Noticias & Eventos

Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3Semana não muito fértil de noticias em que se destaca o fato de que foi realizada a primeira parte da colheita do primeiro Ice Wine brasileiro na Vinícola Pericó. Mas não vou adiantar o que há por aí, então vamos logo às noticias de nosso mundo do vinho:

 

Australia for Sale. Calma, não é que a ilha está á venda não, mas depis de um monte de más noticia e perdas de safras, eis que que mais de USD800 milhões em ativos vinícolas são colocados à venda. Grupos como Foster´s e Constellation colocaram à venda uma série de vinícolas visando estruturar suas empresas. Vinícolas do porte das conceituadas Leasingham, Stonehaven e Rosemount estão sendo colocadas à venda e o maior risco é que algumas, por estarem em localizadas em regiões de alto valor imobiliário, podem sumir. Será? Em vez de salvar uma baleia, calma só brincadeira, que tal salvar uma vinícola? Estão sobrando uns trocados? Então esta é sua chance! (fonte: Revista Decanter)

 

Expand – dando continuidade a sua restruturação empresarial, a Expand segue sua trajetória de abertura de novas lojas. Desta vez estive presente na inauguração da nova loja no Bar Des Arts, Rua Pedro Humberto 9, esquina com o inicio da Horacio Lafer (atrás do posto), Itaim. Desejo sucesso aos amigos e espero que a loja tenha o sucesso almejado. Para o pessoal da região ou aqueles que por lá passam ou vão de esbaldar com o bom menu do restaurante, dê uma passada na agradável loja montada e repleta de bons vinhos para todos os bolsos e todos os gostos.

 

Miolo no Vue de Monde – depois de desembarcar no Buddha Bar, em Londres, a Miolo Wine Group emplaca mais um de seus vinhos na seleta carta de vinhos de grandes restaurantes do exterior. O reconhecido Vue de Monde, em Melbourne, na Austrália, escolheu dois vinhos da empresa: o Lote 43, produzido no Vale dos Vinhedos (RS), e o Gran Lovara, da serra gaúcha. O fortalecimento da presença em pontos sofisticados conhecidos mundialmente é uma das estratégias da Miolo para aumentar sua presença no Exterior e agregar valor a sua marca.

 

temperatura vinhedos ao amanhecerIce Wine da Vinícola Pericó / SC – finalmente o tempo ajudou e conseguiram fazer parte da colheita antes que amanhecesse, uma parte ficará para uma outra onda de forte frio que se espera para esta próxima semana. A uva vem se portando bem e as expectativas são boas. Semana que vem tem mais e farei uma matéria especial sobre o que está acontecendo por lá!

 

Curso de Sommelier Internacional – a cidade de São Paulo sediará o primeiro curso de Sommelier Internacional promovido pela Escola do Vinho da Miolo e ministrado pelo sommelier italiano Roberto Rabachino, reconhecido instrutor e diretor dos cursos da Federação Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori (FISAR) e responsável pela FISAR Internacional. Os participantes receberão certificado de qualificação profissional da FISAR-Piemonte, que possui certificação internacional da Europe Academy for Education. O curso, com investimento de R$ 3,7 mil, segue com inscrições abertas até o dia 20 e tem vagas limitadas. O curso será ministrado em italiano com tradução simultânea para o português. O programa, que segue os moldes de outros cursos oferecidos em diversas partes do mundo, abordará aspectos como, por exemplo, variedades, defeitos do vinho, análise sensorial, enografia italiana, enografia francesa (européia), enografia argentina, chilena (Novo Mundo), serviço do vinho, carta de vinhos, administração da adega, entre outros.

               A programação prevê a degustação de mais de 30 vinhos, entre eles os aclamados Montes Alpha –Chile, Brunello de Montalcino e Franciacorta – Itália, além dos famosos Sauterne e Bordeaux. Os alunos passarão por uma prova oral e escrita e receberão o diploma e o tastevin de prata. Além do elaborado conteúdo, o curso conta com a assinatura de Rabachino, docente sobre temas ligados ao mundo do vinho em várias universidades do mundo. O professor foi eleito o melhor sommelier do mundo pela International Wine Federation em 1992 e 1996. Em 2007 e em 2008 foi premiado como o melhor comunicador do vinho na Vinitaly. Durante os cursos na Escola do Vinho, contará com a assistência de Jefferson Sancineto Nunes, diretor do Enolab de Flores da Cunha (RS), empresa especializada em pesquisa aplicada em viticultura e enologia que presta assessoria a várias vinícolas do país

 Detalhes:

  • Prazo para inscrições: até 20 de junho pelo e-mail escoladovinho@miolo.com.br ou pelo telefone (54) 2102-1512.
  • Valor: R$ 3,7 mil ou 1 + 1 de R$ 1.887
  • Local: Rua Estados Unidos, 96 – Jardim Paulista, São Paulo (SP) 
  • Informações e detalhes do curso: pelo e-mail escoladovinho@miolo.com.br ou pelo telefone (54) 2102-1512, com Gabriela Jornada

 

Painting - Pouring WineConcurso Pan-Americano de Sommeliers – O Brasil brilhou mais uma vez na Argentina. Desta vez durante o 1º Concurso Pan-Americano de Sommeliers, realizado no final de semana passado em Buenos Aires pela Aliança Pan Americana de Sommeliers e pela Associação Internacional de Sommeliers.

               Concorrendo com 15 profissionais representando Brasil, Chile, Argentina, Estados Unidos, Canadá, México, Peru e Venezuela, os dois brasileiros presentes se destacaram. Guilherme Corrêa, sommelier da importadora Decanter ficou em terceiro lugar, e Tiago Locatelli, sommelier do restaurante churrascaria Varanda, ficou em quinto. O vencedor da disputa foi Elyse Lambert, uma das representantes do Canadá, seguida por outra canadense, Véronique Rivest. É isso aí gente,  para o mundo ver que aqui não é só terra de futebol, samba e cachaça!

 

Mudanças em Rioja – autoridades governamentais de Rioja, em conjunto com o conselho regulador e o ministério de agricultura, deram ok para oficializar novas castas na produção de vinhos na região. Nas cepas brancas, Chardonnay, Sauvignon Blanc e Verdejo, assim como as autóctones Maturana Blanca, Tempranillo Blanco, e Turruntés. Já nas tintas as novas cepas são Maturana Tinta, Maturana Parda, e Monastel com previsão de produzir vinhos daqui a cerca de cinco anos, tempo necessário para que as vinhas comecem a produzir uvas de qualidade. (fonte: Revista Decanter)

 

Quinta da Esperança 2005 das Encostas de Estremoz, aquele que a Lusitana tem em promoção  por cerca de R$44 só que da safra 2004, ganha Medalha de Ouro no Canadá. As Encostas de Estremoz juntam mais um premio ao seu currículo, desta vez uma Medalha de Ouro para o vinho tinto Quinta da Esperança 2005 no concurso internacional Sélections Mondiales des Vins no Canadá. Nesta competição realizada na cidade de Quebeque concorreram 1836 vinhos de mais de 600 produtores e 32 países. No entanto, apenas 554 vinhos ganharam prémios, com: 3 medalhas Ouro Premium, 60 Ouro e 491 medalhas de Prata.

                  É na Quinta da Esperança que nascem os vinhos das Encostas de Estremoz. As primeiras vinhas foram plantadas em 1993 e neste momento contam uma área total de 100 Ha. O painel de castas é extenso e variado, incluindo castas Durienses e Alentejanas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Alicante Bouschet e Aragonês, Trincadeira e a internacional Cabernet Sauvignon. (fonte: Essência do Vinho)

Salute e kanimambo

Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3 Mais um Domingo e mais algumas noticias de nossa Vinosfera. Semana não muito profícua em novidades, mas sempre há algo de interesse a ser conferido.

“O BRASIL DO VINHO DE QUALIDADE SE APRESENTA” um evento apresentado pelo Dr. Roberto Rabachino e organizado pela Federação Italiana  Sommelier e Albergadores  (FISAR) e pela Associação de Imprensa Agroalimentar  Italiana. Uma seleta seleção de rótulos brasileiros será apresentado a 12 jornalistas especializados nesta próxima segunda-feira às 20 h, no centro de congresso, sala imprensa exterior, em Roma, Itália. Esse evento será replicado em Turim, no dia 16 de junho, onde serão apresentados os vinhos para um seleto grupo de sommeliers e de formadores de opinião. Os vinhos selecionados foram:

  • Rosè TAIPA 2008 da Vinícola Pericò – São Joaquin – SC
  • Chardonnay Gran Reserva 2008 – Casa Valduga – Bento Gonçalves – RS
  • Boscato Merlot Gran Reserva 2005 – Nova Pádua – RS
  • Miolo Cabernet Sauvignon Gran Reserva 2005 – Vale dos Vinhedos – RS.

Pasion 4Pasión 4 dos amigos da Bodega Joffrés E Hijas se deu bem no último Decanter World Wine Awards. Os vinhos jovens Rosé de Malbec  e Bonarda, receberam o titulo de vinhos Recomendados, por esta conceituada revista inglesa. Recém tomei um Bonarda Pasión 4 e realmente o vinho é muito bem elaborado, bem frutado e fácil de tomar, um vinho muito agradável para quem busca experiências diferenciadas.

Argentina. Estudos do Instituto Nacional de Vivinicultura argentino, aponta queda de vendas neste primeiro trimestre, de cerca de 13% se comparado com o mesmo período de 2008. A maior queda se encontra concentrada nas exportações, mas a mercado interno também demonstrou uma queda de aproximadamente 4.7%. Fonte: El Malbec

Concha y Toro, terceira marca mais forte entre todas as vinícolas no mundo. O estudo anual efetuado pela consultoria internacional Intangible Business, coloca a Concha y Toro entre os três principais grupos vitivinícolas do mundo, somente atrás dos grupos americanos Gallo e Constellation. Há quatro anos consecutivos dentro dos Top 10, a única empresa latino americana a merecer esta honra, a Concha y Toro se solidifica numa posição de vanguarda em nossa vinosfera.

Logo CVR TejoCVR Tejo, mais uma das novas regiões de vinhos portuguesas a fazer bonito no exterior e ma mostrar que a vitivinícultura em Portugal não se resume a Douro e Alentejo. A região dos Vinhos do Tejo viu recentemente distinguidos vários dos seus vinhos na edição 2009 de um dos mais prestigiados concursos de vinhos do mundo – o Concurso Mundial de Bruxelas. Cinco medalhas de ouro e nove de prata foram as distrinções atribuidas por um júri constituido por mais de 200 jurados oriundos dos quatro cantos do mundo que provaram 6.289 vinhos e espirituosos provenientes de 54 países que em prova cega foram submetidos a apreciação.

