Meus amigos, todo o barulho que os profissionais, criticos e consumidores estão fazendo na mídia começa a ter sua repercussão tanto aqui como no exterior.
1 – O Tyales, leitor morador na Espanha nos manda noticias de lá publicada pelo jornal El Mundo sob o titulo “Brasil, proteccionismo exacerbado”. “el Gobierno brasileño ha anunciado que si no te gusta el caldo, taza y media. Se están preparando unas llamadas ‘medidas de salvaguarda’ que, de entrar en vigor, acabarán con el vino que no sea de Mercosur. En un gesto típicamente populista de un Gobierno ‘progresista’ iberoamericano, el Ejecutivo de Rousseff anunciaba el 15 de marzo que había que proteger el sector del vino autóctono y propone estas posibles medidas”. O texto na integra pode ser lido acessando o link.
2 – Outra informação recebida hoje e publicada inicialmente pelo site da Revista Menu, diz que a Salton voltou atrás na decisão de apoiar a Salvaguarda conforme nota enviada à imprensa; “A Vinícola Salton esclarece que são as entidades representativas do setor, Ibravin, Uvibra, Fecovinho e Sindivinho que estão à frente do movimento para salvaguardas dos vinhos nacionais. A Salton, compreendendo que estas medidas podem restringir o livre arbítrio de seus consumidores, encaminhou ao Ibravin um documento informando que não apoiará a causa. Reforçamos ainda que a Salton, uma empresa centenária e brasileira, se preocupa muito com seus clientes e consumidores e que busca constantemente o melhoramento de seus processos e produtos, por meio de investimentos em novas tecnologias e programas de qualidade, para concorrer, de forma justa, com produtos nacionais e importados.” Neste caso gostaria de tecer dois comentários sobre as duas frases que marquei acima:
- No primeiro caso, em negrito, eles tiram o corpo fora deixando o pepino no colo do das entidades peticionárias – os testas de ferro, como se estas tivessem tomado a ação de livre e espontânea vontade. Me engana que eu gosto!!
- No segundo caso, sublinhado, melhor seria que eles enviassem junto com sua nota à imprensa uma cópia do documento que enviaram á Ibravin, não acham? Só para que o jogo seja bem claro e aberto.
Não deixa de ser uma boa noticia e mostra que a empresa, pelo menos aparentemente, está revendo posição sendo uma indicação de que as ações da sociedade e mídia engajadas nesta luta contra essa excrecência que é a petição de salvaguardas está tendo seus efeitos positivos, porém conhecendo os tramites nada ortodoxos que seguem essas coisas em nosso Brasil baronil, não é para tirar o pé do acelerador não! Muito pelo contrário, não podemos parar até que o oligopólio instrua seus testas de ferro a retirar a petição e cancelem seu contrato com o escritório lobista contratado! Por sinal estou curioso para saber quem são as peças?!! Alguém sabe?
3 – A famosa e conceituada chef chef Roberta Sudbrack toma decisão corajosa em seu restaurante no Rio de Janeiro e constante do Facebook dela: ” Sobre as vinícolas que apoiam a salvaguarda por enquanto sabemos dessas: Miolo, Salton, Aurora, Aliança, Don Giovanni, Valduga, Dal Pizzol. Da carta de vinhos do RS foram retirados os da Casa Valduga e Dal Pizzol… Mantidos os vinhos da Vallontano, Angheben e Cave Geisse. Minha torcida para que o bom senso impere e possamos um dia voltar a trabalhar com todas as vinícolas brasileiras que fazem um bom trabalho e tratam o consumidor com respeito”. Tenho informação de que outros pretendem seguir seu exemplo!
4 – Toda a nossa Vinosfera sabe da importância e seriedade de Jancis Robinson, (critica, colunista, autora) sua forma ponderada e séria de análisar o mundo vitivinícola tendo inclusive desviado seu olhar para os vinhos brasileiros de forma mais constante divulgando bastante os vinhos nacionais que obtiveram boas avaliações, como os espumantes da Cave Geisse, para o mundo. Pois bem, o Albert comentou aqui e eu fui atrás de sua matéria sobre este malfadado tema que sugiro aos amigos que lêm inglês que o acessem. Quem sabe os outros possam usar o Google translator ou coisa parecida, vale a pena e eis o link > http://www.jancisrobinson.com/articles/a201203232.html . Ela mostra, como aliás a grande maioria de nós na mídia, que as análises da circular são meramente tecnicistas, comparando alhos com bugalhos, sem qualquer respaldo mercadológico e conhecimento das peculiaridades do produto assim como o retrocesso e falta de vontade politica de reduzir a já incrivelmente alta carga tributária local. Aliás, sugiro aqui que os amigos também acessem o blog do amigo Guilherme Lopes Mair que com toda sua cultura e sabedoria juridica e experiência jornalistica, consegue ser bem mais ponderado que eu nesta análise algo calorosa que faço aqui. Eis o link > http://www.umpaposobrevinhos.com.br/2012/03/polemica-das-salvaguardas-ao-vinho.html
5 – No site do Enoeventos do Oscar Daudt (RJ) surge um comentário muito interessante um jornalista argentino, Alejandro Maglione “.Nuestros vinos son lo que son porque en los ’90 la libertad de importación absoluta nos permitió saber lo que eran los grandes vinos… que no eran los nuestros. Hoy, Argentina que exportaba 5 millones de dólares por año, exporta un billón. Hace falta hablar más de las ventajas de permitir la libre importación?”
Salute, kanimambo e segue o link da petição publica contra as salvaguardas que peço acessem e adiram, é seu bolso e liberdade de escolha que estão em jogo > http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2012N22143 . Já foram recolhidas mais de 4300 assinaturas até as 9 horas de hoje, então manda bala, não estamos sozinhos nessa! Neste Sábado passaremos das 5.000!!!!!