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As 10 Maiores Marcas de Vinho no Mundo

Wine globe 3          Tamanho ou seja, volume de business! Isso não quer dizer que aí não haja também muita qualidade, porém há também um volume enorme de vinhos industrializados, alguns até bons, outros nem tanto. De qualquer forma, são importantes players no mercado com muitos rótulos no que chamamos de entrada de gama. Talvez old news para alguns, porém só agora tomei conhecimento e achei a lista muito interessante porque a China já assume uma posição importante nesse ranking, ela que já é a quinta maior produtora do mundo. Nas cinco primeiras posições deste ranking do The Drink Business publicado na revista Adega e recém recebido no Vinoticias semanal do amigo Marcio, a maioria das vinícolas destão no chamado Novo Mundo, como a Gallo, que em 2012 comercializou mais de 1 bilhão de litros de vinho. Confira, a seguir, o top 10 da publicação.

Gallo: a vinícola californiana fundada em 1933 é a que mais vende vinho no mundo: são mais de 1 bilhão de litros comercializados por ano. São quase 50 rótulos disponíveis em cerca de 60 países. 

Great Wall: chinesa fundada em 1983, é a líder de vendas do mercado nacional, com 15 milhões de caixas. De 2011 para 2012, aumentou seu volume de vendas em 10%.

● Hardy’s: vinícola australiana presente em mais de 80 países. A marca, criada em 1853, está avaliada em mais de 10 milhões de dólares.

Concha & Toro: única latino-americana da lista, a Concha y Toro é responsável por 33% das exportações de vinho chilenas e em 2012 vendeu 13 milhões de caixas de vinho.

Yellow Tail: com apenas 12 anos de idade, a Yellow Tail se tornou uma das vinícolas de mais sucesso da Austrália. Cerca de 40% de seus vinhos são vendidos no Reino Unido.

Sutter Home: a segunda californiana da lista, seu slogan é a venda de vinhos de qualidade a preços mais acessíveis. Comercializa 11 milhões de caixas/ano.

Robert Mondavi: a vinícola de Robert Mondavi é uma das mais importantes do Napa Valley. Seu fundador deu fama aos vinhos da região e colocou o Novo Mundo no mapa vinícola. Vende 11 milhões de caixas ao ano.

Beringer: californiana, seu crescimento nos EUA esteve ligado ao crescimento dos vinhos Moscato e, mais tarde, e bebidas do segmento de luxo. Atualmente, investe em parcerias voltadas para o turismo europeu.

Lindeman’s: mais uma australiana, a Lindeman’s tem reputação mundial por produzir vinhos de qualidade a preços mais baixos. Comercializa cerca de 7 milhões de caixas ao ano.

Jacob’s Creek: a vinícola da Austrália, de 160 anos, está avaliada em 338 milhões de dólares e aumentou em 32% o volume de exportação para a China. A marca está associada a eventos de tênis e tem uma parceria com Andre Agassi. (Fonte – Revista ADEGA – 08/07/2013).

Interessante listagem, não? Deles, ou de qualquer outro, que Baco guie suas escolhas neste fim de semana. Salute e kanimambo.

Direto do Front – Expovinis 2013

     Ontem não consegui postar, mas abaixo seguem alguns destaques do que vi e provei por lá. A Expovinis mudou muito de perfil nos últimos anos e hoje a maioria dos expositores é de produtores internacionais procurando importadores e produtores nacionais mostrando suas novidades e buscando compradores.

     Como comentarista de vinhos que sou, meu foco é sempre de compartilhar com os amigos minhas experiências nesta021001_WineSpitting_Main saborosa vinosfera que nos cerca então de cara deixo de lado uns 80% da feira pois de nada vai adiantar eu falar para você dos Brunellos ou Bordeauxs existentes por lá porque você não vai conseguir comprar depois nem, provavelmente, verá a maioria novamente. Para os consumidores amigos que hoje estarão livres para visitar a feira, no entanto, há sim ilhas enormes de França, Itália (uma só de Brunellos), Espanha, Portugal, Argentina e Chile com um monte de coisa boa para você se esbaldar, mas vá de taxi ou metrô e não deixe de cuspir, mas com delicadeza! rs

    Desta feita minha reportagem será mais fotográfica, mas indicativa de onde ir para provar alguns vinhos de muita qualidade que depois você poderá comprar se gostar. Afora estes destaques, certamente uma visita e prova aos estandes dos produtores portugueses de Vinho do Porto e Madeira é sempre uma deliciosa experiência e um dos Madeiras imperdíveis é a Henrique e Henriques “HH”. Agora vamos lá aos destaques que, este ano, só falam português!