.Fiuza Ikon 2008, Mark Stephen Schultz Touriga Nacional Syrah Reserva 2005, Vale D’Algares 2007,Vale D’Algares Merlot Touriga Nacional 2007 e Vale D’Algares Syrah Viognier 2007 foram os Vinhos do Tejo premiados com uma medalha de ouro, o que representa uma pontuação entre os 87 e 95,9 pontos

As medalhas de prata, obtidas com uma pontuação entre 82,6 e 86,9, foram atribuidas aos vinhos Casal da Coelheira 2008, Different Red 2006, Fiuza Premium 2008, Fiuza Premium 2007, Guarda Rios 2007, Guarda Rios Tinto 2007, Mark Stephen Schultz Reserva Privada 2004, Vale de Nabais 2007 e Vinha Padre Pedro 2007.

                A distinção agora obtida pelos referidos Vinhos do Tejo, com a atribuição de 14 distinções, vem confirmar a excelente qualidade dos vinhos produzidos na região do Tejo, uma região que conta com muitos produtores a apostarem na inovação e na qualidade, distinta pelas suas características que tornam os seus vinhos tão particulares. Fonte: Infovini

MP tinto Reserva 2003 bOuro e Bronze para os Monte da Penha. A Rita e o Sr. Francisco devem estar exultantes com o resultado obtido no concurso Challenge International du Vin. Dos 20 vinhos portugueses que receberam a medalha de ouro, só quatro são vinhos de mesa, sendo o Monte da Penha Fino Reserva 2004. Não bastasse isso, o vinho Monte da Penha Reserva 2004 recebeu igualmente uma medalha do certame, desta vez de bronze. Este vinho é composto pelas castas Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet. 

                 O concurso Challenge International du Vin representa uma das mais influentes degustações de todo o mundo que, há mais de 30 anos tem influenciado internacionalmente o negócio dos vinhos. Ser premiado com uma medalha neste concurso de tão elevado perfil é, sem dúvida, um grande reconhecimento aos vinhos portugueses, em especial à Monte da Penha pela sua qualidade e excelência. Importação para o Brasil é feita pela Vinea Store. Fonte: Essência do Vinho/ Revista Wine

1º domingo de Junho, Dia do Vinho Brasileiro? Se e o senado assim o quiser e determinar, já que foi isso que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) indicou ao aprovar um parecer do senador Pedro Simon (PMDB-RS) a projecto do deputado Paulo Pimenta, nesta quinta-feira (dia 28/05/09).

                    Para Simon, o Brasil está a tornar-se um produtor de vinho de qualidade, apesar de o consumo da bebida ser baixo, em comparação com outros países. Por isso, defendeu a data comemorativa destinada à celebração do vinho. Conforme observou, se a bebida for consumida com moderação, pode trazer benefícios à saúde, já que possui comprovadas propriedades medicinais. O projecto (PLC 147/08), que tramitava em conjunto com o projecto (PLS 189/04), de autoria do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), vai agora para análise da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), onde será votado em decisão terminativa. Fonte: Agência Senado

L'AND_nucleo_central_1211726763 Primeiro Condomínio do Vinho. Esta é a chamada da Revista de Vinhos em sua edição de Novembro de 2008. Um empreendimento especialíssimo para 135 famílias que terão á sua disposição a expertese de Paulo Laureano, renomado enólogo português, para se tornarem produtores com garrafas com nome próprio. É este o projeto a L’AND Vineyards, um condomínio fechado de altíssimo nível a pouco mais de 40 minutos de Lisboa, um misto de projeto imobiliário com uma vinícola com capacidade de vir a produzir entre 50 a 60.000 garrafas anuais. Quer ser um desses sortudos e realizar um de seus sonhos, mesmo que não entenda nada de enologia, pois bem visite o site e conheça mais. Depois me convide para provar seus primeiros vinhos!

Mercado. Consumo na França cai 10%, exportações 15% em volume a 30% em valor. Na Argentina, apesar do aumento de volume de vendas nos Estado Unidos, as vendas e preços caem. A Austrália vive problemas terríveis com enormes perdas e potencial fechamento de algumas vinícolas, Espanha, Itália e Portugal não estão muito diferentes e os custos de transporte internacional caíram. Por aqui os preços aumentaram em Dólar e em Reais nem se fala! Agora o Dólar baixou de R$2,00 será que vamos ver reduções ou para variar nós consumidores vamos arcar com essa conta? Pior, como vão ficar os preços daqueles produtores nacionais que se aproveitaram da situação e chegaram a aumentar até 30% em alguns casos? Cabe a nós consumidores abrir o olho e cobrar mudanças nessa postura de algumas empresas. Sentiu-se lesado, assaltado, fácil é só reagir não comprando! Busque vinhos de outro importador e produtor, no final das contas são mais de 20.000 rótulos no mercado e nesta situação só passa por trouxa quem quer.

Salute e kanimambo.

Noticias do Mundo do Vinho

Quinta Mendes Pereira – De Portugal, a Raquel me manda mensagem com noticia de que a Revista de Vinhos de Maio saiu com uma matéria de cinco páginas sobre sua Quinta e seus bons vinhos com a chamada “Dão tradicional com cheirinho a Brasil”. Na matéria publicada, que aqui precisaremos esperar uns 4 ou 5 meses para ver ao vivo e a cores, uma nova prova com seus vinhos que antecipo aqui. Mais uma vez o destaque para o Garrafeira que listei como um dos meus Melhores de 2008. Para ler a matéria na íntegra, só comprando a revista, sorry! Estão de importador novo (Malbec) que espero mantenham a competividade dos preços.

Mendes Pereira 3

Mendes Pereira 2

 

Espumante Moscatel Garibaldi – Leva medalha de prata e bronze respectivamente no  Challenge International do Vin, realizado em Bordeaux, moscatel Garibaldina França, um dos principais concursos do mundo em que foram analisadas mais de cinco mil amostras provenientes de diversos países, e no International Wine Challenge, que envolveu 400 degustadores e 41 países realizada em Londres. O concurso inglês, por exemplo, tem um grande diferencial. Segundo Maiquel, cada vinho premiado é provado pelo menos três vezes. Os espumantes nacionais ganham cada vez mais espaço e reconhecimento no mercado internacional, em especial os Moscatel.

Zahil – Mais um bom vinho com preço camarada na Zahil. Chegou o vinho tinto Aquitania Reserva 2006, exclusividade da importadora no Brasil, considerado por Patrício Tapia – renomado crítico de vinhos sul-americanos – como o melhor Cabernet Sauvignon do Vale do Maipo. Produzido pela Viña Aquitania, no Chile, o rótulo recebeu 4 estrelas e 92 pontos em uma avaliação promovida por Tapia para o jornal chileno El Mercurio. Com ótima relação custo-benefício – na Zahil, ele pode ser encontrado por R$ 49,00 -, o Aquitania Reserva 2006 ainda foi bastante elogiado pelo crítico: “Mais que potência ou superconcentração, este Cabernet é elegância e distinção. Muy rico.”, disse Patrício. A conferir, mas as recomendações são boas.

 

Domno lança mais dois espumantes na sua linha de produtos .Nero – o .Nero Rosé e .Nero Extra Brut que recebeu muitos elogios entre os apreciadores presentes à Expovinis. Sua apresentação Ponto Nero Extra-Brutmoderna e quase enigmática instiga a curiosidade dos consumidores para entender o seu nome. O novo rótulo do espumante Rosé é ousado, apresentando um vermelho intenso para destacar na prateleira o seu Rosé. Sua produção é feita a partir das uvas Pinot Noir (40%) e Chardonnay (60%), ambas as cepas tradicionais na produção de espumantes e do Champagne. Já o .Nero Extra Brut apresenta baixo teor de açúcar o que lhe confere mais vivacidade e frescor. O .Nero Extra Brut também é produzido com as castas Pinot Noir (30%) e Chardonnay (70%), e tem a estrutura ideal para o acompanhamento de diversos pratos de nossa culinária ou da culinária japonesa.

                 Estes dois espumantes completam a linha no portfólio dessa jovem produtora, parte do grupo Famiglia Valduga, junto com o .Nero Moscatel e o .Nero Brut, lançados na Expovinis do ano passado, quando do lançamento da empresa. As novidades chegam ao mercado com  valores em torno de R$ 42  – (.Nero Extra Brut) e de R$26 (.Nero Rosé Brut)

 

Casa de Madeira lança suco de uva Kasher – Mais uma empresa do grupo Famiglia Valduga que traz novidades ao mercado. Mas que coisa é essa, o que é um alimento Kasher? É um conceito religioso usado dentro da comunidade judaica mundial como uma “garantia da qualidade de alimentos supervisionados por um rabino ou rabinato”, o que os torna alimentos autorizados para consumo dentro das normas religiosas, conforme as leis judaicas, preparado de acordo com a Torá, o livro sagrado dos judeus. Kasher (ou kosher) em hebraico quer dizer “permitido”, “próprio” ou “bom”. O processo de Kasherização (adequação e higienização kosher) do suco passou pelo crivo dos rabinos Ezra Dayan, Salomon Moise Bari, e Tzur Isaac Albus que acompanharam todo o processo de elaboração desde o início até seu envase.

                 A “Kasherização” dos utensílios, também não é tarefa fácil. Primeiro, foi necessário que os rabinos entendessem a função e modo de usar de cada máquina e equipamento utilizado pela vinícola para a elaboração do suco de uva da Casa da Madeira. Depois, consultar as leis judaicas para saber como cada um deles deveria ser “Kasherizado”.  A  “Kasherização” levou mais de três dias, pois os tanques onde os sucos são estocados, deveriam ser enchidos com água e esvaziados por 24 horas, por 3 vezes. Depois de tudo limpo segundo as normas judaicas, deram início à produção propriamente dita.

 

Vinhos da CVR Lisboa fazem bonito em Bruxelas – A Casa Santos Lima e a Companhia Agrícola do Sanguinhal são os dois grandes protagonistas do Concours Mondial de Bruxelles que se realizou de 25 a 27 de Abril em Valência, Espanha em que concorreram 6.289 vinhos e bebidas espirituosas provenientes de 54 países, apreciados por 250 jurados de 41 países. A Casa Santos Lima ganhou três medalhas de Ouro com dois tintos: Bons Ventos Vinho Tinto 2007 e Palha-Canas Vinho Tinto 2006 e o vinho branco 2008 Casa Santos Lima – Moscatel.

A Companhia Agrícola do Sanguinhal também levou um Ouro para a Região de Lisboa com o seu Sanguinhal Vinho Tinto 2004 – Syrah e Touriga-Nacional. Para além destes prémios, a Região de Lisboa também se distinguiu na Medalha de Prata com 8 premiados: Casa Santos Lima, Companhia das Quintas e Enoport.

