Vinhos do Porto"

Vinho do Porto – Uma Incrível e Rara Experiência

            Quantas vezes na vida se tem o privilégio de tomar um vinho com 36 anos de idade? E se esse vinho for um Porto branco?! Eu, apesar de ser gamado num Porto, nem sabia que havia brancos tão antigos! Pois bem, essas e outras foram palco de uma incrível degustação com harmonização realizada pelo IVDP (Instituto do Vinho do Douro e Porto) há alguns meses em São Paulo e repetida no Rio e Brasilia. A apresentação, esta ficou a cargo de José Maria Santana, representante do Solar do Vinho do Porto no Brasil junto com o “inventor” de delicados e saborosos docinhos, que harmonizavam com cada estilo de Vinho do Porto degustado, o Chef Pastissiére Henri Schaeffer do Le Vin Boulangerie . Como dizem que também comemos com os olhos, eis uma foto que mostra bem o que nos esperava!

 Porto e doces

Foram apresentados cinco estilos de Vinho do Porto, um deles uma verdadeira raridade, que marcaram este meu caminho de aprendizado pelos caminhos de nossa vinosfera. Adoro Vinho do Porto, dos Tawnies envelhecidos, passando pelos LBV até chegar aos maravilhosos Vintages e esta degustação foi um verdadeiro privilégio. Cada vinho foi harmonizado com dois docinhos (foto) especialmente criados para este evento, mostrando toda a capacidade deste incrível Chef, numa experiência sensorial magnífica.

 1 – Porto Branco Envelhecido Santa Eufémia (vide baixo)

  • Bugnes Lyonnaise com Mel
  • Creme Brulée Catalane com Framboesa

 2 – Vallegre Porto Tawny 10 anos (Muito bom – Importadora NOR-Import. Prove também o LBV)

  • Praline de Avelã com Sal no copo e Biscoito com Limão Siciliano
  • Torta de Amêndoas

3 – Noval Porto Tawny 20 anos (Grande vinho. Importadora Grand Cru)

  • Speculoos de Canela com Frutas Secas e Mousse de Chocolate Branco
  • Macaron de Nozes com Damasco e Roquefort

4 – Graham´s Porto LBV 2003 (Um dos mais tradicionais e bons LBVs no mercado – Mistral)

  • Calisson D’Aix eu Provence
  • Éclair Romeu e Julieta

5 – Niepoort Porto Vintage 2005 (Muito bom Vintage, mas muito jovem, prefiro com mais de 15 anos. Vintage é para comprar, guardar e deixar envelhecer – Mistral – Prove também o LBV 2004, está divino)

  • Mil Folhas de Chocolate Amargo
  • Cone de Mousse de Cassis.

         Pois bem, todas as harmonizações deliciosas e ótimos portos muito bem escolhidos, mostrando toda a tipicidade de cada estilo. Os participantes desta degustação, no entanto, foram agraciados com o especial privilégio provar um Porto Branco envelhecido, datado de 1973, uma verdadeira raridade e o néctar mais marcante de toda esta degustação, até em função de ser algo inusitado. Por isso mesmo destaco o Santa Eufémia Branco 1973, um verdadeiro néctar dos Deuses, desde já candidato a um dos assentos disponíveis no meu “Deuses do Olimpo” anual.

         Os Vinhos do Porto brancos, são tradicionalmente vinhos mais leves, secos ou doces, próprios para serem tomados jovens. Este Santa Eufémia 1973, foi obra do acaso e até hoje é a única safra engarrafada. Apesar de não ser muito comum, aparentemente começa a existir, de forma tímida ainda, um segmento de Vinhos do Porto brancos envelhecidos ainda por ser regulamentado pelo IVDP. Isto, no entanto, não é razão para que não nos esbaldemos nas delicias deste verdadeiro caudal de emoções que é este vinho. Certamente, a degustação como um todo ficou meio que ofuscada por este néctar, até porque foi o primeiro a ser servido, então vou me permitir expor minhas sensaçõesvinhos-eufemia e contar um pouco da história por trás do vinho que possui o nome correto de Reserva Especial Branco da Casa Santa Eufémia. Nas palavras do enólogo e proprietário, Pedro Carvalho; “Pois bem, este vinho é da colheita de 1973, não é um vinho datado porque o meu Pai deixou caducar o seu registro, na altura a Quinta de Santa Eufêmia só produzia vinho mas não comercializava, pois só estavamos sediados no DOURO (e não em Gaia), como tal vendíamos parte das colheitas para a casa Exportadora que melhor nos pagasse. Normalmente o meu Pai ia para Vila Nova de Gaia vender os vinhos entre Março e Maio e foi ai que no ano de 1974 houve a revolução Portuguesa de 25 de Abril (Revolução dos Cravos) e como tal o meu Pai nesse ano não vendeu nada. A partir daí, esse vinho branco começou a ficar mais louro deixando de ter interesse para os exportadores, pois eles só queriam brancos jovens, e foi ficando.”

