Países & Produtos

Um Grato Reencontro Com o Villa Romanu

Começando a semana com uma dica lusa! Há anos que não provava este alentejano que andou passando de mão em mão por aí até cair nas de quem entende, meu amigo Juan da Almeria (não vende direto ao consumidor!), e fiquei feliz por isso pois pude voltar a ter acesso a ele. Já, já comento o vinho porém com a crise se tornando cada vez mais presente e o câmbio e governo (mais impostos) não ajudando, estamos todos tendo que apertar o cinto e está cada vez mais difícil de encontrar vinhos chamados BBB com um preços mais acessíveis, então encontrar um vinho desses abaixo das 60 pratas é sempre um motivo para sorrir.

Villa Romanu Tinto 2013 – sem passagem por madeira, é um corte das uvas Trincadeira, Aragonez e Cabernet Sauvignon que estagia em inox por cerca de seis meses e só por isso já agrada, pois vinhos nesta faixa com madeira normalmente são chipados o que distorce o vinho. Este já mencionei lá atrás, nos idos de 2007, sendo um Romanu Tinto 1vinho que sempre me agradou e chegou a fazer parte parte de uma seleção de vinhos portugueses até R$30 que preparei em 2007, já lá vão 8 anos!

Um vinho que mostra bem a diferença entre um vinho fácil e um vinho simples. De simples não tem nada, mostra-se muito bem em boca, mesmo sendo franco, direto, sem muita enrolação já diz a que veio sem muita lenga, te satisfazer tanto no palato quanto no bolso. Fácil porque é difícil não gostar, harmoniza com bate-papo entre amigos, alguns petiscos, um jantar com carnes grelhadas ou um penne com bacalhau e brócolis (meu caso), um vinho versátil que não complica e nem te promete mais do que pode integrar. Boa fruta, os taninos bem integrados marcantes sem rusticidade ou agressividade, bem balanceados por uma acidez no ponto, suculento, textura gostosa, boa entrada de boca, persistência média, final saboroso que pede a próxima taça. No mercado anda na faixa dos R$58 a 60,00, o que acho uma muito boa relação Custo x Qualidade x Prazer.

Também provei o branco que se mostrou no mesmo nível e com este calor será uma ótima pedida, mas desse eu falo num post que estou armando só com brancos BBB, não por sorte, a maioria Ibéricos! Por hoje é só, mas durante a semana mais algumas boas dicas e novidades. Ah, aproveitando! Amanhã se encerram as inscrições para a minha viagem aos Vinhos de Altitude de Santa Catarina e ainda temos duas vagas disponíveis, vai dar mole?! Clique no link e veja mais detalhes.

Uma ótima semana a todos, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou nas trilhas de nossa vinosfera.

Um Malbec Diferenciado na Taça!

Quem me segue sabe que minha queda é por vinhos mais elegantes com alguma idade, mais equilibrados que, pela própria maturidade, tendem a ser mais integrados e sutis. O Joffrée y Hijas Gran Malbec 2008 é um vinho com esse perfil e por isso, mais um ótimo preço, acabou fazendo parte dos vinhos da Confraria Frutos do Garimpo de Setembro.

Não me agradam os vinhos power super extraídos em tudo; cor, sabores, taninos, álcool que nunca se integram, Uma vez tomei um já com dez anos nas costas que parecia que tinha saído da barrica uma semana antes, me parecem exagerados e não fazem minha cabeça. Demorei para entender que é um estilo do produtor (deve se evitar a generalização) e por um determinado período, que graças a Deus está terminando, também uma demanda de parte do mercado. Nas minhas andanças pelo lindo país dos Hermanos, vi que a Argentina tem muito mais a oferecer tanto em diversidade de uvas quanto de estilos e este produtor é prova disso. Por sinal, gosto muito do Bonarda dele também!

2015 - Set - Joffré Gran Malbec 08Este Malbec é proveniente de uvas do Vale do Uco com passagem de 10 meses por barricas de carvalho francês e depois deixado para afinar em garrafa por um curto período de tempo. Um vinho, como seu rótulo, algo contido, comedido, sem alardes , clássico como seu conteúdo. Com sete anos nas costas já mostra um pouco de sua idade na cor e nas notas aromáticas mais evoluídas de frutos negros, tosta, frutos secos e algo de tabaco bem sutil formando uma paleta olfativa bastante agradável e complexa. Na boca é um gentleman, todo ele muito sutil comprovando os aromas, corpo médio, taninos muito finos, elegante e já plenamente integrados, macio, algo cremoso sem arestas ou exageros de extração, tudo no ponto certo. Harmonizei com um tagliatelle com bacalhau e brócolis, ficou muito bom, porém também pensei num strogonoff de filé mignon, filé á Wellington e coisas do gênero não muito pesadas ou untuosas. Cumpre seu papel,nos dar prazer,  e se o encontrar por aí não guarde, beba!
Saúde, Kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui.

Party Time! Bueno Bellavista Desirée Brut Rosé na Taça.

