Noticias & Eventos

Dica Especial da Semana – Vertical de Vinhas Velhas

             Ontem dei o Dicas da Semana e, normalmente, só publico o que ache pertinente dentro os muito mails recebidos até a Sexta anterior. Como tudo na vida, no entanto, há exceções e como podem ver pelo conteúdo do evento não poderia deixar de dar uma chamada especial para esta degustação de gala promovida pelos amigos Fátima e Emilio, Portal dos Vinhos, nesta próxima Sexta-feira, mesmo que o informativo tenha chego somente ontem à noite. Uma degustação muito especial com um vinho que já virou um clássico português, o quinta do Crasto Vinhas Velhas, imperdível e para poucos participantes. Ligue logo!

             Salute, kanimambo e aproveitem. Eu já tenho um compromisso inadiável e “incancelável” (rsrs), então terei que ficar fora desta, sniff, sniff …..

Direto do Front – Expovinis II

 Curta passagem por esta importante feira de vinhos, a maior da América Latina, e de volta ao estaleiro! Sabia que não deveria ter ido, mas o ver as pessoas era mais importante que provar vinhos e achei que daria. Qual quê, e eu lá resisti a algumas iguarias? Tá certo, fui bem comedido, mas desta vez, nem com a benção do “Papa”, trazido pela Ravin, deu certo! De qualquer forma tive o prazer de estar com pessoas como a Cátia e o Walter (Wine Lovers) com sua nova aquisição de portfólio a espanhola Bodegas Penafiel; falando de Espanha também estive com a simpática Carmen Sanchez (Viña Santa Marina) no stand da Maison des Caves seu importador no Brasil; com os amigos Raquel Mendes Pereira e seu marido Carlos Cruz (Quinta Mendes Pereira); Miguel de Almeida (Miolo), Ken Marshall (KMM), com o André da Malbec, Sergio Montag, Paula Del Pozo (C-trade agora representando a Lidio Carraro aqui em Sampa), Juliano Carraro, Viviane e Rogério da Ravin e Mariana Morgado amiga e companheira de Uvas & Vinhos entre muitas outras inclusive colegas e amigos enófilos.

              Por falar em amigos, as provas de amizade vêm nas horas em que a gente menos espera. Zé Roberto e Fábio, valeu pelo gesto de ontem e por terem saído de vosso caminho para me ajudar ontem á noite.  A pior cobertura que já fiz de um evento, mas na semana que vem prometo trazer algumas novidades.

Salute e kanimambo

Direto do Front – Expovinis

È gente, não sai, do estaleiro sorry! Como qualquer veiculo ou embarcação, estas coisas não têm hora e lamento não ter noticias porque estive de cama estes dois últimos dias, porém pretendo marcar presença na Expovinis, mesmo que rapidamente pois não posso abusar, nesta Quinta-feira. Lamentavelmente será o último dia quando a coisa tumultua mais, mas fazer o quê, Murphy tende a se mostrar exatamente nos piores momentos. De qualquer forma espero ter tempo de ainda encontrar algo que justifique um noticias do front com noticias e novidades. Em breve sairei do estaleiro, navegando a meia velocidade no inicio, e voltarei a desbravar os mares  na busca de novos portos e novos povos, oops, digo garrafas (rsrs). No ano passado, a esta altura já tinha visto, descoberto, conferido e postado um monte, uma pena, mas tudo bem, outras viagens ocorrerão. De qualquer forma, me chega a noticia dos TOP 10 entre cerca de 400 vinhos provados (número a confirmar já que eles não costumam divulgar sequer quais foram) às cegas por uma seleta banca de degustadores que sempre nos propiciam alguma surpresa final. Para mim essa regra de não divulgar os competidores tira o valor de qualquer conquista, mas…. essas são as regras deles então somos obrigados a engolir do jeito que vem. pior ainda é a Prazeres da Mesa, revista séria, os intitular como melhores vinhos do mundo, menos né, menos! De qualquer forma, vejam abaixo a lista dos ganhadores por categoria. Feliz de ver um Villagio Grando nesse podium, salute aos amigos de lá, Carlos e Guilherme .

TOP 10 Expovinis

  • Espumante Nacional: Grand Legado Brut Champenoise –  Wine Park (Brasil)
  • Espumante Importado: Ferrari Perlè Brut 2002 – Ferrari – Decanter (Itália)
  • Branco Chardonnay: Villaggio Grando 2008 – Villagio Grando (Brasil)
  • Branco Sauvignon Blanc: Yealands Estate 2009 – Yealands State (Nova Zelândia)
  • Branco outras castas: Mesh Riesling 2007 – Grosst Hill Smith – KMM (Austrália)
  • Rosado: Chateau de Pourcieux 2009, Provence – Chateau de Pourcieux – Cantu (França)
  • Tinto Nacional: Sesmarias2008 – Miolo Wine Group (Brasil)
  • Tinto Novo Mundo: Morandé Grand Reserva Syrah 2005 – Morandé – Carvalhido (Chile)
  • Tinto Velho Mundo: Herdade do Esporão Touriga Nacional 2007 – Herdade do Esporão – Qualimpor (Portugal)
  • Fortificado: Madeira Justino Colheita 1995 – Justino Henriques Vini Portugal – Porto a Porto/Flora (Portugal) 

 Tem uns 340 dias ao ano em que posso ir parar no estaleiro, mas nestes três NÃO, que zica!!!!

