Mais uma dica de fim de semana e um passeio para lá de diferente e cultural. Em Itu tudo é grande, ou assim dizem, então o amigo e artista plástico Paulo Lara (link aqui do lado) organiza este que promete ser o Maior Evento de Pintura ao Vivo do Mundo!
Só uma dica para quem ainda esteja interessado em participar desta degustação às cegas já aqui anunciada, de vinhos 100% Malbec com 90 ou mais pontos nas avaliações tanto da Wine Spectator como do Robert Parker. Mudamos para dia 3, próxima Terça, e não mais dia 4, ok?
Salute, kanimambo e nos vemos lá.
Bem, antes de falar de mais essa etapa de navegação, um break para falar dos TOP 10 da Expovinis escolhido por uma banca degustadora de ilustres conhecedores, críticos e estudiosos dos caldos de Baco. Sempre interessante ver o resultado mostrando o ganhador e alguns de seus principais concorrentes, porque isto dá uma outra visão do resultado. Onde cabe, coloco um pitaco meu.
Espumante Nacional
1 Casa Valduga 130 Brut – Bento Gonçalves, Brasil (Clássico Nacional)
2 Valmarino & Churchill Champenoise, 2009 (Divino, uma surpresa que trabalho há um tempo e já tive oportunidade de comentar aqui)
3 Aurora Chardonnay Método Charmat
4 Peterlongo Elegance Champenoise Brut
Espumante Importado
1 Cuvée Charles Gardet – Champagne, França
2 Le Marchesine Franciacorta Brut Docg
3 Margot Extra Brut
4 Astoria Prosecco Cartizze
5 Zonin Prosecco Doc
Branco Sauvignon Blanc
1 Casas Del Bosque Pequeñas Producciones Sauvignon Blanc, 2009, Casablanca, Chile ( um de meus preferidos que tomei com o amigo Cristiano um apaixonado. Pena que seja tão difícil encontrar por aqui e o preço não ajude muito)
2 Casas Del Toqui Terroir Selection Gran Reserva, 2010
3 Villa Francioni Sauvignon Blanc, 2009
4 Sanjo Núbio Sauvignon Blanc, 2010
Branco Chardonnay
1 Giaconda Nantua Vineyard Chardonnay, 2005 – Victoria, Austrália
2 Monte Agudo Terroir De Altitude Chardonnay, 2008 (Provei e gostei. Madeira mais integrada no nariz, mostra uma certa evolução na boca com bastante complexidade.)
3 Phillippe Collin Chevalier Montrachet Grand Cru, 2007
4 Salton Virtude Chardonnay, 2008
5 Luiz Argenta Gran Reserva Chardonnay, 2009
Branco Outras Castas
1 Morgado De Sta Catherina Bucelas Reserva Arinto, 2008 – Estremadura, Portugal (uma maravilha que só confirma a ótima forma que os brancos portugueses passam. Já comentado aqui no ano passado, é um vinho complexo e encantador.
2 Casa De Sarmento Maria Gomes, 2008
3 Sanjo Maestrale Integrus, 2008
4 Eral Bravo Urano Torrontés, 2010
5 Herdade Dos Grous Reserva Branco Regional, 2008
Rosado
1 Château De Pourcieux Côtes De Provence, 2010 – Provence, França
2 Chateau De L’escarelle Coteaux Varois En Provence, 2010
3 Domaine De Vignaret Rosé
4 Chateau De L’escarelle Les Belles Bastilles, 2010
5 Chateau Ferrylacombe Cascaii Rosé, 2010
Tinto Nacional
1 Pizzato DNA 99, 2005 – Bento Gonçalves, Brasil (a consagração dos merlots nacionais)
2 Santo Emílio Leopoldo Cabernet Sauvignon Merlot, 2007 (Sempre gostei deste vinho que já comentei aqui em outra cobertura de Expovinis anteriores, creio que dois anos atrás.)