Dal Pizzol lança espumantes em meia garrafa – A Dal Pizzol Vinhos Finos coloca no mercado anualmente 60 mil garrafas de espumantes, o correspondente a 20% do total de sua produção de vinhos e espumantes que chega a 300 mil garrafas ao ano. Das 60 mil garrafas de espumantes 80% são brut (champenoise e charmat) e 20% moscatel (processo asti). O aumento do consumo de espumante pelos brasileiros levou a vinícola a adoptar uma nova estratégia para atrair ainda mais apreciadores. É o Dal Pizzol Espumante Charmat agora também em meia garrafa (375 ml).

                     O espumante, dirigido especialmente ao público jovem, já pode ser encontrado em bares e restaurantes do Brasil. O lançamento decorreu durante a Expovinis 2009, de 5 a 7 de maio, em São Paulo. Este primeiro lote coloca no mercado 13 mil unidades do produto, o que representa um incremento de 10% na produção de espumantes da vinícola.

 

Quinta Nova Nossa Sra. do Carmo em plena forma em Londres – Os vinhos da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, situada no Alto Douro vinhateiro, voltam a surpreender, tendo sido distinguidos com duas medalhas de ouro no International Wine and Spirits Competition e International Wine Challenge Competition. No International Wine & Spirits Competition, o Quinta Nova Touriga Nacional 2006 arrecadou a única medalha de ouro portuguesa com a distinção de Best in Class, na categoria Vinhos Tranquilos. O Quinta Nova Touriga Nacional 2006 foi lançado pela primeira vez em 2008. O Quinta Nova Reserva 2006 foi galardoado com uma medalha de ouro no International Wine Challenge Competition (IWC), o maior e mais prestigiado concurso de vinhos, que este ano reuniu 9000 amostras de todo o mundo. Os vinhos desta conceituada Quinta você encontra na Vinea.

                    De acordo com o regulamento destes concursos, para se obter uma medalha de ouro é necessária uma pontuação entre 95 e 100 pontos – Portugal arrecadou 33 medalhas (15 nos vinhos tranquilos e 18 nos vinhos generosos), ficando apenas atrás da França (47, incluindo 17 de champanhe), da Austrália (41) e da Itália (34), e à frente do Chile (21), da Nova Zelândia  (19) e da Espanha (14).

Symington lança Quinta do Vesúvio – 2007 foi um ano de grande qualidade na região demarcada do Douro. As condições frescas, embora secas e solarentas nas semanas que antecederam a vindima, proporcionaram uvas com maturação excelente, produzindo vinhos de qualidade. É caso dos novos vinhos da Família Symington 100% produzidos na sua Quinta do Vesúvio (a jóia da coroa da família), o Pombal do Vesúvio DOC Douro 2007, um vinho para ser consumido mais cedo, e o Quinta do Vesúvio DOC Douro 2007, um vinho de grande complexidade, que poderá ser guardado durante vários ano e furo que dei no Encontro Mistral 2008 quando tive o privilégio de degustar algumas provas de barril.

Fonte: Essência do Vinho

 

Cai consumo médio per capita no mundo – Em 2008 o mundo consumiu algo ao redor de 3.5 litros per capita por ano, versus 4,5 em 1990. Enquanto os mercados emergentes aumentam consumo, os europeus, tradicionalmente grandes tomadores de vinho, vêm seu consumo anual cair em função de ritmo de vida e mudanças culturais. A Itália e França que representavam cerca de 45% do mercado em 1980, hoje mal chegam a 24%. Não fossem mercados como China, Índia, Rússia, Taiwan e Coréia e o mercado mundial estaria em sérios apuros!

Fonte: Wine Spectator

Salute e kanimambo

Noticias do Mundo do Vinho

                     Enquanto nos mantínhamos ocupados com a Expovinis, o mundo continuava girando e gerando um montão de noticias. Eis uma seleção dos clips recebidos:

Vinhos da Miolo conquistam prêmios na Espanha. Na 16ª edição do Concours Mondial de Bruxelles, realizado de 25 a 27 de abril em Valência, na Espanha, a Miolo obteve duas premiações e ambas da Fortaleza do Seival. Olha só o amigo Miguel Almeida (enólogo) botando as manguinhas de fora! Os vinhos Fortaleza do Seival Pinot Noir 2008, recém lançado no mercado e xodó do Miguel, e o Fortaleza do Seival Tempranillo 2007 ( o meu preferido da linha), que acumula cinco premiações, receberam prata no concurso. Ambos são produzidos na unidade da empresa localizada na região da Campanha do RS, próxima à Fronteira com o Uruguai. Os vinhos foram avaliados por 250 degustadores de 41 nacionalidades.

Decanter World Wine Awards bate todos os recordes e registra mais de 10.200 incrições de rótulos colocados à prova. Os resultados foram divulgados no último dia 12 com mais de 6000 vinhos sendo premiados havendo algumas surpresas como a boa performance dos vinhos da Slovenia. O maior prêmio são os troféus dados por categoria e podem ser pesquisados clicando aqui.  Eis alguns dos premiados com troféus:

  • Blend argentino acima de 10 libras – Bodega Norton privada 2006
  • Varietal argentino acima de 10 Libras – Sur de Los Andes Infinito Malbec 06
  • Varietal argentino abaixo de 10 Libras – Opi Malbec Aka Rodolfo Sadler 2008
  • Pinot Noir chileno acima de 10 Libras – Cono Sur Ocio 07
  • Pinot Noir chileno abaixo de 10 Libras – Santa Helena Pinot 08
  • Riesling chileno abaixo de 10 Libras – Cono Sur Riesling 08
  • Sauvignon Blanc chileno abaixo de 10 Libras – Castillo de Molina 08
  • Chardonnay chileno acima de 10 Libras – Maycas del Limari Reserva Especial 07 ( na adega, eheh)
  • Varietal chileno abaixo de 10 Libras – Vina Indomita Reserva Cabernet Sauvignon 07
  • Branco austríaco abaixo de 10 Libras – Domaine Wachau – Gruner Veltliner 08 (para deleite do amigo Luiz Horta)
  • Vinho do Porto acima de 10 Libras – DOW’s Crusted 2003
  • Madeira acima de 10 Libras – Henriques & Henriques 15 anos Bual.
  • Tinto do Douro acima de 10 Libras – Quanta Terra Colheita Selecionada 06
  • Tinto do Douro abaixo de 10 Libras – Quinta do Tedo 2007

Pericó, esta o Jefferson Sancineto Nunes (Enolab) me contou no pé de ouvido e será mais uma enorme surpresa que esta vinícola trará ao mercado. Um dos principais destaques para mim e um dos Best in Show nesta Expovinis 2009, estão inventando mais uma, o primeiro Ice Wine brasileiro a ser produzido com uvas muito maduras de Cabernet Sauvignon, com 36 brix e congeladas naturalmente, na fazenda da Pericó em Sao Joaquim. Estou torcendo para a temperatura chegar nos esperados 5 a 8 graus negativos, e na fila para os primeiros goles!

Vinhos do Alentejo assumem quase metade das vendas de vinhos finos em Portugal. Os vinhos do Alentejo representaram quase metade das vendas em Portugal em 2008 e mantêm uma “liderança destacada” no mercado dos vinhos certificados portugueses, segundo dados da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA). Os dados, com base num trabalho da empresa de estudos de marketing ACNielsen, indicam que os vinhos do Alentejo, com Denominação de Origem Controlada (DOC) e Vinho Regional Alentejano, atingiram uma quota de mercado de 44,30 por cento em valor e de 40 por cento em volume, entre Fevereiro de 2008 e Janeiro de 2009.

Fonte: Agência Lusa

Vinhas da IraVinhas da Ira. Por falar em Alentejo, recentemente, no Palácio da Bolsa, no Porto, este vinho tinto regional alentejano foi eleito o segundo melhor de Portugal, na prova internacional organizada pela revista Wine/A Essência do Vinho, “Top Ten Vinhos Portugueses”. Esta distinção aos vinhos de Henrique Uva/Herdade da Mingorra vem juntar-se a outras, recebidas no International Wine Challenge, no Challenge International du Vin e no concurso da Confraria dos Enófilos do Alentejo, “Os Melhores Vinhos do Alentejo”, onde o vinho rosé de Henrique Uva/Herdade da Mingorra conquistou a Talha de Ouro – 1.º Prémio – da colheita de 2008.

As vinhas de Henrique Uva/Herdade da Mingorra, em Trindade, Beja, primam pela antiguidade – algumas com mais de 30 anos, o que é raro no Alentejo. No Brasil os vinhos de Henrique Uva estão disponíveis na Lusitana de Vinhos e Azeites.

Curtas da Decanter Magazine:

  • Vergelegen, importante produtor sul africano declara perdas superiores a 1 milhão de Libras devido aos incêndios do inicio do ano.
  • Tyrrel’s e Hope Estate não devem engarrafar tintos 2008 devido a uma safra considerada catastrófica em Hunter Valley na Austrália. A safra de 2009, no entanto, promete muito edeve compensar a enorme perda de 2008.
  • Aurélio Montes (Chile) de olho no Douro. Buscando opções à Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir, Aurélio Montes tem planos de investir no alto Douro devido à enorme diversidade de uvas autóctones.
  • Chadwick versus Velho Mundo. Desta vez não deu e os vinhos do Velho Mundo se recuperaram das surras sofridas anteriormente. Dia 5 de Maio, em Londres, Chadwick repetiu por mais uma vez o famoso Berlin Tasting  , mas desta vez com menos sucesso o que, de forma alguma, diminui o valor de seus grandes vinhos que brigam par-a-par com os grandes néctares do mundo. Na banca de julgadores gente do porte de Jancis Robinson e Oz Clarke. Veja o resultado:

           1 Château Margaux 2005

           2 Château Lafite-Rothschild 2005

           3 Solaia 2005

           4 Don Maximiano 2006

           5 Viñedo Chadwick 2006

           5 Seña 2005

          7 Seña 2006

          8 Château Latour 2005

          9 Sassicaia 2005

          10 Don Maximiano 2005

          11 Viñedo Chadwick 2005

          12 Opus One 2005 

Vendas da Moet Hennesy (Moët & Chandon, Veuve Clicquot, Ruinart, Mercier e Krug) despencam no primeiro trimestre de 2009. Com queda de 35% nas vendas, acompanhando a queda geral da região de Champagne que mostrou queda de 34% nos primeiros dois meses do ano. Tempos de crise e aperto no bolso!

CVR Tejo, mais uma nova Indicação Geográfica em Portugal como parte integrante do novo processo de reformulação de denominações geográficas no país. Esta região que se distingue pela diversidade de solos e climas, mas que é marcada indelevelmente pelo rio TEJO, verdadeiro elemento de modelador do terroir, celebra a tradição do vinho e da sua cultura, desenvolvida com maestria ao longo de gerações. A CVR TEJO vai agora desenvolver uma campanha de divulgação e esclarecimento aos consumidores, com o objetivo de promover a excelente qualidade dos vinhos produzidos na região, que conta com muitos novos produtores a apostarem fortemente na inovação e na qualidade.