             Foi dessa “sobra” que acidentalmente nasceu este grande vinho. Um Vinho com história, com V maiscúlo, caráter e personalidade. Um vinho que deixa rastros por onde passa tendo-me marcado a memória, daqueles vinhos de exceção que quando provados jamais são esquecidos. Uma obra, até hoje, única e rara, mas certamente ainda veremos novidades num futuro próximo. Quanto ao vinho, difícil descrevê-lo e mais ainda todas as emoções sentidas, é um vinho que mexe com a gente. De extrema complexidade tanto no nariz quanto na boca, possui, antes de mais nada, uma perfeita harmonia em que nada se destaca a não ser o conjunto. A cor é âmbar, mostrando sua idade, linda e convidativa. Nos aromas, algo de pêssego, frutos secos, damasco tudo muito sedutor e delicado. Na boca demonstra mais uma vez todo o seu equilíbrio de uma forma untuosa, gorda e macia num ótimo volume de boca lembrando um tawny envelhecido, enorme riqueza de sabores, complexo, muito equilibrado com a acidez ainda bem presente e balanceada, final muito longo em que as amêndoas, mel e frutos secos se apresentam muito presentes e com enorme persistência. Surpreendente e arrebatador!

          Mandarei vir umas garrafas, mas quem quiser comprar por aqui, a importação é da World Wine e é um daqueles néctares que não devemos deixar de provar, especialmente se acompanhando doces conventuais portugueses á base de ovos e amêndoas, algo para não esquecer fácilmente e para fazer de qualquer momento, algo muito especial! Preço aqui está ao redor de R$300.

Salute e kanimambo

Tremenda Semana de Bons Vinhos

              Já fazia um tempinho que não postava sobre os vinhos da semana e desta feita uma bela quina de rótulos tomados que me trouxeram grande satisfação. Ah se pudesse ser sempre assim?! Para começar, tenho mais ou menos cumprido minha promessa de ano novo, tomar mais espumantes, tendo feito isso mais uma vez num gostoso fim de semana ensolarado. Por sinal, nesse mesmo fim de semana minha filha e meu genro estiveram em casa então tinha que ter um vinho do porto para o final da refeição, e que belo exemplar de LBV! Enfim, vamos aos finalmente, vamos falar de vinho.

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Veuve Paul Bur Blanc de Blancs Brut, um dos bons espumantes disponíveis no mercado e opção para quer um produto mais sofisticado que não seja de origem nacional, elaborado com Chardonnay/Sauvignon Blanc e Chenin Blanc na região de Bordeaux. Ainda tenho umas duas garrafas sobrando de minha última compra, e é sempre um saboroso porto seguro. A perlage é abundante e persistente, de tamanho médio , enorme frescor, equilíbrio, corpo leve e equilibrado, ótima acidez, aromas em que aparece um sutil brioche, boa fruta e leve floral que encanta e se repete na boca. Tudo isso sem perder a personalidade Francesa, difícil é deixar de terminar a garrafa!  Na Zahil por R$49,00, mas estas eu comprei em promoção por cerca de R$35,00, se não me engano, lá para Outubro do ano passado. Uma bela compra que segue me dando muito prazer ao abrir. I.S.P.$

Altimus 2004 um argentino que conheci há uns dois anos, produzido por Michel Torino e situada na alta gama de seus produtos. De lá para cá esta é a terceira garrafa que tomo e tem-se mostrado em plena evolução, sendo esta a melhor de todas elas. Um corte de malbec, cabernet, merlot e bonarda, no mínimo diferente, mas para o meu palato um vinho que me agrada sobremaneira. Sai um pouco da mesmice que ultimamente impera por terras argentinas, talvez pelo aporte de Bonarda que lhe traz uma concentração de fruta diferenciada. É bastante aromático, convidando á taça e na boca mostra-se bem redondo, macio, rico e harmonioso com boa acidez, um vinho para curtir e tomar nas calmas permitindo que se abra na taça. O preço, por volta dos R$85,00,  poderia ser algo mais barato, mas comprado na argentina é um vinho que vale a pena ter na adega. I.S.P .  

