Países & Produtos

Sem Firulas, Gostei!

Vinho rosé refrescante, ótima acidez, blend de meia dúzia de uvas, preço bacana, mostrando claramente o DNA desta linha de produtos que a DFJ nos entrega via Lusitano Import aqui em Sampa, vinhos de boa relação Qualidade x Preço x Prazer. Um belo abre alas para qualquer encontro e uns petiscos, sushi, ou carpaccio de salmão, sanduíche (bagel) de cream cheese e salmão, huuum gostei! Bem vibrante, saboroso, pra cima e ponto!

Paxis Rosé

Escrevendo esta nota, já me deu vontade! rs Uma ótima semana para todos, saúde e kanimambo pela visita.

Vinhos que Podemos Pagar + Dois Bons e Baratos Europeus

Enquanto uns provam grandes e caros vinhos, utopia para a maioria, gosto mesmo é de garimpar, buscar vinhos que façam bonito na taça por um preço que a maioria de nós pobres mortais possam pagar. É aquela história de desmistificar o mundo do vinho na prática e não só na teoria! Nada contra provar e beber grandes vinhos, mas o que eu acrescentarei ao que tantos e mais classificados colunistas do vinho já não disseram Valor na Taça 2sobre esses vinhos para lá de exclusivos? Será que você está mesmo interessado em ler que o Sassicaia é um grande vinho, ou que um grande Barolo de Gaja ou Brunello da Poggio di Sotto é inesquecível e todos acima de R$1.500? Óbvio que tomá-los é, normalmente, uma experiência incrível e gosto tanto como qualquer um, mas hoje ando mais na fase de me perguntar; o que isso me acrescenta? Para tomá-los há que se fazer uma poupança com um cofrinho especial e tenho tanta coisa mais importante para fazer com essa grana! rs Agora, por outro lado fica a indagação, acrescento algo ao meu leitor ou meu cliente falando dele? Recomendo que que vão nesse tipo de eventos, é certamente uma bela experiência para qualquer um e é um belo capital investido, mas eu ficar aqui falando deles não sei se faz sentido e tenho cá minhas dúvidas, porém quem sabe você me diz algo?

Nesse sentido sou mais baixo clero, mais pé no chão e acredito numa outra vertente de nossa vinosfera, os achados e olha que os conseguimos em várias faixas de preço! Vinhos em que a percepção de valor é superior ao preço pago, a harmonização do bolso! rs Com esse foco, hoje compartilho com você mais dois bons e baratos (com toda a subjetividade da palavra “barato”) vinhos aqui no blog e os dois europeus de origem, inclusive um francês!!

Linteau cotes du rhoneMaison L.Tramier Linteau Côtes du Rhône. Quando os vinhos da região trazem o nome da comuna no nome, já falamos de um Côtes-du-Rhône diferenciado e qualidade um patamar acima da maioria e o que tem por aí beeeem baratinho não são vinhos de grande valia. Este está numa faixa de preço intermediária (entre R$75 a 80) e já nos traz um “papo” mais evoluído, um vinho que usa tão somente uvas da comuna e não de tudo o que é lugar do Rhône. Um blend de 70% de Grenache e 30% de Syrah, gosto, gera um vinho de médio corpo versátil e muito saboroso. Toques defumados, frutos vermelhos maduros, rico meio de boca, balanceado, toques terrosos, taninos aveludados e marcantes com boa persistência de final de boca. Leve passagem por madeira, cerca de seis meses, é uma grata surpresa de média complexidade podendo harmonizar de hambúrguer a costela de porco ou lingüiça de pernil com ervas, até bacalhau no forno ou lagareiro para quem gosta de sair da mesmice.

Canforrales Classico Tempranillo – La Mancha não é das regiões produtoras espanholasDSC03739 de maior destaque, apesar de ser a maior, porém é de lá que vêm alguns dos melhores custos benefícios do mercado nos dias de hoje. Muitos vinhos nesta faixa  tendem a ser algo esqueléticos, ligeiros e sem qualquer estrutura, porém este rótulo é uma prova viva de que se pode tomar bons vinhos sem deixar um rombo no bolso no processo. Nove meses de passagem por madeira (americana e francesa de segundo e terceiro usos), taninos sedosos, boa estrutura, fruta fresca abundante (cereja bem presente), acidez presente e bem balanceada um ótimo gama de entrada para esta uva, um vinho que diz a que veio! Para acompanhar carnes grelhadas, queijo manchego, chorizo (lingüiça) fatiado, até uma morcilla! Entre R$65 a 70,00, um bom achado que há tempos habita minha taça.