3 Viapiana Via 1986 Marselan, 2009
4 Miolo Merlot Terroir, 2008
Tinto Novo Mundo
1 Jim Barry The Mcrae Wood Shiraz, 2005 – Clare Valley, Austrália
2 Undurraga TH Pinot Noir, 2009
3 Spice Route Mourvèdre, 2008 (baita relação Custo X Qualidade x Prazer e uma enorme satisfação ao tomar. Literalmente vale quanto pesa)
4 Gimenez Rilli Reserva Altamira, 2007
5 Perez Cruz Quelen Special Selection, 2006
Tinto Velho Mundo
1 Roquette & Cazes, 2007 – Douro, Portugal
2 Burgos Porta Mas Sinén Coster, 2006
3 Bodegas Portia Ebeia Roble, 2009
4 Bodegas Portia Prima, 2007
5 Mouchão Colheitas Antigas, 2000
Doce Fortificado
1 Justino’s 10 Years – Madeira, Portugal (muito bom, adoro a Bual 10 e 15 anos, grandes vinhos)
2 Quinta Santa Maria Portento, 2006 (há tempos também já o recomendei aqui e acredito que seja uma ótima opção aos Portos Ruby básicos, ainda mais que agora leva um bom porcentual de Touriga Nacional.)
3 Meerendal Chenin Blanc Natural Sweet, 2009
4 Dr. Loosen Ürziger Würzharten Riesling Auslese 2008
5 Pericó Ice Wine, 2009
Voltando à navegação, prejudicada por ter que sair ás pressas e cedo em função de chamada profissional, e pior, hoje tive que entrar no estaleiro para reparos e não poderei completar minha viagem. Coisas da idade! rs Tinha deixado para hoje a Ravin, primeira da lista e sempre disponibilizando ótimos vinhos para prova, Qualimpor, Valmarino, Marco Luigi, Miolo, Domno e Adega Alentejana que, lamentavelmente não poderei visitar, mas que recomendo aos amigos não perderem. Gente que sabe o que faz!
A principal atividade do dia foi uma visita ao lançamento do primeiro Passito nacional, mais uma vez sob a batuta técnica do Jefferson, elaborado pela Vinícola Santa Augusta uma jovem (2003) vinícola da jovem Serra Catarinense tocada por duas bonitas e simpáticas jovens (Morgana e Taline) que tiveram a coragem de se arriscar neste projeto único que culminou em apenas 300 garrafas produzidas, uma das quais está agora em minha adega particular. Deste vinho e deste lançamento, escreverei mais tarde em post especifico, mas foi um tremendo privilégio, como o do nosso primeiro Icewine da pericó, participar desse momento histórico em nossa vitivinicultura.
Do resto, gostei muito de conhecer a Antonio Dias Vinhos de Terroir, numa região gaúcha nova conhecida como Alto Uruguai na fronteira com Santa Catarina. Dica do amigo Nilson do Armazém Conceição em Floripa, este produtor elabora um bom espumante 100% Chardonnay e um ótimo e surpreendente Tannat que deixa marcas por onde passa! Recomendo a visita ao stand deles e aproveitem para conhecer seus outros rótulos, já que passei muito correndo. Don Giovanni com seus ótimos Stravagganza e Nature, dois espumantes muito bons, é uma parada obrigatória logo na entrada e certamente em breve na Vino & Sapore.
De Santa Catarina, dois Chardonnay de muita qualidade. O já conhecido e mui respeitado Vila Francioni assim como esse premiado da Vinicola Monte Agudo que obteve segundo lugar entre os chardonnays da prova dos TOP10. Muito bom também o Portento branco da Quinta Santa Maria elaborado com Malvasia, um estilo à lá Moscatel de Favaios.
Da Argentina não provei muito, mas, os vinhos da Eral Bravo, produtor de Mendoza com vinhedos na sub-região de Agrelo, me agradaram bastante tanto o Cabernet como o Malbec que, espero, cheguem logo ao Brasil.
Decanter, sempre o estande mais movimentado da feira onde rolam incríveis vinhos de um dos melhores portfolios nacionais. São parceiros, então falar deles é sempre suspeito, mas ser recebdio por espumante da Franciacorts, o Ferrari Perle, já é uma tremenda experiência porque é muito bom e coloca muito champagne no chinelo mostrando que até no vinho nome só não ganha jogo! Provei um Armagnac Napoleon que é estupendo, uma dica diferente, especialmente para o friozinho que se aproxima e para os amantes de charuto.