Meu amigo Márcio Marson insistiu, João prova esse espumante que vai te surpreender, e como sou facinho para essas coisas…..não precisou de muito convencimento ! rs Não é de hoje que tenho uma queda por CAM02492espumantes e diversos foram os Desafios, provas e degustações temáticas sobre o tema ao longo de todos estes anos em que falo de vinhos aqui. Não inicio nenhuma degustação sem abrir um espumante e quase todo o fim de semana abro um em casa, gosto, gosto muito, então provar mais este lançamento da Bueno Wines foi um enorme prazer.

Blend de Merlot/Cabernet Sauvignon e Pinot Noir da Campanha Gaúcha, novo eldorado da vitivinicultura Rio Grandense, elaborado pelo método charmat, estava ansioso para abrir esta garrafa. As perspectivas eram as melhores e o vinho não me deixou na mão, de vez em quando acontece, confirmando na taça o lindo visual na garrafa. Garrafa de design limpo, simples mas eficiente, sexy, desnuda com aquela linda cor implorando para ser possuída, literalmente sensual! rs

Na taça mostrou ótima perlage, lindo e duradouro colar de espuma, aromas de frutos frescos pedindo para que a taça fosse levada à boca onde ele explode em goles de alegria CAM02494e festa! O frescor da fruta no olfato se repete em boca de forma vibrante com a acidez muito bem balanceada, puro prazer e uma garrafa foi muito pouco para a sede dos presentes. Na segunda e última taça, sniff, me lembrei de Ivan Lins que canta em Vitoriosa como “a vida pode ser maravilhosa”!Mesmo que só por instantes, este gostoso espumante tem a capacidade de despertar essa sensação.

Daqueles espumantes que transforma e faz o momento, não precisa esperar acontecer, muito bom! Se achar a bom preço, tem de tudo no mercado pelo que pude ver, compre de caixa que o verão vai pedir e você já estará prevenido!

Quando um produtor tem a consultoria de um enólogo que você goste e conheça bem seus produtos, fica bem mais fácil confiar nos vinhos na garrafa. Este espumante tem a mão e sensibilidade de um grande wine maker, Roberto Cipresso, responsável por, por exemplo, os vinhos da Achaval Ferrer e de seus próprios Brunellos que eu já citei aqui. Nunca provei nada dele que não tenha gostado, então saber que ele é “culpado” por esta belezura é motivo de grande satisfação. Cheers, kanimambo e aí, vem comigo a Santa Catarina!

Ps. Ivan Lins para quem não conhece e para os que querem relembrar. Se escutar abrindo uma garrafa, ou várias (!), de Desirée bem acompanhado, garanto que a Vida será Maravilhosa! rs

Grandes Vinhos do Douro

São inúmeras e muito diversas as regiões produtoras portuguesas. Umas mais tradicionais, outras mais abertas à modernidade e a novas castas, mas nenhuma tão famosa e tão premiada internacionalmente com o a região do Douro a primeira região demarcada do mundo em 1756. De lá vieram três entre os TOP 10 Vinhos da Wine Spectator (lista de 100) em 2014, inclusive o ganhador o DOW’S Porto Vintage 2011. Aliás, mesma safra dos outros dois vinhos; o Chryseia e o Quinta Vale do Meão, uma grande safra para tomar já e guardar por muitos anos a fio.

A região é mais conhecida por seus vinhos fortificados, os Vinhos do Porto, mas no inicio dos anos 90 a produção de vinhos de mesa brancos e tintos passa por uma incrível revolução de qualidade. Mesmo assim, ainda hoje a produção não passa de pouco mais de 500 mil garrafas ano, versus mais de 1 milhão e meio de vinhos fortificados. Pois bem, entre os grandes vinhos desta região eu costumo listar o CV de Cristiano Van Zeller, Batuta do Niepoort, Chryseia, Xisto, Quinta Vale do Meão, Quinta do Vesuvio, Barca Velha entre outros menos midiáticos porém de enorme qualidade. São Vinhos caros, bem caros!

Resolvi montar esta degustação em cima dos chamados segundos vinhos destes produtores, exceto o Quinta do Ataíde que é o topo de gama da casa Altano. São vinhos de enorme qualidade com preços mais palatáveis ao nosso bolso! Eis a lista dos vinhos que abriremos no próximo dia 20 de Outubro na Vino & Sapore, a partir das 20 horas após nosso já costumeiro espumante de boas vindas, com o preço atual de importadora. Enquanto formos provando os vinhos falaremos um pouco do Douro, sua história e assistiremos a alguns vídeos.

Vértice Gouveio Brut 2006 (R$150,00) – Um espumante de uma uva duriense, elaborado pelo método clássico e envelhecido em garrafa por 60 meses! Um vinho complexo que mostra que a região produz algo além de grandes vinhos fortificados ou de mesa.

Post Scriptum 2007 (R$240) – o segundo vinho da Prats & Symington (Chryseia), uma sociedade entre produtores de Bordeaux e Douro.