Salute e kanimambo

Direto do Front na Expovinhoff

                 Direto do Front volta nestes dia de importantes eventos em nossa vinosfera tupiniquim. Ontem, foi dia de Expovinhoff, evento organizado pelo Beto Duarte e a Fernanda Fonseca contando com a ajuda de uma série de amigos blogueiros e apoio dos mais diversos produtores e importadores. Num astral descontraído, um encontro dos amantes do vinho com diversas novidades, com pessoas queridas e nem sempre fáceis de se encontrar, com queijos de diversas origens, com o gostoso ambiente do já tradicional Pandoro um ícone gastronômico da região dos jardins, enfim, um momento muito especial. Alguns destaques entre o que provei, vinhos de grande qualidade alguns muito marcantes, em especial, como não poderia deixar de ser dois grandes vinhos portugueses, mas tem mais. Não me estenderei, mas deixo aqui uma lista de rótulos a serem conferidos pelo amigo, eu gostei demais:

Max Brands – um Amarone de tirar o chapéu e lamber os beiços, Cesari Bosani 2001. Tudo de bom, um estupendo exemplar que exuberante no nariz e na boca, enorme complexidade, ótima estrutura e volume de boca, quase cremoso, macio, taninos marcantes porém finos e elegantes, gostei demais. Custa mais R$300, mas é um negócio!

Cave Jado – um belo e delicado espumante, feminino e sedutor, o Louise Brison Millésime 2004 que durante este momento de feiras está por R$155,00, preço único no meio desse mundo dos champagnes no Brasil, e o delicioso vinho de sobremesa o Domaine Nigri Cuvée 2007, recém chegado ao Brasil e já arrebatando corações. Quando se acha que ele vai ficar enjoativo pelo excesso de doçura, entra uma acidez vibrante nos catapultando as sensações gustativas a níveis inebriantes. Adorei e espero para ver como ficará o preço que, por tradição do importador, costuma ser bem convidativo.

Smart Buy – importador focado em vinhos americanos trouxe diversos bons rótulos, nem sempre muito em conta, mas merecedores de todos os elogios. A grande estrela na minha opinião, foi o Montelena Chardonnay 2007. Um vinho espetacular, na linha dos grandes borgonhas, sutil, cremoso, envolvente, quando a gente se toca já era, somos levados ao nirvana de forma arrasadora. Um grande vinho que desde já está com um pé na minha lista de Deuses do Olimpo deste ano. Maravilha!

Wine Company – presentes com sua linha Sucre de produção própria no Chile, mostrou que ano após ano seus vinhos vêm melhorando tendo atingido um muito bom nível de qualidade com ótimo preço. Destaque para sua linha reserva, em especial para seu Sucre Reserva Syrah 2007, um vinho que foi muito bem na degustação às cegas para escolha dos TOP 5 do evento. O Melhor de tudo isso é que o preço em Sampa deverá ficar entre R$45 a 50,00, beleza de relação Qualidade x Preço x Prazer.

Domaine L’Oustal Blanc – da região de Minervois no Languedoc, vem este produtor de vinhos muito sofisticados e diferenciados para a região. Como bom olheiro, o Adolar da Decanter já fechou acordo com eles e em breve deveremos ter estes gostosos vinhos por aqui. Isabel, esposa de Claude Fonquerle, proprietários do domaine, é de cabo Verde então fala português com um sotaque intrigante advindo de sua vida na França. Foi ela que de forma simpática me apresentou a seus vinhos enquanto Claude sondava as atividades na feira.  Gostei muito do branco, mas me marcou mesmo o vinho de entrada Naick 7, em homenagem á filha de 7 anos, um delicioso corte de Cinsault e Carignan.

Brites Aguiar – Brites Aguiar Tinto 2006, um grande vinho, caro, mas estupendo e sem excessos. Um volume de boca e estrutura ímpares, muita elegância, taninos maduros, frutado, complexo, longo, um vinho que encanta e deixa marcas na memória. Como na linha do Bafarella que comentei na Sexta passada, a Touriga Franca é protagonista com 60% do corte aos quais são adicionados 35% de Touriga Nacional e o restante é de Tinta Roriz.  Grande vinho que é trazido pela Santa Ceia. Me surpreendeu também o branco DFE Douro Branco produzido por eles, porém ainda não disponível no Brasil, devendo ser trazido pela Ana Import que já importa alguns outros rótulos deste ótimo produtor.

Ghisolfi – um produtor do Piemonte sem importador que afora um Barolo interessante possui um saborosissimo Nebbiolo Langhe que na cantina custa em torno dos cinco euros, o que me leva a crer que, se chegar por aqui deverá custar em torno de R$75,00. Injusto, eu sei, mas dentro da média de mercado, talvez até um pouco melhor. Para quem busca novos produtores italianos, eis aqui uma boa dica.

Casa do Porto – O Rodrigo trouxe alguns ótimos vinhos para a degustação, entre eles o Erasmo, chileno de prima com alma francesa e o Ventolera Sauvignon Blanc e Chardonnay também chilenos e duas ótimas opções de vnhos brancos, sendo que acho o Sauvignon Blanc muito especial. Dificil no entanto, não nos rendermos aos vinhos de Julian Reynolds, caldos alentejanos de grande qualidade. Tendo a concordar com o Luis Otavio, promoter de grandes eventos em seu Enopira em Piracicaba, que não expressam muito as características do terroir, mas em sua modernidade são vinhos deliciosos sem perder seu elo com a tradição sendo esta, talvez, sua grande “arma” para ter o destaque que tem. Desde o Carlos Reynolds, seu gama de entrada, muito saboroso e equilibrado até o estupendo Gloria Reynolds, um vinho que nos enche de prazer se apresentando com uma personalidade muito própria. Mais um que não é barato, mas é um vinhaço para ninguém botar defeito, um vinho sem arestas.