Ser Gioveto 2000, um super toscano, elaborado com sangiovese, como protagonista, mas tendo a cabernet sauvignon e merlot como coadjuvantes de primeira linha, que aos 9 anos começa a mostrar-se por inteiro. Já o tinha tomado há cerca de um ano atrás quando ele se mostrara mais fechado. Sua paleta olfativa  abriu-se mostrando-se bem frutado com nuances de especiarias que nos impelem a levar a taça à boca. Encorpado, denso, carnoso, ainda se mostra vigoroso, com uma personalidade muito própria, potente, porém elegante de boa textura e taninos sedosos, equilibrado com ótima acidez que implora por um bom prato. Um senhor vinho, de longa persistência e um saboroso final de boca algo terroso. Muito bom,  aliás como tudo o que a Rocca dela Macie faz já que não tem nenhum vinho deles, baixa, média e alta gama, que eu não goste. As minhas garrafas se acabaram, mas quem ainda tiver algumas, esteja certo que tem vinho por mais um bom par de anos. Na Expand por cerca de R$118,00. I.S.P. $ 

Selvapiana Bucerchialle Chianti Rufina Riserva 2003, mais um da Toscana desta feita um tradicional corte de Sangiovese com Canaiolo. Ganhei de uma amiga e ainda me resta uma garrafa, de três, que acho deverá ficar na adega por mais um tempinho, pois ainda se encontra fechado. Muito encorpado, potente, aromas algo defumado com ameixa vermelha e nuances florais, na boca é extremamente saboroso, muito concentrado, grande volume de boca, taninos ainda firmes, mas refinados, final de boca algo terroso e longo, muito longo. Um vinhaço que precisa de tempo. Uma pena que não esteja disponível no Brasil, mas certamente um vinho que os amigos podem buscar em uma viagem ao exterior, certamente um vinho que o amigo Paulo Queiroz (amante dos vinhos italianos) apreciará. Na Inglaterra custa algo em torno das 18 Libras e nos Estados Unidos entre USD25 a 30. I.S.P. . 

Niepoort LBV 2004, um grande final para uma tremenda de uma semana de bons néctares. Já gostava do 2000 e do 2001, mas a Niepoort extrapolou desta feita e elaborou um dos melhores, se não o melhor, LBV que já tomei. Esta meia garrafa eu trouxe de Portugal e é no mínimo imperdível para quem gosta deste tipo de vinho. Aromas intensos de frutos negros, chocolate, especiarias, uma paleta olfativa sedutora e complexa que convida a tomar. Na boca está cremoso, elegante, vibrante, ótima textura e muito equilibrado com um final longo e muito saboroso. Numa próxima viagem certamente trarei algumas garrafas, mas enquanto não dá compramos na Mistral por bons R$90,00, (considerando-se o restante da concorrência) ou próximo disso. I.S.P. .$ 

Que venham mais semanas destas, salute!

Vinhos de Aniversario – Última Parte

              Depois de uma semana vivida muito intensamente na Expovinis, mais um lote, misto de bons e grandes vinhos,  para finalizar a sequência de vinhos de celebração consumidos em meu niver.  Como tinha mostrado em post anterior, foram 12 vinhos escolhidos a dedo e faltava comentar estes seis. Estamos sempre aprendendo e, mais uma vez, os vinhos me mostraram como nossa vinosfera é imprevisível o que nos força, eheh, a ter que conhecer cada vez mais o que, neste caso, significa litragem. Só temos certeza das coisas quando as experimentamos e o que não falta é opção no mercado!

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Rústico de Nino Franco, mais um daqueles Proseccos de primeiro nível que me agrada muitíssimo. Uma paleta aromática mais complexa com aromas que me lembram pêra e algo de pêssego, médio corpo sem ser pesado, muito harmônico, cremoso com suave presença de sabores de levedura na boca, perlage delicada e abundante,um senhor prosecco com uma personalidade muito própria que mantém o que mais gosto num bom espumante, o frescor que o torna vibrante e difícil de deixar de pensar na segunda garrafa! Disponível na Expand.

 Abadia Retuerta  Selección Especial 2001, vinho de um produtor que me encanta e que possui em seu portfolio alguns grandes vinhos. Este é estupendo, um vinho para não esquecer apesar de que, talvez, o tenha deixado na adega um pouco demais. Nos aromas estava algo tímido, sem grande expressão, mostrando algo de frutas negras, terroso com toques herbáceos e alguma madeira. Um grande vinho que segue em pleno esplendor, mas acredito que se o tivesse tomado um ano antes, a probabilidade seria de o aproveitar em seu apogeu. Na boca não existe qualquer alusão à madeira que se torna coadjuvante, fruta madura intensa, taninos maduros mostrando um perfeito equilíbrio de grande riqueza de sabores. Entrada de boca impactante com taninos finos que se amaciam na boca mostrando um final sedoso, longo e algo mineral com nuances de especiarias no retrogosto. Já provei o 2004 que acredito esteja agora entrando no seu apogeu onde deve permanecer por mais um ou dois anos não devendo evoluir muito depois disso. Um grande vinho que no Brasil está disponível na Península.

