Falando de Vinhos

Revista quase que diária sobre os encantos e segredos de nossa vinoesfera.

Meus TOP 50 Vinhos – Uma Homenagem às 50 Edições do Planeta Morumbi.

Planeta 50Esta última edição do Planeta Morumbi já circulando desde o inicio do mês, foi a quinquagésima a ser distribuída na região. Já são mais de 16.000 exemplares mensais que, por solicitação dos condomínios, já chegam diretamente a 12.000 apartamentos complementando sua distribuição com 70 pontos de distribuição estrategicamente posicionados em shoppings, bancas e pontos de referência no bairro como supermercados, cabeleireiros, hortifruttis, etc. A coluna Falando de Vinhos tem acompanhado este crescimento e solidificação de uma imagem na região, a mídia de maior cobertura local, há 22 edições e não poderia deixar de homenagear o jornal através de seu editor e meu amigo Henrique Farina. A coluna de Agosto foi publicada com a escolha de meus TOP 50 vinhos tomados ao londo desse período em que por lá deixo minhas impressões e comentários sobre as coisas de nossa vinosfera. Um para cada edição do jornal e todos, vinhos que deixaram marcas ao passar assim como cada edição do jornal.

         Uso agora o blog para terminar esta homenagem e para quem quiser fuçar e conhecer melhor o jornal, não deixe de navegar pelos links aqui do lado, tanto na versão on-line como do blog com noticias diárias do bairro. A relação está em ordem alfabética e as safras podem não mais estar disponíveis no mercado, mas foram as que me marcaram indepentemente de preço, já que existem rótulos a partir de 100 Reais até quase 1.000. Tem diversos outros como o Graham’s Porto Vintage 1980, um Graham´s Tawny 40 anos (ambos Mistral), Clos-Vougeot Grand Cru 05 do Chateau De La Tour (Decanter), Grainha 2006 (Vinea) e Vina Tondonia Banco Reserva 1989 (Vinci) que mereceriam estar aqui, mas …….. em algum lugar tem que se passar a linha e fazer uma seleção deste porte é, efetivamente, um exercício salomônico. Salute Planeta Morumbi, salute meu amigo Henrique, que venham muitas mais edições por aí e kanimambo pelo privilégio de poder dar meus pitacos por aí.

Vinho

País

Importador

Achaval Ferrer Mirador 2006 Argentina Expand
Almaviva 2004 Chile Diversos
Amarone Classico C’a del Pipa Cinque Stelle 2004 Itália Decanter
Barollo Corda della Bricolina 2000 Itália Expand
Bouzeron Aligoté 2005 (branco) França Expand
Casa Marin Miramar Syrah 2005 Chile Vinea
Catena Zapata Estiba Reservada 2002 Argentina Mistral
Chacra Cincuenta y Cinco Pinot Noir 2007 Argentina Expand
Chateau de Tracy Pouilly-fumé 2006 (branco) França Decanter
Chateau la Puy 2001 França Casa do Porto
Chateauneuf-du-Pape Vieux Télegraphe Telegramme 2005 França Expand
Chinon le Pallus 2005 França Vinci
Chryseia 2001 Portugal Mistral
Comtes de Champagne 98 – Taittinger França Expand
Cote-Rotie La Divine 2005 França Decanter
Cuvelier Los Andes Grand Vin 2006 Argentina Expand
Dehesa la Granja Selección 2000 Espanha Mistral
Domaine Baumard Quarts de Chaume 2006 (branco doce) França Mistral
Domaine de Bouzerau Puligny Montrachet Champs Gain 2005 (branco) França Decanter
Domaine Huet Vouvray Sec Le Haut Lieu 2006 (branco) França Mistral
Elderton Ashmead Cab. Sauvignon 2002 Austrália Expand
Erdener Treppchen Riesling Auslese 2003 (branco) Alemanha Expand
Familia Deicas 1er Cru garage Uruguai Expand
Figurehead 2004 África do Sul Decanter
Herencia Remondo La Montesa Res. 2004 Espanha Vinci
Leonardo Porto Tawny 20 anos Portugal Lusitana
Luis Pato Vinha Barrosa 2005 Portugal Mistral
Malhadinha 2003 Portugal Épice
Marcel Deiss Mambourg Grand Cru 2002 (branco) França Mistral
Marques de Murrieta 2004 Espanha Expand
Moscatel Roxo de Setubal 1997 (branco doce) Portugal Portuscale
Pago de Cirsus Selección de la Familia 2004 Espanha Decanter
Penfolds BIN 389 Austrália Mistral
Perez Cruz Quelén 2005 Chile Wine Company
Pio Cesare Barberad’Alba Fides 2005 Itália Decanter
Pisano Arretxea Tannat/Petit Verdot 2004 Uruguai Mistral
Porto Branco Res. Especial Santa Eufêmia 1973 Portugal World Wine
Protos Gran Reserva 2001 Espanha Peninsula
Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2005 Portugal Qualimpor
Quinta do Monte d’Oiro Reserva 2004 Portugal Mistral
Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional 2000 Portugal Zahil
Quinta dos Roques Dão Encruzado 2007 (branco) Portugal Decanter
Sassicaia Bolgheri 2004 Itália Expand
Savigny-les-Baune 1er Cru Clos de Guettes 2005 França Vinea
Seña 2005 Chile Expand
Tiara 2007 (branco) Argentina Decanter
Tignanello 2004 Itália Winebrands
Viña Arana Reserva 1998 Espanha Zahil
Viña Real Gran Reserva 1998 Espanha Vinci
Viña Tondonia Gran Reserva 1987 Espanha Vinci
Viñedo Chadwick 2004 Chile Expand

Alfredo Roca – Vinhos com Alma

            Tive o grato prazer de conhecer Don Alfredo Roca, um senhor super simpático dono da vinícola que leva seu nome. Sou um consumidor de seus vinhos básicos, talvez uma das melhores opções de vinhos para o dia-a-dia disponíveis no mercado, especialmente o Malbec e o Pinot Noir, habitués na minha mesa e constante recomendação minha neste blog, uma prova inconteste de que vinhos baratos podem sim ser bons. A Bodegas Alfredo Roca, com 114 hectares destribuidos por quatro propriedades, produz cerca de um milhão de garrafas das quais cerca de 80% são exportadas. A produção está hoje nas mãos de seu filho Alejandro que junto com seus irmãos tocam a vinícola, ficando Don Alfredo com uma atividade mais de supervisão atuando como conselheiro. Desta feita fui conhecer seus vinhos de gama média e alta que só vieram confirmar minha opinião sobre esta vinícola.

 Alfredo Roca garrafas

             Para começar fomos recebidos na sempre simpática Praça São Lourenço, por uma taça de espumante Alfredo Roca Nature muitíssimo agradável de boa perlage, complexo no nariz com sutis nuances florais, ótima acidez, balanceado, saboroso, elaborado por um corte de Chardonnay e Chenin Blanc, cepa não muito comum por estas bandas. Estas vêm de um vinhedo antigo com mais de 60 anos na região de San Rafael. Por um preço ao redor dos 28 a 30 reais, é um verdadeiro achado.