Destaques Brasil

Destaques Brasil

    Curto muito os vinhos de Santa Catarina e em especial da Villaggio Grando e da Quinta das Neves. O Rosé “Rosa da Neve” da Quinta da Neve foi uma grata surpresa, um blend muito balanceado de quatro castas; Pinot, Cabernet Sauvignon, Sangiovese e Merlot. Da Villaggio Grando um espumante Brut Rosé elaborado pelo método Charmat com as cepas Merlot e Pinot Noir foi destaque entre os espumantes nacionais tanto nos TOP 10 como na minha taça. Foi, no entanto, as amostras de barrica de dois novos vinhos que deverão aparecer no mercado até ao final deste ano que realmente me entusiasmaram, o Tannat/Malbec e, especialmente, o Licoroso Branco elaborado com as uvas francesas Petit Manseng e Gros Manseng, muito sedutor e bem feito, uma grata e saborosa surpresa!

Novidades da Malhadinha

Novidades da Malhadinha

Sou fã desde há muitos anos dos vinhos da Herdade da Malhadinha Nova no Alentejo e a cada edição da Expovinis sempre há interessantes novidades adicionadas a seu portfolio. Dos rótulos novos, estes dois me chamaram mais a atenção e se estiver por lá não deixe de dar uma passada nos “Vinhos do Alentejo” para bater um papo com a entusiasmada e vibrante Ana e o simpático e jovem enólogo da casa o Nuno Gonzalez que certamente os guiarão por sabores muito marcantes. O Verdelho, muito aromático e fresco é vibrante com toques minerais, seco e sedutor enquanto o Touriga mostra toda a exuberância da casta com muita classe e elegância, grande Touriga!

 Vinhos do Porto

Quinta do Infantado Portos

Já devia ter provado no ano passado, mas acabei passando e desta feita coloquei na lista para não perder e valeu muito a pena, inclusive pela simpatia da Paula Roseira sua diretora comercial que, inclusive, nos preparou um delicioso Portonic. Seus portos são muito bons e algo diferenciados tendo seu Reserva Tawny Dona Margarida com seis anos de barrica me seduzido assim como seu excelente Tawny Colheita 10 anos. Todos sabem que adoro Vinhos do Porto sendo um consumidor habitual destes néctares em seus mais variados estilos e este realmente abriu uma porta para minha adega pessoal. O Branco Seco, também usado na elaboração do Portonic, também se mostrou muito interessante. Portos diferenciados que vale a pena conhecer, tinha até um Vintage 2007!

Best in Show

best in Show - Marias

A não ser que algo muito especial e surpreendente apareça em minha taça hoje quando irei para a prova ás cegas dos vinhos até R$50 selecionados e aproveitarei para finalizar meu roteiro pela feira deste ano, este não tem para ninguém! Um grande vinho que inaugurou uma nova classificação de vinhos para mim, a dos “incuspíveis”! Blend de Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Syrah e Aragonez é um grande vinho hoje e certamente dentro de alguns anos, caso alguém o consiga guardar, estará ainda melhor. De uma elegãncia e complexidade incríveis, é um vinho que realmente deixa marcas e, até em função de tudo isso, lamentavelmente também na carteira especialmente em terras brasilis. Só tinha uma garrafa deste néctar, então ……..

Best Design & Stand

Best design - Gragnos

Certamente o estande mais bem bolado e sofisticado de toda a feira. Como eles dizem por lá; “Très Chique” ou como dizem por aqui,  chique no úrtimo! Produtor do Languedoc, o Chateau Gragnos investiu pesado na busca por um importador e em marcar seu nome no mercado brasileiro. Tem até uma pequena e estilosa cozinha gourmet em que o visitante se inscreve para participar e um chef harmoniza os vinhos com finger foods elaborados ali mesmo. Um rosé muito bom no estilo Provence e um Saint-Chinian bastante elegante, em linha com a sofisticação da marca. Tudo vai depender de preço e de quem eventualmente os importará por aqui para ver se valerá a pena, mas que impressionou, impressionou!