Finalizando o post de hoje, me lembrei de um vinho que tomei neste último Domingo e publiquei no face, que exemplifica bem o que falo sobre achados nas mais diversas faixas de preço. Vinhos que dão uma percepção de valor superior ao preço pago, o Diamandes de Uco 2008, um vinho soberbo por cerca de R$190 mas que parece custar bem mais. Depois falo dele, um grande vinho, mas hoje fico por aqui. Saúde, kanimambo pela visita e seguimos nos vendo por aí!

 

Vinhos Europeus Bons e Baratos

Como sempre, fuçando o mercado e garimpando bons vinhos com preço idem. Vinhos que não nos causem maiores rombos ao bolso e que nos gerem uma percepção de valor superior ao preço pago, é isto que busco desde o dia 1 deste blog há oito anos atrás e, mais que nunca, sigo firme nesse caminho do garimpo. Estes dois vinhos são, em minha opinião, dois bons exemplos de que, contrariamente à opinião de alguns e de um paradigma que se criou ao longo dos tempos, há sim vida em vinhos europeus de baixo preço, neste caso abaixo das 60 pratas. Na minha opinião, batem a maioria dos vinhos dos hermanos na mesma faixa e sugiro montar uma degustação ás cegas para quebrar esse preconceito.

Clos lagoruClos Lagoru – Da região de Jumilla (Espanha) – Um corte que tem como protagonista a Monastrel, principal uva da região, com Syrah e 20% de Petit Verdot. O mosto é fermentado separadamente com leveduras indígenas e o blend elaborado ao final com o afinamento sendo feito em barricas americanas por quatro meses. Boa parte dos vinhedos são de vinhas velhas e boa parte deles de cultivo orgânico.

A região bem quente favorece um melhor amadurecimento da Petit Verdot e o resultado é um vinho onde a Monastrel dita os rumos, porém a PV deixa sua marca que se sente bem no final de boca, no corpo e na cor do vinho. Cor violácea, boa intensidade aromática, chocolate escuro e frutos negros , algo herbáceo  com sutis notas de especiarias. Bom corpo, de médio para encorpado, rico e algo terroso, meio de boca denso com taninos presentes mostrando uma estrutura algo mais rústica, com ligeiro apimentado de final de boca, mostrando-se fresco e de média persistência.

Mandorla Syrah – Da Sicilia, Itália  – A Syrah se deu muito bem nestas terras maismandorla syrah quentes com forte clima mediterrâneo e este vinho vem mostrar, mais uma vez, que garimpar vale a pena! Tipicidade á flor da pele com fruta vermelha abundante e especiarias desde o olfato ao último gole. Na boca mostra boa textura, médio corpo, taninos macios, meio de boca muito rico, notas tostadas e um final levemente apimentado de boa persistência, tudo muito bem balanceado sem arestas, um syrah deveras apetecível e acessível! Parece ter alguma passagem por madeira, porém sem dados técnicos disponíveis fica difícil dizer o tipo, no entanto alavanca o produto sem o maquiar. Pastas ao funghi, queijos maturados, carnes ensopadas podem ser bons companheiros e cada vez que penso em comida para harmonizar me vem à cabeça coelho à caçadora! Será que é desejo?? rs

Mais dois vinhos que recentemente compuseram seleções disponibilizadas aos confrades e confreiras da Confraria Frutos do Garimpo com em parceria com o importador, a Galeria dos Vinhos. Lembre-se; saia da mesmice, trace novas rotas, explore o desconhecido, descubra novos sabores, pois essa é a parte mais enigmática e interessante de nossa vinosfera. Saúde e kanimambo pela visita. Na Sexta, mais um dia do Tour Pelos Vinhos de Altitude Santa Catarina, espero você por aqui!

La Playa Claret, Petit Verdot em Ação!