Para finalizar o Melhor Vinho da Expovinis para muitos, o Porto Dalva 63, uma benção dos deuses em forma de liquido. Daqueles néctares que mais do que serem fungados e bebidos, devem sim ser lambidos enquanto, de joelhos, agradecemos a benção e privilégio de poder saborear alguns poucos decilitros desse elixir. Trouxe comigo um pouco desse néctar, talvez um quarto de garrafa de 500ml, que compartilhei com oito alunos de meu Curso de Vinhos na Vino & Sapore, uma tremenda experiência e momento especial de reflexão. Kanimambo á moça que me atendeu, desculpe não ter pego seu nome naquele momento de extâse, e ao Beto Duarte que fez esse meio campo. Espero que logo, logo estejam por aqui, Enquanto isso, se tiver alguém indo a Portugal, encomende uma garrafa, que custa por lá entre 80 a 100 euros.
Salute e Kanimambo.
Ps. Dificil foi encontrar água pelos corredores da feira!
Começamos por uma fila na sala de imprensa para cadastramento (?!) que ainda por cima foi enormemente reduzida. Por outro lado, como tinha credencial de imprensa!!! Enfim, nada que não fosse contornável, mas certamente algo a ser revisado para o ano que vem.
Neste primeiro dia saí um pouco a esmo, sem rumo pré traçado, o que não é muito a minha praia, pois sei que as tentações são muitas. A primeira visão da feira é de que metade do mundo produtor está por aqui procurando importadores que, por outro lado, não param de pipocar no mercado brasileiro. Desta forma, muita coisa interessante para os importadores e deleite para prova dos enófilos presentes, mas sem muita praticidade para o consumidor que não terá acesso a esses rótulos tão cedo, se é que efetivamente virão. De qualquer forma, sempre interessante tive oportunidade de provar alguns vinhos que, pelo que ouvi, poderão estar nas prateleiras num futuro não tão distante.
Chateau de l’Oiseliniére , parte do patrimônio histórico francês desde 97, com stand na ala da França/Loire – um Chateau que vem passando mão em mão desde 1635, no coração da região de Muscadet (não confundir com moscatel) Sévres et Maine que tradicionalmente produz bons, suaves e frescos vinhos brancos que ganham complexidade quando produzidos “sur lie”. O que eu não sabia é que estes vinhos também podem envelhecer bem, pois tradicionalmente são tomados jovens. Com vinhedos de 40 anos, alguns de 70, os vinhos que produzem mostram uma maior concentração que agradam sobremaneira. Especial destaque para o Les Grands Gâts 2007 e o Les Illustres também de 2007 um pouco mais austero mas gualmente saboroso. Incrível um vinho de sobremesa com uma uva que desconhecia, a Bonnezeaux. Aparentemente uma cepa originária da Chenin Blanc e talvez por isso o bom equilíbrio encontrado entre a acidez e a doçura e pasmem, 2001! Vinhos que espero cheguem logo por aqui .
Les Vins Skalli , produtor de tintos do ano pela International Wine Challenge, produz um muito bom Chateauneuf-du-Pape de nome “La Tiare du Pape” elaborado com Grenache e Syrah que me agradou muito e talvez esteja por aqui até ao final do ano. Vale a pena dar uma passada por lá para provar e o produtor tem outros interessantes rótulos à prova.
Herdade do Pinheiro Alentejo, dos irmãos Ana e Miguel que conheço faz alguns anos e sou fã declarado já tendo colocado seus vinhos á prova por diversas vezes e sempre com muito sucesso. Trabalham o Rio de Janeiro e o Nordeste, mas aqui em Sampa buscam novo parceiro para desenvolver um trabalho de longo prazo. Lhes enviei diversos potenciais importadores e espero que algum acerte com eles, pois não faz sentido estes bons vinhos a bons preços, tudo o que precisamos como consumidores, não nos serem disponibilizados. Ótimos rótulos, desde seu branco elaborado com Antão Vaz e Arinto, passando por um Rosé diferenciado e delicioso, até seus vinhos tintos que exalam qualidade tanto no nariz como na boca. Não falarei sobre um vinho, passe no stand e prove todos!