Roquette & Cazes 2008 (R$220) – os segundo vinho deste produtor, também uma sociedade entre produtores de Bordeaux e Douro, que tem como seu principal o Xisto.

Redoma 2009 (R$340) – o segundo vinho da Niepoort que tem no Batuta seu principal player, ou não!

Meandro 2012 (R$192) – o segundo vinho da Quinta Vale do Meão, um dos mais premiados vinhos de Portugal (junto com o Chryseia), mais conhecido nos bastidores como o “Nova Barca” já que boa parte seus vinhedos foram um dia a base do ícone Barca Velha.

Altano Quinta do Ataíde Reserva 2008 (R$230) – o vinho top desta Quinta que produz belos vinhos desde sua gama de entrada e pertence ao grupo Symington.

Deg Douro 1

Como sempre, tábua de queijos e chouriço, azeite, água, café, estacionamento gratuito. Fiz o pré-lançamento semana passada e das 12 vagas, seis já estão reservadas então se tiver a fins, não pense muito não, envie mensagem para Sorry sold Outcomercial@vinoesapore.com.br ou ligue para (11) 4612-6343 de Terça a Sábado das 14 às 19 horas! Somente R$165,00 por pessoa, pagos no ato da reserva. Espero os amigos e desse já vou avisando, dia 24 de Outubro novamente o food truck gourmet Perfil de Chef e a Vino & Sapore promovem mais um Sábado harmonizado e desta feita o tema será ESPANHA (sem paella – rs), programe-se!

Kanimambo, saúde e uma ótima semana para todos.

Um Belo Syrah Argentino

Para mostrar, por mais uma vez, que nem só de Malbec vive a Argentina e quem for hoje na ATE, vai sacar isso ao vivo e na taça. Os melhores syrahs argentinos costumam vir de San Juan, porém de Mendoza encontramos algumas preciosidades também, como este Arriero Syrah Reserva 2007, Hacienda del Plata, apenas 4600 garrafas produzidas e o vinhedo não mais existe então, quem 2015 - Set - Arriero Syrah reservetomou, tomou quem não tomou não tomará mais a não ser que tenha guardado! rs Este fez parte de minha primeira seleção na Confraria Frutos do Garimpo, conheça um pouco mais dessa pepita garimpada.

A vinha data de 1993 e a colheita foi manual, a seleção das uvas já começa nesta etapa onde são verificadas a saúde e maturidade de cada fruto. Após a fermentação alcoólica realizada em tanques de aço inox por 21 dias, o vinho é colocado em barricas de carvalho francês e americano por 9 meses onde permanece em temperatura controlada entre 9º e 14º C. O vinho é então engarrafado e envelhecido por mais 8 meses antes de ser comercializado.

Já o conhecia de outros carnavais, e voltou a me seduzir. Apresentou um nariz de boa tipicidade, fruta algo caramelada, bom corpo, entrada de boca firme que arredonda no meio de boca e termina aveludado, madeira bem colocada, especiado, com final de média para boa persistência. Mostrou estar bem balanceado, apesar de seu alto teor de álcool em torno de 14.5º que refletiu num final de boca um pouco quente que não chega a incomodar e um tempo de Decanter faz o ajuste final. Um vinho muito saboroso, mostrando que a Argentina também possui bons exemplares de Syrah, que deve fazer um belo contraponto a pratos de boa estrutura como ragu de rabada sobre cama de polenta, boeuf bourguignon, um bife de chorizo com uma boa dose de gordura, quem sabe um steak a poivre?

Um vinho ainda muito vivo, porém já mais comportado e integrado que deve ainda evoluir por mais um par de anos, mas no ponto desde já! Por hoje é isso, amanhã detalhes e preços de minha viagem à Serra Catarinense e seus Vinhos de Altitude, ficou da hora essa viagem de dia 28 de Outubro a 2 de Novembro. Kanimambo, salud e nos vemos por aí, nos caminhos de nossa vinosfera.

Montalcino Não é Só Brunellos

Para os amantes do vinho há regiões no mundo que são pura idolatria; Douro, Rioja, Bordeaux, Champagne, Mosel, Piemonte e Toscana, entre muitas outras. Na Toscana, Montalcino e seus Brunellos e Rossos de Montalcino (elaborados com 100% da casta Sangiovese Grosso) reinam absolutos, porém a Toscana tem outras regiões incríveis que pouco são divulgadas ao consumidor e o mesmo ocorre com Montalcino que não é feita só de Brunellos!

Afora esses ícones da vitivinicultura italiana toscana, Montalcino possui outros DOCs;

  1. Sant’Antimo DOC fundada em Janeiro de 1996 – Tanto Bianco como Rosso, elaborado com todas as uvas autorizadas na Toscana. Os tintos pode também ser elaborado em varietal, porém nesse caso deverá se especificar a uva no rótulo, mas restrito somente às castas; Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Nero. Nos brancos; Chardonnay, Sauvignon Blanc ou Pinot Grigio. Também se produzem Vin Santo branco e tinto nesta mesma DOC.
  2. Moscadello de Montalcino – apresentado tanta na forma de espumante como de vinhos doces de sobremesa.