Tenho uma queda por vinhos elaborados com esta casta, difícil em varietais, mas que possui a tendência de aportar complexidade aos vinhos assim como uma enorme capacidade de os “arredondar”.  Nos últimos tempos temos visto ótimos exemplares de varietais de Petit Verdot vindo do Chile, da Argentina e da Espanha, regiões mais quentes onde a uva atinge seu nível de maturação de forma mais regular. Um dos meus favoritos é o Finca Decero Petit Verdot que há dois anos ganhou o Troféu de melhor vinho de Mendoza pela Wines of Argentina, assim como os chilenos Perez Cruz Chaski e o Casa Silva, todos grandes vinhos, porém de preço idem!

petit_verdotMais acessíveis são aqueles vinhos em que encontramos a Petit Verdot como participante de blends e garimpar esses vinhos é algo que me agrada bastante, pois, ao que me lembre, dos muitos provados só um não fez minha cabeça! Normalmente, inclusive em Bordeaux de onde é originária, é usada em porcentual pequeno, entre 7 a 10%, porém não é incomum ver belos blends onde esse porcentual é amplamente ultrapassado. Antes de falar deste La Playa em que 40% do corte é desta uva, compartilho com você a opinião de dois amigos enólogos que prezo muito:

1 – Miguel de Almeida é o enólogo do projeto Seival da Miolo, jovem e competente, de origem lusa. Lhe perguntei o que ele achava desta casta, veja o que ele respondeu:  “sobre o Petit Verdot, no Seival temos 2 hectares desta uva [o único vinhedo do Grupo Miolo a tê-la no encepamento]. A Petit Verdot é uma uva de cacho e grão pequenos que entrega aos vinhos sempre muita cor, acidez e tanino. Das não tintureiras, é a seguir ao Tannat a uva que mais cor e estrutura coloca nos vinhos. Por aqui é uma uva de boa maturação, média resistência à umidade, quase tardia e generosa em produção. Gosto de Petit Verdot como monovarietal, mas como temos pouco PV, usamo-la sempre em corte e sempre intensifica o visual do vinho e prolonga a longevidade do mesmo.”

2 – Tomás Hughes – Argentino, enólogo da ótima Finca Decero (Mendoza), que possui, na minha opinião, o melhor Petit Verdot da Argentina e o usa também no seu vinho ícono onde participa como coadjuvante no corte, o Amano. Eis o que ele me respondeu: “De mi punto de vista , cuando usamos PV en cortes, este ayuda a terminar la boca, dándole elegancia, largo y un toque de jugosidad. En lo que se refiere a nariz aporta notas a especies frescas las cuales se combinan muy bien con los aromas de malbec y cabernet,  generando un marco de aromas sutiles y elegantes que forman base de una gran complejidad.  Es un varietal de gran personalidad que rápidamente toma protagonismo en los cortes, por ende si uno quiere trabajar sobre un corte donde no quiere el PV como driver, tiene que trabajar con proporciones inferiores al 10%. Por ej, en nuestro “Blend Amano”.

Este é um corte inusitado e muito bem feito onde a Peti Verdot tem papel de protagonista avaliado em 2014 pela Wine Enthusiast (http://www.winemag.com/buying-guide/la-playa-2011-block-selection-reserve-claret-red-c ) com 88 pontos e classificado com um dos melhores 100 Best Buys desse ano com um preço médio de USD12 nos EUA, o vinho está no ponto!

Tradicionalmente este vinho segue uma composição de castas bordalesas, mas o enólogo se permite variar isso ano a ano dependendo da safra e da evolução das uvas no ano. Em 2010 seu corte foi composto de Petit Verdot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Carmenére, porém neste anos de 2011 esse blend sofreu variações. O corte deste vinho de safra 2011 é uma composição da Petit Verdot (40%)  com Malbec, Cabernet Franc e Syrah, que é uma uva do Rhône, que resultou muito bem.La Playa

Ao abrir uma garrafa para prova com os amigos, a primeira percepção foi de qualidade, muito boa paleta aromática, com uma boca densa, complexo, porém de taninos aveludados. O fato de ter um forte porcentual de Petit Verdot no vinho, contradiz um pouco os conceitos emitidos por diversos enólogos e especialistas o que me faz crer que há ainda muito a estudar sobre a enorme capacidade de desenvolvimento que esta casta ainda tem pela frente e, por outro lado, confirma de que não existem verdades absolutas em nossa vinosfera. Por sinal, me lembro bem de um vinho português marcante que se foi e deixou saudades, o Terras do Pós Syrah/Petit verdot 50/50 outro belo vinho!