     Bem, por hoje é só e assim que der vem mais coisa, mas não e esqueça, se ainda quiser sobraram algumas poucas vagas para nosso curso sobre Portugal – Suas Regiões, Uvas e Vinhos na próxima Segunda. Para finalizar o curso, um caldo verde com chouriço, broa de milho (a verdadeira) e uma surpresa! Ah, estava me esquecendo, ainda tentarei provar hoje, dizem que há por lá um espumante Russo bastante interessante, é provar pra crer! Salute, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos.

Direto do Front – Luxury Wines no Encontro de Vinhos OFF

       Meus amigos, nesta semana volto com esta coluna relatando aquilo que de mais interessante, ou pelo menos do que mais me chamou a atenção, nos eventos de vinho nesta semana “pra” lá de especial! Do Gambero Rosso, falo mais adiante pois hoje quero compartilhar os acontecimentos de ontem no Encontro.

       Como sabem meu foco sempre foi em cima dos achados, daqueles vinhos de bom preço, porém não sou xiita e també me deixo levar pelos encantos do luxo e dos grandes vinhos, especialmente quando por trás de uma bonita embalagem vem conteúdo marcante e sedutor. São produtos que têm a capacidade de eternizar momentos, mas deixa eu falar primeiro da escolha dos TOP5 do Encontro. Já cheguei atrasado então tive correr para, ás cegas, fazer a prova de um emaranhado de vinhos e sabores nas “catacumbas” (rs) da linda Casa da Fazenda onde o evento se realizava.

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e os escolhidos foram:

1º. Lugar: Antichello Amarone, 2008 , Ravin importadora / 2º. Lugar: Tinedo Cala n.2, 2009, Domno importadora / 3º. Lugar: Amarone Scriani, 2008, s/ importadora / 4º Lugar: Chilcas Cabernet Franc, 2010 , Max Brands e
5º Lugar: Amarone Tenuta Chiccheri, 2007, s/ importadora.

       Para mim, no entanto, o vinho que mais me seduziu na prova foi um Brunello de Montalcino 2004 muito elegante eDSC02167 fino que se destacou num emaranhado de potentes amarones. Foi o Tenuta Friggiali, um vinho que vale a pena ficar de olho. Na sequência, me encantaram o Marquês de Murrieta, um belo Rioja que é sempre um porto seguro de muita qualidade e o Secret Spot Douro 2007 um belo tinto que apesar do nome é genuinamente lusitano.

       Agora de volta ao tema deste post que fala de Luxo, neste caso fora e dentro da garrafa. Sim porque se o packaging é de primeira (quem não gostaria de ganhar um presente marcante desses?) os vinhos são um luxo só na qualidade. Um sul africano e um português, um já disponível por aqui e o outro, por enquanto, só em terras lusas, porém absolutamente marcantes e com preços condizentes.

Luxury Wines

      O Vilafonté é um incrivelmente complexo e saboroso blend de Malbec, merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc que vem apresentado numa caixa vermelha com seis unidades individualmente embrulhadas. Preço condizente com a qualidade geral apresentada, vinho de guarda, e caixa com seis unidades sai por cerca de 1800 reais. Já o Secret Spot (de novo ele) Moscatel do Douro (Favaios) é para tomar de joelhos, um verdadeiro elixir dos deuses, néctar que por terras lusas custa nas lojas (garrafeiras) por volta dos 50 Euros e acho que, caso chegue por estas bandas, não deve sair por menos de uns 500 a 600 reais! Absolutamente sedutor e fico imaginando um jantar a dois acompanhado do Vilafonté no prato principal e fechando com o Secret Spot! Por outro lado, imagine receber de presente uma dessas gracinhas?!!

      Bem por hoje é só, mas amanhã tem mais pois hoje tem Expovinis e a busca pelo Santo Graal, um evento que em conjunto com alguns colegas blogueiros, vamos atrás do melhor vinho da Expovinis com preço de venda no mercado de no máximo, cinquentinha! Sim cinquenta reais, esse vai ser nosso objetivo e depois dia 26 vamos prová-los numa degustação ás cegas. Salute e kanimambo, amanhã tem mais.