Bem, depois dessa pequena introdução, deixa eu falar para vocês do vinho que provei no Winebar promovido pela Expand com um vinho DOC Sant’ Antimo, o IRRosso diIR Rosso Casanova di Neri 2013, não confundir com o Rosso di Montalcino que é outro vinho, deste conceituado produtor de Brunellos! Aqui a Sangiovese é complementada por uma parte de Colorino (muito usada em Chianti), com passagem de 15 meses por barrica e mais 6 meses em garrafa antes de sair para o mercado. O vinho mostrou bem a marca da casa produtora que, pelo menos do que já provei, possui um estilo mais austero, mas não duro!

Cor escura (muito jovem), aromas terrosos, frutos negros, boca densa, de ótima textura e volume de boca, concentrado, taninos presentes, firmes mas sem agressividade, longo, um belo vinho que pediu o que não lhe dei, um tempo de aeração, creio que se mostraria mais com 30 a 45 minutos no decanter. Vinho que promete muito com mais uns três anos de garrafa para quem puder guardar. Eu após complementar meus sessenta anos, não guardo mais nada a não ser meus Porto Vintage! rs

Passou por cima de meu Caldo Verde, é o que tinha no momento (rs), mas posteriormente preparei um sanduíche de chouriço português e aí o baile ficou legal, pena que a bateria do celular tenha ido para a glória! O sanduba talvez não tenha feito jus à nobreza do vinho (R$180), mas não é de hoje que alguns casamento entre realeza e plebe dão certo, este deu! rs

Salute, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou vem passear comigo pelos vinhos de altitude de Santa Catarina dia 28 de Outubro a 2 de Novembro. Detalhes em elaboração, mas como serão somente 12 vagas, me avise desde já de seu interesse e lhe enviarei roteiro completo em primeira mão tão logo esteja pronto.

Quinta do Ameal Loureiro, um Feliz Reencontro

Há tempos que chamo a atenção para os vinhos brancos portugueses e este vinho é um claro exemplo disso. A primeira vez que tive contato com ele foi num delicioso restaurante em Almada chamado Amarra Ó Tejo que possui uma das mais lindas vistas noturnas de Lisboa. Depois, já andou por mais umas vezes em minha taça e sempre despertando as mesmas sensações de puro prazer! Daqueles vinhos para abrir de duas (rs), porque uma garrafa some rapidamente devido à sua leveza e capacidade de sedução.

Para mim, este vinho já se tornou um clássico regional e a casta possui atributos que me encantam. Menos acídula que a Alvarinho, gera vinhos muito Foto - loureira_loureiro1equilibrados de muito boa intensidade aromática onde predominam as notas cítricas e florais. Na boca mostra-se tradicionalmente muito harmoniosa com nuances de casca de laranja, nectarina e algo de maçã verde. Apesar de ser vinificado, mais recentemente, como varietal, é comum a vermos associada com as castas Trajadura, Arinto e Alvarinho nos vinhos de corte simplesmente denominados Vinhos Verdes. Da mesma forma que Melgaço e Monção estão para a Alvarinho, Ponte de Lima (Vale do Lima) está para esta casta que reina nesta sub-região.

Era para ter participado de mais um Winebar, desta feita com este produtor, porém há última hora tive problemas profissionais que não me permitiram, no entanto você pode ver a apresentação completa vendo o vídeo aqui abaixo

Acabei abrindo essa garrafa de Quinta do Ameal Loureiro, posteriormente e acabei harmonizando o vinho com um prato de Camaráo à Piri-Piri com Risoto de Limão Siciliano e Cream Cheese. ABSOLUTAMENTE DIVINA harmonização e enquanto escrevo enxugo o teclado (rs) pois só de pensar Ameal Loureiro 2começo a aguar! O vinho prima por sua leveza, baixo teor alcoólico, apenas 11% e sedução, na linha dos bons e finos rieslings do Mosel, já nos arrebatando nos aromas sutis, mas muito marcantes! Puxando por notas cítricas (limão siciliano), traz também um leve floral e alguma grama molhada, delicado pede para encher a taça! Na boca, um vinho fresco de acidez bem presente, mas muito equilibrado, franco, com uma certa mineralidade de final de boca, um vinho radiante, de alto astral! Um vinho para nos deixar essencialmente felizes, com vontade de quero mais!rs

Por outro lado um produtor de uma casta só, algo não muito comum, o que faz com que exista aqui uma especialização maior, um conhecimento mais profundo gerando realmente vinhos diferenciados e marcantes.