            Da linha Dedicación Especial, um Sauvignon Blanc muito agradável de aromas sedutores e delicados e um muito bom Bonarda elaborado com uvas de vinhedos antigos com cerca de 60 anos e uma produção média controlada entre 7 a 9 toneladas por hectare. Muita fruta escura escorada numa madeira tímida e bem posicionada. Taninos doces, equilibrado e muito saboroso. Com um preço ao redor de R$40,00, possui uma ótima relação custo x benefício.

           Family Reserve Malbec 2005, o vinho que me encantou. Fazia tempo que não tomava um Malbec tão saboroso, equilibrado e amistoso como este. Me lembro que sentados comendo um saboroso risoto de funghi, Alfredo Roca mesaconversávamos sobre a excelência do vinho e quão sedutor ele era, quando nos demos conta de uma razão especial porque dessa sedução, o teor de álcool 12.7%!! Uma prova inequívoca de que a Argentina pode sim produzir bons vinhos sem exageros de potência e álcool, devendo caldos como este serem uma constante e não uma exceção à regra. Taninos maduros, elegantes, perfeita harmonia, corpo médio para encorpado, equilibrado e muito saboroso, rico, bom volume de boca e um final de muito boa persistência. Um vinho de muita finesse, para se curtir e alongar qualquer refeição numa charla gostosa. Prepare as garrafas, porque uma vai ser pouco! Com um preço ao consumidor estimado em cerca de 55 Reais, é uma das boas opções de Malbec no mercado e um potencial parceiro de minhas taças. Esta linha ainda possui um Pinot Noir, um Tempranillo, Chardonnay e um Sauvignonasse (uva branca pouco conhecida que pelo que pude pesquisar é prima-irmã da Tocai Friulano muito comum na região de Friulli na Itália e conhecida no Chile como Sauvignon Vert)

             Ainda tem um vinho muito especial dedicado a Don Alfredo e sua esposa, um segredo guardado a sete chaves pelos filhos até que a surpresa fosse consumada, é o Preciado o qual somente foi elaborado em uma única safra (creio de 2004) e em quantidade limitadíssima de 1.900 garrafas. Um corte de 50% Malbec, 30% Syrah e 20% cabernet Sauvignon. Desse não provamos, mas ficou uma curiosidade danada!

           Vinhos bem feitos, saborosos e sedutores com preços idem. Eis aqui uma harmonização perfeita (qualidade/preço) que certamente ajuda a fazer da Bodega Alfredo Roca o que ela é, um caso de sucesso, e nos alegra como consumidores. Gostei e recomendo, como já fazia com seus vinhos mais baratos de gama de entrada. Estes bons vinhos são de exclusiva distribuição nacional da Casa Flora.

Salute e kanimambo.

Noticias do Mundo do Vinho

               Hoje é Dia dos Pais. O meu dia, o seu dia, o dia de muitos a quem quero desde já abraçar e desejar que tenham um dia especialmente feliz. Livre de preocupações, relaxado, pleno de amor e carinho daqueles que mais amamos e, preferencialmente, com um espumante especial na taça e um vinho mais ainda. Eu estarei mais feliz ainda porque estarei comemorando o fato de que daqui a cerca de oito meses serei avô pela primeira vez! Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, creio que esta que um amigo me enviou por e-mail, demonstra bem isso. Sem mais palavras, salute a todos, pais e filhos, que a harmonia prevaleça sempre.

Tenderness

Agora vejamos algumas das noticias de nossa vinosfera colhidas e recebidas ao longo desta semana.

 

Tour MistralMistral Tour, só um lembrete porque sei que os ingressos estão se esgotando aqui em São Paulo e acredito que não esteja muito diferente nas outras cidades por onde passará o Tour, até porque nos outros o evento é de um único dia. Para mais detalhes clique no link, mas só para relembrar, eis uma lista dos expositores que estarão presentes com alguns de seus bons caldos:

País/Região Vinícola Representante Cargo
       
Argentina/Mendoza Altos las Hormigas Estefania Litardo & Germán Vichera Diretores
Argentina/Mendoza Masi Tupungato Colleen Clayton Diretora
Argentina/Mendoza Tikal Andrés Ridois Diretor
Argentina/Mendoza Catena Zapata Alejandro Vigil Enólogo
Argentina/Mendoza Alamos Jorge Crotta Diretor
       
Austrália Penfolds/Wynns e Coldstream Hills Carlos Rodriguez Diretor
       
Brasil/ Vale dos Vinhedos Vallontano Luís Henrique Zanini Enólogo
       
Chile Viña Montes Douglas Murray Proprietário
Chile Amayna (Viña Garcés Silva) Francisco Ponce e Claudia Gomez Enólogo e diretora
Chile Viña Carmen José Ignacio Vargas Diretor
Chile Casa Lapostolle Philipp Goyeneche Diretor
       
Espanha/ Mallorca Anima Negra Miquelàngel Cerdà Proprietário
       
Itália/ Veneto Masi Colleen Clayton Diretora
Itália/ Toscana Jacopo Biondi Santi – Castello di Montepó Tancredi Biondi Santi Proprietário
Itália/ Toscana Castello del Terriccio Carolina Zucchini e Caterina Maraini Diretoras
Itália/ Toscana Tenuta di Capezzana Beatrice Contini Diretora
Itália/ Friuli Grappa Nonino Elisabetta e Chiara Nonino Proprietárias
Itália/ Toscana Badia a Coltibuono Fabrizio Bongini Diretor
Itália/ Sicília Tasca d´Almerita Antonio Virando Diretor
       
Nova Zelândia Sileni Estates Phillipa Austin Diretora
       
Portugal/Douro Quinta do Côtto Vasco Coutinho Diretor
Portugal/Bairrada Luis Pato Luis Pato Proprietário-Enólogo
Portugal/Ribatejo Quinta da Lagoalva Diogo Campilho Proprietário-Enólogo
Portugal/Porto Graham’s João Machete Pereira Diretor
Portugal/ Douro Altano, Chryseia & Quinta de Roriz João Machete Pereira Diretor
       
Uruguai Pisano Fabiana Bracco Diretora

 

Obra -RobertoCruz 1Confraria Carioca inaugura o espaço “Galeria dos Confrades”.  A boutique de vinhos Confraria Carioca, no Rio Plaza Shopping, irá inaugurar no dia 12 de agosto às 20h um espaço dedicado às artes. Para a abertura da primeira exposição do novo recanto, batizado de Galeria dos Confrades, foi convidado o conceituado pintor Roberto Bastos Cruz. A exposição irá reunir 25 telas do artista, que retratam os tipos e as paisagens cariocas, tema recorrente nos trabalhos dele. “Costumo dizer que sou um carioca que nasceu em Belém do Pará. Conheci o mundo no Rio de Janeiro, principalmente no Largo do Machado. Tudo o que faço tem gente, principalmente gente carioca. Gosto de retratar a Zona Sul que é um local onde tudo se mistura”, conta o artista.Obra -RobertoCruz

Acho que o mundo do vinho pode e deve investir em atividades complementares culturais, já vi ações em São Paulo com livrarias, e dou boas-vindas a esta iniciativa. Estivesse eu no Rio certamente marcaria ponto no coquetel de inauguração no próximo dia 12 às 20 horas.