Ps. clique nas imagens para aumentá-las.

58 Grandes Compras Abaixo de 15 Libras

        É, tá certo que o patamar de preços é outro e a realidade idem, porém é uma lista que não deixa de ser um guia de recomendações interessantes, face a seriedade da fonte, e fiquei bastante feliz quando vi essa lista porque muitos já listei aqui como melhores do ano e outros posts. A fonte é das melhores, a respeitada revista inglesa Decanter e vale vocês clicarem neste link e ir conhecendo alguns bons vinhos que devem andar aqui numa faixa de preços intermediária, entre os R$50 a 100 por aí. Aproveitem >

http://www.decanter.com/wine/labels/34220/slideshow/0/58-great-value-new-world-reds-under-15?dec#index=http%3A%2F%2Fwww.decanter.com%2Fwine%2Flabels%2F34220%2Fslideshow%2F0%2F58-great-value-new-world-reds-under-15%23slideshow

   Serve também como boa fonte de pesquisa para os importadores que busquem refrescar seus portfolios pois há muita coisa diferente que ainda não está por aqui. Espero que estejam se divertindo de montão neste carnaval. Eu sigo trabalhando muito para fazer a mudança da Vino & Sapore, escolher novos rótulos e abrir neste próximo Sábado. Se não der mais zica nenhuma, andei meio down em função de umas dores estomacais, espero os amigos para uma taça de espumante a partir de dia 16 no novo endereço, só atravessando a rua de onde estávamos > Zagaia Mall, na Rua José Felix de Oliveira 875. Até lá, Salute e Kanimambo

Full House, Que Bom!

Cansado, porém muito feliz pelo sucesso do primeiro Wine Day, por sinal o amigo Simon da Kylix deveria cobrar royalties (rs), na Vino & Sapore. Nunca escondi de ninguém que hoje, afora minhas atividades como colunista, cronista e blogueiro de nossa vinosfera, também sou um lojista e completando um ano de vida. Tento, e creio conseguir, manter uma separação entre o negócio e meus comentários, mas muito do que provo e aprovo em minhas atividades mais, digamos assim, jornalísticas, acabam por uma questão de coerência, encontrando seu espaço nas prateleira da Vino & Sapore.

         Completamos um ano e juntamos num evento, anunciado aqui, nossos principais parceiros fornecedores, como clientes e amigos que há muito me seguem aqui no blog. Montar isso foi um trabalhão que nos deu imenso prazer ao ver o apoio recebido de nossos principais fornecedores e, efetivamente, parceiros; Decanter, Mercovino, WW Wine, Vinho Sul, Vinhos do Mundo, Isa Amaral e Voilá com quem pretendemos intensificar nossas atividades ao longo do próximo ano. Aliás, incrível como tem gente falando de parceria sem ter a mínima noção do que seja isso!

           Imensamente felizes por ver amigos do blog como o Josmar e a Jackie que vieram de tão longe para nos prestigiar, dos amigos de longa data como o Dr. Ricardo (grata surpresa), Evandro, Fabio e Zé Roberto, parceiros de tantos encontros em torno da taça, de novos amigos como o Hélio e Rejane que se deslocaram de Santos sem contar os vizinhos Edu e Wendy, Ana Claudia e Luis, Francisco e Sonia, do sempre parceiro Beto Duarte que veio sem a Cláudia (sniff), da incentivadora e confreira Denise, enfim uma série de pessoas que se revezaram desde as dezessete hora ás vinte e uma deixando a casa com um astral ótimo. Também sentimos falta de alguns e com esses vou ter um papo particular, eh, eh!

            A todos nossos parceiros, amigos leitores e clientes um kanimambo enorme. O Marcio (meu sócio nessa empreitada) e eu agradecemos sobremaneira a honra de os ter recebido nessa que é um pouco, a extensão de nossa casa em que vinho, experiências e conhecimento estão presentes para ser compartilhados com todos os que adentrarem o recinto.  O trabalho tem sido intenso, o que tem atrapalhado minha presença em alguns eventos e postagens neste blog, mas tem valido a pena e espero a visita de mais amigos leitores. Aliás, recebi amigos do Acre (Fernando) e Floripa (Ronaldo) nestes últimos 15 dias, imensa alegria e honra!