Um vinho que tem tudo a ver com nossa costa, nossos mares acompanhando frutos do mar grelhados, lulas, suchis, peixes leves grelhados ou sozinho como entrada com queijo de cabra, presunto cru e outros petiscos! Já andou por terras brasilis mas volta agora pelas mãos da importadora Qualimpor e deverá estar no mercado por volta dos R$100 creio eu, mas a conferir. Como se diria na minha terra, um vinhos bestial ó pá, para se ir aos copos numa marisqueira com a malta! kanimambo e dia 12 (sábado) já sabem, Food Truck Gourmet (Perfil de Chef) com o tema França. Pratos e vinhos harmonizados, aguardo os amigos e torçam para essa chuva parar!!!

As Portas do Céu se Abriram e eu Entrei ou, Bordeaux Extasy!

Só figurativamente e adorei a experiência , tanto que tenho esse título pronto faz TRÊS ANOS! A experiência foi tamanha que fiquei sem palavras e sigo sem as encontrar, já que descrever emoções é sempre um exercício dos mais difíceis. Todos ou pelo menos a maior parte dos aficionados por vinho, sabe que 2009 foi um graaande ano para os vinhos de Bordeaux e em 2012 os produtores de Grand Crus estiveram em São Paulo para dar a provar alguns néctares da região. Grandes produtores, vinhos com pontuações perfeitas (100 pontos), brancos, tintos, doces, um festival hedonístico difícil de ser esquecido, daqueles que ficam na memória ad eternum.

A grande maioria, para não dizer todos, está longe dos bolsos de nós pobres mortais então minha sugestão é, tem interesse, vai viajar, traga de fora! São esses grandes vinhos que, em minha opinião, devem ser aproveitados nas viagens e, neste caso, mesmo assim precisa ter um bolso algo gordo! Para não dizer que nunca falo das estrelas, ganhei coragem e decidi compartilhar com vocês alguns destaques do que provei e que comporiam maravilhosamente uma grande degustação com uma visão regional deveras interessante, vamos lá!

Bordeaux Pessac

Pessac- Léognan – esta AOC, mesmo tendo uma maior produção de tintos, gera os melhores e mais importantes brancos de Bordeaux. Três grandes vinhos de muita classe, Chateau Carbonnieux, Chateau Pape Clement e, para mim o destaque entre eles, o incrível Chateau Larrivet Haut-Brion, uma grande forma de se iniciar uma degustação deste porte.

Bordeauxs Tintos – mesmo não sendo um expert nas apelações (AOCs) de Bordeaux, tenho as minhas regiões preferidas e na prova confirmaram na taça as razões de minhas preferências. Destas AOCs, escolhi alguns vinhos (tinha mais de 50 não dava para ver tudo) para provar e destes alguns destaques que certamente colocaria na mesa dessa imaginária degustação, caso houvesse “cascalho” o bastante para tal.

Bordeaux Saint Emilion
Saint-Émilion – Por aqui reinam a Cabernet Franc e Merlot, vinhos teoricamente mais suaves (na prática nem sempre), de menor estrutura porém de boa guarda, profundo equilíbrio com fruta mais presente e macios. Alguns grandes vinhos como os; Chateau Troplong Mondot, Chateau Pavie Macquin, Chateau Angélus e meu preferido, um dos melhores, se não o melhor, vinho do evento. O Chateau Figeac! ABSOLUTAMENTE ESPETACULAR, um daqueles vinhos que figuram entre meus TOP 10 de todos os tempos e não dá para descrever, tem que lhe sacar a rolha e desfrutar com um outro grande apaixonado por este néctares. Este já estava divino, imagino daqui a mais uns cinco ou seis anos!

Bordeaux Pomerol

Pomerol – Terra do famoso Chateau Petrus e por isso muito valorizada, gera vinhos elegantes e finos porém de maior estrutura que os de St Émilion, idade média de maturação entre 6 a 8 anos com alguns grandes vinhos de guarda. Daqui se destacaram o Chateau Clinet a quem Robert Parker deu 100 pontos. Provei, não mudou minha vida (rs), não vale a nota perfeita (que não dou a nada nem ninguém), mas é um grande vinho. Com ele, mais dois destaques, o Chateau L’Évangile e meu xodó deste AOC, o Chateau Gazin do qual tomaria garrafas se a grana permitisse. Rico, delicado e complexo, absolutamente sedutor.

Bordeaux margaux
Margaux – Nas grandes safras estes vinhos costumam se superar e é, certamente uma das mais emblemáticas apelações de Bordeaux. Mesmo tendo a Cabernet Sauvignon como protagonista, são conhecidos como os vinhos mais elegantes, perfumados e sedosos de Bordeaux, especialmente da margem esquerda. Curto os vinhos desta parte de Bordeaux! Provei algumas preciosidades, entre elas os; Chateau Angludet, Chateau du Tertre e Chateau Giscours foram destaque e são todos grandes representantes da AOC, mas o Chateau Malescot Saint-Exupery está, em minha modesta opinião, um degrau acima dos outros escolhidos e é o que eu colocaria para representar a região nesta verdadeira seleção de craques. Pura poesia engarrafada, nada a falar, só beber!!