 

Salentien e Zahil, a Bodegas Salentein, famosa pelos seus vinhos Argentinos de comprovada qualidade, está Salentiencomemorando 10 anos. A importadora Zahil que tem exclusividade na venda dos seus produtos no país celebra a data entusiasmada com a crescente e boa repercussão dos vinhos da bodega no país. Hoje, no portfólio da Zahil são cerca de 12 vinhos da Salentein – sendo 10 tintos e dois brancos . Os preços que começam nos módicos R$55 para vinhos da linha Winemaker’s Selection – acenando como uma excelente relação de custo benefício –  vão até R$270 para  rótulos da linha top – a Primus. Todos os vinhos têm a assinatura de Laureano Gómez, enólogo da Salentein e especialista em dar seu toque pessoal em cada safra. Nesses 10 anos foram vendidos um milhão de litros de vinhos da Salentein no Brasil tornando a empresa consolidada no mercado nacional.

 

logo-enoteca-decanterEnoteca Decanter. Já disponível na Enoteca Decanter, lojas e wine bars de uma das maiores importadoras de vinhos do país, a Decanter, três novos vinhos recém chegados ao mercado. A casa que já possui um portfólio com mais de 700 rótulos do velho e do novo mundo, amplia sua carta com os seguintes rótulos: Dolcetto d´Alba Bricco 2006, Valpolicella Clássico 2006 e vinho Riesling Trocken QBA 2007.

Dolcetto d´Alba Bricco 2006 , oriundo da região de Piemonte – Itália, produzido por Giuseppe Mascarello e Giglio, o vinho (R$ 122,40) é extremamente sedutor, com expressão de groselhas, terra e violetas. Apresenta uma textura sedosa e caráter vibrante, com típico final a amêndoas amargas. A temperatura ideal para ser servido é entre 16 – 18°C. Recebeu a premiação de I Vini di Veronelli 2009: 2 estrelas em 3.

Valpolicella Clássico 2006 (R$ 79), produzido por Tommaso Bussola é da região de Veneto – Itália. A colheita é feita em meados de outubro. Demora 12 meses em tanques de inox para amadurecer e preserva o caráter frutado e floral. Rubi intenso, o nariz é complexo e envolvente, com frutas negras, alcaçuz e sous-bois. Bem estruturado, com força e vibração. Muito versátil para acompanhar massas (tagliatelle,lasagne,gnocchi de batata), molhos de média estrutura (ragú de codorna e molho de queijos), polenta com manteiga e parmesão, carnes diversas cozidas em “brodo”. A temperatura ideal para ser servido é de 16°C.

Riesling Trocken QBA 2007 (R$ 104), produzido por Hermann Dönnhoff é procedente da região de Nahe – Oberhausen. Sua elaboração é dada a colheita das uvas no ponto ótimo de maturidade. Vinhedos trabalhados com moderados rendimentos, a fermentação é lenta em tradicionais tonéis de carvalho e em tanques de inox sob temperatura controlada. O amadurecimento se dá em tanques de inox sobre as lias finas. A temperatura ideal para ser servido é de 8°C. Recebeu a premiação Jancis Robinson 16 em 20.

 

.Nero fatura Medalhas nos Estados Unidos. A jovem empresa Domno do Brasil está muito feliz. Com um ano de vida, seus produtos já estão sendo reconhecidos internacionalmente. Seus espumantes .Nero Brut e .Nero Moscatel foram premiados com a Medalha de Bronze no 28º Concurso San Francisco International Wine Competition, realizadoPonto Nero Extra-Brut em São Francisco, EUA, entre os dias 19 a 21 de Junho. Participaram do concurso 23 países, com mais de 4 mil amostras de mais de mil empresas produtoras. “Isto prova que estamos no caminho certo e a qualidade está sendo aprovada por mais países”, celebra Nelsir Kuffel, Gerente Comercial da empresa que faz parte do Grupo Famiglia Valduga.

Completando a sua linha de espumantes, agora com os 4 estilos mais consumidos no mundo, a Domno do Brasil apresenta o .Nero Rosé e o .Nero extra Brut. Ambos os espumantes são produzidas pelo método charmat longo, sendo que o rosé com 4 meses e o Extra Brut com 12 meses de estágio, o que lhe confere ainda mais frescor e aromas mais complexos. o .Nero Extra Brut é um espumante de teor de açúcar ainda mais bem baixo que o brut, o que lhe confere mais vivacidade e frescor. Também é produzido pelas castas Chardonnay (70%) e Pinot Noir (30%), com a estrutura ideal para acompanhamento de diversos pratos de diversos estilos da culinária, da francesa à japonesa. O preço é de R$ 45,00 a garrafa. Show Room Domno em São Paulo , tel:              (11) 5044-7000            ou  www.domno.com.br

 

San Vicente 2005, o Melhor Vinho da Espanha de acordo com a Wine Enthusiast. Veja texto recebido na íntegra: SAN VICENTEWine Enthusiast publicará el próximo 10 de Septiembre su lista de los 10 mejores vinos de España. San Vicente 2005 ha sido elegido, de nuevo, como el mejor vino de España con 97 puntos.

“Un vino maravilloso – el clásico moderno. Cremoso, fruta negra, mocha y tostados. Muy sabroso, elegante, afrutado, fluido y equilibrado con amplio paso de boca y un final muy rico en matices”.

Afora esta premiação na Wine Enthusiast confira algumas outras: San Vicente 2002 – Mejor Vino de España – Madrid Fusión 2006 /  San Vicente 2000 – Mejor Vino del Mundo – Madrid Fusión 2004. Onde comprar? Por supuesto que só poderia estar disponível na Peninsula do meu amigo Juan. Ligue lá.

 

Russia deve reduzir compras de vinho a granel em cerca de 80% este ano. Grandes fornecedores como Uruguai e Argentina serão atingidos em cheio. A Argentina que exportou cerca de 93 milhões de litros em 2008, não conseguiu chegar a 13 milhões neste primeiro semestre. Por outro lado, o Brasil aumentou consideravelmente suas vendas para este mercado. (fonte: Revista Decanter)

 

Novas 7 Maravilhas naturais do Mundo. Lamentavelmente o Vale do Rio Douro não chegou a esta final de 28, sem patriotadas não entendi como, mas do que restou para votar só nos resta dar uma força para Foz do Iguaçu! Quem se interessar, eis o link >>> http://www.new7wonders.com/

 

Exportações Argentinas Seguem Crescendo. A Argentina, apesar da forte queda de venda de seus vinhos a granel em função da redução de compras da Russia, apresentou ótimos resultados na venda de vinho engarrafado neste primeiro semestre de 2009. “Las bodegas continúan enfocando sus estrategias de exportación a Estados Unidos, uno de los principales mercados. Éste mostró un importante crecimiento del 35% en valor y 36% en volumen, comparando los primeros cinco meses de 2009 con los de 2008. En este período, en 2009 se exportó un total de 2.4 millones cajas de 9 litros, contra 1.8 millones del año anterior. Argentina facturó U$S 81 millones en 2009 y U$S 60 millones en 2008. Por otro lado, Canadá viene creciendo fuertemente en los últimos años. Comparando el mismo período que el anterior, las exportaciones crecieron aproximadamente un 42% en valor. En 2008 Argentina facturó U$S 19 millones contra los U$S 27 millones de estos meses. En volumen, el país también mostró un importante aumento de casi el 65%.