TOP 5 – resultado das notas dadas por uma diversa banca degustadora da qual tive a honra de participar, numa prova às cegas, deu nos seguintes rótulos de destaque do dia:

  1. Giusti & Zanza Perbruno 2005 – Toscana/Itália – Importador Cantu
  2. Judas 2006 – Perdriel/Mendoza/ Argentina – Importador Max Brands
  3. Kuleto Estate Cabernet Sauvignon 2004 – Califórnia/Napa Valley/EUA – Importador Smart Buy
  4. Sucre Reserva Syrah 2008 – Maule/Chile – Importador Wine Company
  5. Chateau Montelena Chardonnay 2007 – Califórnia/Napa Valley/EUA – Importador Smart Buy

Meus Top 5 da Degustação às cegas

Chateau Montelena Chardonnay 2007  / Sucre Reserva Syrah 2008 / Silver Oak Cabernet 2005 (Alex. Valley/EUA – Smart Buy) / Lidio Carraro Tannat Grande Vindima 2006 / Perbruno 2005.

             Fotos não tem! Coisas de quem tem filhos em casa, a máquina nova saiu de viagem com a filha e a mais antiga que, depois de muito procurar encontrei no quarto do filho e levei ao evento, estava sem bateria e a reserva, obviamente, também estava descarregada!!! Enfim, se lá vie, hoje tem o primeiro dia da Expovinis. Lamentavelmente não poderei estar por lá em função de alguns problemas de última hora, mas amanhã não deixarei escapar. Beto e Fernanda, valeu gente, o evento foi muito legal, parabéns pela iniciativa e, conversando com o pessoal presente, precisamos de duas destas por ano!

Salute e kanimambo.

Curtas da Semana

Estive ontem no evento promovido pelo IVDP (Instituto do Vinho do Douro e Porto) no Hotel Unique aqui em Sampa. Sem câmera fotográfica, sorry, já que minha filha está de viagem e me levou a “preciosa”, eis sem grandes delongas nem muito lero-lero, os vinhos que mais me chamaram a atenção e que talvez você queira conferir num futuro próximo.

  • Grainha branco – sempre uma revisita muito agradável que deixa claro que os grandes vinhos de Portugal não estão restritos aos tintos. Grande companhia para comida, é um vinho vibrante, sutil e encantador. Importado pela Vinea.
  • Quinta Nova de Nossa Sra. Do Carmo Reserva 2006 – vinho de grande reputação em nossa vinosfera e que demonstra na boca e no nariz o porquê da fama. Rico, boa estrutura, com um final muito saboroso e elegante. É GRANDE mesmo e delicioso! Importado pela Vinea
  • Pintas Character – mais um dos grandes vinhos do Douro que tive a oportunidade de descobrir o ano passado e agora revi. Enche a boca e os sentidos de prazer, um vinho sóbrio, uma certa austeridade, taninos finos, vinhaço! Importado pela Vinci
  • Quinta do Portal Moscatel 1996 – Grandíssimo Moscatel do Douro que encanta no nariz e seduz na boca. Tinha provado na casa do João Pedro em Portugal quando do Desafio Luso-Brasileiro de Espumantes e agora repeti a prova. Imperdível! Importado pela Paralelo 35.
  • Warre´s LBV 1999 – é um produtor que tem neste vinho um de seus mais cobiçados e premiados rótulos. Eu que gosto e provo muitos LBVs, digo que este entre meus top 5, bão demais da conta sô! Macio, frutado, complexo, muito equilibrado e longo, muito longo. Importado pela Decanter
  • Don Manuel Tawny básico – um belo exemplar de porto tawny básico que me agradou sobremaneira sendo ótima companhia para panetones, colomba Pasquale, doces conventuais portugeses, etc. Nesta linha de gama de entrada no misterioso e delicioso mundo dos Vinhos do Porto, é comum nos depararmos com produtos meia-boca e é sempre um prazer saber que ainda existe gente produzindo bons produtos nesta faixa. Gostei muito. Importado pela Malbec do Brasil.
  • Rozés Tawny 10 anos – na minha opinião o que mais se sobressaiu dentre aqueles que provei no evento, e olha que foi uma porção. Ficou por longo tempo na boca e na memória pois ainda me recordo dele. Belo Tawny envelhecido. Importado pela Domaine Montes Claros.
  • Bafarela Reserva 2007 – o que mais me surpreendeu neste encontro, fugindo do tradicional, elaborado pela casa Brites Aguiar. Novo, boa estrutura, rico, complexo e absolutamente sedutor, possuindo aquela característica dos grandes vinhos que permite que se tome já com grande gozo, mas que evoluirá maravilhosamente bem por mais um bom par de anos. Um corte com as tradicionais cepas do Douro, mas com predominância de Touriga Franca que talvez seja seu segredo. Importado pela Santa Ceia.

Ontem foi só um refresco, uma pequena mostra do que está por vir. Segunda tem Expovinhoff, terça o primeiro dia da Expovinis, haja fígado e cuspideira! São dez dias para deixar qualquer enófilo nas nuvens por um bom tempo e uma navegação essencial para os apaixonados pelo doce néctar. E este ano ainda teremos o Decanter Wine Show e o Evento Mistral, então preparem-se.

Novidades no Mercado:

  •  A Miolo acaba de anunciar que estará agregando a seus produtos importados do grupo Osborne (seu parceiro em diversas atividades produtivas), uma linha de vinhos italianos. A empresa oferecerá o Barolo Serralunga, elaborado por Davide Rosso, da Vinícola Giovanni Rosso, e o Carandelle, de Lorenzo Zonin, da Vinícola Podere San Cristoforo. O Barolo Serralunga permaneceu durante três anos amadurecendo em barricas novas de carvalho francês e o Podere San Cristoforo Carandelle elaborado com Sangiovese na região da Toscana possui como característica a fermentação foi espontânea com leveduras indígenas.
  • A Domo do Brasil, jovem vinícola do grupo Valduga que também possui um projeto de importação e distribuição de rótulos estrangeiros, vai finalmente apresentar ao publico os frutos de sua nova parceria, desta feita com os amigos da Enoport, com diversos rótulos que eu já tinha antecipado em Março deste ano; Os vinhos são o Romeira, Catedral, Devesa e Vinhas Altas da linha Signature e os vinhos Alma Grande e Magna Carta da linha Prestige, todos da Vinícola Caves Velhas, provenientes de várias regiões de Portugal como Douro, Alentejo, Dão e Vinhos Verdes.