Neste caso do La Playa Block Selection Reserve Claret 2011 (que de claret não tem nada), mais uma vez fica comprovada a característica da casta em gerar blends de muita qualidade sem que necessariamente os vinhos tenham que ser caros. Os aromas com notas florais e frutadas, pedem para levar o vinho á boca e a entrada de boca é impactante para um vinho deste valor. Ótima estrutura, boa acidez, frutos negros (ameixas e cerejas?), algum defumado, muito harmônico e vibrante, final de boca de boa persistência com notas de baunilha e cafés fruto de seus doze meses de barricas americana e francesa.

Mais um vinho que fez parte da seleção de Fevereiro da Confraria Frutos do Garimpo (link no banner acima aqui no canto direito do blog) que também teve a presença do Clos Lagoru espanhol de Jumilla. Uma ótima semana a todos e seguimos nos encontrando por aqui, pelas estradas de nossa vinosfera ou, quiçá, na Vino & Sapore onde sempre haverá uma taça para compartilhar com os amigos. Saúde e kanimambo pela visita.

Quarenta e Cinco Razões Para Tomar Vinho Brasileiro.

Nossa, pesquisando no blogue achei este post que, por sinal, mostra bem para aqueles que ainda acham que tenho algo contra os vinhos brasileiros o quão errados estão!  Independente disso, achei legal recuperá-lo hoje porque é interessante fazer um acompanhamento da evolução dos preços nesse período. Está certo, muitos não mais estão no mercado, mas pesquise e constate o que eu estou constatando, para minha surpresa, que o aumento ficou abaixo dos aumentos de impostos e inflação neste período de 8 anos!! Alguns no entanto, …!!! vejam abaixo

Como já de praxe, termino o mês do país tema com uma lista de rótulos, das regiões estudadas, que eu colocaria na minha adega. São, entre os vinhos provados e aprovados, aqueles que me mais me atrairam e conquistaram meus sentidos independentemente de faixa de preços. São, todavia, ótimos vinhos dentro de cada faixa e contexto especifico, até porque vinho premium não é para toda a hora. Há muitos anos, ainda em Moçambique, me lembro de uma propaganda de cerveja que dizia “Contra fatos não há argumentos, um fato num copo é ….”, e esta frase me inspirou no título deste post. Não são fatos na taça, mas verdadeiras razões que só quem toma esses vinhos de qualidade, cada um com seu estilo, pode entender.

             Se você ainda não entendeu é porque necessita, urgentemente, de se desarmar e encher sua taça com alguns destes vinhos que demonstram claramente que a nossa produção mudou muito e para melhor. Isto sem falar de nossos muito bons espumantes que, estes sim, vêm obtendo um pouco mais de reconhecimento. Seja para dia-a-dia com ótimos produtos nas faixas mais em conta, seja em vinhos premium, hoje produzimos vinhos de muita qualidade. Quanto aos preços, em São Paulo está complicado e tenho visto preços bem melhores em outros Estados, especialmente no Rio Grande do Sul.

            Muitos outros rótulos certamente mereceriam estar aqui, mas só listo o que eu provo e não há como provar tudo em tão curto espaço de tempo e sem a ajuda dos próprios produtores. A lista, todavia, não é fechada e sempre estarei aberto a provas e a compartilhar outras experiências com você amigo leitor e apreciador de vinhos. Conforme for tomando vinhos que ache que mereçam ser recomendados, os farei em diversos posts conforme for dando tempo. Enfim, por enquanto fique com esta lista e os comentários feitos ao longo deste mês de Novembro. Liberte-se de seus preconceitos e aproveite com sabedoria alguns desses bons e saborosos vinhos. Os preços são aproximados e referência média encontrada em lojas de São Paulo neste mês de Novembro. Já no Rio Grande do Sul, por exemplo, creio que estão entre 10 a 20% abaixo destes preços, então os valores abaixo são meramente indicativos podendo variar entre os Estados e distância das áreas de produção.  

