Para Ver e Ouvir

NO MORE WAR – II

               Para completar os posts de Para Além do Vinho deste fim de semana, uma musica e uma mensagem, que todos acham que é de Bruce Springsteen, mas que na verdade surgiu nos idos de 1969 composta por Norman Whitfield e Barrett Strong e gravada por Edwin Starr em disco lançado pela famosa Motown Records. Bruce Springsteen a regravou em 1985, dando uma sobrevida e interpretação magistral, a uma genial canção de protesto criada nos tempos da guerra no Vietnam e tão atual nos dias de hoje, porque os Lordes da Guerra não descansam jamais. Como disse Bruce Springsteen “ Blind faith in your leaders, or anyone for that matter, can get you killed” (Fé cega em seus lideres, ou qualquer um para todos os efeitos, pode-o levar à morte). Dois vídeos e duas versões para a mesma mensagem. Salute à paz!

 

[youtube=http://youtube.com/watch?v=bX7V6FAoTLc] 

 

 [youtube=http://youtube.com/watch?v=lB_4Lw8fd8w&feature=related] 

 

 

NO MORE WAR!

                  Aos fins de semana só coisa Para Além do Vinho e, preferencialmente com musica. De todos os tipos e ritmos, já que musica é um estado de espírito. Pois bem, hoje estou mais contestador então o papo é sobre um cara, nascido a 3 de Dezembro de 1948 na Inglaterra, e sua banda. Uma mistura de gênio e louco, chamado John Michael Ousborne que, mais tarde, viria a ser conhecido como Ozzy Ousborne. Fundador do Black Sabbath, grupo musical que revolucionou a musica e espantou o mundo com sua peculiar forma de encarar e reagir ás coisas ao seu redor, pais do heavy metal. Louco, drogado, bêbado, gênio? Certamente um pouco de tudo isso, mas debaixo de todo esse estupor, saíram diversas perolas musicais e esta, “War Pig”, é uma das minhas favoritas. Afinal, quem é mais louco? Ele ou quem ordena a marcha das tropas por motivos duvidosos e torpes? O julgamento é seu!  A musica e letra geniais, o vídeo imperdível. Como disse John Lennon, outro contestador do Establishment, “Give Peace a Chance”. Veja a letra e vídeo:

Generals gathered in their masses,
just like witches at black masses.
Evil minds that plot destruction,
sorcerers of death’s construction.
In the fields the bodies burning,
as the war machine keeps turning.
Death and hatred to mankind,
poisoning their brainwashed minds.
Oh lord, yeah! 
Politicians hide themselves away.
They only started the war.
Why should they go out to fight?
They leave that role to the poor, yeah. 
Time will tell on their power minds,
making war just for fun.
Treating people just like pawns in chess,
wait till their judgement day comes, yeah. 
Now in darkness world stops turning,
ashes where the bodies burning.
No more War Pigs have the power,
Hand of God has struck the hour.
Day of judgement, God is calling,
on their knees the war pigs crawling.
Begging mercies for their sins,
Satan, laughing, spreads his wings.
Oh lord, yeah!
Black Sabbath, War Pigs 
 
  
[youtube=http://youtube.com/watch?v=0GRR_n_yQGA]
 Mais sobre o tema até ao final do dia. Amanhã descanso que é feriado. Acho que estou é ficando viciado nisto!
 

 

African Sounds

                  Fim de semana é o momento de passeios por lugares além do vinho, para meus devaneios pessoais, para falar de coisas e culturas marcantes. Neste, sigo falando da África do Sul, lugar em que passei mnha adolescência. A musicalidade está no sangue dos povos indígenas seja no trabalho, nas festas ou nas principais manifestações políticas. Desde pequeno que me surpreendia com os corais dos trabalhadores  que cantavam como que para exorcizar o cansaço e tornar o trabalho menos árduo. Paul Simon conseguiu captar essa força e diversidade musical com um disco lançado em Harare, capital do Zimbabwe, em 1991 antes do fim do Apartheid e da libertação de Mandela. O álbum de nome Graceland foi um marco em sua carreira , talvez o melhor trabalho dele, e aqui estão quatro vídeos geniais onde os ritmos africanos estão bem presentes. Neste dia inesquecível Ladysmith Black Mambazo, Hugh Masekela e Mirian Makeba dão um show muito particular.

                Afora isso, existem três filmes que acho imperdíveis a quem queira entender, pelo menos parcialmente, o que foi o Apartheid para esse povo, não branco, sofrido e catalogado como gente de segunda classe com suas liberdades civis cerseadas. Cada um desses filmes; Biko, Serafina e The Power of One têm um hino, uma trilha sonora absolutamente genial. Desses também listei três vídeos imperdíveis. Curtam, reflitam, não deixem acontecer de novo.