            Um dos principais objetivos da CVR TEJO será a promoção e a simplificação do processo burocrático que permite a certificação dos vinhos, atraindo assim novos produtores que ainda não certificam os seus vinhos, com o propósito de, num prazo de 5 anos, duplicar o número de certificações que em 2008 foi de 9,3 milhões de garrafas. Dentro da CVT Tejo, encontramos 6 sub-regiões; Almeirim,  Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar.

Casa Marin, San Antonio, Chile (Vinea Store) que produz vinhos de grande qualidade, em especial, a meu ver, os brancos conseguiu um feito e tanto. De seus cinco brancos e três tintos, nenhum, repito, nenhum com menos de 90 pontos no Wine Advocate, leia-se Robert Parker.

Melhores Vinhos Engarrafados do Dão – realizado a cada triênio é um dos mais importantes concursos promovido pela CVR Dão em Portugal. O vinho Cabriz Four C tinto 2006 foi eleito com o Premio “Prestígio” pelo júri do II Concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafados do Dão”. Além do Four C (o vinho “Medalha de Ouro” com pontuação mais elevada), o concurso premiou com “ouro” os seguintes vinhos:

  • Vineaticu tinto 2007 (Quinta da Nespereira)
  • Cabriz Reserva tinto 2005 (Global Wines/Dão Sul)
  • Quinta do Corujão Grande Escolha tinto 2004 (António Batista)
  • Primavera tinto 2005 Caves Primavera)
  • Quinta do Serrado Reserva 2005 (Sociedade Agrícola Castro Pena Alba)
  • Quinta do Serrado Touriga Nacional tinto 2005 (Sociedade Agrícola Castro Pena Alba)
  • Casa de Santar Touriga Nacional tinto 2006
  • Martinho Alves branco 2007 (Caves Vinícolas Martinho Alves)
  • Cabriz Encruzado branco 2007 (Dão Sul/GlobalWines).

Fonte: Luso Wines

Emporio Sorio, aquele com os vinhos da Córsega que tanto elogiei na Expovinis e também destaque no meu Best in Show, me informa que sua loja on-line já está funcionando. Grande noticia para quem, como eu, está louquinho para tomar aquele Muscat ou Chardonnay Impassitu, saborisissímos vinhos de sobremesa ou outro de seus bons rótulos.

Sorio on-line

Por hoje é só. Mais Noticias do Mundo do Vinho no próximo Domingo. Salute e kanimambo.

CVR Lisboa – Nasce A Região Vitivinícola Lisboa

                  Portugal passa por uma reformulação nas denominações produtoras de vinho. Dentro desse contexto, neste último dia 24 de Abril, nasce a REGIÃO VITIVINÍCOLA DE LISBOA, nova no nome, porém de grande tradição histórica na produção de vinhos finos. Com a publicação da portaria nº 426/2009 de 23 de Abril, o Governo, através do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, acaba de criar a Indicação Geográfica “Lisboa”, agregando nesta denominação todos os vinhos produzidos e certificados na região, substituindo desta forma a designação Vinho Regional Estremadura.

               De acordo com informe obtido da CVR Lisboa (Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa)trata-se de uma região com uma forte tradição vinícola e que agrega alguns dos DOCs mais reconhecidos nacional e Obidos - Portugalinternacionalmente, entre os quais “Colares”, “Bucelas”, “Carcavelos”, “Óbidos”, “Alenquer”, “Arruda dos Vinhos”, “Encostas D’Aire” e “Torres Vedras”, para além do vinho regional Lisboa. A nova Região de Vinhos de Lisboa abrange uma área de vinha de 30 mil hectares, produzindo cerca de 20 milhões de garrafas de vinho certificadas, além de Aguardente, Espumante de Qualidade e vinhos generosos.

               O Vinho da Região de Lisboa tem vindo a registar um sucessivo incremento no volume comercializado, nomeadamente para os mercados quinta-da-cortezia-touriga-001externos, com uma quota superior a 45% do total certificado e tendo como principais destinos Angola, Bélgica, Reino Unido, Escandinávia, Canadá, Estados Unidos da América, Austrália, Noruega, Alemanha e Brasil. Aquela que era a mais premiada região de vinhos nacional, tem agora uma denominação que permitirá uma promoção interna e externa mais consistente, ao mesmo tempo que dará o devido relevo a esta região de excelência.

                 A Região de Vinhos de Lisboa abrangerá a totalidade do Distrito de Lisboa, com excepção do concelho da Azambuja, o concelho de Ourém, e os seguintes concelhos do Distrito de Leiria: Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Pombal (com excepção de quatro freguesias), Porto de Mós e Caldas da Rainha. A alteração da indicação geográfica de Estremadura para Lisboa justifica-se no contexto de reorganização institucional do sector vitivinicola e surge após estudos levados a cabo e que concluiram que a utilização de “LISBOA”, enquanto cidade da região de produção seria a indicação geográfica com maior valia, tendo em consideração fatores positivos, nomeadamente para os mercados externos, pelo facto de possuir mais notoriedade, mais fácil leitura e melhor referência quanto à sua localização.” Evitando-se, também, qualquer potencial confusão com os irmão espanhóis da Extremadura.

           A Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) com link permanente Cadavallistado na seção de links de Portugal,  aqui no lado direito da página, é a entidade responsável por toda a certificação de vinhos produzidos na Região.  Entre uns mais conhecidos e outros menos, gente como a Quinta da Cortezia, Chocapalha, Casa Santos Lima, Quinta do Gradil, Quinta do Monte D’Oiro, de Pancas, Fundação Oriente (Colares), Adega do Cadaval (foto do lado).

Habituados que estamos aos tradicionais vinhos do Douro e Alentejo, pouco se tem falado das outras regiões em pleno crescimento como as, também tradicionais Bairrada, Dão, Setubal (Sado) e Minho (Vinho Verde),  muito menos da Estremadura, Alenquer, Ribatejo, Trás-os-Montes, Beiras, Madeira, etc.. Pois bem, agora com esta reformulação de indicações geográficas para botar ordem na casa e  disciplinar o rápido desenvolvimento da industria vitivinícola em Portugal que cresce a passos largos não só quantativamente, mas especialmente no aspecto qualitativo e de diversidade, que é o que mais nos interessa como consumidores, certamente teremos mais investimentos e, consequentemente, mais informação e vinhos a provar. Ótimas noticias e fiquemos de olho nos vinhos da CVR Lisboa. Eu que nasci curioso e ansioso, não vejo a hora de mergulhar um pouco mais nessa região! O que garimpar compartilho com os amigos. Por enquanto fique conhecendo melhor a região vendo no mapa abaixo como ficou sub-dividida a região.

CVR Lisboa

Alguns bons rótulos a conhecer; Prova Régia Arinto (branco), Confraria Branco Leve (um vinho tipico desta região com baixos teores alcoólicos), Morgado de Sta. Catherina Reserva (branco maravilhoso), Fonte das Moças, Quinta da Cortezia Touriga Nacional, Palha Canas Reserva, Quinta de Pancas Grande Escolha e o divino Quinta do Monte d’Oiro entre diversos outros a garimpar.

Salute e kanimambo

Expovinis 2009 – Best in Show

           Best in Show

    Na verdade, são meus destaques principais resultado da jornada de descobrimentos realizada em três dias de navegação pelas águas da Expovinis. Como o amigo Luiz Horta, adoro uma lista e, só de “wish lists” devo ter uma dúzia. De qualquer forma, esté é meu resumo da ópera do que melhor percebi neste grande evento, apesar de não ter passado por muitos dos portos com escalas programadas de onde, certamente, outros rótulos poderiam despontar. O resumo de goles e fatos que me marcaram nessa viagem estão abaixo.

 

Vinhos Brancos

  • Leasingham Bin 7 Riesling 2007 – Austrália – Wine Society
  • Kettmeier Muller Thurgau – Alto Adige / Itália – AAA (Amadio South América) / Bruck

Vinho Rosado

  • Terranostra Sciaccarellu 2007 – Córsega / França – Empório Sorio

Vinhos Tintos

  • Pago de Cirsus, Selección de la Família 2004 – D.O. Navarra / Espanha – Decanter
  • Barossa Valley Estate E-Bass Shiraz 2006 – Austrália – Wine Society
  • Serie Riberas Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2007 – Chile – VCT Brasil

Vinhos de Sobremesa

  • Muscat Felix Pietri – Córsega / França – Empório Sório
  • Domaine Pasqua Impassitu Chardonnay – Córsega / França – Empório Sorio

Vinho Fortificado

  • Madeira Henrique & Henrique Verdelho 15 anos – Portugal – Expand

Melhores Custo X Beneficio

  • Quinta da Neve Cabernet Sauvignon 07 – Quinta da Neve / Santa Catarina – Decanter
  • Stellato Espumante Brut Rosé – Vinícola Sto. Emilio / Santa Catarina

Surpresa

  • Vinícola Pericó – Santa Catarina – Por seus incríveis e refrescantes espumantes Brut Blanc de Noir e Rosado elaborados com um blend de Cabernet Sauvignon e Merlot.

Novidade

  • Empório Sorio com os vinhos da Córsega.

Para ficar de olho.

  • Wine Society com vinhos australianos de Bag in Box até grandes vinhos por preços muito competitivos.

Menção Honrosa

  • ACAVITIS – Vinhos de Altitude de Santa Catarina por seu crescimento e confirmação de qualidade dos vinhos elaborados por seus associados.

A Conferir

  • O acordo da Villagio Grando (Santa Catarina) com a AOC Brasil (São Paulo) que possibilitou uma grande redução de preços para seus bons vinhos.
  • Destaque de melhor vinho tinto do Velho Mundo (pelo painel da Expovinis), o português Vinha Longa Reserva 2006 – Encostas de Estremoz – Alentejo/Portugal. Andei pesquisando e este produtor  já foi importado tanto pela Lusitana de Vinhos e Azeites, quanto pela D’Olivino, e em seu site este vinho não existe. Também não encontrei este rótulo nos blogs e sites portugueses. No minimo um grande mistério que me aguçou a curiosidade.

 

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Com isto encerra-se minha cobertura da Expovinis 2009. Kanimambo por prestigiar, ano que vem tem mais, mas Direto do Front estará sempre aqui caso tenhamos outros importantes eventos como o Vini Vinci 2009 que ocorrerá no próximo dia 18 no Rio de Janeiro e 19 e 20 em São Paulo.

Salute.