 

Frase da Semana – escutada na rádio Jovem Pan hoje pela manhã e que não tem nada a ver com vinho, porém tem tudo a ver com nossa vida e a importância das escolhas que muitos de nós teremos que fazer em Outubro:

Fraldas e Politicos devem ser regularmente trocados e pelas mesmas razões ( Eça de Queiroz)

Pense nisso! Salute, kanimambo e um bom fim de semana para todos.

Selo Fiscal, O Maledetto vai Vencer? Triste Noticia, Triste Dia!

Já tinha dito em artigo anterior datado de 27 de Agosto passado, que o Maledetto desse projeto que contempla o abominável selo fiscal deveria cair devido aos diversos pareceres técnicos e enorme impacto negativo junto aos pequenos produtores, a maioria, e a nós consumidores, porém que não me espantaria se uma canetada vinda de cima, se sobrepondo aos interesses da maioria e dos técnicos, viesse para nos afrontar. E não é que hoje acordei com esta notícia no meu computador! Parece que ao finalizar o post anterior sobre vinhos brasileiros provados, já estava prevendo algum desastre!

Mantega garante selo para os vinhos brasileiro e importado

 25 de março de 2010 – Os vinhos brasileiro e importado receberão a partir de abril um selo fiscal que assegurará a formalização de todo o setor. A garantia foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira (25), em Brasília, ao presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre. O industrial liderou uma comitiva que representa 95% da cadeia produtiva do setor no Brasil. “A medida visa coibir a informalidade, evitar a fraude do produto e contribuir com o fortalecimento do segmento”, afirmou Tigre, destacando que esta é uma conquista que vinha sendo apoiada pela entidade e beneficiará mais de 200 mil pessoas do setor rural e industrial. O ministro antecipou que irá fazer a divulgação oficial da implantação do selo no próximo mês, na sede da FIERGS, em Porto Alegre. “O selo será importante para avançarmos na formalização do setor e melhorar a competitividade do vinho brasileiro”, salientou Mantega.

“Queremos fortalecer o desenvolvimento de toda a vitivinicultura nacional e o selo é um passo importante nessa direção. Será um selo fiscal e de qualidade, pois inibirá o contrabando e garantirá a qualidade, atestando a pureza do vinho”, explicou a presidente do Sindicato da Indústria do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinho-RS), Cristiane Passarin, que representa 700 indústrias gaúchas do setor, das 1.200 existentes no Brasil.

 “O selo é uma ferramenta fundamental, mesmo que não resolva todos os problemas do setor”, disse o coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, entidade que cuida dos interesses dos produtores rurais. “São mais de 20 mil famílias gaúchas e catarinenses que dependem do cultivo da uva e produzem em média 550 mil toneladas por ano. Fornecem a matéria-prima pura para a indústria e estão confiantes que o selo ajudará a evitar as distorções do mercado em relação à concorrência. Muitos produtos são rotulados como vinho, mas usam outras misturas para baixar os preços”, declarou, destacando que a remuneração dos produtores também será beneficiada.

Participaram da audiência com o ministro Guido Mantega dirigentes do Sindivinho-RS, Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Comissão Interestadual da Uva, Câmara Setorial da Uva e do Vinho no Brasil, União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) e Federação das Cooperativas Vinícolas do RS (Fecovinho).

             O que move essas pessoas? Porque razão insistem nessa aberração já devidamente comprovada como retrógada e ineficiente nos países onde foi aplicada, acho que nem Freud explica? Quer dizer, cada um tem lá suas idéias e desconfianças, porém como não temos imunidade parlamentar e corremos risco de ser precipitados no julgamento, melhor é simplesmente registrar o nosso total repúdio, depois não sabem porque é tão difícil comercializar o vinho brasileiro o que torna a luta de uma Eivin, e dos lojistas que apóiam esse trabalho, missão tão inglória.  Ou vocês duvidam de quem vai pagar essa conta?! Preparen-se para vinhos ainda mais caros, tanto importados como, especialmente, dos nacionais que já andam nas alturas com muitos deles já tendo aumentado entre 6 a 10% neste inicio de ano, mesmo com uma inflação e crescimento de PIB pífio assim como uma taxa cambial favorecendo a importação de insumos. Já estão faturando por conta?

        Reduzir essa enorme carga tributária que contribui para atravancar nossa produtividade e convida à sonegação, isso nem pensar né Sr. Mantega? Destaquei os nomes envolvidos na eventual aprovação do Maledetto só para que não nos esqueçamos de alguns dos responsáveis por um dos maiores retrocessos na história de nossa vitivinicultura. Vade reto satanás, vade reto Mantega, Paulo Tigre e companhia!

             O presidente da União das Vinícolas Familiares e de Pequenos Vinicultores, Luis Henrique Zanini, um dos poucos com bom senso e coragem para desafiar o “establishment” foi categórico em entrevista ao Jornal Zero Hora de Porto Alegre, hoje pela manhã: ” Esse governo nos traiu e mostrou que está do lado do agronegócio. Desde o início, queríamos que essa questão fosse amplamente debatida, o que não ocorreu. Foi uma medida autoritária, de reserva de mercado para os grandes produtores.”  Hoje, sem salute, não é dia de brinde e estou é muito P da vida, mas agradecendo pela visita e pedindo desculpa pelo desabafo, kanimambo e que venham dias e gente melhores! 

