempre checando antes porque tem muito importador que chuta preços nesses eventos, e neste caso como no post sobre os vinhos da Campagnola os preços estão em dólares americanos pois assim trabalha a Mistral. Creio importante sempre colocar o preço pois, especialmente no Brasil, é fator preponderante na análise de um vinho quando falamos com seguidores de Baco, como faço aqui.

Valpolicella DOC Classico 2016 – para quebrar todos os eventuais preconceitos que um possa ter para com vinhos desta classificação. Bem frutado, fresco, gostosa textura de meio de boca com taninos suaves, mas presentes, formando um conjunto muito equilibrado de médio corpo que pede abrir diversas garrafas! Uma grande partida para vôos algo mais altos em sua linha de produtos. Preço USD38,00

Valpolicella Ripasso Classico Superiore 2015 – sedutor no nariz com bastante intensidade aromática, suculento na boca mostrando muito equilíbrio, bom volume,, taninos finos e aveludados mostrando garra e elegância, um vinho que surpreende por sua complexidade. Preço USD66,00

Sant’Urbano Apassimento Classico Superiore 2014 – é um single vineyard de um dos principais vinhedos da região, Sant’Urbano. As uvas passam por cerca de 20 a 25 dias no processo de apassimento (desidratação) o que lhe aporta mais concentração e complexidade. Potente, algo austero, mostrou-se ainda jovem com taninos firmes e denso na boca. Um vinho de respeito, maturado por 18 meses em barricas de 500 litros de carvalho francês, num patamar acima! Preço USD74,00

Amarone Vigneto Monte Sant’Urbano 2012 – do mesmo vinhedo do anterior, e para resumir tudo, um baita vinho! Certamente entre os TOP 3 amarones que já tive oportunidade de provar e não hesitaria em o guardar por pelo menos mais uns dois anos antes de o “descorchar”, mas se o esquecer na adega por mais cinco certamente sua paciência será muito bem recompensada! Grande estrutura, vigoroso sem perder a elegância, frutos secos bem presentes, denso, alguma especiaria num final de boca interminável, vinhaço e o preço acompanha, não tem jeito quando um vinho chega neste patamar de qualidade, USD185,00. Para quem pode, uma adega cheia, se não pelo pelo menos três garrafas, uma para agora, outra para daqui a dois anos e a última para daqui a cinco!! rs

Recioto la Roggia 2013 (500ml) – Uau, paixão á primeira fungada! rs Inebriante foi o primeiro adjetivo que me veio à cabeça, uau! Também de um single vineyard, são 110 dias de apassimento até que as uvas percam 40 a 45% de seu peso, concentrando açúcar. Maceração em tanques de inox por 25 dias, posterior estágio de fermentação em barricas de 500 litros em adega refrigerada para posterior estágio de afinamento em barricas de carvalho por 24 meses com um um tempo de descanso em garrafa para finalmente ser colocada no mercado. Um vinho de meditação, para curtir tranquilo sem pressa, petiscando um eventual queijo, vendo o sol se pôr no horizonte agradecendo aos deuses pela possibilidade do momento. Precisa falar que gamei?? Preço USD140, que falta faz um din-din!!! rs

Bem amigos, foi uma viagem e tanto pela região com os mais diversos vinhos, estilos e preços neste 15 vinhos provados da Campagnola e agora da Speri e uma conclusão; quem ainda seguir com preconceitos a respeito deste pedaço de bom caminho está perdendo “big time” e sejam estes, sejam outros rótulos, explore!!! Saúde, kanimambo pela visita e uma ótima semana para todos.

 

 

 

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Vertical de Catena Chardonnay

Há tempos que falo aqui sobre os vinhos brancos argentinos aos quais poucos dão a atenção devida, mas afinal no Brasil, poucos dão bola para os vinhos brancos mesmo! Uma pena, mas enfim, há que se respeitar idiossincrasias culturais de cada região mesmo que não deixemos de trabalhar para tentar mudar esse status quo! rs