Direto do Front – 2ºdia da Expovinis

Dia intenso, mar revolto, ventos fortes ainda segurando um pouco a velocidade, mas permitindo que a viagem seguisse seu rumo com apenas alguns pequenos desvios de rota o que significou que alguns portos não foram alcançados (desculpe Elisia, fica para hoje). Corpo cansado, hoje será um dia muito puxado já que não há mais tempo de sobra, esta viagem tem que terminar hoje e tenho que fazer todas as escalas programadas! Ontem, entre um emaranhado de coisas, algumas belas descobertas que compartilho aqui com você.

Villagio Grando, a confirmação de seus bons vinhos, noticias de algumas dia-2-003novidades ainda no forno e uma grande noticia, preços mais acessíveis aqui em São Paulo. Num acordo com a AOC Brasil (visitarei semana que vem para poder compartilhar com você) na Rua Atílio Innocenti no Itaim, seus bons vinhos (Innominabile, Merlot, Cabernet e os brancos Chardonnay e Sauvignon Blanc) cairam de pouco mais de R$70 para algo em torno de R$55,00. O Sauvignon Blanc 2008 ainda sem rótulo, lacrado com uma cápsula de mel de abelha, é bem mineral e frutado mostrando um bom volume de boca, refrescante e longo. Uma mostra de que os jovens vinhedos, desde 99, começam a mostrar evolução.

Quinta das Neves, famoso por seu Pinot Noir, agora também emplaca seu dia-2-004Cabernet Sauvignon. No ano passado já tinha comentado aqui, que seu Cabernet, apesar de menos badalado, era tão bom quanto, se não melhor, que o Pinot. Pois bem no TOP 10 dos vinhos nacionais expostos na Expovinis, um terceiro lugar para o Cabernet, um quinto para o Pinot e um radiante Acari (sócio) que caminhava com um enorme sorriso no rosto. Valeu Acari, melhor ainda porque estes bons vinhos mantèm seus preços competitivos com o Cabernet por volta de R$39,00 (Decanter).

Vinícola Sto. Emilio, uma das boas descobertas do dia. Mais uma das boas vinícolas que surgem em Santa Catarina produzindo vinhos de altitude. dia-2-001Só dois vinhos mas de muito boa qualidade. O Leopoldo 06, corte de Cabernet e Merlot de cor rubi escura, saboroso, especiado, muito boa acidez com um nariz de boa intensidade, um belo vinho. Já o Stellato é uma preciosidade escondida que espero possa logo, logo estar mais disponível em Sampa. É um espumante Rosé de cor bonita, boa perlage, espuma abundante, balanceado, fresco e muito saboroso que está com uma estratégia de preços muito boa chegando ao mercado por volta de R$28,00. Muito bom e pena que a foto não mostre tudo o que é este espumante, mas aí é culpa do fotógrafo que não é lá essas coisas.

Gimenez Mendez, bons vinhos Uruguaios trazidos pela Hannover. O atendimento precário e não muito atencioso por parte dos atendentes, foi amplamente compensado pela simpatia do Sebastian o gerente de exportação da bodega. Foram poucos os vinhos provados, mas um ligeiro, gostoso e agradável Sauvignon Blanc de boa tipicidade, fácil de gostar e um tannat super premium Luis Gimenez Tannat 2006 de grande potencial foram os que mais me chamaram a atenção. O Luis Gimenez Tannat tem um particularidade, que é o fato de ser produto de uma segunda colheita no vinhedo. Na primeira colheita é deixado um racimo por planta por mais uma semana. Sozinho, esse racimo adquire maior concentração, complexidade e cor que vem gerar este belíssimo vinho. Lamentavelmente, era final de dia e o estande estava meio zorreado com muita gente à volta, não dando muita chance para papos e maiores avaliações dos vinhos. De qualquer forma, alguém para ficar de olho e, tendo uma chance, conhecer melhor.

Na Wine Society, onde acabei não vendo os Bag in Box, tive oportunidade de provar três belos brancos e três Shiraz de grande qualidade com preços, dia-2-005dentro da política da empresa, muito bons pela qualidade apresentada. Knappstein Three, corte de Gewurtzraminer/Riesling e Pinot Grigio muito efrescante e complexo por cerca R$64; o Leasingham Clare Valley Magnus 2008 (44º no TOP 100 da Wine Spectator do último ano, com 91 pontos)de R$77,00 é muito mineral, balanceado e bom volume de boca, e do que mais gostei, o Barossa Valley Estate Chardonnay E-Minor 08 possui um nariz algo floral, o aporte de madeira é sutil e refinado, muito fresco e harmônico, um belo chardonnay por m preço convidativo de R$83,00. Dos Shiraz, três estilos de vinhos saindo do mais macio e amistoso Leasinham Shiraz Magnus 06 (R$85), passando pelo Barossa Valley Estate E-Minor 06 (R$83), algo mais encorpado, consistente, muito equilibrado e pleno de sabor, chegando no E-Bass 05 (R$90), encorpado, firme, de grande personalidade , absolutamente harmônico com um final algo herbáceo.

AAA (Amadio South América) e Santa Margherita, meus ACHADOS do dia! A maioria conhece o Pinot Grigio da Santa Margherita, grife dePinot Grigio pelo mundo, mas poucos sabem que essa é só a ponta do iceberg de um grupo que possui vinhedos no Alto-adige, na Toscana, no Piemonte e até na Sicília. A empresa AAA que tem no José Cláudio seu diretor, é o representante destas preciosidades importadas pela Bruck. Do Alto-adige, a poucos quilômetros de Bolzano no Sud-Tirol, norte da Itália quase fronteira com a Áustria vem a ótima linha Kettmeier; um aromático e delicioso Gewurtzraminer 08; um muito bom Muller Thurgau 08 cepa branca com forte presença na região, (ambos sem madeira), de muito frescor, frutado e soberbo na boca; Lagrein 07, uva autóctone da região, um tinto de boa fruta madura e intensidade no nariz, corpo leve, redondo, com taninos finos e macios e o Maso Reitner, um Pinot Nero 06 de respeito, ainda jovem, firme, elegante mostrando grande harmonia, um vinho que me surpreendeu. Da Toscana vem um Chianti Classico Lamole Riserva 2005 vinificado em inox e depois passando por 2 anos de barrica, elaborado com 100% de Sangiovese advindo de vinhedos de baixo rendimento, um belo vinho que mostra a característica dos grandes vinhos de guarda de 10 anos mostrando-se já pronto a beber e riquíssimo em sabores. Para finalizar, um Lamole Vin Santo 2004, maravilhoso vinho de sobremesa que passa por barricas de 60 litros, de cor âmbar / dourado oxidado lembrando um tawny 20 anos semo álcool já que este possui somente 13.5%, cremoso na boca, no nariz muito fruto seco como amêndoas e figos, algo de mel, delicioso, equilibrado por uma ótima acidez e de longa persistência. Todos estes variando entre R$90 a 130,00, estando a grande maioria disponível na Portal dos Vinhos.

dia-2-006

Os TOP 10 da Expovinis em seus diversos segmentos, publicarei amanhã junto com a última resenha de noticias e dicas do front.

Salute e kanimambo

Direto do Front – 1º Dia de Expovinis.

caravela1Bem que tentei me ater ao plano de navegação pré estabelecido, mas os ventos bateram forte e tive que recolher velas durante determinados momentos o que não permitiu que pudesse ver tudo o queria ontem.  Talvez o melhor fosse viajar incógnito, mas não dá né? E o papo, como fica?! Comecemos pelo primeiro fato, a feira está muito rica repleta de coisas novas para garimpo e os portos seguros como Zahil, Decanter (talvez o estande mais movimentado da feira), D’Olivino, KMM, Vinea, Interfood repletos de novidade que que quer dizer que terei um dia ainda mais cheio hoje.

Ontem me ative aos vinhos brancos e espumantes, porém não vi metade do que gostaria. Hoje começarei por aí,  em especial pelos amigos da Marco Luigi que estão com o novo Moscatel 08 já engarrafado e apresentam outras novidades como chardonnay não barricado. Falemos um pouco dos destaques que me entusiasmaram neste primeiro dia de Expovinis.

O bonito estande da Vinhos do Brasil, logo à entrada é parada obrigatória com cerca de 20 diferentes produtores entre eles a Marco Luigi que já comentei, a Caves Amadeu/Geisse, Marson, Cordelier, Lídio Carraro (também com estande próprio), Cordilheira, Gheller, entre outros. Nesta Terça tive oportunidade de provar o novo Gewurtzraminer da Cordilheira de Sant’Ana , safra 2008 que nos mostra a evolução do vinhedo nesta segunda safra e a primeira depois da de 2004. Não perca a oportunidade de conhecer este vinho que se apresenta mais estruturado e muito equilibrado. Muito bons, também, os espumantes da Cave Geisse e Amadeu, em especial o Brut Nature de perlage abundante e fina.

Passando pelo estande da Miolo, onde o Miguel de Almeida, simpático enólogo português do projeto do Seival, me apresentou aos Fortaleza do Seival Pinot Grigio 09 e Viognier 2008, ambos sem madeira para manter o frescor da fruta. O Viognier possui mais corpo, bom volume de boca apresentando aromas típicos da cepa com um floral bastante interessante. Já o Pinot Grigio me encantou mais, bem balanceado, sutil, saboroso e muito fresco. Dois brancos interessantes e de bom preço (por volta de R$20 a 24) e hoje volto lá para checar o Pinot Noir que o Miguel tanto me recomendou. De acordo com ele o melhor custo x beneficio de Pinot Noirs no mundo! Tenho uma aposta nisso e vou conferir hoje, rsrs.

Na Salton dei uma passada bem rápida, retorno hoje também, para conhecer um de seus últimos lançamentos, o Lunae branco e rosé. Na verdade, vinhos frisantes e baratos que buscam conquistar espaço ao Lambrusco no mercado Brasileiro. Corte de moscato/semillon e riesling, demi-sec, o branco é um verdadeiro vinho de beira de piscina bem balanceado, muito fresco, bom para tomar bem gelado no verão, para levar no cooler em piqueniques ou até para a praia já que possui tampa de rosca, mas um pouco doce para o meu gosto. O rosé, que afora essas uvas leva também um pouco de cabernet sauvignon, apresentou-se mais equilibrado com menor residual de açúcar e mais saboroso permitindo acompanhar alguns pratos leves, sanduíches e coisas do gênero, interessantes opções.  Muito bom o novo Chardonnay VIRTUDE 08, vinho premium elaborado 100% com uvas da Campanha Gaúcha que passa seis meses em barrica (metade americana e metade francesa) muito equilibrado em seus 13.9% de teor alcoólico por uma acidez muito boa. Cremoso, untuoso, madeira sutil e final de boca aparecendo baunilha e manteiga. Bom vinho que deve chegar ao mercado logo, logo com preço um pouco abaixo dos R$60,00, talvez uns 55.