Ps. quem ainda não conhece e quer conhecer mais sobre o assumto, digite “Selo Fiscal” no espaço para pesquisa acima e leia os diversos posts e impactos que essa aprovação pode provocar no seu bolso.

Finalizando a Cobertura da SISAB 2010

Cheguei ao fim de mais uma viagem exploratória, desta feita em terras lusas, tendo navegado por três dias na  SISAB 2010 e por uma Lisboa que poucos conhecem. Uma Lisboa mais moderna nascida de uma grande área degradada, mostrando que onde há vontade há soluções, mesmo que tenha sido necessária a Expo 1998 para que isso tivesse ocorrido. Quem sabe, sempre há esperanças apesar dos sinais contrários, Rio 2016 não poderá ter o mesmo resultado?!

           Falemos, no entanto, dos últimos momentos deste importante e bem sucedido evento eno/agro-alimentar de promoção dos produtos portugueses da área. Certamente muita coisa interessante que deveria merecer mais importância e forte presença do empresariado brasileiro do setor já que somos berço para a maior colonia de imigrantes portugueses e seus descendentes . Por outro lado, fica o alerta aos órgãos promocionais portugueses e ao secretário de estado encarregado deste importante setor da economia portuguesa, para que se empenhem na derrubada das barreiras sanitárias impostas pelo governo brasileiro e que funcionam, na verdade, como artimanhas tarifárias para coibir as importações. Reclamações foram generalizadas tanto dos exportadores portugueses quanto dos importadores contatados aqui.  Tivessem as autoridades brasileiras “tamanho zelo” pelo doméstico, talvez não víssemos e vivenciássemos as aberrações que por cá  acontecem, mas enfim, isso é papo para um escalão bem mais alto e num outro espaço.

          ENOPORT  é um grupo que cresce em área produtiva, distribuição  e comercialização de vinhos pelo mundo e em Portugal onde, por exemplo, distribuem os excelentes Vinhos da Madeira Henrique & Henrique’s. O grupo nasce da união de diversas vinícolas como a Adega Camillo Alves, Caves Don Teodósio, Caves velhas, Caves Moura Bastos, Cavipor e Caves Acácio. Uma empresa jovem (2005),  porém com uma enorme experiência advinda de seus associados e marcas com história, algumas delas bem conhecidas entre nós como os vinhos verdes Moura Bastos, Cabeça de Toiro, Casaleiro, Cardeal e Vinhos do Porto Borges, todos um pouco mais populares na linha de entrada de gama. Agora chega, informação fresca, pelas mãos da Domno (do grupo Valduga e produtor em Garibaldi dos bons espumantes Ponto Nero) com uma série de novos rótulos inclusive os; Romeira, Devessa, Alma Grande e Magna Carta entre outros. Ainda procura um importador para sua linha topo de gama, Quintas. Para buscar uma melhor presença no mercado, estarão deslocando o Pedro Dias para residir por aqui e ajudar em seu processo de crescimento. Seja bem-vindo Pedro.

            Junto com seu enólogo chefe, Osvaldo Amado que fala com paixão sobre seus vinhos e seu trabalho, provei alguns vinhos à base da casta branca Arinto, tendo verificado as artes deste enólogo com esta cepa. Do básico, gostei bastante do Serradayres um vinho simples, mas bem feito, fácil de gostar e uma boa opção como aperitivo sem grandes compromissos. Já o Bucelas Arinto mostra-se bem mais evoluído com aromas de erva cidreira, lima que se comprova na boca com muito boa acidez, final saboroso e sedutor. O Quinta do Boição Arinto Old Vineyard 2008 engarrafado em 2009, elaborado com cepas de vinhedos com mais de 40 anos e uma produção de apenas 1.5 toneladas por hectare, é um capitulo à parte e um grande vinho branco de muita complexidade, frutas tropicais, lima, um vinho muito harmônico que respira elegância. Um bom espumante, o Bucelas Bruto Reserva de boa perlage, bem cítrico com uma delicada e saborosa entrada de boca.

         Para finalizar esta experiência com vinhos de Arinto, um estupendo Quinta do Boição Cuvée Extra Bruto 2006, um blend com cepas de parcelas diferentes com parte do lote passando por um curto período de barrica de meia tosta resultando num espumante complexo, fino, boa acidez cítrica com notas de fermento, padaria tudo bastante sutil num caldo de bom volume de boca que impressiona pela qualidade e fineza. Acho que é páreo para os mais afamados espumantes portugueses do momento. Como disse o Osvaldo, “busco fazer o mais “champagne” dos espumantes portugueses” e acho que encontrou o caminho. Muito saboroso também o vinho Quinta do Boição Licoroso elaborado com esta cepa, mostrando toda a sua verstilidade e riqueza. Um vinho que passa no minímo 3 anos em barricas de carvalho, nogueira e cerejeira com um teor de açucar residual na casa das 150 grs e uma boa acidez para lhe dar o necessáro equilibrio. Boca doce, sem exageros, em que aparece doce de laranja confitada e frutos secos numa composição bastante agradável. Uma aula prática sobre a Arinto!

              Bem, os melhores momentos estão todos nestes posts “SISAB 2010”,  tendo sido um privilégio ter podido participar deste evento agradecendo à direção pelo convite e apoio. Bobeei ao não ter dedicado um tempo para conhecer melhor as coisas dos Açores, seus vinhos e seus queijos, mas isso eu pretendo corrigir numa próxima oportunidade.  Achei legal uma releitura do famoso e tradicional Licor Beirão que era servido antes dos saborosos almoços servidos no local, elaborado com gelo, um pouco de limão maçerado, e uma dose do licor. Refrescante e gostoso! Fiquem com o slide show do evento, salute e kanimambo.