Vinho

Tipo

 Preço  R$

Cordelier Merlot

2005

17,00

Rio Sol Cabernet/Syrah

2005

19,00

Salton Volpi Sauvignon Blanc

2008

21,00

Aurora Reserva Cabernet Sauvignon

2007

22,00

Cordelier Merlot Reserva

2002

23,00

Marson Reserva Cabernet Sauvignon

2005

24,00

Marco Luigi Merlot

2005

24,00

Salton Volpi Merlot

2005

24,00

Casa Valduga Premium Gewurtzraminer

2008

24,00

Fausto Rosé de Merlot – Pizzato

2008

25,00

Angheben Barbera

2007

29,00

Dal Pizzol Tannat

2005

35,00

Dal Pizzol Touriga Nacional

2007

35,00

Pizzato Reserva Cabernet Sauvignon

2004

35,00

Pizzato Reserva Merlot

2005

35,00

Pizzato Reserva Egiodola

2005

35,00

Marco Luigi Merlot Reserva da Familia

2003

36,00

Casa Valduga Premium Cabernet Sauvignon

2005

37,00

Don Laurindo Assemblage

2005

37,00

Larentis Reserva Especial Ancellotta

2005

37,00

Don Cândido Marselan 4º Geração

2005

40,00

Nubio Rosé

2006

40,00

Quinta da Neve Cabernet Sauvignon

2005

40,00

Salton Volpi Pinot Noir

2007

40,00

Marco Luigi Tributo Assemblage

2003

42,00

Cordilheira de Sant’Ana Tannat

2004

46,00

Cordilheira de Sant’Ana Chardonnay

2006

46,00

Cordilheira de Sant’Ana Gewurtzraminer

 

46,00

Portento – Quinta Santa Maria

2005

58,00

Sanjo Maestrale Cabernet Sauvignon

2005

59,00

Joaquim da Villa Francioni

2005

60,00

Marco Luigi Gran Reserva da Familia Cabernet Sauvignon

2003

62,00

Quinta da Neve Pinot Noir

2006

63,00

Salton Desejo

2004/05

65,00

Marson Gran Reserva Cabernet Sauvignon

2004

68,00

Villaggio Grando Chardonnay

2006

68,00

Salton Talento

2004

69,00

Miolo Terroir Merlot

2004/05

75,00

Villaggio Grando Cabernet Sauvignon

2006

76,00

Villaggio Grando Merlot

2006

76,00

Villagio Grando Innominabile lote II

2006

82,00

Villa Francioni Francesco

2005

85,00

Storia – Casa Valduga

2005

90,00

Villa Francioni

2004

110,00

         Estes rótulos estão disponíveis nas boas lojas de vinhos espalhadas pelo país assim como em alguns supermercados. Dê sempre preferência ao locais que tratam bem o vinho mantendo-o em locais e temperatura adequados, longe do sol e de produtos de limpeza.

Foi isso e fico feliz ao ver que já naquela época eu ressaltava os vinhos de Santa Catarina, não é de agora não! Seguem evoluindo e assim que começar a postar sobre o tour que fiz por aquelas bandas creio que você também ficará curioso caso ainda não os conheça. Valeu, grato pela paciência e gradativamente retorno à minha periodicidade de sempre. Salute e Kanimambo.

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Os Vinhos de Santa Catarina

Logo Vinho-de-Altitude-600x423Semana passada foi tempo de descobrir o que de novo anda brotando das fontes de Baco originárias na Serra Catarinense. Há tempos que venho cultuando esta nova fronteira vitivinícola brasileira de pouco mais de quinze anos de vida e após esta última semana com mais de 600kms rodados de Floripa a Caçador (só vinho, porque até voltar por Curitiba passou dos 1.000) conhecendo e revendo vinhos de altitude com um perfil diferenciado do que mais se faz por terras brasilis devido a um terroir bem diferenciado. A confirmação de que os vinhos bons abundam por aqui e cada vinícola apresentou pelo menos um destaque que marcou, mas a seleção apresentada (foram cerca de 52 rótulos) mostrou ser de primeira com a qualidade mostrando ser uma característica que os une a todos. .

Ao longos das próximas semanas darei algumas dicas, comentarei alguns vinhos e mostrarei em vídeos um pouco do que vivemos em mais esta viagem de descobrimentos desbravando uma região ás vezes de difícil acesso, mas que ao chegar nos destinos nos deparamos com exuberantes paisagens, bons vinhos e atendimento impecável!