Bindella, Nobile de Montepulciano 2004, corte de Prugnolo gentile / Canaiolo Nero / Colorino e Mammolo, um vinho que me empolga cada vez mais a cada garrafa que abro. Ainda me restou uma garrafa que pretendo abrir somente no segundo semestre do ano. Um presente de uma amiga Italiana, trader de vinhos, e por isso ainda mais gostoso (rsrs). Da primeira garrafa, tomada no inicio do ano passado, até hoje e três garrafas depois, o vinho tem mostrado grande evolução mostrando-se mais equilibrado com um final de boca menos agressivo, mais aveludado com taninos maduros formando um conjunto muito agradável de tomar. Rico, bom volume de boca, corpo médio para encorpado, belo acompanhante para um pernil de cordeiro assado no forno com batatas. Não é, lamentavelmente, importado por ninguém.

Chateau Milens, Saint Emillion Grand Cru 2001. Uma compra feita na Au Verger de la Madelaine, em plena Place de Madelaine / Paris. Comprado há cerca de 4 anos, permaneceu na adega esperando o momento certo. Depois do Selección Especial de Abadia Retuerta, achei que teria em mãos um vinho já pronto, redondo e fácil de tomar. Mezzo a mezzo, já que precisou de uma hora e pouco de decanter para realmente começar a se mostrar o que realmente ocorreu na taça. Corte de Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, mostra aromas de fruta vermelha de boa intensidade se abrindo na taça. Na boca é harmônico, firme, de boa estrutura mostrando taninos maduros, elegante, uma certa complexidade de sabores e um final de boca de média persistência com nuances de baunilha suaves e algo de café. Uma bela sugestão de quem me atendeu na época e, pelos cerca de 15 Euros que paguei, uma barganha!

Chateau +Les +Trois +Croix 1999 da região de Fronsac em Bordeaux. Não sei quem importa, mas este comprei no free shop de Paris, creio, na mesma viagem em que comprei o Chateau de Milens. Não é um blockbuster, puxa para uma certa rusticidade na boca, denso, encorpado, mais um que mesmo com 10 anos ainda teve que passar quase uma hora no decanter para se abrir. Muita tosta, alcazuz, algo terroso, boa acidez, um vinho ao qual falta refinamento e certamente pede comida. Talvez lhe tenha faltado uma carne vermelha assada na brasa para criar uma harmonização que o ressaltasse, coisa que não ocorreu. O vinho que menos me agradou em todos os 12 tomados, fazendo um estilo de vinho austero, que não é muito do meu agrado.

Quinta do Noval Unfiltered LBV 2000, um dos melhores LBV’s que conheço e, lamentavelmente (snif/snif), foi minha última garrafa. Muito aromático, algo floral, ótimo corpo, muito balanceado com ótima acidez e absolutamente no ponto de beber. Muito rico,boa concentração, fruta, especiarias, doçura equilibrada, taninos maduros firmes porém sedosos sem qualquer agressividade mostrando ótima estrutura. O ano de 2000 foi um grande ano para o Vinho do Porto e este sem filtragem certamente seguirá evoluindo por mais alguns anos, todavia já está absolutamente divino mostrando um saboroso e muito agradável final de boca que acompanha maravilhosamente sobremesas à base de chocolate. Trouxe de Portugal, mas está disponível na Grand Cru.

             Amanhã comento o incrível Desafio Decanter Falando de Vinhos de Syrah realizado na Enoteca Decanter. Grandes vinhos e algumas surpresas!

Salute e kanimambo.

Acabou-se o que Era Doce

quinta-de-baldias-008Neste caso acaba, mas dá para passar na Lusitana e comprar outra garrafinha. Quinta de Baldias Tawny. Dos Vinhos do Porto, tenho uma preferência pelos Rubi, especialmente os Reservas e os LBV. Nos Tawny, gosto muito dos envelhecidos; 10, 20 e 30 anos o que não é para o bolso de todos nós, mas este tawny da Quinta de Baldias é muito especial, pois permanece por 8 anos em barricas antes de ser engarrafado. Possui aromas frutados e na boca a tipicidade acentuada de frutas secas e amêndoas, tudo de bom. A um preço bem competitivo e uma ótima relação Qualidade x Preço x Prazer é, nesta época do ano, um grande parceiro para um panetone. Em outros momentos, é grande companhia para os doces conventuais portugueses (ovos e amêndoas) ao final de uma refeição ou a qualquer hora. O meu acabou, snif, essa foi a ultima taça, mas logo/logo vou comprar mais uma garrafa porque sem Vinho do Porto não fico não! Na Lusitana e lojas por cerca de R$55,00.