São inúmeros os bons rótulos, inclusive de chardonnays, especialmente agora que se exploram novos terroirs, mais frios, de maior amplitude térmica e de solos mais calcáreos o que tem resultado em vinhos mais complexos e de acidez e mineralidade mais acentuadas. Um dos grandes exemplos disso são os Catenas White Stones e White Bones, vinhos que alcançaram um nível de qualidade, na opinião de diversos críticos internacionais porque ainda estou por provar, inimaginável há 15 anos atrás. Tim Atkins, um desses renomados críticos, o ano passado apontou o White Stones, caso não esteja equivocado, como um dos melhores se não o melhor vinho argentino provado. James Suckling, outro desses renomados críticos, acabou de soltar seu TOP 100 vinhos de 2017 em que o vinho mais pontuado argentino, em 6º lugar, foi exatamente esse White Stones 2014 de que falei anteriormente e, lógico, com a mão do amigo Alejandro Vigil, um maestro da enologia.

Recentemente estive na Catena e provamos um incrível Catena Alta Chardonnay, o El Enemigo Chardonnay é de se tirar o chapéu, gosto muito do Ruttini Chardonnay, enfim são inúmeros os ótimos vinhos sendo elaborados pelos hermanos em terras mendocinas com esta nobre uva. Uma revolução está ocorrendo por lá à qual precisamos prestar mais atenção e parar de achar que a Argentina é só terra de tintos e a casa dos Catena (e agregados! rs) arrebenta com bons chardonnays em todas as faixas de preço!

Bem depois desse preâmbulo todo, falemos desta vertical que descobri tinha na adega da Vino & Sapore, uma garrafa cada de Catena Chardonnay, uma de 2013, outra de 2014 e finalmente a mais nova e por onde iniciamos este pequeno e informal desafio de safras, a de 2016. Sem muita  treta, como diz meu amigo Pingus do bom blog Pingas no Copo, e bastante objetivo:

Catena chardonnay

2016, obviamente que foi o que apresentou a melhor acidez, mais jovem e irrequieto que seus irmãos. Fruta tropical, muito aromático, boa tipicidade, boca com algum toque cítrico que o diferenciou dos demais, final com notas minerais e leve amargor que não chegou a me incomodar. Um vinho que deverá evoluir muito bem e acho que vou guardar umas garrafas! rs MB

2014, tudo o acima (sem as notas cítricas) com uma acidez mais equilibrada e umas notas herbáceas que não apareceram no seu irmão mais novo. O que menos me entusiasmou neste estágio da vida dele, mas creio que deve evoluir bem por mais um bom par de anos. Legal se tivesse mais uma garrafa, gostaria de o provar daqui a um ou dois anos! B

2013, para mim a estrela da tarde; super cremoso, abacaxi, baunilha, um vinho de muita classe, harmônico, acidez ainda bem viva e balanceada, longo final de boca mostrando toda a sua maturidade e complexidade. O primeiro a acabar, entre idas e vindas, e o que mais deixou saudades. MB+

Esta linha da Catena, é um blend de chardonnay advindo de três vinhedos em regiões e terroir diferentes; Pirâmide (Agrelo/Lujan de Cuyo), Domingos (Bastías/Tupungato) e Adrianna (Gualtallary/Tupungato) exceto pelo 2016 que também leva uvas do vinhedo El Cepillo (sul do Vale do Uco). Fermentação sur lie num mix de barricas de carvalho e tanques de inox,leveduras selvagens, passa posteriormente por cerca de dez meses em barricas novas e de segundo e terceiro uso e só cerca de 60% do vinho faz malolática. Na casa dos 120 Reais é um bom exemplar de Chardonnay que merece uma boa taça para que que possa mostrar todos seus atributos.

Por hoje é só, uma ótima e produtiva semana para todos, kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui ou qualquer outro canto desta nossa vasta vinosfera, sáude!

 

 

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Cabernet Franc Abaixo das 100 Pratas!

Eis aí algo difícil de se encontrar, um Cabernet Franc de qualidade abaixo das 100 pratas, mas eu achei depois de muitos provar. Certamente que outros deverão existir, nem entro no mérito, porém sempre falo só de minhas experiências e este pequeno fruto do garimpo é o 59N Cabernet Franc 2016, com origem em Mendoza, especificamente de Maipu, da Kalós Wines que 59Nvinifica seus vinhos na Melipal. O vinhedo tem cerca de 20 anos, produção restrita a 25 mil garrafas, e o nome (59N) possui uma origem algo inusitada, pois tem a ver com o vovô Calixto, patriarca da família Losada, que se gabava de ter tido 59 Novias (namoradas) em sua juventude!