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos. Vamos ver se nesta semana consigo retomar o ritmo.

Um Afago do Maledetto

Depois de tanta aberração e descompasso com a realidade, finalmente alguém teve o bom senso de alterar a legislação no tocante á obrigatoriedade de todos os estabelecimentos comerciais somente venderem vinhos selados independentemente de quando foram importados e comercializados a partir de Janeiro próximo. Agora essa obrigatoriedade só terá efeito em Janeiro de 2015. Na verdade é um pouco aquela história do bode na sala, pois não refresca muita coisa, mais um paliativo típico de nossa Terra Brasilis que adora tapar o sol com a peneira!

           Se quisessem, efetivamente, corrigir erros, o correto seria simplesmente definir que produtos importados antes da lei e devidamente cobertos pela documentação pertinente,  estão com sua venda liberada. Me parece, mesmo não sendo jurista,  que aí sim existiria justiça fiscal, até porque não dá para uma lei ser aplicada retroativamente.  Fácil, fácil, mas como adoram complicar as coisas…….ficamos com esse afago e damos vivas! Triste e frustrante, então me desculpem se não solto rojões. De qualquer forma, segue na íntegra a resolução:

IPI – ALTERADA A LEGISLAÇÃO SOBRE A APLICAÇÃO DO SELO DE CONTROLE NO ENGARRAFAMENTO DE VINHOS
PUBLICADA EM 01/09/2011 – 08:51

Foi prorrogada de 01/01/2012 para 01/01/2015 o prazo de sujeição ao selo de controle pelos estabelecimentos atacadistas e varejistas que comercializam os vinhos classificados no código 2204 da Tabela de incidência do IPI
(TIPI). Os estabelecimentos artesanais e caseiros, não associados a cooperativas, com produção anual não superior a 20.000 litros de vinhos, estão dispensados da aplicação do selo de controle.

( INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB N – 1.188/2011 DOU 1 DE 31/08/2011 )

Fonte:  Editorial IOB

Salute, kanimambo e bom fim de semana.

Tirando o Chapéu

Dá gosto ver gente empreendedora ser bem sucedida de forma honesta e trabalhadora. Gente que , com muito suor e lágrimas, transforma sonhos em realidade. Para esta gente faço questão de publicamente tirar o chapéu e neste caso o faço para a Angela Mochi proprietária da Viña Sucre no Chile. De uma loja de vinhos em Campinas, a Art du Vin, em 2000, passando pela importadora Wine Company em 2003 até aos dias de hoje como bons vinhateiros com este projeto da Viña Sucre, foram pouco mais de dez anos dedicados a um projeto que não tem data para acabar. Desde cedo que falo deles porque o binômio qualidade x preço me fisgou por completo. Seu Sucre Cabernet Sauvignon 2008 foi uma grande estréia e seu Reserva Syrah surpreendente dentro da faixa, mas todos os rótulos são bons, tanto que o Reserva Carmenére é campeão de vendas em alguns restaurantes onde o coloquei. Agora estão dando um paço a mais com a chegada dos Gran Reserva e um Sauvignon Blanc de Casablanca que já me despertam curiosidade!

           A Angela me enviou um e-mail onde pedia minha opnião sobre seu novo blog falando das coisas da Viña Sucre e da elaboração de seus vinhos. Sem maquiagem, indo direto ao assunto, o blog é uma delicia que nos permite acompanhar um pouco da elaboração dos vinhos e nos leva a compartilhar virtualmente a colheita. Foi nele que vi o tremendo trabalho que eles estão tendo para, com uvas das mais diversas regiões, elaborar os vinhos que em breve estarão em nossas taças, legal! Minha dica para este fim de semana é você fazer como eu, navegar pelo blog deles e colocá-lo entre seus favoritos. Boa colheita, ótimo fim de semana e kanimambo pela visita.

PS. Clique no mapa para ampliá-lo.