[rockyou id=156934704&w=500&h=375]

Mais da SISAB 2010

              É, já faz um pouco mais de dez dias que a feira acabou, mas só agora estou conseguindo terminar a reportagem do que vi e provei no último dia, sendo que alguma coisinha ainda fica para a semana que vem. Realmente foi uma feira em que os resultados foram, aparentemente pelas informações obtidas junto aos expositores, muito positivos e incrível como os países do leste europeu estão descobrindo os sabores de Portugal. Eram muitos os visitantes dessa região numa feira de negócios enogastronomica que teve seus objetivos alcançados, gerar novos negócios para os produtores portugueses.

Provam – esta é uma casa produtora composta de 10 vinicultores da sub-região de Monção no Minho, norte de Portugal e fundada em 1992 sendo importado e distribuido pela Casa Flora. Produtor que priva de minha intimidade pois é de constante presença em casa (será na loja também) com seu Varanda do Conde e, menos costureiramente, como o Portal do Fidalgo. Não conhecia ainda o Vinha Antiga que é um alvarinho delicioso, fresco e complexo, de bom corpo que passa por cerca de quatro a cinco meses em carvalho.  Ótima prova e passei mais de um dia para dar uma bicada, eheh!

Adega Cooperativa do Cadaval – CVR Lisboa, é um produtor em ascensão. Sou fã de seus brancos e recém conheci seu espumante Confraria Bruto, um DOC Óbidos sobre o qual tecerei maiores comentários em post em separado quando falarei de alguns bons espumantes provados durante esta curta visita a Portugal, fora dos que participaram do Desafio. Dois vinhos para o dia-a-dia e que têm tudo a ver com nosso calor e nossos pratos costeiros, os Adega da Confraria branco leve e rosé, vinhos que de certo se dariam bem por terras brasilis com uma vantagem adicional, são baratos e gostosos, mesmo que sem qualquer objetivo de complexidade. Esta, podemos encontrar sim, no Espumante e no Confraria Tinto, um tinto bastante agradável e fácil de tomar mas já situado num patamar diferente e ainda possuem um reserva em fase de apuramento. Seu Confraria Branco Leve é outro parceiro do verão que regularmente visita minha casa e minha mesa. Gente para ficar de olho por aqui e em Maio na Vino & Sapore.

Domingos Alves de Sousa – produtor que dispensa apresentações e que há muitos anos faz parte do portfólio da importadora Decanter, um parceiro meu tanto no blog quanto na loja. Dificil encontrar um vinhos deste produtor que não se goste. Desde o mais simples, Estação Douro, um daqueles rótulos de ótima relação custo x beneficio no mercado até seu mais elaborado vinho, Abandonado, todos são vinhos que enobrecem sua região, o Douro. Sem contar que o Domingos, quarta geração e seu filho Tiago vem seguindo seus passos para compor a quinta, é uma pessoa muito especial, muito gentil, simpático e sabedor das coisas, difícil separar o homem dos vinhos. Último dias, já meio da tarde e eu e ele sentados batendo papo e conhecendo alguns de seus vinhos topo de gama aos quais, por aqui, são de acesso mais difícil do ponto de vista monetário.

                “Brincamos” de fazer uma vertical com seus vinhos, porém com rótulos diferenciados. O interessante, é que as parcelas são colhidas e vinificadas separadamente, para depois serem feitos os blends que comporão os diversos rótulos baseado na caraceristica que se quer dar a cada rótulo. Não pergunte qual a composição de castas de cada vinho pois, a principio, todos são um blend das castas autóctones da região; Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Cão, Tinta Barroca e Tinta Roriz mais um montão de outras menos conhecidas,  podendo o porcentual de cada uma variar ano a ano dependendo de como cada parcela colhida se desenvolve. Eis os principais vinhos provados em ordem de safra, não na que foram provados.

  • Reserva Pessoal 2003 – composto de três vinhedos da mesma parcela com uma complexidade de aromas produzidos por cepas de idades diversas. Cor ainda rubi, muito vivo com uma presença tânica bem maior que os outros três vinhos anteriormente provados, taninos esses que se desenvolvem na boca de forma elegante terminando aveludado e muito harmônico mostrando ser um vinho de grande estrutura que ainda deve evoluir bem por mais alguns anos.
  • Porto LBV 2004 – sou fã deste vinho. Já tinha provado anteriormente, mas não canso de me surpreender com sua elegância, riqueza de sabores, fruta compotada, doce mas equilibrado por uma acidez no ponto em perfeito equilíbrio. Não é produzido todos os anos e são poucas as garrafas, sendo que desta safra foram só 8.000! Um dos ótimos LBVs existentes no mercado e na minha adega (eheh).
  • Quinta da Gaivosa 2005 – um dos ícones do Douro, um blend de 15 a 20 cepas de vinhedos com mais de sessenta anos. Um grande vinho, encorpado, denso, de taninos finos e grande elegância, notas tostadas, final longo com notas minerais, um vinho de grande personalidade e complexidade que encanta e dignifica a região. Elaborado a três cabeças e seis mãos; do próprio Domingos, seu filho Tiago e seu enólogo consultor Anselmo Mendes, outro nome que dispensa apresentações.
  • Quinta Vale da Raposa Grande Escolha 2006 – Nariz de boa intensidade com algumas notas florais, fruta madura  e algum chocolate que convidam à taça. Ótimo volume de boca, firme, um pouco austero no inicio, encorpado, fruta compotada com alguma presença de madeira e um final com toques  algo vegetais. Um belo vinho.
  • Quinta da Gaivosa Vinha de Lordelo 2007 – só vinho bala meus amigos, só vinhaço! Esse realmente mexeu com minhas estruturas. Para terem idéia do privilégio, é um vinho elaborado com uvas de um vinhedo com mais de 100 anos e dos quais se fazem, quanto muito, umas 4.000 garrafas ano! Estamos diante de um daqueles vinhos de autor muito especiais e longo, extremamente longo tanto na boca como na memória que é onde os grandes vinhos marcam presença. É daqueles vinhos para serem tomados daqui a 10 anos com grande satisfação, mas que já está magnífico e pronto a beber. Tenho provado alguns vinhos desta estirpe que, arrisco dizer, são o que os fazem grandes e me lembro muito claramente do Viñedos Chadwick 2005 (chileno) que possuía bem essa característica.  No nariz ainda algo tímido, alguma fruta madura compotada, mas é na boca com uma entrada marcante e sedutora que ele diz ao que veio. Complexo, muito rico, denso, de taninos ainda bem presentes porém muito finos mostrando uma elegância ímpar, no final aparecem uns toques de especiarias entre os frutos negros e alguma mineralidade. Acho que não preciso dizer que gamei, né?!