Domaine de Lishetto Pinot Noir – Este deverá vir com certeza, apesar de estar em fase de avaliação na feira no stand do Emporio Sorio, importador especializado na Córsega, região francesa e onde vem este vinho muito agradável e bem feito, corpo médio, muito equilibrado e rico. Gostei bastante!
Quanto aos outros que já estão por cá estabelecidos, achei muito interessante e surpreendente um Gewurztraminer da região de Samontano (Espanha) produzido pela Absum e disponível no stand da Viníssimo.
Na Mercovino, de cara e gente nova com um projeto mais adequado á nossa vinosfera tupiniquim, os vinhos da Lauca (chilenos) são uma boa pedida na linha de vinhos mais em conta porém de qualidade, os tintos italianos da Cantina Ballerin e da Azienda Piero Buso que são muito bons, o Esmero branco que é um blend de Gouveio, Fernão Pires e Viosinho produzido por pequeno produtor com lagares a pé, valem ser conhecidos assim como Juan Gil 12 meses, um espanhol de Toro que recomendo.
Vinhos Madeira – sempre uma parada obrigatória, desta vez contando com a presença de dois ótimos produtores. Recomendo o Henriques e o Justino, ambos Bual 10 anos, mas não deixe de provar os outros rótulos, também muito bons.
Winery – Tem que provar os vinhos argentinos da Goulart, ainda mais se com a presença da simpática produtora que é, brasileira! Sim, Mendoza virou uma babilônia onde habita gente de tudo que é origem e idioma produzindo vinhos de qualidade. Gostei mais dos blends, a não ser por uma ótima mostra de barrica o “Super Malbec”, especialmente do R que me parece a relação preço x qualidade x prazer mais interessante da linha. Aproveite que já está lá e conheça os outros vinhos desta importadora.
Bem, por hoje é só, mas não podia deixar passar algo que considero um deslize grave numa feira deste porte. É o grandioso stand da “Sparkling Wines From Brazil” que, imagino, esteja lá para divulgar o espumante brasileiro, mas só para convidados VIP viu! Tem que ir procurar quem te convidou e solicitar uma pulseirinha, coisa mais ultrapassada que acho que nem baladas usam mais, que te dará direito a entrar! Não sei quem é responsável por isso, mas me parece que o tiro saiu pela culatra já que durante as sete horas que passei por lá vi muita pouca gente dentro. Pessoalmente, achei de muito mau gosto e um desrespeito a muitos, especialmente lojistas, que trabalham e promovem os espumantes nacionais em seus estabelecimentos! Escutei muita reclamação e concordo integralmente, bola fora!
Salute e kanimambo pela visita, amanhã tem mais e não esqueça da degustação de MALBEC 90 + que postei ontem, vale a pena!.
PS. Mapinha complicado esse da Expovinis!!
Já zarpamos numa viagem de descobrimentos pelos mares de Baco, iniciando nossa primeira escala por ótimos momentos vividos do Encontro de Vinhos OFF. A cada evento realizado, o Beto e o Daniel melhoram este Encontro que já começa a fazer parte do calendário Vinico de qualquer enófilo que se preze. Para terem uma idéia, pelo menos quatro lançamentos nacionais aconteceram aqui ontem:
- Voilá – o amigo Emerson nos traz uma linha de pratos gourmet congelados que nos abre o apetite só de olhar já que foi um projeto muito bem pensado, do design gráfico, apresentação e, obviamente conteúdo.
- Casa Valduga – Lançou seu Ícone em espumantes, o Maria Valduga com 48 meses de autólise que tenho que reconhecer que pode enrubescer a maioria dos espumantes básicos disponibilizados no mercado. Muito bom, elegante e sedutor, gostaria de vê-lo numa degustação às cegas com exemplares franceses, até porque o preço estará em linha, algo em torno de R$180,00!