Frio Congelante – Tristeza de Uns, Felicidade de Outros

          Há pouco mais de oito meses tive o privilégio de ter participado do lançamento do primeiro Icewine brasileiro, o Pericó Icewine, frutos do sonho de um empreendedor (Wander Weege) e de um técnico de muito conhecimento e sensibilidade, o enólogo Jefferson Nunes. Juntos transformaram  esse sonho em uma muito boa realidade na taça, por sinal, lindíssima!

          Escrevi sobre essa experiência e vinho aqui, mas pairava uma duvida em minha mente. Quando seria possível repetir a dose com as dificuldades climáticas que temos para produzir este tipo de vinho que requer uma temperatura superior a menos cinco graus centígrados! Pois bem, como diz o título, “Frio Congelante – Tristeza de Uns, Felicidade de Outro” e com esta onda de frio as condições de colheita nunca estiveram tão boas deixando o pessoal da Pericó pleno de felicidade! Em meados de 2012 devemos ser agraciados com uma nova safra nas prateleiras das melhores lojas do ramo com, espero, preços algo mais convidativos.

        Eu que acompanho desde o inicio as peripécias do Jefferson nos vinhedos da Pericó tentando materializar esse sonho, fico feliz de vê-lo ser concretizado mais uma vez e, quem sabe, não possa novamente vir a ser testemunha de mais esse êxito em Outubro de 2012! Vejam algumas das fotos recebidas da vinícola.

Colheita

Salute e kanimambo pela visita.

Direto do Front da Vini Vinci 2011

            Curto muito estes encontros com vinhos promovidos pelas importadoras, especialmente pelo fato de que é algo mais real e dá para pesquisarmos e garimparmos rótulos que temos disponíveis por aqui nas lojas. Ou seja, nos são acessíveis, em grande ou menor nível em função do preço, mas estão por aí!

          A Vinci, uma empresa do Ciro Lilla que é proprietário da mais importante importadora do momento no Brasil, a Mistral, também tem lá sua estrelas mesmo que não da mesma grandeza da empresa principal. Com essa estirpe e a sempre positiva organização da Sofia Carvalhosa, uma das mais importantes assessoras de imprensa deste mercado, só poderia resultar em sucesso e pude conferir isto “in loco” inclusive escutando os comentários dos que estiveram presentes. Uma sugestão no entanto, ter, numa próxima oportunidade, o núnero da página no catálogo impresso também no estande de cada produtor presente pois facilita a localização, coisa simples e certamente eficaz. Vi e provei bastantes coisas tendo, como sempre, algumas ótimas surpresas.

Sempre Onipresente, um ícone dos vinhos Riojanos e porque não do mundo em função de seu estilo de produzir vinhos, a Viña Tondonia é um must e uma passagem por seu estande, apesar do pingo na taça, é sempre uma benção muito especial, como se estivessemos sendo ungidos por deus Baco. Seus brancos são antigos, complexos e únicos. Seus tintos; magníficos caldos, verdadeiras obras de arte renascentista que, como tal, não estão “á mão” de todos em função do preço, porém são certamente rótulos obrigatórios na “wish list” de qualquer enófilo que se preze!

Clássico, é talvez o principal adjetivo da Caves São João e seus vinhos da Bairrada (Portugal), mais do que do Dão na minha opinião, são vinhos onde a tradicional Baga e a Cabernet Sauvignon geram vinhos extremamente longevos, ricos e marcantes. Seu Quinta do Poço do Lombo 2005 (Baga, Cab. Sauvignon e Camarate) é muito aromático e sedutor pedindo-nos para levar a taça à boca onde ainda se encontra fechado, porém mostrando uma enorme riqueza e estrutura que nos leva a prever que em mais uns três anos, quando ele estiver com dez, estaremos frente a frente, quem conseguir aguardar, com um vinho de grandes qualidade.  Seu Poço de Lobos Colheita 1988 é de uma complexidade ímpar e ainda promete muitos anos de vida gerando prazer a quem se habilitar. Um produtor que pouco conhecia e que conquistou meu respeito.