Vinea, os sempre saborosos, frescos e encantadores espumantes da Piera Martellozo; o prosecco Incontri que me encanta, e ontem descobri o Muller Thurgau extra-dry, um espumante de muitos atributos que vale a pena conferir. Estando na Vinea não poderia deixar de trocar dois dedos de prosa com Luisa Amorim da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo uma vinícola de primeiríssimo nível da região do Douro em Portugal sobre a qual já publiquei matéria. Seu 3 Pomares branco, recém chegado ao mercado, um corte das uvas autóctones viosinho/gouveio e rabigato, é o irmão mais novo e do grande Grainha branco um vinho de excepcionais qualidades e uma das minhas paixões. Este é muito fresco, vibrante, franco que chega e diz logo o que é. Fácil de tomar e de gostar é um tiro certeiro para acompanhar pratos de fruto mar grelhados.

Na MMV entrei para conhecer os vinhos da Cinco Sentidos, da região de Mendoza, Argentina. A bodega chama-se Algarve, em função de seus fundadores, avós dos presentes donos, serem portugueses! Sinergia estabelecida, provei um gostoso Late Harvest 2007 de torrontés com chardonnay que poderia ter um algo mais de acidez para um melhor equilíbrio, mas que se mostrou bem agradável, assim como um Chardonnay 2006, de boa textura, com corpo e bem agradável passando só 30% em madeira. O Torrontés 2008 lamento não o ter conhecido antes já que poderia ter participado do Desafio Torrontés e teria se dado bem. Boa tipicidade, álcool um pouco alto, mas bem equilibrado e saboroso de se tomar que por cerca de R$35,00 no mercado, é certamente uma boa opção para se conhecer vinhos com esta cepa.

Na Domno, afora os já tradicionais espumantes de produção própria em Garibaldi, Moscatel e Brut, agora chega o Rosé e o Extra-brut. Ambos os vinhos bem gostosos e de boa perlage, mas talvez um pouco exagerados no peço com níveis ao redor de R$45,00. O mesmo padrão de estratégia comercial se vê nos vinhos argentinos da Vistalba, de importação exclusiva, que também estão à prova no estande. Já os conheço e não os revisitei desta feita, mas tendo a oportunidade não perca o Tomero Reserva Petit Verdot e os Vistalba Corte B e Corte A.

VCT Brasil (Vina Concha y Toro) – lança sua nova linha de vinhos premiums – Serie Riberas Gran Reserva – elaborados com uvas de vinhedos ribeirinhos, que se posicionará um pouco abaixo do Marques de Casa Concha ficando ao redor de R$60 a 65,00. No Chile, cada vale tem seu rio e estes vinhedos estão plantados às margens destes rios o que gera um terroir diferenciado. A apresentação digna da empresa, uma das melhores no quesito marketing, e os vinhos, como de praxe, sempre muito bem feitos. Foi lançada uma linha de varietais bastante ampla composta de; Sauvignon Blanc, Chardonnay, Carmenére, Syrah e Cabernet Sauvignon. Todos bastante agradáveis, mas a meu ver três se destacaram; o Sauvignon Blanc sem barrica com muito frescor, cítrico e mineral; o Chardonnay muito macio e equilibrado mostrando também bons traços de mineralidade e frescor e, finalmente o Cabernet Sauvignon que achei com uma personalidade muito própria, de boa acidez, ótima estrutura, agradável textura com taninos ainda firmes por sua tenra idade, mas mostrando finesse com aromas frutados ainda fechados e meio tímidos. Promete muito e certamente um ano a mais de garrafa ou uma hora e pouco de decanter devem permitir que mostre todo o seu potencial

ACHADO – Union des Vignerons Corsican (Emporio Sorio), dizem que os últimos serão os primeiros e, neste caso, é vero. Certamente o maior achado de ontem, quiçá de toda a feira, a conferir aqui na Sexta-feira. Já tinha dado uma noticia sobre a chegada dos vinhos da Córsega ao Brasil pelas mãos do Empório Sorio, e agora tive a oportunidade de os conhecer e provar alguns dos vinhos (hoje retorno para os tintos) e caí de quatro! Em um dos boxes do grande estande da França, um bate-papo muito agradável com a Andréia, o Thierry e o produtor provando os seus bons vinhos com uvas autóctones e outras que são verdadeiras “aventuras” deste enólogo treinado em Bordeaux e que viu nesta região a possibilidade de dar asas a sua imaginação e criatividade. Sair da mesmice e buscar o novo, eis o que me encantou nesta visita. Muito bons o branco Terranostra Vermentinu 2007 fresco, de acidez mediana e bom cítrico ao nariz e boca assim como o Chardonnay Domaine de Lischetto 07, sem madeira , peculiar e pura demonstração do terroir, de enorme frescor e muita fruta um vinho delicioso. O Rosé Terranostra Sciaccarellu, uva autóctone, de bonita cor salmão é delicioso, exótico, crocante, vibrante e pleno de sabor um dos muito bons rosés provados ultimamente e, cá entre nós, deixa no chinelo a grande maioria dos aclamados Rosés de Provence que tive a oportunidade de provar. Divinos dois vinhos de sobremesa com teor de álcool com 11% o que nos permite esticar aquele almoço ou jantar ad-infinitum! Na minha opinião particular, são estes vinhos de baixo teor alcoólico e plenos de sabor que cumprem a verdadeira função social do vinho, o de juntar as pessoas em volta de uma mesa por um tempo longo e muito bate-papo. Muscat Felix Pietri, de aromas encantadores e sedutores, flores brancas, pêssego, macio na boca, perfeitamente equilibrado com uma ótima acidez  e o Domaine Pasqua Impassitu, um Vin Doux de Chardonnay. Elaborado por método similar ao Passito italiano, em que as uvas são secas ao sol sobre esteiras, perdendo grande parte de seu suco por evaporação, aumentando o nível de açúcar até que cheguem ao ponto ideal determinado pelo enólogo. Nunca tinha provado um vinho doce tendo como base a uva Chardonnay e fui absoluta e completamente enfeitiçado por este vinho que, apesar de seus 120 grs de açúcar residual, apresenta um frescor inigualável balanceado que é por uma ótima acidez e uma cor dourada que apaixona o olhar. Na complexa paleta olfativa, algo de figo confitado e mel. Na boca extremamente elegante, cremoso, refinado e harmonioso, com um final extremamente saboroso e de grande persistência que fará qualquer final de refeição se tornar inesquecível! Duvida de tudo o que falei? Passa no estande e prova! Depois falamos, mas hoje volto lá para provar os tintos. Fui!

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Salute kanimambo

Noticias do Mundo do Vinho – Especial Expovinis

expovinis1Pois bem, chegou a hora. Finalmente chegou o momento que nós enófilos amantes do doce néctar aguardamos ansiosamente todos os anos. Chegou a Expovinis e com ela um monte de novidades e oportunidades ímpares para o garimpo.  Com o intuito de bem informar, solicitei aos amigos e parceiros, uma lista das novidades de cada um para que possamos programar nossas visitas desde já, tendo em mente esses lançamentos. Para quem não vai, a partir de Quarta-feira estarei postando Direto do Front com aquilo que mais despertou meu interesse no dia anterior. Nos vemos lá, ou por aqui.

 

Interfood/Classics – a importadora estará presente com suas duas linhas de produtos, a Classic e Interfood. Eis algumas das novidades a conferir:

Classics

  • Cerasulolo Vittoria da Planeta DOCG 2007
  • Alastro Bianco Planeta 2007
  • Solaria Rosso di Montalcino 2006
  • Solaria Brunello di Montalcino 123 Reserva 2001
  • Solaria Brunello di Montalcino 2003
  • Pomerol Calvet 2006
  • Chablis 2007 Calvet
  • Marques de Riscal 150 Aniversario 2001
  • Manos Trapiche 2004
  • Las Palmas Chardonnay Trapiche 2007
  • Las Palmas Malbec 2006 Trapiche

INTERFOOD:

  • Sta .Helena Reserva : Cab.Sauv./ Merlot/ Carmenere/Chardonnay
  • Sta. Helena Varietais : Merlot/ Cab. Sauv./ Carmenere/Chardonnay

  

Zahil – a importadora aposta em regiões de tradição como Alsacia, Rhône e Loire, ao lado de outros ícones da Itália e bons produtores do Novo Mundo. Destacam-se a chegada de novos e importantes produtores da França, como o Domaine Josmeyer e Domaine Ostertag,  da Alsácia,  além do Domaine Combier, do Rhône, e  Domaine Yannick Amirault e Domaine Vacheron, do Loire. A França consolida-se, portanto no portfolio da Zahil como região de maior concentração e presença dentre os prestigiados vinhos representados pela importadora.

Explorando uma nova região da Itália, a Zahil apresenta a parceria com o célebre produtor Gravner, trazendo vinhos da região do Friuli, famosos por seu método de envelhecimento em ânforas, e inclui em seu seleto catálogo a chegada dos rótulos de Stefano Accordini, do Veneto. Entre as novidades, encontram-se ainda os vinhos do Chile – destaque para o premiadíssimo Sol de Sol Chardonnay 2006; além dos novos bi-varietais da prestigiada vinícola argentina Rutini (Rutini Cabernet/Merlot e Rutini Cabernet/Syrah) e ainda da Argentina, novidades da Bodegas Salentein. Do Uruguai, chegam seis novos rótulos da Bodegas Carrau, entre eles a linha Cepas Nobles e da África do Sul, destaque para a linha Sadie Family. Tendo a oportunidade, ainda comentarei sobre uma degustação destes vinhos, não perca o estupendo J. Carrau Pujol um delicioso e complexo corte de Tannat, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot.

 

Estande Brasil da IBRAVIN – aqui brilharão algumas das pequena e boas vinícola brasileiras que necessitam de ser descobertas. Gente como Marco Luigi, Cordilheira de Sant’Ana, Marson, Perini, entre outras.

Perini – Pioneira na elaboração de Moscatéis no país, a Vinícola Perini apresenta, durante o maior e principal evento de winebusiness na perini-moscatel10_caixa_e_garrafa_300América Latina, lançamentos como o Perini Moscatel 10, criado em comemoração aos 10 anos do primeiro Moscatel brasileiro. Ainda na linha de espumantes especiais, há o Perini Nature, variedade com baixa concentração de açúcar e edição limitada, dirigida a um público apreciador de produtos de qualidade. Outra novidade é o Licoroso, vinho branco elaborado a partir da combinação de uvas finas aromáticas com alto grau de maturação, ideal para sobremesas.