- Além Mar – o mais novo lançamento da Villagio Grando, um bom blend de cinco cepas elaborado pelo conceituado enólogo Antonio Saramago e o escanção (sommelier) José Carlos Santanita. Lamentavelmente não consegui ficar para a apresentação que foi programado pra as dezenove e às 20:30 ainda não tinha começado. Deixei para hoje na Expovinis, mas o vinho revi! Sim, porque já o comentei por duas vezes aqui no blog.
- HMO – A chegada de uma nova importadora que em breve trará de volta os bons Vinhos do Porto da Quinta Seara d’Ordens, que teve breve passagem pelo Brasil há alguns anos atrás e que tive o prazer de conhecer durante minha viagem à SISAB em Fevereiro do ano passado, os vinhos 100 Reis da Herdade da Maroteira com destaque para seu Syrah altamente pontuado em Portugal, assim como os vinhos da argentina Tempus Alba. Em breve por aqui!
Mas teve muito mais pois tivemos mais de trinta expositores com ótimos rótulos sendo apresentados tendo contado com reforços importantes para esta maratona; as águas da Lindoya e as pizzas da Bendita Hora que dispensam apresentações. Como já de praxe destes encontros, a presença maciça de blogueiros do vinhos com presença especial de amigos de Brasilia, Salvador, Espirito Santo, Rio de janeiro, etc. Até a Ná, que há muito queria conhecer pessoalmente, por lá apareceu com sua câmera em punho. Só por isso o Encontro já valeu!
O primeiro compromisso foi com a escolha dos TOP 5 do Encontro, desta feita com um patamar de qualidade mais uniforme e de muito boa qualidade, superior ao que tive a oportunidade de degustar na anterior no San Raphael. Por outro lado, uma grande surpresa para mim, pois meu melhor vinho foi um que na ultima avaliação tinha dado 82 pontos e agora 92! Mudei eu, ou o vinho? Acho que ambos e é isso que me encanta em nossa vinosfera, a ausência de certezas e presença constante de surpresas ou seja, aqui um momento é diferente do outro e a monotonia passa longe.
- 1º – Vigna alle Nicchie 07 de Pietro Beconcini, o único Tempranillo italiano e esta “versão”, advindo das vinhas mais velhas deste produtor. Importação MB Import
- 2º – Arboleda Carmenére 08 chileno bem conhecido de todos sendo importado pela Expand
- 3º – Veja Sauco Wences 04, espanhol de Toro importado pela Ravin
- 4º – Judas Malbec 07, agentino trazido pela Maxx Brands
- 5º – Dominio de Tares 05, espanhol de Bierzo, trazido pela Tahaa
Acho que estou perdendo o jeito, pois desta feita só acertei um dos TOP 5 com dois outros vindo empatados em meus sexto lugar. Meus Top 5, depois de uma revisão de notas após uma segunda passagem pelos dez vinhos que melhor pontuei, entre 24, em que algumas notas foram mantidas, outras rebaixadas e uma aumentada devido à evolução em taça, foram:
Judas Malbec / Barbaresco Rabajá / Bordeaux Grand Bert Grand Cru de St. Emilion / Aglianico Vigna Antica e Campo Al Mare Bolgheri
Esqueci minha máquina fotográfica em casa, então me desculpem pela falta de imagens do local. Parabéns aos amigos Beto e Daniel, que continuem assim pois esses eventos são uma lufada de ar fresco num mercado algo monocromático. Para finalizar, me deliciei com um saboroso LBV da Seara d’Ordens acompanhado dos deliciosos brigadeiros da amiga Vanessa que levam o sugestivo nome de “Sr. Brigadeiro”. Bom demais da conta sô!!! Afora os vinhos já mencionados acima, um destaque especial para um vinho biodinâmico da região de Luca (entre Florença e Pisa na Toscana) que me agradou muitíssimo, o Tenuta di Valgiano Palistori Rosso elaborado com Sangiovese tendo como coadjuvantes a merlot e Syrah, belo vinho importado pela Vínica, mais uma jovem importadora.