         Finalmente, el tercer mercado más significativo es Reino Unido, uno de los más deseados por las bodegas de Argentina. Las exportaciones a este país crecieron en un pequeño porcentaje, ya que en valor sólo fue del 0.02% y en volumen del 10%. Según los expertos, este fenómeno se debe a que Inglaterra es uno de los mercados más afectados por la crisis y busca permanentemente promoción en los productos que compra. El precio promedio por caja ha disminuido, pasando de U$S 23,51 a U$S 21,24 en los primeros cinco meses de este año, cayendo casi un 10%. Por último, la caída del valor de las exportaciones a Brasil ha sido casi del 4%, no tan significativa como la caída en volumen que fue del 15%. En el caso de este país, se enviaron en los primeros cinco meses del año, un total de 454.913 cajas y se facturaron U$S 10,7 millones, contra los U$S 11 millones del año pasado.

Rangos de precios

En cuanto a la evolución interanual de las exportaciones totales de vinos fraccionados, según precio de la caja, el mercado se ha movido positivamente. En el caso del segmento de los vinos Popular Premium, que van de U$S 13 a U$S 20, el crecimiento fue del 51% en valor, entre mayo de 2008 versus mayo de 2009. Luego, los Premium que van de U$S 20 a U$S 27, crecieron un 26%, los Súper Premium, de U$S 27 a U$S 40, un 25%. Por último, los Ultra Premium, que van de U$S 40 a U$S 360 crecieron 15%, todos en el mismo período. “

Para ver toda a matéria, acesse >>> http://www.areadelvino.com/articulo.php?num=19157

Salute, um feliz Dia dos Pais.

Reflexões do Fundo do Copo – Entre o Exótico e o Original II

           Em artigo anterior pretendi apresentar um quadro sobre as dificuldades de consolidar a produção do bom vinho tinto que se faz no Brasil de hoje. Os grandes produtores, exceção feita a poucos, ainda não planejam sua expansão como fazem as grandes indústrias, e produzem olhando principalmente para seus próprios sonhos de consumo e para a condição territorial que possuem, plantando o que dá certo, apurando o que é bom e parece poder melhorar.

            Fico aqui imaginando vinhos da qualidade indiscutível… Imaginando o inimiginável até poucos anos atrás… Do Storia Valduga, do Anima Vitis da Boscato, do grande merlot da Argenta, do Francesco da Villa Francioni e outros que vão aparecendo de modo a não mais surpreender com a qualidade. Vinhos que podem até concorrer de igual para igual com alguns dos mais emblemáticos vinhos feitos na América Latina. Ouso dizer até comparáveis a um Achával Ferrer Altamira, o único vinho latino-americano que entra na lista dos “twenty-five to try before you die” da Leslie Sbrocco e certamente comparáveis a muitos dos 9 argentinos e 14 chilenos que aparecem na generosa lista dos “1001 vinhos para beber antes de morrer do Neil Beckett” *.

           Tiveram estes sonhadores procedimento errado? De maneira alguma, é assim mesmo que o mercado do vinho cresceu no mundo, desde que Arnaud III Pontac elevou seu vinho Haut Brion à condição de grande mercadoria voltada para um mercado preciso**. É apenas insuficiente, voluntarista, pois um grande empreendimento como este exige profundos estudos de mercado, conhecimento de tendências, novos nichos, novos espaços que vão se abrindo. Procedimento típico de uma indústria que usa todas as ferramentas para definir seus passos a partir da necessidade de reproduzir o capital investido em níveis que justificam o empreendimento, diferentemente do impulso romântico que leva tantos produtores a fazer o que fazem.

          O lema é “errar menos”, o que leva em conta tudo que envolve as decisões de mercado em consideração, e não apenas o que interfere na qualidade do vinho em si, evidentemente o aspecto mais importante, mas nem por isso suficiente para garantir o sucesso do empreendimento. Refiro-me a muitas pesquisas, inclusive na área que tenho maior familiaridade, que aquela das escolhas de sedução que um produto deve fazer. Um produto novo, ao se apresentar para o consumidor, deve saber exatamente o que quer que o eventual consumidor pense dele. Deve eleger o nome e a forma de se apresentar criando naquele target group – (o jargão publicitário costuma vir em inglês) – uma série de sensações, entre elas identidade própria, credibilidade, novidade, impulso à experimentação, identificação estética, compatibilidade com o poder de aquisição. Uva malbec cria uma associação de identidade com a Argentina, lembra sabor adocicado e fácil de consumir, sugere uma paisagem andina, um bom preço. O nome Ruca Malen não lembra a Argentina, pois o consumidor não sabe que o nome é Mapucho, língua dos aborígenes dos Andes. Para cumprir este papel de associação direta, sem que se tenha de ler a longa explanação presente no contra-rótulo, era necessário que o vinho se chamasse Maradona, tango ou Carlos Gardel. O nome Ruca Malen cria, no entanto, uma identidade interessante para o futuro, não para a primeira degustação. Coisas como estas definem a fixação do nome do produto.

          Na mesma ordem, o rótulo quer passar o quê? Que o produto é parecido com um vinho francês e portanto usará aquela organização dos dizeres presente num grande vinho de Saint Emilion? Digamos que seja este o caso, ele cumprirá, ao abrir a rolha a promessa de associação? Era o que faziam nos primórdios vinhos que tinham nome afrancesado como Chateau Duvalier. A promessa visual não se cumpria e virava então motivo de piada, por ter prometido o que não podia cumprir. Os nossos Don Gaulindo, Villa Francione e todas as centenas de italianismos presentes nos vinhos do Vale dos Vinhedos são referência eventuais para o mercado interno, mas apenas confunde o público-alvo estrangeiro. Questões como esta e tantas outras deverão amadurecer nos próximos anos.

         Concedo que posso estar exigindo profissionalismo demais para um departamento da economia que tem menos de 10 anos de atividade voltada para a parte alta – digamos assim – do mercado, exceções honrosas feitas, com especial destaque para a Miolo que vem lançando produtos, diversificando áreas de produção, realizando associações entre produtores e joint ventures comerciais com opções de representação intercontinental, pensando grande desde o começo. Por enquanto, poderia continuar tecendo elogios à qualidade dos novos vinhos nacionais, como, aliás, nós, jornalistas e formadores de opinião, vimos fazendo nos últimos anos, com maior ou menor freqüência. Acontece que vinho é negócio de cachorro grande, basta pensar no relatório australiano que apresentei aqui ou então neste que a Concha Y Toro expos em seu último relatório anual.