              O público também poderá conhecer o Perini Solidário, vinho tinto seco fino, primeiro vinho do Brasil cuja comercialização beneficia financeiramente a Federação Brasileira de Hemofilia e o Instituto da Mama do RS, em uma ação inédita neste mercado. Todos esses produtos poderão ser degustados no Brazilian Sparkling Wine, um novo espaço da Expovinis Brasil 2009 que reunirá 24 vinícolas do Rio Grande do Sul e do Vale do São Francisco com o objetivo de promover os espumantes nacionais e receber jornalistas, formadores de opinião e celebridades. Neste mesmo espaço, o Ibravin irá lançar sua nova campanha publicitária, que reflete o novo posicionamento dos vinhos e espumantes verde-amarelos.

  

Marco Luigi – Afora seus tradicionais vinhos e espumantes de renomada qualidade, esta simpática vinícola vai fazer o lançamento de alguns novos produtos. Será o caso dos novos Tempranillo e Touriga Nacional safra 2008 da linha Tributo assim como do Chardonnay Marco Luigi da Safra de 2009. Pelo que me disseram, a safra de 2009 nos brancos será de excelente qualidade então há que conferir! Eu estarei lá, pode apostar nisso!

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Marson – seráo apresentados as seguintes novidades além dos vinhos das marson-brut-charmatlinhas em trabalho (Reserva/Famiglia/Espumantes): Marson Gran Reserva 2004 = premiado em 2008 na Expovinis como TOP TEM, está de volta para deleite de quem ainda não o conhece. O Marson Vinhas D’encruzilhada Cabernet Sauvignon, parte de um novo projeto Marson Serra do Sudeste, que provei e achei muito saboroso, valendo a pena conhecer. Para finalizar, o novo espumante da casa, o Marson Brut Charmat lançado no segundo semestre de 2008 e o qual já comentei aqui no blog.

 

Cordilheira de Sant’Ana traz seu novo lançamento, o vinho tinto RESERVA DOS PAMPAS, da safra 2004. Este vinho é o resultado de um corte entre as uvas Cabernet Sauvignon, Tannat e Merlot. De coloração rubi brilhante, foi vinificado de uma forma tradicional, com temperatura cordilheira-logode fermentação controlada entre 26 a 28 ºC, macerado durante 10 dias e envelhecido 5% em barris de carvalho por 12 meses. É um vinho de aroma intenso, com notas vegetais e de frutas vermelhas, além da baunilha originária dos barris. É macio, bem arredondado, porém com boa estrutura tânica. É a combinação ideal para massas com molhos fortes, carnes vermelhas, cordeiros, pizzas condimentadas, frangos grelhados e risotos. É também excelente para servir com queijos como Cheddar, Brie e Roquefort. A Cordilheira de Sant´Ana está lançando o Reserva dos Pampas também em garrafinhas de 375 ml e 187 ml, além da já tradicional garrafa de 750 ml. Afora isso, novas safras de seus já conceituados vinhos, entre eles o delicioso Gewurtzraminer que certamente vai conquistar corações.

              

Pizzato – a empresa celebrará 10 de vinificação e convida a brindar com eles. Neste ano, o lançamento de seu vinho premium, degustado na feira do ano passado e por mim comentado à época, o Merlot de Vinhedo 2005. Como de costume, estará à disposição a prévia do Pizzato Chardonnay 2009, não filtrado. Ainda do Vale dos Vinhedos, todos os vinhos estarão à prova, com destaque para as novas safras dos seguintes vinhos:

Pizzato Merlot Reserva 2005 – considerado o Brasileiro do Ano, Revista Gula de Jan/09. 

Pizzato Tannat Reserva 2005.

Pizzato Concentus 2005.

Pizzato Brut branco Tiragem 2008.

       Da outra área de produção vitícola da Pizzato, do vinhedo Dr. Fausto, lançamento da nova safra dos varietais tintos FAUSTO Merlot e FAUSTO Cabernet Sauvignon , ambos 2006.  O Fausto Rosé de Merlot safra 2008 também estará à disposição

 

Miolo Wine Group – A Miolo foi ao berço da variedade Gamay, a França, buscar o conhecimento de Henry Marionnet, considerado o Papa Mundial do Gamay pela crítica internacional, para elaborar o primeiro vinho da safra 2009 em conjunto com o francês. 

         miolo-gamay-2009-baixa A vinícola consolidou-se na América do Sul como uma das únicas que produz o Gamay com o conceito de “beaujolais nouveau” francês. “O Gamay 2009 da Miolo será produzido com o mesmo processo utilizado para elaborar os melhores vinhos da variedade da França”, afirma o diretor-superintendente, Adriano Miolo. O resultado é percebido na degustação do produto. “O vinho está mais frutado e leve ao paladar”, informa Miolo. A bebida é elaborada com uvas da variedade Gamay da região da Campanha (RS) através do processo de maceração carbônica.

Outro lançamento que será apresentado na feira é o vinho de categoria super premium RAR Pinot Noir safra 2008. Produzido na região dos Campos de Cima da Serra, foi elaborado com uvas Pinot Noir e permaneceu em carvalho francês por 10 meses. A Miolo apresentará também o super premium Merlot Terroir 2008, um dos destaques do portfólio da empresa, elaborado somente nas safras excepcionais. A variedade Merlot foi escolhida pela Miolo como emblemática dos vinhos tintos no Vale dos Vinhedos (RS) e a linha da última safra em que foi produzido, a de 2005, está esgotada para venda.

Os visitantes da Expovinis poderão degustar ainda as novas safras dos super premiums Cuvée Giuseppe 2005, elaborado no Vale dos Vinhedos, e Quinta do Seival Castas Portuguesas 2006, elaborado na Campanha (RS), e também o Fortaleza do Seival Pinot Grigio 2009, elaborado na Campanha (RS).

 

 

VCT Brasil (Vina Concha y Toro) – pela primeira vez participando da feira com sua tradicional linha de casillero del Diablo, demais a safra concha-y-toro-serie-riberas12007 em especial o Syrah e o Merlot, aproveitará para lançar na feira o seu mais novo produto trazido ao Brasil, o Serie Riberas Gran Reserva. Olho nesses chilenos que são extremamente competentes no que fazem!

 

MMV importadora, stand 82. Na exposição, acesso aos seus produtos de importação exclusiva com as marcas Cinco Sentidos, Cavia, La Playa, Caparzo, Borgo Scopetto e Doga delle Clavule. Serão degustados lançamentos e produtos muito agradáveis, além da participação dos produtores que estarão no Brasil para acompanhar o evento, atender a imprensa, o trade e o consumidor final.

 

Rosés de Provence – Famosos rosés da Provence apresentam toda sua delicadeza e versatilidade na 13ª edição do evento, prevendo bons negócios durante o Ano da França no Brasil. Com presença confirmada do Presidente do Conseil Interprofessionnel des Vins de Provence (CIVP), Jean-Jacques Breban, produtores e representantes franceses de cada uma das nove vinícolas que formam o Provence Club Brasil saem de seus châteaux e vêm ao País, com o objetivo de confirmar a supremacia da Provence entre os rosés do Expovinis.

Bicampeão na categoria rosé no Top Ten, concurso que elege os melhores rótulos do evento, o Château de Pourcieux pretende garantir o tricampeonato depois das duas conquistas consecutivas, em 2007 e 2008. “Mas haverá muita concorrência de sua própria região”, garante Raphael Allemand, coordenador do Provence Club Brasil. Segundo dados do CIVP, esse ano os apreciadores dos versáteis rosés poderão descobrir vinhos de boa qualidade, pouco alcoolizados e com cores claras que a safra 2008 permitiu produzir, conforme a tipicidade da região. A nova safra atinge também um marco histórico que ilustra a vocação da região, pois de cada dez garrafas produzidas na Provence, oito são de vinho rosé:

  • AOC Côtes de Provence: 89% das 123 milhões de garrafas produzidas pela AOC são de rosés com equilíbrio sublinhado por seu frescor, elegantes, leves  e complexos, com aromas de frutas vermelhas, com notas de cítricos e lichia;
  • AOC Coteaux d’Aix en Provence: das 26 milhões de garrafas, 82% são de rosés com cores claras e francas, alguns com reflexos azulados, e aromas mais florais do que frutados;
  • AOC Coteaux Varois en Provence: 87% das 15 milhões de garrafas produzidas são de rosés com volume de álcool em torno de 12,5%, o que confere a eles um belo frescor, com cores claras, vivas e aromas de frutas frescas.

Em sua quarta participação no Expovinis Brasil, o Provence Club Brasil traz novidades. Além da nova safra das vinícolas já representadas no país, o grupo também destaca o Château Ferry Lacombe e Château L’Escarelle, duas novas vinícolas ainda sem importadoras que fazem sua primeira viagem ao Brasil. Estes eu, que bobeei o ano passado, não perderei e irei conferir.

 

Casa Valduga – lança Gran Reserva Cabernet Sauvignon Villa Lobos. Para homenagear o cinquentenário da morte de um dos principais compositores da música universal, a Casa Valduga selecionou as mais ivalduga-villa-lobosfinas uvas Cabernet Sauvignon e compôs uma verdadeira sinfonia de aromas e sabores em reverência ao célebre maestro Villa-Lobos. De coloração rubi brilhante e bouquet delicado com frutas vermelhas maduras e um suave toque de especiarias provenientes da safra 2005, o Heitor Villa-Lobos Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2005 ainda traz notas de baunilha, café e chocolate obtidas em 12 meses de barricas de carvalho francês de primeira passagem. E encanta além da taça.

Ícone para colecionadores de bons vinhos e da boa música, este célebre tinto vem envolto em um delicado papel de seda com trechos das Bachianas Brasileiras, série de nove composições considerada a obra-prima no conjunto das centenas de músicas do artista. Lançamento fechado para poucos privilegiados num evento especial dentro das atividades da Expovinis. No stand, boa parte da linha tradicional dos vinhos da casa.

 

Cantu – a Cantu lança na Expovinis o novo e conceituado Pinot Noir Heru da Ventisquero. Herú é o vinho frutado que vem do Vale de Casablanca, berçoventisquero-heru-pinot dos Pinot Noir da Viña Ventisquero, batizado com o nome do duende que inspira a sua elaboração e protege o solo encantado de sua região de origem. Com aromas e sabores refinados, possui acidez natural e cor vermelho rubi profundo, com nuances púrpuras que completam a atmosfera mágica deste vinho encantador. Madeira, frutas vermelhas e frescas são os toques suaves que recordam os caminhos que o Herú percorreu para presentear o paladar – e a imaginação – com elegância e persistência. Além do lançamento, a Viña Ventisquero traz ao Expovinis 2009 outros rótulos de destaque, como seu vinho ícone, o Pangea, e o super premium Vertice, elaborados a quatro mãos pelo enólogo chefe da vinícola, Felipe Tosso, e John Duval, um dos mais prestigiados enólogos do mundo. 