‘Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que

os homens de bem nada façam’. (Edmund Burke)

 

Establishment Blues

               Esta semana estou saindo um pouco fora do roteiro dos vinhos apesar de que, nos fim de semana, costumo me dar ao direito de viajar para lugares além. É que o Goats do Roam mexeu com algumas coisas que há muito estavam guardadas. Enfim,  final dos anos sessenta inicio dos setenta, vivíamos ainda o sonho de que podíamos mudar o mundo. Que seria viável criarmos um mundo de paz e harmonia, época em que ainda se sentiam os efeitos de “Imagine” e “Give Peace a Chance”, em que era proibido proibir! Inocência, sonhos, devaneios?

              Na África do Sul, sob o domínio do apartheid, uma população jovem cada vez mais engajada ouvia  (Sixto) Rodriguez e seu Establishment Blues ou Sugar Man, fonte de inspiração para mudanças sociais que precisavam ocorrer. Desde aquela época que tenho uma inclinação para quebrar esse establishment, fazer diferente e fazer diferença buscando caminhos alternativos. O que isso tem a ver com o vinho? Quase nada ou quase tudo, depende de seu ponto de vista. Os posts onde falo da “Goats do Roam” e seus vinhos,  me fizeram viajar, relembrar Rodriguez, pois eles também inovam, criam e contestam o establishment. Os próprios vinhos do Uruguai com seus criativos e inovadores produtores, também são um pouco assim. Tenho o CD “Live Fact” do Rodriguez que é genial, a foto sonora de uma geração, junto com vários outros cantores e compositores da época que influenciaram uma geração.

                  Afora o Establishment Blues tem; Sugar Man (clássico), Inner City Blues, Forget it, Crucify Your Mind e I Wonder todas absolutamente geniais. Uma época em que musica não era só uma questão de ritmo, mas de letras, de conteúdo! Aqui acho que muito poucos o conheceram então, tomei a liberdade de compartilhar um pouco dele com vocês.  Para quem curte, leia a letra, veja o vídeo (imagens meio ruins, mas …) e, se quiser conhecer mais, clique aqui.  Deixo-vos hoje, com uma frase de Rodriguez;   “…don’t waste your time, make up your mind, and make it happen…”. Não perca tempo, decida-se, faça acontecer ou como dizia Vandré “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Bom fim de semana, salute e, Kanimambo!

THIS IS NOT A SONG IT’S AN OUTBURST: OR THE ESTABLISHMENT BLUES

 

The mayor hides the crime rate
council woman hesitates
Public gets irate but forget the vote date
Weatherman complaining, predicted sun, it’s raining
Everyone’s protesting, boyfriend keeps suggesting
you’re not like all of the rest.

Garbage ain’t collected, women ain’t protected
Politicians using people, they’ve been abusing
The mafia’s getting bigger, like pollution in the river
And you tell me that this is where it’s at.

Woke up this moming with an ache in my head
Splashed on my clothes as I spilled out of bed
Opened the window to listen to the news
But all I heard was the Establishment’s Blues.

Gun sales are soaring, housewives find life boring

Divorce the only answer smoking causes cancer
This system’s gonna fall soon, to an angry young tune
And that’s a concrete cold fact.

The pope digs population, freedom from taxation
Teeny Bops are up tight, drinking at a stoplight
Miniskirt is flirting I can’t stop so I’m hurting
Spinster sells her hopeless chest.

Adultery plays the kitchen, bigot cops non-fiction
The little man gets shafted, sons and monies drafted
Living by a time piece, new war in the far east.
Can you pass the Rorschach test?

It’s a hassle is an educated guess.
Well, frankly I couldn’t care less.

  www.youtube.com/watch?v=JHR74nxb-uA  / http://www.youtube.com/watch?v=24uYmHxERNk&feature=related / http://www.youtube.com/watch?v=2MX4Atd7lLU&feature=related

Aos amigos que não falam Inglês que me perdoem, mas há coisas que só podem ser apreciadas no original.

Vindima em Mendoza

Singela homenagem à Argentina, a Mendoza (que tenho ganas de visitar, mas ainda não me foi possível) e ao vinho que será produzido com as uvas que agora se colherão com o inicio da vindima que, El Malbec informa, começa na próxima semana.  Ainda dá tempo para quem quiser participar deste grande evento Mendocino.

Mercedes Sosa, Senhoras e Senhores, em El Sueño de la Vindimia.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=cm5ZtGXIjnM]

Na parte da tarde tem mais. Fim de semana light, de imagens e sons!

Cueca Vinha Nova

            Este fim de semana, estou em clima de explorações culturais. Lindíssima a apresentação e interpretação de Los Charchaleros na Cueca de la Viña Nueva. Puro, e genial, folclore Argentino cantando as vinhas. A Cueca é um ritmo musical de raiz, originado no Peru com o nome de Zambacueca, que se espalhou por toda a região Andina. Semelhanças com nossos ritmos e danças  gaúchas não são mera coincidência! Na festa da vindima em Mendoza certamente se dançará muito ao som da Cueca, imperdível!