          A Concha Y Toro fornece um quadro do desenvolvimento da indústria vinícola chilena como um todo, apesar de apresentar números precisos sobre cada um dos seus produtos, dos mais simples aos mais sofisticados, o que não é o foco desta reflexão. Num quadro que apresenta uma linha do tempo que vai de 2000 a 2008, vemos que para um crescimento da área plantada de 103.876 hectares para 117.559 (mais de 13%), produzia 650 milhões de litros em 2000 e pulou para 870 milhões (mais de 42%) em 2008. Pulou de 6257 litros por hectare para 7400, revertendo uma tendência que veio se consolidando desde os anos 80 de uma opção pela qualidade em detrimento da quantidade.

          Será que podemos concluir uma correção de rota da produção chilena em direção a produtos voltados à base da pirâmide de consumo do mercado dos países importadores? A relação não será tão direta e imediata, visto que fatores tecnológicos podem ter influenciado bastante esta maior produtividade, não apenas na vinificação, mas igualmente no plantio e nas técnicas de suporte do cultivo da uva. Ou seja, é possível pensar em maior produção sem perda de qualidade, numa plataforma agro-industrial evoluída como a chilena? O mesmo relatório mostra que não foi o mercado interno chileno que absorveu este crescimento de produção. Pelo contrário, este oscilou de 227 milhões de litros em 2000 a 235 milhões em 2008, um tímido crescimento, mesmo quando se considera que os resultados destes dois anos expostos foram dos mais fracos do período (em 2007, o mercado chegou a consumir 300 milhões). O consumo per capita no mercado interno caiu para 14 litros/ano em 2008, quando tinha iniciado a década num patamar acima, em 15, sendo que tinha atingido os 18 litros em 2007!

          Para onde foram os milhões de litros produzidos a mais? Certamente, é no volume de garrafas exportadas que se justifica a especulação sugerida acima – no período apresentado, a exportação do setor cresceu, em milhões de dólares, de 573 em 2000 para 1,4 bilhão! Passou de 266 milhões de litros exportados a 590 milhões! Associações com o Estado chileno, permitem ao produtor não apenas análises de solo, instruções enológicas, controles de qualidade, mas também simulações de mercado, recomendações no estilo de produção, produção sugerida por hectare, orientações junto ao mercado exportador etc. Isso explica em parte, o fato do Chile ocupar o segundo lugar entre os exportadores do Novo Mundo, atrás apenas da Austrália.

         Na origem está a consolidação dos ícones como Don Melchor, Clos de Apalta, Almaviva etc.; na cauda deste sucesso, vieram vinhos que competem nas prateleiras mais econômicas dos pontos de venda, enfrentando com força os velhos lideres como a Itália e outros emergentes como a África do Sul e Argentina. Atendeu igualmente a novos mercados que se formaram como os da Alemanha, EUA e mesmo Brasil, que já significa montantes importantes para o negócio chileno. É agindo como esta gigante do mundo agro-industrial, que seus vinhos foram deslocados daquele lugar na mente do consumidor onde ficam os produtos exóticos para onde ficam os produtos originais.

breno3Mais um inteligente texto do amigo e colaborador, agora com participação quinzenal aos sábados, Breno Raigorodsky; 59, filósofo, publicitário, cronista, gourmet, juiz de vinho internacional e sommelier pela FISAR. Para acessar seus textos anteriores, clique em Crônicas do Breno, aqui do lado, na seção –

* The simple&Savvy wine guide de Leslie Sbrocco – 2006 – Harper Collins  Publisher – NY – EUA e

*1001 wines you must try before you die – 2008 – Quintessence, London. Produtores latino-americanos citados – Achával Ferrer, o Alta Vista, o Alto Hormigas, o Catena Alta, o Clos de los Siete, o Terrazas/Cheval Blanc, o Noemia, o Colomé e o Yacochuya; Viña Casablanca, Errazuriz/Mondavi, concha Y Toro, Matetic, Lapostolle, Antiyal, Don Melchor, El Pincipal, Haras de Pirque, Paulo Bruno, Santa Rita, Montes.

** Arnaud III de Pontac (1599-1681). Because of him, Haut-Brion developed its reputation in England. He was the first to understand the importance of the English market, despite the wars and other problems between the two realms.

 

Cave de Amadeu e Enoblogs

logo_amadeu               É, foi lá, no primeiro encontro do Enoblogs que tive a oportunidade de sanar uma das minhas falhas como enófilo, conhecer e provar os espumantes da Cave de Amadeu e seus mais célebres produtos que ostentam a marca Cave Geisse. Para muitos pode pairar a dúvida, mas é a mesma casa que elabora as duas linhas de produtos. Cave de Amadeu é a Vinícola de Mario Geisse, competente enólogo e engenheiro agrônomo chileno, que por aqui aportou pelas mãos da Moet & Chandon nos idos de 1976.

             Rapidamente, Mario Geisse percebeu a enorme vocação e potencial da região para a produção de espumantes de qualidade tendo fundado a Cave Amadeu em 1979 com o intuito de produzir, ele próprio, seus espumantes de alto nível. Esta degustação, já amplamente comentada nos blogs dos amigos presentes foi sublime, tanto pelo local, pela simpatia do anfitrião Alexandre  e esposa (valeu Vanessa), pela refeição ao final, como, em especial, dos espumantes de Mário Geisse, exemplar e criativamente apresentados pelo Adilson Pilot representante da vinícola, que foram mui justamente, os protagonistas deste delicioso encontro. Os espumantes da cave Amadeus seriam, digamos assim, o caminho de entrada deste saboroso e divertido mundo das borbulhas, e os da Cave Geisse a verdadeira tropa de elite somente elaborados pelo método tradicional (champenoise) e todos safrados. Legal, também, o fato de que desde 2008, todo o vinhedo está livre de qualquer agrotóxicos. Nossa saúde e o planeta agradecem, kanimambo!

            No Diario de Baco, blog do Alexandre com link aqui do lado, a reportagem é bem completa, mas não posso deixar de dar meu testemunho e comentários sobre o que vi e provei lá. Os espumantes da Cave Amadeus são bons e primam pela qualidade, sendo o Brut o que mais me agradou. Já a linha Cave Geisse é, efetivamente, de tirar o chapéu. O muito bom Cave Geisse Brut sofreu, porque foi servido depois do Nature que é, na minha humilde opinião, o grandeEnoblogs - Cave Geisse 003 espumante da casa, inclusive pela relação custo x benefício, que me encantou e seduziu.  Mas falemos das maiores estrelas que eu tive a oportunidade de tomar nesta degustação:

  • Cave Geisse Nature safra 2005, aquele que varreu o chão debaixo dos meus pés e me levou ao nirvana tornando difícil degustar os que se seguiram. Estupendo, um grande espumante que encanta e seduz com sua perlage muito fina e abundante, como que acariciando seu céu de boca. Aromas muito agradáveis, com um leve brioche intermediado por algo cítrico e floral. Na boca é cremoso, acidez maravilhosa que aporta um incrível frescor, balanceado, final muito saboroso, delicado com notas minerais  e muito longo, certamente um dos melhores espumantes que já tive a oportunidade de tomar e que nos faz entender o que  o monge “Don Perignon” quis dizer ao comentar que estava “degustando estrelas”! A que eu comprarei e, certamente, se tornará assídua visitante em minha taça, pois tem um preço entre R$40 a 50 conforme pesquisei na rede, pena que a foto é fraquinha!