Hoje, o primeiro dia da Expovinis, que como sempre também promete! Salute, kanimambo pela visita e nos vemos por áqui.
Nosso conhecimento viníco só cresce de duas formas, estudo e prova! Sómente participando de degustações conseguimos colocar na prática conhecimentos teóricos (importante) e definir aquilo de que gostamos. Como já disse Alexis Lichine; “no que se refere a vinho, sempre recomendo que se joguem fora tabelas de safras e manuais investindo num saca-rolhas. Vinho se conhece mesmo é bebendo!” touché!
Na Vino & Sapore
Na Portal dos Vinhos
Salute e kanimambo
Páscoa chegando e o bacalhau se aprontando! Diz o ditado que existem 1001 maneiras de preparar Bacalhau e se isso é verdadeiro então certamente existirão 1001 harmonizações diferentes. Aqui mesmo, há cerca de dois anos atrás, fiz ampla pesquisa sobre a melhor harmonização de bacalhau e vinho que publiquei em http://falandodevinhos.wordpress.com/2009/04/06/bacalhau-e-vinhos-harmonizando-a-pascoa/. A conclusão foi de que cada cabeça com sua sentença! A diversidade de vinhos e pratos de bacalhau é imensa, mas há gente que acha que a melhor harmonização é com vinho verde. Outros acham que um branco amadeirado é incomparável e outros, ainda, não abrem mão de um tinto. Afinal o que é melhor? Pensando nisso e para que você faça sua escolha, a Vino & Sapore se uniu ao restaurante Emilia Romagna para lhe oferecer a oportunidade de escolher a melhor harmonização e definir o prato especial de Páscoa do restaurante.
Serão servidos dois pratos de bacalhau, mais uma entrada, e três vinhos; dois brancos e um tinto, para você provar e escolher a melhor harmonização. Vai perder esta chance?
- Entrada > Pataniscas de Bacalhau à Maria Santos
- Pratos > Bacalhau com Natas e Bacallá ai Ferri (grelhado com brócolis e batata ao murro)
Para harmonizar, serviremos os três vinhos e você escolhe a melhor parceria Bacalhau & Vinho! Ao final, uma surpresa para finalizar o jantar de forma diferente e fazer jus à boa gastronomia da casa que é essencialmente italiana.
- Vinho Verde Moura Bastos 2009
- Casa Valduga Gran Reserva Chardonnay 2009
- Altano Biológico (orgânico) 2008
Qual será a melhor harmonização? Certamente diversos outros rótulos poderiam estar por aqui, mas destes, qual o que se sairá melhor? A recepção será feita com um espumante de boas vindas para posteriormente darmos inicio á degustação dos vinhos e só depois daremos inicio ao serviço dos pratos, com, obviamente, mais vinho! Como sempre, as vagas são limitadas e desta vez a 14 pessoas. Uma irresistível oportunidade para quem não conhece o gostoso Emilia Romagna, para quem quer rever e para quem quer passar momentos agradáveis curtindo um pouco daquilo que faz alegria de muitos, a boa enogastronomia! O evento se dará no próximo dia 14 de Abril com inicio ás 20:30 e custará R$130,00 por pessoa, já com serviço e cafézinho inclusos, sendo realizado nas aconchegantes instalações do Emilia Romagna, aqui do lado da Vino & Sapore na Estação do Sino, centrinho da Granja, na rua José Felix de Oliveira 854, acesso pelo Km. 24 da Rodovia Raposo Tavares. Reservas na Vino & Sapore através deste e-mail ou por telefone (11) 4612.6343/1433.
É gente, a Vino & Sapore ainda tem alguma vagas disponíveis para quem tiver interesse em fazer um curso de vinhos estruturado e com bastante conteúdo tanto teórico quanto prático, já que provaremos 16 vinhos nessas quatro aulas. Começa nesta Quarta dia 6, então não há tempo a perder.