      [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=gRrZ4XOsUdk]

“Sinto Vergonha de Mim” – um Brado de Indignação

Relutei muito antes de escrever este post. Talvez porque meu filho me tenha feito prometer que não trataria de política neste blog. Talvez ainda, por realmente achar que este não é o foro adequado para tratar deste assunto. Pensando bem, no entanto, creio que este texto não possui nenhuma conotação ou viés político que possa ferir partidários de qualquer partido ou ideologia e, conseqüentemente, me liberei para, excepcionalmente, abrir um espaço em “Falando de Vinhos” para bradar minha indignação. Este é um brado de cidadania clamando por mais decência, pela ética e moral na política e em nosso dia a dia, pela seriedade no trato com os bens de terceiros, pelo respeito pelo cidadão independente de sua faixa etária, cor, raça, sexo ou nível social. É um ato político sim, mas sem qualquer intenção de atacar qualquer partido; seja ele de direita, esquerda ou centro, de falar sobre o governo de hoje ou de dez, vinte ou trinta anos atrás, até porque o mal é, aparentemente, endêmico. Tão endêmico que, já em 1914, Ruy Barbosa leu no Senado Federal este genial texto de Cleide Canton. A versão de Rolando Boldrin é imperdível, mesmo que somente para relembrar e nos colocar para refletir sobre o Brasil em que vivemos e a nossa responsabilidade no processo. Só não vale beber para esquecer ou afogar as mágoas.

Talvez o texto já esteja muito batido, mas o toque que lhe é dado por Rolando Boldrin e a presente descoberta da farra dos cartões de crédito em todos os níveis, o tornam pertinente e imprescindível. Pela enésima vez, nossa eterna paciência é colocada à prova, a minha se esgotou! Permita-se 3 minutos de reflexão e assista ao vídeo abaixo. Eu deixarei de ter “Vergonha de Mim” pois, dentro do possível, despejarei meu verbo num brado de indignação cidadã que espero possa ter algum eco e desperte alguns. Não há mais como tolerar que nossa terra tão cansada de saques e descaso com seu povo, cansado, carente, ludibriado e usado, em nome de quem, falsamente, se cometem as maiores barbáries, siga sendo tão descaradamente afrontado em seus essenciais valores éticos e morais. E, certamente, não desanimarei, não rirei da honra nem terei vergonha de mim por ser honesto. Pode ser pura utopia, mas ainda acredito na vitória do bem sobre o mal, do certo sobre o errado se deixarmos de ser tão acomodados e lenientes com a mediocridade que insistimos em eleger como nossos representantes em todos os níveis de governo.

Perdoe-me pelo desabafo e por esta breve interrupção, mas “Falando de Vinhos” é secundário neste momento. Vinho é bom, mas não é tudo, existem coisas mais importantes na vida. Aceite meu convite, não deixe de ver o vídeo, é genial. Obrigado, um abraço e não se acomode.

Imagine 2008!

               2007 começou bem difícil, com tempo encoberto, nuvens negras e um horizonte duvidoso. Aos poucos, todavia, o tempo foi se abrindo, as oportunidades surgindo e portas se abriram me convidando a entrar. Não me fiz de rogado, adentrei essas portas assumindo novos desafios. Foi um ano de plantar, adubar e cuidar. Um ano de investimento, de aprendizado, um ano de mudanças, um ano de criação, de estabelecer novos objetivos e iniciar novos projetos. Um ano de novos amigos, parte deles virtuais, e de novas conquistas. Um ano com final feliz, coluna no jornal e blog no ar com ótimo retorno, reconhecimento. Valeu a pena! Agora, descanso até dia 2 de Janeiro quando espero retornar Falando de Vinhos com você. Gosto desta “charla”!

               Sempre é bom sonhar, sempre é bom pensar que podemos fazer deste mundo um lugar melhor. Eis John, de novo, dando-nos uma mensagem de esperança e perseverança na busca por dias melhores. Talvez uma utopia, mas uma que vale a pena correr atrás.

Que em 2008, possamos todos trabalhar por isso!

Imagine all the people
Living life in peace
You may say,
I’m a dreamer
But I’m not the only one
I hope some day
You’ll join us
And the world will be as one

[youtube=http://youtube.com/watch?v=2GoPSRZOdts]

And so this is Xmas

 Thanks John, wherever you may be, you said it all! Que o Espírito do Natal ilumine a mente e o coração de todos independentemente de nacionalidade, raça, sexo, nível social ou crença, deixando que esse embalo de fraternidade perdure por todo o ano de 2008, com muita saúde e alegria.

 Um beijo no coração.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=dBfEGETyGjs]