 

  •  Outro grande espumante deles e, técnicamente, realmente o mais evoluído de todos, é o Cave Geisse Nature Terroir da safra de 2003, complexo e sofisticado dotado de uma elegância ímpar, perlage abundante, fina e persistente com um colar de espuma bonito e chamativo, uma verdadeira dama! De maior intensidade aromática que o Nature, convida-nos a levar a taça á boca onde, como no anterior, mostra todas as suas sutilezas e nuances num final super fresco e muito agradável. Desta preciosidade que passa por 180 dias de fermentação e 3 anos de amadurecimento, foram produzidas somente cerca de 4800 garrafas então, se for um felizardo proprietário de uma, salute! Para fazer inveja a muito champagne por aí!

Para finalizar, eu que sou um apreciador dos espumantes moscatel de qualidade em que  a acidez esteja bem presente para se contrabalancear à tradicional doçura da cepa, descobri no Cave de Amadeu Moscatel, um digno representante destes bons espumantes que, como este, acompanham maravilhosamente uma sobremesa.

 Enoblogs - Cave Geisse 008

Um kanimambo especial ao amigo Alexandre pela oportunidade, ao Armazem Gourmet e à Cave Amadeus (Geisse) que apoiou o evento. Bom rever os amigos como o Cristiano (Vivendo Vinhos), conhecer pessoalmente o Paulo (Nosso Vinho), o Beto (Papo de Vinho), o Daniel (Vinhos de Corte) e estar com o companheiro de sempre Álvaro (Divino Guia). Termino com uma frase que o Alexandre me enviou e deu como de autoria de Sergio Valente:

“Baco não gostava de uva, gostava de gente e  inventou um jeito legal de gente boa ficar junto”
 
Brindo a isso, salute!

Dicas da Semana – Especial Dia dos Pais

             Sou pai e também estou esperando presente neste domingo. Só beijo e um abraço é papo para boi dormir, apesar de muito bom, pois temos os outros 364 dias do ano para receber um monte desses, então já elaborei a minha listinha. rsrs É, aqui em casa tem listinha, na sua não tem não? Se não tiver, ó, está perdendo, depois não reclame da caixinha de lenços, meias, chinelos ou pijama que ganhou pela enésima vez! Difícil é elaborar essa listinha em função da enormidade de opções disponíveis e, por outro lado, ninguém acredita que você ficará feliz com “mais” um vinho. Aí, matutando com meus botões, me lembrei de uma famosa e profunda frase dita por um desconhecido sábio, “o vinho é a vingança masculina aos sapatos da mulher”, que, apesar de não explicar, serve de embasamento para esta listinha. Não sei para vocês, mas aqui em casa não falta espaço para tantos e interessantes rótulos disponíveis no mercado, sempre se arruma um cantinho para mais umas garrafas, questão de jeitinho! Falta de espaço nunca foi problema para as mulheres e seus sapatos, então, por quê seria para nós?!

            Tão importante como o presente, é o encontro de domingo, preferencialmente em torno de uma mesa farta e um bom vinho. Desta feita e para os mais atrasadinhos, seguem algumas dicas e ofertas recebidas dos amigos e parceiros. São diversas as opções, então imprima as que mais gosta e coloque em uma listinha que, sugiro, seja “esquecida” do lado do controle da televisão. Quem sabe cai a ficha e este ano você deixa de ganhar mais um pijama!

 

Comecemos por onde comer, seguindo aqui três interessantes opções para vocês escolherem.

 

Logo La MarieNo aconchegante La Marie, um menu especial para este domingo de Dia dos Pais por um preço bem em conta e o sabor especial do Chef Edson Di Fonzo , sem contar a taça de espumante para os Pais, uma cortesia da casa.

  • Entrada: Carpaccio de sardinha com tomate confit e basílico
  • Prato principal: Filet mignon suíno com molho balsâmico acompanhado de fettuccine na manteiga e salvia
  • Sobremesa: Mousse de coco

Preço do menu completo por pessoa: R$45,00 (entrada + prato + sobremesa). O restaurante fica na Rua Francisco Leitão, 16 em Pinheiros, São Paulo, tel.        (11) 3086-2800      .

 

Roux bistrôO restaurante Roux Bistrô, também preparou um menu especial para o almoço do próximo domingo, 9 de agosto, Dia dos Pais. Elaborado pelo chef Arthur Sauer, que estudou gastronomia com o mestre francês Paul Bocuse e trabalhou ao lado do respeitado chef Daniel Bouloud, o cardápio é um resgate dos clássicos da gastronomia italiana e francesa com um toque pessoal seu:

  • Entrada:  Velouté de ervilha com ovo de codorna poché.
  • Prato principal: Ossobuco com arroz de pinhão e molho de vinho tinto.
  • Sobremesa: Merengue de Sabayaon.

Preço do menu completo por pessoa: R$45,00 (entrada + prato + sobremesa). O Roux Bistrô está localizado na Alameda Ministro Rocha Azevedo 1101, Jardim Paulista, São Paulo, tel.                  (11) 3062-3452              .

 

Emporio da Villa, ou só Villa para os amigos. Porquê deixar somente para o domingo. Pegue o ‘véio” e já saia por aí na sexta ou sábado. Outro bom e gostoso lugar para se estar, sem contar que eles têm uma adega de dar inveja a muita loja!

Villa

Para reservar contate o Armando /  Denise ou Aline pelo telefone 3467-4068/4069 das 11 s 16:00 oi no 3467-4070 após as 18 horas. Se preferir, mande um e-mail para armando@emporiodavilla.com.br ou villa@emporiodavilla.com.br. O Villa fica na rua Dr. Fonseca Brasil 108, uma travessa da Giovanni Gronchi a duas quadras do Shopping Jardim Sul, no Morumbi/Pananby.

 

Se ainda não comprou seus vinhos ou presente, eis aqui algumas opções para todos os gostos e bolsos a começar pelos amigos da D’Olivino., mas tem mais. Tem Zahil, Winery, Lusitana, Emporio Sorio, Assemblage Vinhos, Wine Society e Confraria do Queijo & Vinho, todos aqui em Sampa.