Bordeaux Pauillac

Pauillac – Três dos cinco Premier Crus de Bordeaux, vêm desta região, vinhos algo mais potentes e muito estruturados com enorme potencial de guarda, décadas! Aqui provei menos e só dois rótulos ambos muito parelhos; o Chateau Lynch-Bages e por nariz, ficaria com o Chateau Pichon-Longueville mesmo sabendo que o melhor seria guarda-lo por mais uns 15 anos antes de abrir. O problema é que já fiz 60, então guardar vinhos ficou meio relativo! rs Graaande e complexo vinho que mostra bem todo seu potencial de guarda.

Bordeaux Sautern
Sautern et Barsac – Mais que uma apelação (AOC), uma marca mundial de excelência em vinhos doces que harmoniza maravilhosamente bem com Foie Gras (ops é proibido! rs) e queijos azuis e frutas frescas, mais que com sobremesas. Dizem que um Sautern deve ser tomado com mais de quatro anos e os bons (como estes baixo) precisando de tempo para mostrarem todo seu esplendor. Os “velhos” com trinta ou quarenta anos nas costas, dizem ser verdadeiros elixires, não sei, nunca provei, mas topo convites! rs Para encerrar em grande estilo dois grandes representantes e um que extrapola e nos deixa boquiabertos com tanto esplendor. Chateai Doisy Daëne e Chateau Guiraud, ambos excelentes, mas o Chateau Coutet é verdadeiramente um vinho classe I, de Inesquecível e Incuspível! DIVINO, um conjunto de emoções na taça indescritível, e a uma fração do preço dos mais famosos, muito próximo da perfeição!

O que pode causar estranheza é como vinhos que são de longa guarda como estes podem já despertar tais emoções e prazer hedonístico. Pois bem, o que tenho verificado ao longo destes longos anos de provas, é que a grande safra costuma apresentar esse perfil, vinhos com grande capacidade de guarda, porém já muito palatáveis desde cedo! Só para citar alguns; Safra 2007 e 2011 em Portugal, 2006 na Itália, 2005 no Chile, 2015 no Uruguai entre outros, e agora 2009 em Bordeaux. Enfim, mais uma grande experiência e as características de cada uma dessas regiões foram colhidas no livro de meu saudoso mestre e mentor, Tintos & Brancos de Saul Galvão, que segue sendo meu principal socorro em momentos de dúvida sobre nossa vinosfera.

Vai montar essa degustação, não esquece de mim não tá?! Digamos que será minha cobrança de royalties! rs Gente, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos (aqui tem leitura para todo o fim de semana prolongado)  e não esquece, dia 12 de Setembro agora tem o food truck gourmet com vinhos harmonizados saudando a França! Aguardo os amigos

Tannat, Mais que Uma Uva, Uma Marca de Um País!

Não é de hoje que falo do Uruguai e seus vinhos. Minha relação com esse país nasceu antes do vinho com diversas viagens a seu pólo de moda com ótimos agasalhos e casacos de preços em conta, falo de cerca de 18 anos atrás. Daí comecei a descobrir o lugar e sua gente, especialmente sua gente!

O vinho e a Tannat vieram parar aqui no blog em Abril de 2008, já lá se vão mais de sete anos, quando pouco se falava dessa casta e menos ainda da região, a não ser CAM02344pelos eternos Luis Horta e Didu que já naquela época falavam da revolução vitivinícola que ocorria por lá. O post, clique aqui para ver, está um pouco desatualizado e precisa de uma revisão, mas as informações ali contidas dão uma boa mostra do que acontece por lá nesse mundo regido por Baco. Todo esse preâmbulo para chegar no Tannat Tour que recém visitei, lamentavelmente com pouco tempo para exploração da diversidade de produtores presentes.

Antes de falar do que vi e provei, quero ressaltar o fato de que o Uruguai não é só Tannat, assim como a Argentina não é só Malbec e o Chile só Carmenére e Cabernet Sauvignon! Vale explorar a Petit Verdot, Sangiovese, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc, Torrontés, Albariño e Viognier entre outras castas gerando belos vinhos num estilo mais velho mundista que novo mundo, mais elegantes e finos, de menor teor alcoólico. Tão perto, mas tão diferentes! Tenho montado algumas degustações de vinhos uruguaios em diversas confrarias e a surpresa tem sido enorme, abra a mente e explore esta região vale muito a pena!