Por hoje, só uma curta lista do que eu considerei destaque em cada uma das vinícolas visitadas, sendo que em muitas delas a escolha foi feita na moedinha pois qualquer um dos rótulos provados poderia estar aqui. Não são necessariamente os melhores vinhos de cada produtor, mas sim aqueles que mais me marcaram, seja por; preço,uva, qualidade,inusitado, o conjunto da obra, …

Quinta da Neve – Cabernet Sauvignon (“cumplidor”, constante, ótima relação Qualidade x Preço)

Quinta Santa Maria – Passionado (inusitado)

Vila Francioni – Comendador (Surpresa do Tio Vilson – Casa do Vinho)

Monte Agudo – Rosé Brut (vibrante, sabor de festa)

Villaggio Basseti – Sangiovese (UAU! ainda por etiquetar e reduzidíssima produção)

Sto Emilio – Leopoldo (classico Cab. Sauvignon/Merlot da região que impõe respeito)

Hiragami (na Casa do Vinho) – Tori (surpreendente Cabernet Sauvignon do mais alto vinhedo brasileiro a 1427m)

Abreu Garcia – Sauvignon Blanc (marcante em sua sutileza)

Kranz – Sucos naturais (bons vinhos, mas os uaus na mesa vieram mesmo foi de outras plantações! rs).

Villaggio Grando – Marila (ainda por finalizar e rotular, um “Jurançon” doce de tirar o chapéu! Uvas Petit e Gros Manseng)

Bem, por hoje é só e em breve destrincharei as visitas, inclusive de outros mares como a cerveja da Bierbaum e os queijos da Queijo com Sotaque. Cansativa, mudanças já definidas para tornar uma próxima viagem menos exaustiva, porém de grandes descobertas e diversas constatações sendo que a principal delas é de que existe sim vida vitivinícola no Brasil além das fronteiras gaúchas e com muita qualidade!

Kanimambo especial hoje a todos os que me acompanharam nessa viagem, saúde e seguimos nos encontrando por aqui ou pelos mais diversos caminhos de nossa vinosfera.

Garrafa e Taça Vazias, Bom Sinal

Ontem recebi a visita de um amigo na Vino & Sapore e como já estava na hora, abri uma garrafinha para harmonizar o papo. Fazia tempo que estava na adega e olha, ando bem de garimpo! Classificação BBG: Bom, Barato e Gostoso!! Uma tremenda relação Qualidade x Preço x Prazer, um vinho de Rioja com cerca de 12 meses em tonel (não barrica), não Lealtanza Edicion ltdaconsegui muita informação técnica dele, tempranillo 100% porém me pareceu ter algum “tempero” adicional, mesmo que em pequena dosagem.

Bem frutado, equilibrado, nariz muito interessante com notas algo fumadas, frutos vermelhos, na boca mostra uma acidez muito bem trabalhada, taninos aveludados com uma leve rusticidade, madeira delicada, daqueles vinhos que enchem a boca de prazer enaltecendo qualquer papo e pedem mais e mais, e mais! Me entusiasmei com o vinho e alguns pontos extras para o preço, entre R$65 a 70,00 o que, convenhamos, nos dias de hoje está cada vez mais difícil de encontrar.

Certamente um vinho que estará em minha taça de forma mais amiúde e um belo exemplo dos vinhos desta Bodega que entrega qualidade em todas as gamas de qualidade com preço bacana. Gracias!

Kanimambo e um ótimo feriado de carnaval para todos. Na Vino & Sapore esperamos vocês nesta Sexta e Sábado, depois só Quarta a partir das 14h. Nos vemos por aí, ou por aqui mesmo no blog, fui!

Nebbiolo Catarinense, Uma Enorme Surpresa!

Há outros elaborando vinho com Nebbiolo no Brasil, mas dos que provei nenhum que chegue aos pés deste que vem da região produtora brasileira que mais me seduz. Tanto que dentro de dias saio com um grupo para navegar por esses Vinhos de Altitude na serra Catarinense e descobrir algo mais de sua gastronomia e cultura.

Tem gente que não lê, obviamente,que só vê título de posts e por isso ainda acha que tenho algo contra o vinho brasileiro, longe disso! Minhas criticas são contra algumas empresas que tentaram uma tentativa de golpe contra o consumidor ao tentar passar no governo salvaguardas que aumentavam drasticamente os impostos sobre vinhos fora do Mercosul (não esqueço não!), contra as estratégicas de marketing, políticas comerciais e precificação da maioria, especialmente quando fazem um vinho de gama mais alta que se sobressaia um pouco. Vinhos bons há e cada vez mais, nunca falei que não e para os incautos, basta acessar a Categoria países aqui do lado e ler os posts sobre vinhos brasileiros que só perdem em quantidade para os portugueses e argentinos.