 

 

DolivinoOs amigos da D’Olivino vêm com uma ótimas ofertas de cerca de 35% de desconto em alguns rótulos que podem ser comprados em caixas mistas e sem frete para entrega em São Paulo. Contate o Eduardo pelo e-mail >> Eduardo@dolivino.com.br ou ligue para (11) 7871.2066 e se não gostar de nada que tem aqui, duvido, peça-lhe que outras dicas ele pode  dar.

 

Morkel Atticus Tinto safra 2003 – Preço: De R$ 92,00 por R$ 59,80 (Estoque: Apenas 180 garrafas)

Região: Steleenbosh – AFRICA DO SUL

Uvas: Cabernet Sauvignon, Pinotage e Petit Verdot

Descrição:Rubi intenso com notas de ameixa, cassis e amora silvestre e aroma com lembrança de caramelo.

Taninos macios e maduros e notas de madeira.

Estágio: 12 Meses em Barricas de Carvalho Francês e Americano

Pontuação: “Medalha Bronze”Revista Decanter

 

Baltos Tinto safra 2005 – Preço: De R$ 94,00 por R$ 61,10 (Estoque: Apenas 250 garrafas)

Região: Bierzo – ESPANHA

Uvas: Mencia

Descrição: Um vermelho profundo espetacular com violeta na borda.

Aroma poderoso de fruta vermelha madura e sugestão de violeta e mineral.

Fresco, elegante e limpo, delicioso com bastante sabor do varietal. Doces taninos e refrescantes com acidez integrada.

Estágio: 12 Meses e Barricas de Carvalho Americano e Francês de Diversas Tanelarias

Pontuação: “90p.”Robert Parker

 

Calderona Crianza Tinto safra 2003 – Preço: De R$ 80,00 por R$ 52,00 (Estoque: Apenas 115 garrafas)

Região: Cigales – ESPANHA

Uvas: Tempranillo

Descrição: Vermelho cereja, aroma complexo e elegante com crianza e madeira.

Na boca é saboroso, amplo e muito estruturado.

Estágio: 12 Meses em Barricas de Carvalho Americano(95%) e Francês(5%)

Pontuação: “Medalha Ouro”IV International Wine Bacchus-Madrid

 

Estay Tinto safra 2005 – Preço: De R$ 67,00 por R$ 43,55 (Estoque: Apenas 50 garrafas)

Obs.: As garrafas que estamos oferecendo é de 500 ml, as de 750 ml chegou e já acabou em nosso estoque

Região: Bierzo – ESPANHA

Uvas: Pietro Picudo

Descrição: Aroma intenso com frutas vermelhas frescas, tons florais, e fundo de madeira nobre.

Na boca é seco, fresco e persistente.

Estágio: 06 Meses em Barricas de Carvalho Americano, Francês e Hungaro

Pontuação: “89p.”Robert Parker(Safra 2006)

 

Ontañon Crianza Tinto safra 2005 – Preço: De R$ 84,00 por R$ 54,60 (Estoque: Apenas 250 garrafas)

Região: Rioja – ESPANHA

Uvas: 90% Tempranillo e 10% Garnacha de Videiras Velhas

Descrição: Frutas maduras, trufa e tons minerais.. Resultado saboroso, carnudo e cheio de tons de fruta.

Estágio: 12 Meses em Barricas de Carvalho Francês e Americano(100% Novo)

Pontuação: “Medalha Bronze”Revista Decanter

 

Da Zahil, uma interessante lista de bons produtos a escolher e sempre com preços convidativos que valem a pena ser conferidos. Sou fã desta importadora em função exatamente disso, bons produtos com bons preços. Ligue ou visite-os, vale a pena.

zahil

 

A Lusitana de Vinhos e Azeites, vem com algo novo e só para nos surpreender não é Português!

Lusitana

 

A Winery faz sua estréia no Falando de Vinhos, através desta  ótima promoção de diversos kits especiais para você presentear seu pai ou se presentear, porquê não?

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Assemblage Vinhos, aqui na Granja Viana não poderia negar fogo neste momento. Eis a dica de kits que a bete e o Marcel montaram para você.

Assemblage

 

O Emporio Sorio trás-nos  as delicias da Córsega. Para aqueles pais que gostam de provar sabores diferentes, recomendo como algo novo de que gostei bastante e já mencionei por diversas vezes neste blog. Digite SORIO no canto superior direito e clique em pesquisar, depois basta ler um pouco dos diversos comentários já feitos.

Sorio

 

Da Confraria do Queijo e Vinho na Av. Dr. Arnaldo 1318, uma ótima pedida para os amigos do Sumaré e região, vem mais uma lista de produtos especiais e kits de dar água na boca.

Confraria

 

Wine-Society-logoA Wine Society, especializada na importação de vinhos autralianos, país apenas 10% menor que o Brasil e com uma diversidade incrível de vinhos respeitados em todo o mundo, trás-nos uma proposta de um Wine Tour pela diversidade de regiões produtoras. A importadora escolheu seis diferentes tintos de emblemáticas regiões, para que o apreciador entenda melhor como a Austrália se tornou um dos mais renomados produtores de vinhos do mundo. No mínimo um presente diferenciado que seu pai certamente é merecedor ou uma bela dica para você dar a seu filho.

  • Da mais famosa região do país, Barossa Valley, o E-Minor Shiraz, da vinícola Barossa Valley State. De lá surgem alguns dos mais renomados vinhos do mundo elaborados com esta cepa. Da região vizinha, Clare Valley, o Knappstein Cabernet Sauvignon/Merlot.. Do respeitado terroir de Adelaide Hills, mais um belo exemplo de Shiraz, o Bridgewater Mill. Fechando o tour pelo Estado da Austrália do Sul, o Banrock Station Cabernet Sauvignon mostra a qualidade dos vinhos da terra de Riverland.
  • O tour segue para o Estado de Austrália do Oeste, com vinhedos refrescados pelos ventos do Oceano Índico. O vinho eleito para representar a região de Pemberton é o Smithbrook Merlot. Do outro lado do país, no Estado de Victoria, cuja capital é Melbourne, encerra-se o tour com outro corte bem popular no país, o Thomas Mitchell Cabernet Sauvignon/Shiraz, feito na região de Nagambie.

Na promoção especial de Dia dos Pais estes seis rótulos, todos inéditos no Brasil, podem ser adquiridos pelo valor de R$ 299,00. Delivery gratuito para entregas na cidade de São Paulo.Vendas e outras informações podem ser obtidas pelo telefone: 11- 2539-2920.  Conheço o E-Minor Shiraz e o Smithbrook Merlot, ambos muito bons o que desde já são ótima indicação do que esta caixa de vinhos deve ser. Bela opção para quem quer conhecer um pouco mais da pouco conhecida diversidade australiana.

 Wine Society - Australian wine tour

 

Ufa! Opção é que não falta!!  Aproveitem e espero que tenham um Dia dos Pais maravilhoso, eu certamente terei porque estarei rodeado por meus filhos, aquilo que de mais importante tenho na vida.

 Salute e kanimambo.

TOPS Argentinos – Charlando e Bebendo com os Panas.