Salute

Mais uma Semana de Bons Vinhos

            Depois de um hiato em que mais participei de degustações do que tomei vinho, sim existe uma diferença, cá estou de volta comentando alguns bons vinhos tomados na ultima semana, ou algo parecido. Logo, logo começo a compartilhar um pouco dessas degustações, inclusive mais um excepcional vinho de reflexão que tive o privilégio de degustar, um Quinta da Bacalhôa Moscatel Roxo 97! Mas esse é outro post.

 

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Rutini Cabernet-Malbec 2005 – Sempre um porto seguro quando quero tomar um vinho de qualidade reconhecida. Não tem erro, anos após ano um vinho que me agrada sobremaneira e, pelo que entrega de prazer e satisfação, o considero um vinho de boa relação Qualidade x Preço. Possui um nariz de boa intensidade em que aparece bem a fruta vermelha madura, mas com alguns toques mais tostados e algo de baunilha. Na boca é de taninos finos, macios, corpo médio, muito equilibrado, um vinho apetecível e sem arestas que prefiro sempre tomar com uns três anos de garrafa, como este, pois fica mais redondo e amigável. Na Zahil por R$ 66,00. I.S.P   $

 

 

Vila Jusâ DOC 2003 – Mais um achado nestes meus garimpos, desta vez do Douro em Portugal. Um corte de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca com educados 13º de álcool, possui nariz muito gostoso, convidativo, cheio de muita fruta fresca e leves toques florais. Na boca apresenta um certo frescor devido à boa acidez, é macio, redondo de médio corpo, harmônico e um final de boca muito saboroso e agradável mostrando boa persistência. Um belo vinho, que encanta, por um preço muito convidativo. Seu símbolo, um Wine Bird, pássaro que habita os vinhedos da região. Deixa um gostinho de quero mais na boca! Na Vinhos Seleto por R$42,50.

I.S.P  $ 

 

 

Domaine de Pontfrac 2006 – Um rosé de Cotes de Provence no sul da França, elaborado com Grenache, Cinsault e Carignan. De cara aquela cor muito característica e bonita dos rosés desta região, salmão bem clarinho. Nariz de boa intensidade frutado e fresco com alguns toques florais. Na boca parece que vai ………, mas não vai! Tem uma entrada de boca interessante, mas some na boca de tão curto. Gostoso, mas muito aquém do que promete. Quando acompanhou um peito de peru assado, até melhorou um pouco, mas não chega a convencer, faltou personalidade. Na BR Bebidas por R$42,00.  I.S.P

 

 

Família Bianchi Cabernet Sauvignon 2004 – Um belo vinho com aromas de fruta madura compotada, mas nada enjoativa, com algo de especiarias e um certo defumado após um tempo de taça. Médio corpo, rico e de ótimo volume de boca, apresenta uma textura de taninos aveludados e maduros balanceados por uma acidez correta, final de boca bastante longo com um retrogosto meio achocolatado.  Acompanhou uma picanha na brasa com arroz carreteiro, com grande maestria, um belo vinho. Onde comprar não sei, trouxe de lá, mas o importador é a Mr. Man e o Everson me informou que o preço de referência no mercado é de R$55,00. $

 

 

Graham´s LBV 2001 – Lamentavelmente esta foi minha ultima garrafa deste saboroso LBV. Um Porto Late Bottled Vintage de muito boa qualidade por um preço ainda camarada, em função do “congelamento” da taxa em R$1,99 por parte da Mistral. De cor Rubi escura, está muito equilibrado com deliciosos e intensos aromas de fruta madura e algo de chocolate e caramelo, macio, vibrante, saboroso, rico, denso e equilibrado num agradável e muito saboroso final de boca. Disponível na Mistral ou em lojas especializadas por cerca de R$78,00.  I.S.P  $

Salute e kanimambo.

Endereços e Telefones para contato, encontre na seção “ONDE COMPRAR”

Semana de Portugueses em Mês de Italianos

           Tenho andado meio relapso com meus posts de vinhos da semana e já tenho uma lista de três semanas de bons tragos para compartilhar com vocês. Os desta última semana, por incrível que pareça, eheheh, foram todos vinhos portugueses de preço médio e, em geral, bastante interessantes e saborosos.