Luca, a confirmação. Laura, filha de Nicolas Catena, só isso já bastaria para nos chamar a atenção, mas também possue alma própria que descarrega neste vinhos muito marcantes bastante potentes. Esta potência e enorme estrutura se mostram muito presentes tanto no Malbec como no Syrah, mas tenho que reconhecer que o grande destaque, pelo menos a meu ver, são o Pinot Noir e o Beso de Dante um belo corte majoritariamente de Cabernet Sauvignon de Agrelo (solo sagrado do Catena Estiba Reservada) com Malbec.

Surpresas:

  • Guerrieri-Rizzardi, produtor do Veneto com uma tradição de mais de 500 anos na região. Bons Ripasso e Amarone, mas o grande destaque, não só dele como de tudo o que provei no dia, é o seu branco doce Recioto di Soave 2003, só 2600 garrafas produzidas, que aparentemente estão esgotadas no mundo, estando aqui em terras brasilis, algumas das últimas disponíveis ao consumidor.
  • Rust em Vrede uma das mais antigas e tradicionais vinícolas Sul-africana que produz vinhos muito bom corpo, alto teor de álcool (15%), porém muito bem equilibrados gerando um tripé (álcool, taninos,acidez) que indica estarmos diante de vinhos que deverão envelhecer, mesmo os da parte debaixo da pirâmide, muito bem. Gostei muito de seu Merlot 2009, ainda bem fechado, mas me encantei com seu Rust em Vrede Estate 2007, uma beleza de vinho, muito sedutor e elegante elaborado com um corte de Cab. Sauvignon (60%), Shiraz (30%) e Merlot.

Muito bons:

  • Comenge Biberius e Crianza, espanhóis de Ribera Del Duero. Ótima relação cust x Beneficio para o Biberius, mas o que mais me encantou foi o Crianza 2006 que também está com preço muito bom para o que entrega, algo ao redor de R$90,00.
  • Chanson Merceurey e Chambolle-Musigny, com destaque para o Merceurey de bom preço (por volta dos R$100) e muito saboroso.
  • St. Michael-Eppan da região de Sud-Tirol no norte da Itália, Bolzano quase fronteira com a Áustria, que possue uma cepa autóctone que gera vinhos muito interessantes, a Lagrein, mas também elabora um muito bom Alto Adige Pinot Nero Sanct Valentin. Tinha uma degustação agendada e tive que sair correndo, uma pena porque este produtor merece ser melhor explorado inclusive nos brancos.
  •  Bera, produtor clássico do Piemonte com vinhos muito bons e de bom preço tendo me surpreendido seu Dolcetto d’Alba com mais corpo de que costumeiramente estamos habituados e um belo Barbaresco

Os de Sempre: Errazuriz/Chile com seu delicioso The Blend, Angheben/Brasil e seu marcante Teroldego, La Posta/Argentina e seu campeão de relação Custo x Beneficio, o “Best Buy” Cocina Blend,  Robertson Winery/África do Sul com seu Chenin Blanc e Pinotage também na lista de “Best Buys”, CVNE/Espanha com seu clássico e divino Imperial Gran Reserva 99, Champagne Henriot/França com seu Brur Millésime 98.

Personalidades: Rupert Dean, o inglês bonachão que mora, tadinho, no Lago de Garda e cuida dos negócios internacionais da Guerrieri-Rizzardi e Kobie Lochner o simpático gerente de marketing da sul-africana Rust em Vrede que fizeram diferença.

             Como não consegui ver tudo, como de praxe, sugiro acompanhar os relatos dos amigos blogueiros Daniel Perches (Vinhos de Corte), Gustavo (Enoleigos), Jeriel da Costa (Blog do Jeriel), Alexandre (Diario de Baco) e André (Enodeco) que certamente trarão outras noticias e outros destaques deste agradável evento. Grato aos amigos da Vinci, Ciro Lila e Sofia pela oportunidade. Salute e kanimambo pela vista.

Vini Vinci 2011

               A Expovinis deixou de ser, para mim, o grande evento vínico Brasileiro para os enófilos de plantão!  Imperdível, certamente que sim, mas existem uma série de outros eventos que merecem destaque como o Encontro de Vinhos OFF e, especialmente, os encontros realizados por algumas importadoras de ponta com portfólios de preimeiríssimo nível. Algo mais tranqüilos com produtores de primeira linha apresentando rótulos de grande qualidade, são eventos mais objetivos e focados que têm mais a ver com minha atividade de cronista do vinho e como comerciante que também sou, oferecendo ao enófilo consumidor melhores condições de degustação e conforto.