- 1ª Aula: História, Aspectos sociais e Análise Sensorial – Vinhos a degustar – Toscana (Sangiovese), Portugal (Blend), Uruguai (Tannat) e Alemanha (Riesling);
- 2ª Aula: Novo Mundo versus o Velho Mundo: Países vitivinícolas – Vinhos a degustar – Bordeaux e Espanha x África do Sul (Pinotage) e EUA (Zinfandel);
- 3ª Aula: Castas, Terroirs e Classificação dos diversos tipos de vinhos – Vinhos a degustar – Malbec (Argentina), Cabernet (Chile), Shiraz (Austrália) e Merlot (Brasil);
- 4ª Aula: Processos de vinificação, Amadurecimento versus envelhecimento; Rolhas, Serviço do vinho e harmonização – Espumante (Brasil), Branco (Vinho Verde), Rosé (Espanha ou França – Provence) e Tinto (blend) e/ou Late Harvest
Vejam mais informações abaixo:
Salute e kanimambo pela visita
A maioria de nós, eu incluso, tende a reclamar e manter nossas opiniões discordantes, seja sobre o status quo do mundo do vinho, da produção nacional, do maledetto selo fiscal ou das mazelas que dominam Brasília, sempre entre quatro paredes. Desabafamos, mas não participamos nem tentamos mudar esse estado de coisas, é mais seguro e menos desgastante, essa é a verdade. Pois bem, desta vez temos a oportunidade nos fazer ouvir e saber ao vivo e a cores, o que anda acontecendo em nossa vinosfera tupiniquim. Não é sempre que temos esta oportunidade, porém neste próximo dia 26, uma pena que o local seja de tão difícil acesso nessa hora da manhã, temos um encontro marcado para debater o vinho no Brasil, participe e faça já a sua reserva!
Esta o Rogério e o Alberto, leia-se Ravin, guardaram na manga bem escondidinho até ao último momento, até para a maioria de seus colaboradores. Foi no lançamento do novo catálogo desta jovem importadora que ficamos sabendo da chegada de Frescobaldi a seu portfólio. Uma grande sacada já que são vinhos que não necessitam de apresentação pois sua reputação os procede. Alguns destes rótulos certamente farão seu caminho até as prateleiras da Vino & Sapore, quando efetivamente chegarem, mas não foi só isso que tinha lá não!
Tinha os novos vinhos da Quinta de la Rosa, inclusive o bom Passagem com viés mais moderno em que a fruta e a concentração se encontram mais presentes, tinha alguns consagrados como Sassicaia, Guidalberto e Le Difese, tem a chegada de alguns nomes ilustres como a chilena Valdivieso, Quantum e Groot Constantia Sul Africanas, Scharzhof Mosel alemã, da Argentina a Bodega Chacra com seus incríveis pinots a lá Borgonha, uruguaios da Marechal e bons lançamentos da Santa Julia com o Magna e especialmente a linha Innovación com um intrigante Touriga Nacional, ótimos borgonhas, um muito saboroso corte de Syrah com Nero d’Avola da Calatrasi, enfim novidade e vinhos de qualidade não faltam num portfolio bem elaborado.
Agora, sempre há um vinho de grande destaque e, para mim, não sobrou pedra sobre pedra após ter sido apresentado ao Quinta de La Rosa Tawny 10 anos. Absolutamente divino e sedutor com uma paleta olfativa inebriante e linda cor âmbar. Na boca é delicado, complexo, amêndoas, frutos secos, caramelo, equilibrado formando um conjunto essencialmente hedonístico que encanta desde a primeira “fungada” até ao ultimo gole deixando-nos a implorar por mais. Vinho longo, daqueles que fica na memória por muito tempo e, tentar harmonizá-lo com algo é desnecessário e inócuo já que ele faz, por si só, toda a festa sem contar que sua garrafa de 500ml é de uma classe e tanto que só vem valorizar seu conteúdo. Entre tantas beldades e seduções presentes nesse novo catálogo, certamente este estupendo Tawny é um rótulo que tem que ser observado e, preferencialmente porque não é passarinho (rs), ser sorvido com pouca ou nenhuma moderação! Maravilha, parabéns Sophia, ou será meu sangue Luso falando mais alto?!
Salute e kanimambo pela visita.