 

  • Comecemos pelos brancos em que tive a oportunidade de rever, e tomar, o Quinta da Ameal Loureiro 06. Gosto muito dos vinhos elaborados com esta cepa e este é muito bom. Os sabores e aromas são diferentes, mas o estilo deste Ameal faz lembrar muito a delicadeza e sutileza dos bons vinhos do Mosel, na Alemanha, incluindo o teor alcoólico de 11.5º. Deliciosamente refrescante, grande intensidade aromática em que sobressai um encantador bouquet floral. Na boca é leve, suave, um toque de seda no palato em que aparecem frutos cítricos, toques de limão com um final de boca algo amendoado. Muito mineral, ótima acidez, alguma agulha muito sutil e bem típica dos vinhos verdes. Encantador e só senti pena que não tivesse uns camarões grelhados para acompanhar tendo, porém, na falta deles, harmonizado muito bem com um filé de Saint Peter. Na Seleto por R$49,50.
  • Monte da Cal 04,vinho regional Alentejano. Corte de Aragonez, Alchofreiro e Alicante Bouschet de bom corpo, carnoso, fechado, taninos firmes porém sem agressividade. Algo terroso e defumado, um pouco austero. Um vinho bem feito, bom preço, mas não chega a empolgar. Na Expand por R$29,90. $ 
  • 3 Pomares 05, o vinho de entrada do bom produtor Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. Da região do Douro, um corte de Touriga Nacional, Tinta Franca e Tinta Roriz de aromas bem frutados, franco, redondo, envolvente e sedutor. Taninos finos bem equacionados, boa acidez, grande equilibrio, elegante com um final de boca muito agradável que chama à próxima taça. Não é um vinhaço, nem é esse seu intento, mas é um vinho muito saboroso e bem feito, mostrando que os vinhos desta casa primam pela qualidade.  Na Vinea Store por R$59,00.
  • Bom Juiz 03, mais um Alentejano, desta feita um corte de Aragonês, Castelão, Trincadeira e Tinta Caiada. Extremamente agradável, saboroso e equilibrado, aromas de fruta madura, macio e redondo, de taninos finos e algo de especiarias num final de boca de média persistência. Um vinho que dá muito prazer de tomar e acompanhou muito bem um strogonof de filé mignon. Pelo ótimo preço de R$40,00 na Seleto, certamente uma visita que se tornará constante sob a minha mesa.  $
  • Quinta das Tecedeiras LBV 2001, um dos LBVs mais em conta no mercado, custando quase que o mesmo que boa parte dos bons Vinhos do Porto Ruby, porém num nível de qualidade bem acima. Possui um estilo mais potente, encorpado com uma certa rusticidade, mas sem pesar na boca. Generoso nos aromas de fruta madura muito presente com algumas nuances do que me pareceu ser chocolate. Bastante equilibrado, mostrou interessantes traços de mineralidade e penso que ainda evoluirá muito com mais uns três ou quatro anos de garrafa, quando deve amaciar. Como, por este preço, difícilmente estará disponível até lá, vale comprar umas três ou quatro garrafas e guardá-las por um tempo. Na Expand por $R$59,00. $

Salute e Kanimambo.

 

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Porto Vintage

               Há algumas semanas, trouxe uma matéria da Hora de Baco, da Rádio e Televisão de Portugal (RTP), sobre os vinhos do Porto Tawny. Agora, o top dos Vinhos do Porto que é o Vintage, um vinho de celebração que, em minha opinião, ou se toma nos primeiros dois ou três anos de engarrafamento ou melhor será desfrutá-lo após uns dez e até vinte, trinta, cinquenta anos, ou mais, dependendo do produtor e da safra. Junto com os Tawnies com Indicação de Idade, duas maravilhas a serem desfrutadas. Para variar, mais uma verdadeira aula do pessoal da Hora de Baco. Bom proveito.

[youtube=http://youtube.com/watch?v=XHEmxLZVUAI]

Para dicas de alguns destes maravilhosos néctares disponíveis no mercado Brasileiro, acesse  Tomei e Recomendo  Vinhos do Porto e delicie-se! Salute, kanimambo e bom fim de semana.

Vinhos do Porto Tawny

“A Hora de Baco”, é um programa semanal da RTP (Rádio e Televisão de Portugal) que trata das coisas do vinho, em especial dos vinhos Portugueses. Descobri este vídeo com uma verdadeira aula sobre os vinhos tawny e seus segredos, mostrando a verdadeira alquímia que é elaborar um Tawny com identificação de idade. É longo, são 26 minutos de muita informação, mas é genial. Para quem quer conhecer esta maravilha, vale cada minuto.