           Um dos eventos que encaixa nesse perfil, é o Vini Vinci 2011 que é o grande momento, exceção feita à degustação vertical de Don Melchor na Vino & Sapore (eheh), da semana que vem para os apreciadores e amantes do vinho tanto em Sampa quanto no Rio de Janeiro. O legal é que aqui vemos e provamos somente rótulos que estão disponíveis no mercado ou seja, estão ao alcance da maioria. Este grande evento bienal da importadora Vinci, em sua terceira edição, se quiser rever os destaques de 2009 clique aqui, reunirá mais de 50 prestigiadas vinícolas da África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Itália, Portugal e Uruguai, que estarão servindo ao público uma premiada seleção de cerca de 255 vinhos, incluindo muitas novidades e lançamentos. Certamente um evento que você não poderá perder e que faço questão de recomendar para os amigos transmitindo abaixo o press-release recebido da amiga e competente assessora de imprensa do grupo Mistral/Vinci, a Sofia Carvalhosa:

            No Rio de Janeiro, o Vini Vinci será realizado no dia 23 de maio (segunda-feira), das 17h às 22h, no Sofitel (Av. Atlântica, 4240 – Copacabana). Já em São Paulo serão dois dias,  24 e 25 de maio (terça e quarta-feira), das 17h às 22h, no Grand Hyatt (Av. das Nações Unidas, 13301 – Brooklin). Não haverá venda de ingressos no local. As reservas devem ser feitas pelo telefone (11) 2797-0000.

           Entre os produtores que estarão presentes, estão os franceses Luc Baudet, do Château Mas Neuf, famoso por produzir vinhos de alta qualidade a preços justos na emergente região de Costières de Nîmes; e Bertrand-Gabriel Vigouroux, da Georges Vigouroux, que em 2000 assumiu o comando da vinícola – até então dirigida pelo pai, Georges –, dona de caves moderníssimas instaladas sob um dos mais belos castelos do século XIII no sul da França. 

          Da Itália, grandes nomes como o super-enólogo Alessandro Cellai, que assina os rótulos das toscanas Castellare di Castellina, Podere Monastero e Rocca di Frassinello e a Feudi del Pisciotto, da Sicília; Antonio Argiolas, batizado com o mesmo nome do avô, fundador da Argiolas, representa a 3ª geração da família no comando da vinícola, que acumula 17 “tre bicchieri” no Gambero Rosso e é classificada com sua disputada “stella”; e Giancarlo Guarnieri, da Lanciola, produtor de verdadeiras joias em Chianti Colli Fiorentini e Chianti Classico. 

         Da Espanha, vêm José Manuel Ortega Gil-Fournier, que dirige as bodegas O. Founier na Ribera del Duero, na Argentina e no Chile; Joan Arrufí, proprietário e enólogo da Altavanis, da ainda pouco conhecida DO Terra Alta; e Alvaro Comenge, que em 1999 inaugurou a Comenge, nova estrela da Ribera do Duero e embaixadora da casta Comenge Verdejo.

         Produtores portugueses também marcam presença no Vini Vinci’11, como a enóloga Joana Cunha, que trabalha ao lado de Francisco Olazabal na Quinta do Mondego, no Dão, e Joaquim Guimarães, da Monte da Ravasqueira, instalada em uma das melhores localizações do Alentejo. Já o Brasil estará representado por Eduardo Angheben, da gaúcha Angheben, única vinícola nacional no catálogo da Vinci.

       O evento traz ainda muitos outros nomes do mundo do vinho, como o promissor enólogo Gabriel Pisano, que aos 27 anos é proprietário da uruguaia Viña Progreso, e a húngara Kata Ádász, diretora da Tokaji Hétszölö e jornalista de vinhos, que já colaborou para publicações como a inglesa Grapes Talks

O investimento nesta verdadeira viagem de sabores, é de R$190,00 por dia e como não existe venda no local, melhor se garantir ligando para (11) 2797-0000. Farei minha visita aqui em Sampa na Terça-feira, e você? Quem sabe não nos encontramos por lá? Salute e kanimambo por me seguir me visitando por aqui.