Bem, como já disse participei do Tannat Tour e da Master Class onde tive a oportunidade de conhecer alguns grandes vinhos e, como tal, com preços algo altos. Para quem, todavia, só exporta cerca de 5% da pequena produção, é entendível mesmo que não desejada. Alguns destaques:

Bodega Artesana Reserva Blend de Tannat com Zinfandel e Merlot safra 2013 – o braço importador da Enoeventos do Oscar Daudt trás este vinho, o mais em conta entre estes destaques. Pequena produção (1.300 gfas), 22 meses de barrica francesa de nova imperceptíveis e muito bem usada. Blend muito bem bolado e único com a presença surpreendente da Zinfandel, de nariz muito agradável, na boca prima pelo equilíbrio, macio e algo cremoso, muito agradável. R$110,00

Pizzorno Family Estates Primo 2008, Tannat com Cabernet Sauvignon, Merlot e um CAM02346toque de Petit Verdot que sempre faz uma bela diferença, com 24 meses de barrica francesa. Me encantou desde sua atraente e sedutora paleta olfativa e na boca explode em complexidade e riqueza de sabores. Um dos melhores, mas o preço na casa das 400 pratas desanima! Só 2.000 gfas e quando engarrafado já está quase todo vendido, oferta x demanda! Vem pelas mãos da Grand Cru.

CAM02348De Lucca Rio Colorado 2008, mais um blend (não adianta sempre me chamam mais a atenção), desta feita de Tannat com Cabernet Sauvignon e Merlot com 18 meses de barrica sendo 60% francesa e o restante americana. Mais um grande vinho que no nariz me pareceu mais sutil, porém ao primeiro gole mostra a que veio! Muito vivo, marcante entrada de boca, taninos muito finos, elegante, rico, longo um vinho que mostra uma personalidade diferente e se destaca. Preço na casa dos R$280,00 trazido pela Premium.

Prelude Barrel Select 2009 da Familia Deicas, um clássico entre nós já faz anos. Nunca me entusiasmou nem entendia do porquê de tanto auê sobre este vinho. Humm, mudei de ideia! Este 2009, não sei se já tinha antes, leva Petit Verdot e se tem esta casta no corte, pode esperar por coisa boa. Tannat, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Petit Verdot e Marselan passando 24 meses em barrica e uma produção algo maior, já na casa das 24 mil unidades. Nariz potente e complexo, excelente na boca onde mostra uma textura e riqueza de meio de boca marcantes, taninos aveludados, longo, que grata surpresa. Na casa dos 290 Reais e é trazido pela Interfood.

Deixei por último dois puros tannats, um é Clássico e o outro Inovador. De um se produzem cerca de 15 mil garrafas do outro umas 3 mil. Ambos muito bons, mas muito diferentes entre si.

Carrau Amat 2011, de Rivera (morro Chapéu) fronteira com o Brasil, 24 meses de carvalho e mais um em garrafa antes de sair ao mercado, o Clássico, dos quais se produzem algo ao redor de 15 mil garrafas anuais. Sempre um vinho bem feito, irrepreensível , de nariz agradável que convida a taça à boca onde ele se mostra elegante, muito equilibrado, acidez muito bem colocada, gastronômico, como um clássico tem que ser, grande sem ostentação! Trazido pela Zahil, custa ao redor de R$200,00.

Viña Progreso Sueños de Elisa Tannat 2011 do jovem Gabriel Pisano, um inovador emCAM02347 sua bodega experimental. Fermentado em barrica aberta, maceração a frio usando garrafas geladas (!), estágio nas próprias barricas em que fermentou porém agora fechadas, explorando limites! Somente seis meses de estágio em barrica e 3000 garrafas produzidas, gamei e se pudesse …..!! Nariz complexo e intrigante, boca excepcionalmente sedutora com taninos muito bem trabalhados, fino, elegante, sedoso, ótimo volume de boca, um tannat encantandor onde afora os frutos negros típicos da casta aparecem notas terrosas, um vinho inebriante que custa algo em torno de R$270,00 na Vinci que é quem traz essa belezura!

Houve um comentário sobre a dureza dos taninos destes Tannats e a pergunta quanto ao tempo que eles necessitavam para se integrarem e se tornarem algo mais palatáveis? Na verdade creio que esta pergunta paira sobre a cabeça da maioria e aqui vai minha opinião em cima do que o Gabriel respondeu, depende de como você gosta de seus vinhos. Tenho um gosto pessoal por vinhos de bom corpo e estrutura tânica, porém com elegância e taninos sedosos, primando pelo equilíbrio do conjunto fugindo dos vinhos de maior extração e teor alcoólico mais altos, no entanto gostei de todos os vinhos acima mencionados, cada um em seu estilo. Óbvio que se for acompanhar algum prato, aí há que se ter mais cuidado na harmonização, mas achei os taninos, a nível geral, muito bem trabalhados e integrados ao conjunto. Aliás, essa constatação ficou clara nas degustações que promovi com vinhos uruguaios onde até quem tinha resistências se dobrou à prova na taça!

Tendo dito isso, sobrou o vinho mais velho para comentar, o Antologia 2004 de Juan Toscanini que está sem importadora no Sudeste, mas presente em alguns supermercados da região Sul do Brasil. Deste vinho não vem nenhuma garrafa das apenas 2.000 produzidas, então não adianta procurar. De todos os vinhos provados, o mais pesado de todos e, se fosse tomado às cegas, provavelmente seria indicado pela maioria com um dos mais novos em prova. Aqui sim, taninos poderosos, robustos, denso e mastigável, para comprar, se achar, e jogar na adega por mais uma meia dúzia de anos. O mais Madiran de todos.