Para quem quer conhecer, na boca, estas maravilhas, veja as dicas do que há no mercado em Tomei e Recomendo – Vinhos do Porto, aqui no blog.

Salute, kanimambo e bom fim de semana.

Late Bottled Vintage – LBV

               Esta é uma de minhas categorias preferidas de Vinho do Porto. Obvio que prefiro o melhor, e aí o Nivarna é mesmo um bom Vintage de uma safra clássica. O Vintage, todavia, tem três inconvenientes; primeiramente é bem mais caro, especialmente quando ele já está envelhecido e quando, em minha opinião, ele está melhor para ser tomado, segundo em função do tempo que há que esperar para um vinho destes amadurecer e por fim, abriu tem que tomar todinho, na hora. Com isto, o Vintage se torna um vinho de celebração para tomar com os amigos e família naquela data super especial. O LBV, por outro lado, se assemelha muito aos vintages, apesar de não possuir a mesma complexidade de aromas e sabores, porém está pronto quando sai para o mercado, ganhando com uns 4 a 6 anos de garrafa, depois de aberto agüenta bem, se usado o vacuvin, pelo menos uns 10 a 15 dias e é muito mais barato.

             No Brasil estão disponíveis quatro rótulos com preços incríveis que, certamente valem a pena. Existem outros, também de grande qualidade, mas os preços já ficam acima de R$90 e 100,00.

  • Vista Allegre LBV 2000, se encontra na Casa Santa Luzia por R$57,00 e é muito bom. Tenho-o tomado com uma certa constância, e, por experiência própria, agüenta três semanas depois de aberto com muita galhardia. Uma grande pedida, num vinho bem equilibrado, suave, de uma safra muito boa e pronto a beber.
  • Quinta das Tecedeiras LBV 2001, da Expand, está em falta e, parece, está por chegar. Encontei algumas garrafas na loja do Shopping Iguatemi. Estava muito curioso para conhecer este vinho e não me arrependi da compra. Um pouco mais encorpado e com uma certa rusticidade, mas muito saboroso na boca. O preço também é especial, R$59,00.
  • Graham´s LBV 2001 provei agora no Encontro da Mistral. Está maravilhoso e o pessoal da Graham’s me confirmou que este vinho é responsável por 30% do faturamento da empresa, salvo erro porque minhas anotações sumiram, o que é uma responsabilidade imensa para um produto. Salvo erro, porque não me lembro se o porcentual era das vendas, do faturamento ou do resultado. De qualquer forma, com esta participação, a empresa tem que cuidar muito para que o produto permaneça sempre num alto nível de qualidade o que só nos favorece. Encantei-me com o produto que é macio, aveludado, ótima paleta aromática e muito saboroso, e me apaixonei pelo preço, em USD como padrão na Mistral, que pelas taxas de cambio em vigência, nos dá algo como R$62,00. Eu já comprei duas garrafas, é uma incrível relação Qualidade x Preço x Satisfação!
  • Niepoort LBV 2001, também da Mistral, outro produtor de grande prestigio que produz um LBV de grande qualidade. Este servi no casamento de minha filha, ao final da recepção. Sumiu! O preço está aí com o do Graham’s, por volta de R$65,00. Muito boa qualidade, um pouco mais encorpado e denso, mas muito saboroso.

               Para quem quer dar um salto de qualidade, saindo dos Ruby básicos, estas são grandes opções por preços bem camaradas. Garanto que quem entrar nessa, não sai mais, os LBVs são deliciosos. Para quem gosta de variar e estudar estilos, eis aqui uma sugestão; compre um de cada e faça as comparações escolhendo o seu preferido. Depois nos conte como foi e qual o escolhido.

Salute e kanimambo.

Tomei e Recomendo – Vinhos do Porto

                    Meus caros amigos, neste mês me debrucei sobre os Vinhos do Porto que são vinhos especiais, diferenciados, que muita gente tenta copiar, alguns até com relativo sucesso, mas que são únicos. São vinhos diferenciados com características diferente dependendo do estilo e categorias dos vinhos elaborados. Eu confesso, sou um apaixonado e, podendo, tomo um cálice todo o final do dia. Abaixo listo uma série de rótulos de meu agrado e espero que tenham a possibilidade de os conhecer, são vinhos, quase sempre inesquecíveis. Preços existem para todos os bolsos. Em geral os mais baixos são os Portos básicos depois seguem-se; os reservas, depois os colheita, os LBV, os com Indicação de idade e, finalmente, os geniais e deliciosos néctares que são os Vintage. Aqui abaixo seguem alguns vinhos de qualidade que já tive o privilégio de provar e, alguns, tomar:

  • Brancos – Só conheço três e não tenho os preços de todos. Dos secos, para uso no Portônica ou fresco como aperitivo, o Burmester Extra Seco (Adega Alentejana) o Fonseca Siroco (Vinho Seleto) por R$70,00 e o Ferreira Lágrima que é um estilo mais doce que pode ser tomado ao final da refeição também refrescado como nos tawny.
  • Básicos – Os vinhos com melhor preço e já de boa qualidade são os Tawny e Ruby básicos como: Don José (Cia do Whisky) R$39,30 um Porto simples, fácil de beber e agradável, Dow Ruby e Tawny (BR Bebidas) por R$37,00 que são vinhos um pouco mais elaborados e encorpados e o Quinta de Baldias Ruby e Tawny, vinhos que, a meu ver, estão num patamar de qualidade um nível acima e são os meus preferidos (Lusitana) R$53,00 o ruby e R$57,00 o tawny com 8 anos de barrica.
  • Reservas – Dos tawny; o Adriano Ramos Pinto 500ml (Casa Palla) por R$49,00 e o Burmester Jockey (Confraria do Queijo & Vinho) por R$66,00. Ambos são vinhos de qualidade indiscutível. Já dos Ruby; o divino Quinta Nova Reserva 500ml (Vinea Store) por R$69,00 e o ótimo Churchill Reserva (Expand) por R$68,00 são os meus favoritos sendo, ambos, bem frutados e com taninos muito finos e sedosos. Ainda temos o bom, encorpado e rústico Fonseca Bin 57 (Casa Santa Luzia) por R$57,00, o agradável, aveludado e bem elaborado Graham’s Six Grapes (Kylix) por R$72,00 e o Warre’s Warrior Special Reserve (Decanter R$102,40). Uma categoria de Portos onde faço a festa, grandes produtos que me encantam e cabem no bolso.
  • LBV – Belíssimos exemplares a preços convidativos. Sempre que posso abro um LBV que tem muito das características dos Vintage, que são o supra-sumo do Vinhos do Porto, mas com um preço bem mais acessível; Burmester 2001 (Confraria do Queijo & Vinho) é bastante agradável com fortes aromas e sabores achocolatados por R$68,00. O meu preferido, inclusive em função da relação custo x beneficio, é o muito bom Vista Alegre 2000 (Casa Santa Luzia) de uma excelente safra por R$57,00, ótimo o Quinta Nova 2003 (Vinea Store) para guardar e preferencialmente tomar dentro de uns dois anos, mas já pronto agora, por R$122,00. Também de muito boa qualidade e delicioso, o Niepoort 2001 (Mistral) por aproximadamente R$65,00, o excelente Quinta do Noval 2001 (Grand Cru Granja Viana) por R$133,00, o internacionalmente elogiado Warre’s Traditional 1995 (Decanter) por R$126,50 assim como o DOW 1999 500ml (BR Bebidas) por R$69,00. Também muito bom, o Churchill’s LBV 2000 (Expand) por razoáveis R$98,00. Também gostei muito do Quinta da Pacheca LBV 2002 (Vinci), muito sedoso, com taninos elegantes e boa fruta por aproximados R$85,00.  Diversas opções para todos os bolsos e gostos, mas todas igualmente deliciosas. Eu me esbaldo por aqui!
  • Tawny com Indicação de Idade – Um dos mais conceituados rótulos de 10 anos, o excelente Niepoort 10 anos (Mistral) por R$112,00, o muito saboroso e equilibrado Warre’s Otima 10 anos (Decanter) por R$119,60 e o Taylor’s 10 anos (Expand) com 91 pontos da Wine Spectator por excelentes R$98,00. Também gostei muito do Quinta do Ventozelo 10 anos (agora com a Cantu) um vinho de muito frescor e cativante por R$190,00. Provei também o São  Lourenço 20 anos, um vinho espetacular, de grande elegância e complexidade, elixir do Deuses (Lusitana) por R$290,00.
  • Vintage – Quinta do Estanho 2000 (Portal dos Vinhos) por R$198,00 uma baba considerando-se que é um Vintage de primeira linha, o Fonseca 2003 (Vinho Seleto) por R$385,00, o Quinta da Pacheca 2003 (Vinci) por cerca de R$238,00 e o delicioso, Quinta da Gricha Vintage 1999 (Expand) por R$438,00.

 

 

 

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