Segredos do Paladar – no estande do lado, uma empresa que comercializa e distribui diversos produtos que nos enchem o palato de satisfação. Seja com a ginginha Amo-te com flocos de ouro 24k, passando por delicias como o queijo de cabra biológico (orgânico) Herdade do Escrivão, as Broas de Alfarim com passas e pinhão, a Farinha Torrada um quitute que não conhecia e é de lamber os beiços, até chegar nos vinhos do Dão das Terras de Sto. Antonio. Pequeno produtor com uma produção de cerca de somente 25.000 garrafas produz dois rótulos, o Colheita (20.000 gfas) e o Reserva, provei ambos, até porque não resisto aos vinhos do Dão, muito pouco trabalhados no mercado externo e mesmo no doméstico.

  • Terras de Sto. Antonio Colheita 2005 – passa dez meses em barricas de carvalho francês e americano que passam despercebidos. Corte de Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz, é um vinho que já se apresenta mais pronto a beber, redondo, elegante com um final mineral muito agradável e sedutor, fácil de agradar e muito apetecível.
  • Terras de Sto. Antonio Reserva 2006 – mesmo blend de castas porém com cerca de 3 meses mais de barrica, mostra-se ainda um pouco fechado, médio corpo, taninos finos, fruta escura muito bem casada com a madeira, uma acidez muito boa que pede comida, final longo, maior complexidade, mas que já se toma bem hoje devendo melhorar e evoluir com mais um a dois anos de garrafa.

           Bem por hoje é só, mas ainda tem mais. Tem a reportagem sobre os vinhos da Enoport (Caves Velhas) e sua nova investida no Brasil em parceria com a Domno (furo, em primeira mão) e meu agradável jantar com a Raquel e o Carlos da Quinta Mendes Pereira onde tomei um delicioso lançamento Escolha da Produtora entre outros rótulos com o já tradicional carimbo de qualidade desta casa.

          Falei que essa feira foi dez e tudo isto em somente três dias! Salute, kanimambo e amanhã tem o resultado do Desafio Luso-Brasileiro de Espumantes.

Chile, Terremoto & Vinhos

           Para os amigos que estão curiosos para saber como os graves problemas ocorridos no Chile poderã afetar a produção, as vinícolas e os vinhedos, existem na internet inúmeros comentários, muitos meramente especulativos, mas eis a nota oficial recebida hoje pela manhã da Vinos de Chile:

DECLARACION PÚBLICA: EFECTOS DEL TERREMOTO

EN LA INDUSTRIA VITIVINÍCOLA

 Santiago, 3 de Marzo de 2010.- Junto con destacar la generalizada solidez de la infraestructura de la industria vitivinícola y la fuerza moral de su gente, Vinos de Chile, la asociación que agrupa al rubro, ya ha podido constatar los efectos producidos por el terremoto en nuestro país y su impacto en la Industria.

          Manifestamos nuestro profundo pesar por el sufrimiento de muchos trabajadores y sus familias que han sido afectados humana y materialmente, y nos alegra poder decir que no tenemos información de perdidas de vidas entre nuestros trabajadores. La industria vitivinícola ha sido afectada, pero después de varios días durante los cuales se ha trabajado por dimensionar su impacto, podemos asegurar que éste ha sido limitado.

           Hemos podido cuantificar la pérdida de vino en 125 millones de litros, considerando vino a granel, embotellado y de guarda. Tal cantidad equivale a unos US$ 250 millones, pero comparada con la abundante cosecha del año 2009, que alcanzó a 1.010 millones de litros, la pérdida equivale solo a un 12,5% de ella. Por ello, tenemos la certeza de que en el breve plazo, los despachos y el cumplimiento de las obligaciones comerciales retornarán a la normalidad sin mayores problemas.

           El daño en términos de infraestructura es desigual entre las distintas viñas y aún no ha sido cuantificado totalmente. Los viñedos de uva vinífera no han sido afectados y estamos a la espera del restablecimiento de la energía eléctrica para poder cuantificar el daño en los sistemas de riego.

           En tanto, las faenas productivas ya se han reanudado, o están en proceso de hacerlo; las líneas de embotellado están en general sanas y en operación, al igual que las bodegas que ya están siendo reparadas. La vendimia se ha iniciado y los volúmenes no se verán afectados por el terremoto o sus efectos. De hecho, los primeros despachos de containers ya se efectuaron, aunque su velocidad de transporte dependerá del adecuado funcionamiento de la infraestructura general del país, como carreteras y puertos. Las viñas están enfocando sus esfuerzos además, en apoyar y satisfacer las necesidades morales y materiales de sus trabajadores.

            La industria vitivinícola sostendrá los contactos necesarios con las autoridades para velar porque se restablezca cuanto antes el pleno funcionamiento de la infraestructura vial y portuaria, así como de los servicios básicos, y también para que se refuerce el apoyo a la imagen internacional del vino chileno mediante un incremento en la participación de campañas internacionales, que compensen cualquier impacto negativo que este evento y sus consecuencias pudiesen haber tenido ante la comunidad extranjera.