Mostrou-se muito amável de boca sem perder a tipicidade com notas florais, frutos vermelhos e alguma especiaria no nariz, corpo médio, rico meio de boca, notas herbáceas sutis, fresco, expressivo final de boca levemente apimentado, de média persistência e taninos aveludados. Um vinho que me agradou bastante ainda pelo preço que por aqui em Sampa está chegando com preços entre R$90 a 95,00.

Certamente um vinho que visitará minha taça com uma certa regularidade pois afora o colocar no Frutos do Garimpo de Outubro, também aproveitei e fiquei com uma caixa. Como está bem novo, terei um tempinho para o desfrutar ao longo dos próximos dois anos, se é que durará tanto na adega!! rs É isso por hoje, mais um bom vinho de Mendoza para você descobrir que aquelas terras não fazem só Malbec não e  que a Cabernet Franc não é mais só moda, veio para ficar. Fui, bom fim de semana prolongado para quem puder ainda desfrutar desse privilégio, eu estarei de plantão sexta e Sábado na Vino & Sapore. Kanimambo pela visita.

 

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Uau, que vinho!

Adoro quando isto acontece! rs De repente, não mais que de repente, apareceu-me este vinho, um total desconhecido. Fui atrás de informações, pouco ou nada achei então só tinha um jeito, abri a garrafa e … tchan, tchan, tchan, paixão ao primeiro olhar, que cor sedutora! Já me animei e cada vez mais curioso para levar a taça à boca e desvendar os sabores que prometiam.

20171008_133429Clos D’Esgarracordes 2009, esse é o nome dele. Vem de uma região pouco conhecida, IGP Castelló entre a Catalunha e Valencia. Esta IGP (Indicación Geográfica Protegida), criada recentemente, é um estágio anterior à celebração de DOC, e hoje conta com apenas uma dúzia de produtores e uma produção ao redor de míseros 600 mil litros. A Bodega Baron D’Alba que elabora este vinho (seu topo de gama hoje entre cerca de 12 rótulos) possui apenas uns 15 hectares de uvas entre elas Macabeo (branca), Cabernet Sauvignon, Garnacha, Merlot, Monastrell, Syrah y Tempranillo. Neste vinho, usa um blend de Cabernet Sauvignon, Merlot, Tempranillo y Syrah que me chamou a atenção na taça pela cor que mostra uma evolução já bem presente traindo sua idade. Se você gosta de vinho cheios de potência, de grande extração, vinhos power, não embarque neste barco porque certamente não apreciará esta viagem. Sorry, mas a pegada aqui é outra! rs

São dezessete meses de barricas francesas e americanas sendo engarrafado sem 20171008_133215filtração, porém não encontrei muitos sedimentos não! A madeira está já integrada, presente mas integrada em perfeito equilíbrio, notas terrosas, couro, bosque, alguma salumeria, frutos negros, taninos aveludados, acidez balanceada, rico e complexo meio de boca com um final bem persistente, a cada gole uma viagem, novos sabores, vinhos velhos têm dessas coisas e por isso são tão encantadores e vibrantes a seu modo. Nem todos apreciam, mas para quem gosta este é um prato cheio e vale bem as 140 pratas, mas vai ter que fuçar por aí! rs

Eu abri a dois, não sobrou gota (!), e só acompanhei com uns pinxos de Jamon Serrano e Brie, precisa de mais nada não! Um achado da Cavisteria do amigo Fabio Barnes que compartilhou comigo esta beldade e permitiu que eu também colocasse algumas garrafas no portfolio da Vino & Sapore. Não costumo indicar se vendo ou não os vinhos que aqui compartilho, por questão de isenção, mas como é raridade e algo especial achei que deveria, mesmo não sendo o objeto do post.

20171008_133152

Sabe aquela coisa de sair da mesmice de que tanto falo, então … (rs). Bem gente é isso, demorei uma semana para chegar com mais este post, mas espero ter mais ao longo da semana que espero seja divina e não esquece, dia 23 tem prova de Cabernets Franc de Mendoza com jantar no bom Antonietta Cucina! Kanimambo, saúde e inté.

 

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