barone na taça

Enfim, essa é outra história, vamos é falar desse gostoso e charmoso Barone Nebbiolo da Vinícola San Michele. Produção limitada a 2.000 gfas, colheita 2014 com estágio de 8 meses em barricas de primeiro uso, carvalho francês da Segan Moreau e alguns poucos meses em garrafa. Vinhedos de sete a oito anos na Serra Catarinense é apenas a segunda safra deste produtor o que enseja um futuro ainda mais promissor. Ao abrir já me deparei com um Barbaresco no olfato! Gosto de Barbaresco, fica pronto mais rápido e é bem mais barato que os Barolos e seus aromas são inconfundíveis. Não soubesse eu que este vinho era originário do Planalto Catarinense (Rodeio) com uvas da Serra, certamente o daria como um vinho do Piemonte. A cor na taça, sedutora e linda, brilhante, love at first sight! rs Dá uma olhada nessa foto aí de cima e vê se não dá vontade de mergulhar de cabeça??

Aromas intensos, sedutores de frutos negros, especiarias, notas florais,Barone Nebbiolo madeira muito bem colocada, daqueles vinhos que a gente não sabe se bebe ou se funga! Implora para ser levada à boca, mas sugiro dar-lhe um tempo, uma meia hora, antes de o servir, mas já coloque um tico na taça enquanto funga!! rs Num primeiro momento a entrada de boca e final se igualam, mas o meio parece algo ligeiro. Num segundo momento após um tempinho na taça ele se integra e fica mais uniforme em boca onde as especiarias e fruta se mostram uníssonos, taninos finos, integrados, complexo, boa persistência, uma enorme surpresa para mim e quem o provou comigo naquele final de tarde de Sexta-feira. Um vinho que me fez sorrir de prazer, como isso é bom! Depois repeti a dose em casa num almoço e alegria igual, desta feita com comida, bacalhau (para variar, rs).

Abra com amigos “entendidos” no metié sem informar origem ou mostrar o contra rótulo e confira as avaliações, depois descortine a origem! O produtor, Vinícola San Michele (Rodeio/SC), jovens formados na Escola de Enologia do mesmo nome em Trento na Itália. Agora preciso provar o Teroldego deles que dizem também ser muito bom.

O vinho fez parte de minha seleção de Novembro da Confraria Frutos do Garimpo (link acima) e acabei colocando algo tanto na Vino & Sapore como em minha adega pessoal tanto para beber agora como para guardar e avaliar sua evolução dentro de uns anos. Belo vinho, recomendo e quem o provou que comente!

Por hoje é só, vou deixar algo já programado para Sexta e a semana que vem é Carnaval, direto do front devo publicar algo do meu tour pelos Vinhos de Altitude de Santa Catarina, se der tempo! Kanimambo e grato pela visita, sempre bom tê-lo por aqui.

Ps. Clique nas imagens para aumentá-las

Mais Um Branco na Taça, Desta Feita um Riesling!

Desde o inicio do ano que venho me deliciando com os mais diversos rótulos de vinhos brancos, alguns já comentados, outros ainda na linha de produção! rs Quando estive em Floripa trouxe alguns vinhos da Apaltagua comprados no Armazém Conceição e de importação própria.
Gostei muito do espumante, tenho um Chardonnay e um Syrah ainda por provar, mas desta feita abri foi um Riesling da linha reserva. O Chile produz alguns bons Rieslings e descobri que este é um deles.

apaltagua rieslingOntem fui para a cozinha preparar a janta e como não consigo cozinhar sem vinho, optei por abrir esta garrafa e foi uma ótima opção. Na comida não coloquei nada não, mas na taça, bem deixa para lá! rs Cor linda, amarelo pálido, brilhante como uma espiga ao sol, só a foto que não mostra, linda e convidativa! Notas cítricas, leve floral e um petrolato bem sutil característica da casta no olfato. Esse petrolato em excesso me incomoda, mas quando sutil é convidativo e forma um bouquet bastante interessante, gostei deste. Na boca é muito balanceado, fruta abundante, fresco, o mineral bem presente, final seco com retrogosto de quero mais! Preciso armar mais uma daquelas harmonizações de Eisbein com Riesling e botá-lo á prova na mesa, fiquei curioso.

Tenho gostado do que venho provando deste produtor, agora estou com o Chardonnay em ponto de mira, acho que deste fim de semana não passa não! Saúde, kanimambo e seguimos nos encontrando pelas estradas de nossa vinosfera ou por aqui a qualquer momento.