A Cantu entra também numa fase de Velho Mundo trazendo alguns vinhos italianos e franceses. Localizada no centro de Reims, na França, a Champagne Montaudon é uma das poucas maisons de Champagne que ainda pertencem totalmente à família fundadora, hoje em sua quarta geração. A história da vinícola que traz a célebre marca do “M” vermelho começa em 1891, quando Auguste-Louis veio para Épernay exercer seus talentos de chef de caves. Mas foi seu filho Auguste-Éugene que com espírito empreendedor registrou os primeiros sucessos comerciais durante os efervescentes anos 20. Também da França, a Cantu traz os vinhos da Xavier Vignon, elaborados em vinhedos da região montanhosa de Ventoux, dos solos argilosos de Pic Saint-Loup, no Languedoc. Boas razões para dar uma passada por lá.

wine-society-logoWine Society – A Austrália inventou e revolucionou o mundo do vinho com este sistema de armazenagem de bebida. A recém inaugurada importadora Wine Society mostra com exclusividade, na Expovinis em São Paulo, alguns dos Bag in Box (famosos BIBs) mais vendidos na terra do canguru.

Poder abrir um vinho de qualidade e depois mantê-lo por semanas sem que ele oxide. Quem for ao estande, bem australiano, da nova importadora Wine Society poderá conferir o incrível custo-benefício dos vinhos no formato Bag in Box. Inventado na Austrália na década de 70, o sistema é formado por uma caixa de papelão que abriga bolsas especiais com capacidade para armazenar de 2 a 4 litros de bebida, acoplada a uma válvula dupla, desenvolvida para vedar por completo qualquer ameaça de entrada de ar. 

Na época da invenção as vantagens práticas eram tão evidentes que após poucos anos, os Bag in Box já passariam a fazer parte da rotina dos apreciadores de vinho do país. Em 1973 a média consumida por lá era de apenas 9.8 litros por pessoa/ano. Após a introdução dessas embalagens econômicas e seguras, aliado à investimentos e incentivos fiscais dados pelo governo ao setor vitivinícola, em apenas uma década, o índice saltou para a incrível marca de 19.3 litros.

Atualmente cerca de 45% do vinho consumido na Austrália é em Bag in Box. “A embalagem transformou a cultura de beber vinhos em meu país. Os consumidores passaram a levá-los para suas casas, atraídos por preços mais acessíveis, e pela opção de poder tomar apenas algumas taças por dia, já que a tecnologia da embalagem permite guardar a bebida perfeitamente na geladeira por diversas semanas”, explica o australiano Ken Marshall, diretor presidente da Wine Society, “Vamos contribuir com o crescimento do consumo da bebida em taças, nos bares e restaurantes. Pela primeira vez na história, os brasileiros terão acesso a vinhos  Bag in Box de qualidade”, completa.

Certamente uma boa oportunidade para conferir. Dê uma passada no stand para conhecer alguns dos vinhos que eles estão trazendo.

 Três dias de folia e muito para garimpar! Afora as dicas acima, não deixe de visitar a Decanter que estará com um mega stand, a Vinea Store, a KMM, enfim uma série de empresas tradicionais que estarão expondo seu enorme portfolio de bons rótulos importados dos quatro cantos do mundo.

Salute e kanimambo.

 

Ps. Ia-me esquecendo. Combine carona, vá de taxi, só não saia de lá dirigindo!

 

 

Noticias do Front – Avant Premiére

É, mais um ano e os motores se aquecem para mais uma edição de nosso maior evento enófilo, a Expovinis. Nesta época, muitos dos produtores e importadores, aproveitam o momento para uma série de eventos paralelos. Neste ano começamos com a excelente mostra de Vinhos do Porto e Douro promovidos pelo IVDP (Instituto do Vinho do Douro e Porto) em São Paulo ontem. Cerca de 30 importadores representando mais de 50 produtores, mostraram as delicias que compõem o calidoscópio de estilos dos vinhos da região. Produtos de grande qualidade, um verdadeiro avant-premiére do que poderemos ver na Expovinis com um tempero muito especial, duas provas muito especiais; uma de vinhos TOP do Douro comentada e apresentado por Carlos Cabral e uma outra de Vinho do Porto (da qual participei) harmonizado com sobremesas – Branco, Tawny 10 Anos, Tawny 20 Anos, LBV e Vintages harmonizados com as proposta do Chef pâtissier Henri Schaeffer, conduzida por José Maria Santana, jornalista e representante no Brasil do Solar do Vinho do Porto.

 

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Entre os mais de 30 vinhos provados, entre Douros e Portos, alguns me atraíram mais que outros. Por outro lado, pelo menos uma meia dúzia de rótulos importantes não consegui provar. Eis alguns de meus destaques do Douro, já que sobre os Vinhos do Porto farei matéria separada mais adiante, encontrados na feira. Os preços,quando obtidos, são uma indicação de preço sugerido ao consumidor.

 

Domingos Alves de SouzaDecanter – Três vinhos; um branco muito bom, um tinto de ótimo custo X beneficio e um outro tinto divino.

  • Branco da Gaivosa 2007, um corte de uvas autóctones da região, Viosinho/Gouveio/Rabigato/Malvasia Fina e algumas mais. Complexo ao nariz, muito frescor, ótima acidez com toques minerais um vinho realmente de muitas qualidades. (R$91)
  • Caldas Tinto 2006, corte de uvas tradicionais já nossas conhecidas como tinta roroz/touriga nacional e tinta barroca mescladas com outras menos conhecidas como souzão e tinta Francisca. Aromas bem frutados, seco, redondo, boa tipicidade da região e fácil de agradar. (R$53)
  • Quinta Vale da Raposa Touriga Nacional 2005, um senhor vinho fazendo parte da elite dos grandes vinhos portugueses. Aquele floral (violeta) típico da casta está bem presente muito bem equacionada com fruta abundante dando-lhe um perfil aromático harmônico e de boa intensidade. Na boca ainda está um pouco firme , corpo médio para encorpado, taninos finos mostrando força mas bem dosado, boa acidez e um final com toques de especiarias. Belo vinho, não é barato, mas é muito bom. (R$213)

         Quinta do Vale Dona Maria 2006Expand – queria também ter provado o Casal de Loivos, mas não deu tempo. Vou sugerir ao IVDP uma ampliação de horário já que tanta coisa boa para se conhecer, mais provas especiais tudo em apenas 6 horas, é muito pouco tempo! Este vinho é mais um dos grandes e membro da elite dos vinhos portugueses, não só do Douro. Potente firme, ainda uma criança, untuoso e de grande persistência, um vinho que precisa de no mínimo uma hora de decanter ou, melhor ainda, guarde-o por mais uns três anos.

Quinta da Touriga Chã 2004Interfood – vinho que passa por 16 meses de carvalho e pede tempo! Touriga Nacional e Tinta Roriz, num corte em que o nariz é todo Touriga Nacional. Na boca é de taninos firmes, aveludados e algo austeros neste momento de sua vida, final de boca com toques de especiarias e algo balsâmico, ainda muito novo e pedindo decantação para mostrar todo o seu potencial. Um grande vinho. (R$120)

Quinta do CrastoQualimpor – um senhor produtor da região reconhecido por seus excelentes vinhos.

  • Quinta do Crasto Branco 2007, corte de cerceal, gouveio, roupeiro e rabigato o primeiro branco da casa e chega para deixar sua marca. O nariz é estupendo, de grande intensidade mostrando fruta cítrica que se confirma na boca. É muito balanceado, fresco, seco na dose certa um vinho jovial e irreverente. Gostei muito e o preço deverá estar entre R$65,00 a 70,00. (aguardem o sorteio!)
  • Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2006 – sua versão 2005 foi o terceiroo colocado no TOP 100 da Wine Spectator no ano passado (primeiro vinho português a chegar nos TOP 10) e um vinho que dispensa apresentações. É meio que chover no molhado, mas talvez seja a melhor relação Qualidade x Preço x Satisfação disponível no mercado e não só de vinhos portugueses. È um grande vinho! Este 2006 só vem nos confirmar que nasceu para ser grande, è daqueles vinhos que sabemos que dará guarda pelos próximos 10 anos, mas já está pronto a tomar, sem qualquer agressividade, mostrando uma incrível elegância, riqueza de sabores e harmonia ímpar. Sedutor, com uma entrada de boca impactante e um final longo e macio, absolutamente divino! (de R$150 a 170).

         Pintas Character 2005Vinci – mais um grande vinho do Douro, com muito caráter e de grande impacto. Aromas sedutores, firme, novo, muito rico e complexo nos sabores, robusto, porém de taninos finos e macios mostrando uma elegância latente que virá à tona com decantação ou mais três anos em garrafa quando deve liberar todo o seu potencial. Para quem poder comprar e guardar, certamente lhe será guardado o privilégio de sorver um verdadeiro néctar. Corte em partes iguais de tinta roriz/touriga nacional e tinta barroca. (aprox. R$280).

         Quinta das Tecedeiras Reserva tinto 2005 – agora na Winebrands – mais um grande vinho da região e de Portugal, corte tradicional com diversas castas do Douro advindo de um vinhedo de cerca de 80 anos e limitada produção. Cor rubi bonita que convida à boca, ainda firme, taninos aveludados presentes, equilibrado, complexo, algo austero, potente, final muito saboroso de grande persistência com nuances de pimenta e especiarias. Mais um que faz parte da elite. ($150 a 160)

        

         Interessante observar que os vinhos portugueses em sua maioria, são vinhos para serem tomados após pelo menos três anos de vida, sendo que estes vinhos de exceção que fazem parte da elite da produção regional do Douro, são vinhos de guarda que realmente se mostram em todo o seu esplendor após o quinto ano de vida. Minha experiência com estes vinhos tem demonstrado que a decantação é quase sempre necessária. Já diz o ditado que “o apressado come cru” o que, neste caso, é absolutamente correto e se aplica integralmente. Dê tempo aos vinhos, compre safras mais antigas, guarde se for possível ou decante por pelo menos uma hora. Você verá, ou sentirá, emoções outras que mostrarão uma enorme complexidade e riqueza de sabores com uma personalidade muito típica da região decorrentes de um terroir muito especial e cepas autóctones de grande capacidade de assemblage resultando em vinhos de real grande qualidade que somente nos últimos anos o mundo vem descobrindo.

          A Wine Spectator já o ano passado publicou matéria dizendo que Portugal é a bola da vez e disso não me resta qualquer duvida. Aliás, não é de agora! As pessoas só precisam deixar os preconceitos de lado e entrar nessa rota de descobertas incríveis. Dos vinhos mais baratos, saborosos e de bom preço para o dia-a-dia, até grandes néctares, Portugal tem uma enorme diversidade de regiões, cepas, estilos e terroirs que valem a pena ser conhecidos, sendo o Douro um bom ponto de partida para essa viagem.

         Assim que der falo dos Vinhos do Porto, experiência intensa e única com alguns dos grande néctares da região. Salute e não deixe de provar, preferencialmente tomar, alguns destes grandes vinhos.