          Queremos agradecer las múltiples y sinceras muestras de preocupación y apoyo que todas las viñas y la Industria en general hemos estado recibiendo desde el momento del sismo por parte de la comunidad internacional. Esperamos seguir contando con su solidaridad y con la particular comprensión de nuestros importadores y distribuidores por los esperables retrasos, muchas veces ajenos a la propia Industria, que las circunstancias del terremoto puedan traer aparejados.

         Nuestro principal mensaje es que estamos todos trabajando arduamente para reestablecer la normalidad en la Industria y seguir llevando lo mejor de Chile al resto del mundo a través de nuestros vinos.

René Merino Blanco

Presidente

Vinos de Chile A.G.

SISAB 2010 – Acabou!!! Sniff.

Acabou-se, a feira que a meu ver foi um grande sucesso, inclusive pelo feedback que obtive de uma série de expositores. Há no entento, muita matéria acumulada em que parte relato abaixo de forma resumida e que finalizarei no meu retorno ao Brasil. Por enquanto, vejam um pouco do resultado de meu garimpo:

Quinta de Baldias – Vinhos do Porto de muito boa qualidade e preço convidativo. Já fez parte do portfólio da Lusitana de Vinhos e Azeites, mas hoje está em busca de novos caminhos. No Sudeste do Brasil já iniciou um trabalho, mas esperemos para ver o que acontece nos mercados mais interessantes; São Paulo /Minas e Rio de Janeiro. Gosto muito de seus tawnies que são de excelente qualidade, tendo provado um estupendo 10 anos e um LBV 1987 de muita qualidade que está muito sedoso, cor atijolada mostrando a idade, mas ainda muito vivo. Este é dos bons, como são todos os outros.

Quinta Seara d’Ordens – Por falar em bom, este que já andou no portfólio da falecida Wine Premium e negocia com alguns potenciais novos importadores, possui uma linha de produtos de excelente qualidade, tantos os deliciosos Vinhos do Porto como alguns vinhos tranqüilos, já conhecia mas o conjunto da obra me surpreendeu.

Seu Douro 2007 é um belo vinho, muito agradável, boa pegada,sedutor, porém seu destaque é o Talentus, um grande vinho em qualquer lugar e por qualquer parâmetro comparativo, produto de um blend de Touriga Nacional, Touriga Franca e Roriz que passa 12 meses em carvalho francês. Ataque de boca delicioso e vibrante com bastante complexidade em que se destaca alguma especiaria, taninos firmes ainda, mas sem agressividade amaciando no meio de boca terminando sedoso e longo.Vinho de grande persistência onde ele mais interessa, na memória!

É nos Portos, no entanto, que a empresa mostra toda a sua vocação. Tanto o Fine Ruby quanto Fine Tawny são acima de média e os Reserva Ruby e Tawny são excepcionais com um preço muito bom o que lhes aporta um plus difícil de bater. Espero vê-los em breve no Brasil. Como o Baldias, têm lugar cativo neste blog e nas prateleiras da Vino & Sapore.

Azeite, Mel e otras cositas mais na Mafyl – Eis uma empresa que surpreende, especialmente no que se refere ao design arrojado e criativo de seus produtos. Azeites em garrafas que farão uma mesa ainda mais bonita com rótulo de tecido e conteúdo bem saboroso com diversos temperos, mel com gengibre ou com rosas, compotas, patês, etc. Muito legal, talvez um pouco exagerado o apelo publicitário que confunde um pouco o consumidor, mas uma lufada de ar fresco na mesmice que tende a imperar no segmento. Para quem quiser conhecer toda a linha de produtos em maior detalhe, sugiro uma visita ao site, vale a pena e tem uma série de seus produtos disponíveis no Free Shop de Lisboa que servem como belos presentes.

Casa de Sabicos ou Casa Agrícola Santana Ramalho – Para terminar a cobertura do dia (tem ainda muito mais) deixei para falar desta casa que nos é trazida pela Adega Alentejana. Pequeno produtor, pesquisador das coisas do vinho com amplo conhecimento da vinosfera brasileira, é um estilista do vinho. Desde seu “básico” Montoito, um vinho muito agradável, redondo e fácil de gostar, passando pelo muito bom Casa de Sabicos Reserva 2005, com um meio de boca incrível e cheio, rico, bom volume e textura, que termina muito fresco e longo, passando pelo estupendo Joaquim Madeira Branco 2006 um incrível corte de Chardonnay e Antão Vaz fermentados juntos em barrica, ao qual se adiciona posteriormente o Arinto que foi fermentado em inox separadamente. Um corte magnífico em que a untuosidade e corpo advindos do Chardonnay e Antão Vaz, são cortados pela ótima acidez e fruta do Arinto. Um grande branco que envelhece maravilhosamente bem!

Para finalizar, uma obra prima, o Avó Sabica 2004 que decantou por 4 horas e ainda estava com uma grande estrutura e complexidade ímpares que enchem a boca de satisfação deixando marcas difíceis de apagar. Um vinho único, de grande personalidade como são todos os vinhos deste produtor. O Sr. Joaquim Madeira, produtor, e sua simpática  esposa Graça, são duas pessoas muito especiais e gentis que me atenderam de uma maneira tal que também deixaram suas marcas, tal como seus vinhos. Uma experiência e tanto no meio de um monte de grandes momentos passados neste evento,

Bem, agora só haverão mais posts após o meu retorno a Sampa, pois ficarei uns dias com algumas dificuldades de acesso á rede. Salute, kanimambo e na volta finalizo a reportagem sobre esta interessante feira de negócios e suas peculiaridades.

Salvar

Salvar

Salvar