Cacilda, falei demais! Não que isso seja uma surpresa para a maioria dos amigos leitores,rs, mas é que tinha muita coisa que merecia meus comentários e olha que ainda faltou. Kanimambo e não deixe de se cadastrar na Confraria Frutos do Garimpo clicando no banner aqui do lado. Leia mais sobre esse novo projeto meu no post de ontem.

Vega-Sicilia Único 99, Uma Lenda na Taça

Não é todo dia que temos a possibilidade e privilégio de estarmos diante de um vinho ícone. Na minha vida me lembro de alguns poucos encontros desses como com o Opus One e o Sassicaia, que nem fizeram tanto assim a minha cabeça. Não que não sejam bons, são ótimos, porém não achei que faziam jus a tanta fama. Por outro lado, outros foram inesquecíveis como, por exemplo, “meu” Andresen 1910!

Aproveito para contar um causo que ocorreu com um amigo meu daqui da loja e uma garrafa deste ícone espanhol. Esse Sr. X estava de visita a um amigo em Barcelona tendo marcado para se encontrarem num restaurante na cidade. Não querendo chegar de mãos abanando, até porque seu amigo espanhol lhe fazia os maiores mimos cada vez que vinha ao Brasil, passou antes numa loja de vinhos e comprou um Vega Sicilia Único. Ao chegar ao restaurante, desconhecendo os costumes da região, mostrou-se preocupado não sabendo se poderia abrir a garrafa e se havia taxa de rolhas, etc tendo solicitado a seu amigo que conferisse com o dono do restaurante se não haveria qualquer objeção. Seu amigo se levantou e foi em busca do proprietário voltando em seguida com ele que carregava a garrafa a garrafa nos braços como se segurasse um recém nascido. O proprietário lhe agradeceu a honra de trazer um Vega Sicilia Único para ser aberto em seu restaurante porque isso só dignificaria sua cozinha e que, não só não lhe cobraria rolha, como não lhe cobraria o prato para o acompanhar!

Pois bem, era uma garrafa dessas que abria, tremenda responsa e vega siciliaprivilégio! Nestes casos fica difícil falar do vinho, pois certamente há gente muito mais capaz que já escreveu um monte então pouco vou acrescentar ao que, provavelmente, você já leu por aí em revistas, livros e na net. O que posso falar sim, é do que eu senti. Jovem, absolutamente jovem de taninos finos bem marcados e muito presentes ainda apesar de seus 12 aninhos nas costas, anunciando que estamos diante de um vinho de longa guarda que tem tudo para evoluir muito positivamente por mais de uma década. A evolução aqui é menos aparente com a fruta ainda muito presente tanto no nariz quanto na boca, cor rubi, muito expressivo em boca com uma riqueza de sabores impressionante para um vinho produzido, também, num ano que não foi dos melhores. Aliás, nesses anos o bom senso pede que se compre vinhos de grandes produtores, sempre mais seguro! Possui um corpo de boa textura, seus taninos são sedosos e o final de boca é surpreendentemente fresco para um vinho que passou tanto tempo em barrica, muito longo, mineral e algo especiado, que nos deixa implorando por mais um gole e outro e outro ……… fazendo com que a garrafa acabe rapidamente. Um Ribera del Duero muito fino, cativante e elegante sem perder os traços de robustez típicos de seu terroir e vendendo saúde!

Muitos acham que este vinho é elaborado somente com Tinta del País (Tempranillo) porém ele normalmente leva um corte de alguma outra uva francesa; Cabernet Sauvignon, Malbec ou Merlot, muitas vezes das três dependendo muito do ano. Esta mescla de cepas nos vinhedos da bodega, data de 1864 quando Don Eloy Lecanda Chaves trouxe uma série de mudas de suas viagens a Bordeaux e só por causa disso são castas autorizadas na DOC. Neste caso, pelo que pude pesquisar, foram 10% de Cabernet Sauvignon e passa, entre os mais diversos tipos de madeira e cascos, algo como 82 meses em barricas sendo comercializado somente 10 anos após a safra correspondente, neste caso 2009! Não é o melhor vinho espanhol que já provei, tenho que confessar, mas é certamente o mais eloquente e mais marcante pois não é todo o dia que podemos levar à boca uma lenda.

Um vinho que não precisa de um momento especial para ser aberto, pois ao sê-lo faz dele um momento Único! Ainda me falta conseguir provar um Barca Velha, é sei, realmente uma falta grave em minha formação de enófilo ainda mais sendo luso, mas não tem sobrado din-din para isso e nenhum amigo ainda me convidou! rs Uma hora ainda quero tomar esses dois vinhos de uma mesma safra num Desafio Ibérico, alguém se habilita? Busco seis companheiros, mais eu sete, rachamos a conta!!

Kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui! Cheers, salud, salute, …..Brinde