                Vocês conhecem os Panas? Pois bem, antes que meus amigos portugueses venham a tirar conclusões precipitadas, “pana” é uma gíria venezuelana usada por amigos que se sentem mais que isso, se sentem irmãos! Foi daí que nasceu a confraria 2 panas, que já são cinco e se reúnem mensalmente para degustar grandes vinhos, com alguns dos confrades sendo participantes ativos do grupo que compõe a banca de degustadores de nossos Desafios de Vinhos. Desta vez fui convidado por dois deles, o Francisco (pana-mor) e o Evandro, com quem tive a agradável oportunidade de provar alguns dos grandes vinhos premium argentinos trazidos por este seleto grupo de panas.

              Encontramo-nos no Restaurante Pobre Juan da Vila Olimpia, restaurante que realmente é lindíssimo e cheio de charme com uma decoração muito bonita e aconchegante. Aliás, a da filial de Higienópolis também é assim. O serviço foi de primeiríssimo nível e as carnes boas com um especial destaque para a excelente morcilla, muito bem temperada e no ponto. Para quem gosta, como eu, um prato cheio!!

             Sete vinhos provados, alguns excepcionais rótulos de grande fama, mas que pecam, a meu ver, por uma certo exagero no teor alcoólico e falta de finesse, exceção feita aos três vinhos que mais me encantaram; Val de Flores, Caro e Alta Vista Alto, que conseguem mesclar potência com elegância numa riqueza de sabores que efetivamente encantam.Degustação Panas

 

  • Altocedro 2004
  • Yacochuya Malbec 2005
  • Caro 2005
  • Vistalba Corte A 2006
  • Alta Vista Alto 2004
  • Val de Flores 2004 
  • Mundvs Alto Cabernet Sauvignon 2005 * vinho surpresa 

             Não tenho tomado muitos vinhos argentinos porque tenho buscado sabores e sensações diferentes que dificilmente tenho visto na maioria dos vinhos de lá, mesmo os chamados vinhos premium ou super-premium, estando a maioria muito similares sem apresentar algo significante que os diferencie uns dos outros e sem produzir aquele UAU que esperamos de vinhos desse porte, salvo algumas exceções. Afora isso, pelo preço que estes, teoricamente, grandes vinhos estão chegando ao Brasil, temos hoje inúmeros grandes rótulos de outras origens com maior complexidade e riqueza de sabores que me têm atiçado mais a curiosidade. Por outro lado, tenho me assustado com o teor de álcool em constante elevação nesses vinhos, nesta degustação acho que o menor tinha 14%, nível que, para mim, costuma ser minha linha limitante. Tudo bem, há gente que gosta e respeito isso, mas eu não consigo encarar um Yacochuya com 16.5% de teor alcoólico fortemente sentido tanto no nariz como na boca, transpira álcool por todos os poros, mesmo com as altas notas que diversos críticos lhe deram. Acho que vinhos com essa potência perdem a função social, tanto que este não passaria no meu teste da terceira taça, mas nem a pau, aliás, nem na segunda!

               Um vinho que surpreendeu, até porque não é muito caro, é o Mundvs Alto 2005 que a casa Valduga produz em terras mendocinas e que mostrou muito boa estrutura e equilíbrio apesar de seus altos 15.5% de teor alcoólico, mas talvez o melhor custo x benefício de todos os vinhos provados tenha sido o Caro que, não por acaso, foi um dos meus preferidos e o único com “apenas” 14% de álcool. Legal a forma como o Evandro, confrade anfitrião da noite, preparou a degustação apresentando diversos cortes de carne para que sentíssemos as diversas harmonizações possíveis. Um exercício sensorial muito legal que você pode acompanhar melhor acessando o blog da confraria.

Valeu gente, uma bela experiência com vinhos que há muito queria conhecer e, muito mais que isso, o privilégio de poder desfrutar da agradável presença dos confrades.

Turma da Confraria Panas3

Salute e kanimambo

Ps. em função do Dia dos pais, adiantarei o Dicas da Semana para amanhã!

Tremenda Semana de Bons Vinhos

              Já fazia um tempinho que não postava sobre os vinhos da semana e desta feita uma bela quina de rótulos tomados que me trouxeram grande satisfação. Ah se pudesse ser sempre assim?! Para começar, tenho mais ou menos cumprido minha promessa de ano novo, tomar mais espumantes, tendo feito isso mais uma vez num gostoso fim de semana ensolarado. Por sinal, nesse mesmo fim de semana minha filha e meu genro estiveram em casa então tinha que ter um vinho do porto para o final da refeição, e que belo exemplar de LBV! Enfim, vamos aos finalmente, vamos falar de vinho.

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Veuve Paul Bur Blanc de Blancs Brut, um dos bons espumantes disponíveis no mercado e opção para quer um produto mais sofisticado que não seja de origem nacional, elaborado com Chardonnay/Sauvignon Blanc e Chenin Blanc na região de Bordeaux. Ainda tenho umas duas garrafas sobrando de minha última compra, e é sempre um saboroso porto seguro. A perlage é abundante e persistente, de tamanho médio , enorme frescor, equilíbrio, corpo leve e equilibrado, ótima acidez, aromas em que aparece um sutil brioche, boa fruta e leve floral que encanta e se repete na boca. Tudo isso sem perder a personalidade Francesa, difícil é deixar de terminar a garrafa!  Na Zahil por R$49,00, mas estas eu comprei em promoção por cerca de R$35,00, se não me engano, lá para Outubro do ano passado. Uma bela compra que segue me dando muito prazer ao abrir. I.S.P.$

Altimus 2004 um argentino que conheci há uns dois anos, produzido por Michel Torino e situada na alta gama de seus produtos. De lá para cá esta é a terceira garrafa que tomo e tem-se mostrado em plena evolução, sendo esta a melhor de todas elas. Um corte de malbec, cabernet, merlot e bonarda, no mínimo diferente, mas para o meu palato um vinho que me agrada sobremaneira. Sai um pouco da mesmice que ultimamente impera por terras argentinas, talvez pelo aporte de Bonarda que lhe traz uma concentração de fruta diferenciada. É bastante aromático, convidando á taça e na boca mostra-se bem redondo, macio, rico e harmonioso com boa acidez, um vinho para curtir e tomar nas calmas permitindo que se abra na taça. O preço, por volta dos R$85,00,  poderia ser algo mais barato, mas comprado na argentina é um vinho que vale a pena ter na adega. I.S.P .  

Ser Gioveto 2000, um super toscano, elaborado com sangiovese, como protagonista, mas tendo a cabernet sauvignon e merlot como coadjuvantes de primeira linha, que aos 9 anos começa a mostrar-se por inteiro. Já o tinha tomado há cerca de um ano atrás quando ele se mostrara mais fechado. Sua paleta olfativa  abriu-se mostrando-se bem frutado com nuances de especiarias que nos impelem a levar a taça à boca. Encorpado, denso, carnoso, ainda se mostra vigoroso, com uma personalidade muito própria, potente, porém elegante de boa textura e taninos sedosos, equilibrado com ótima acidez que implora por um bom prato. Um senhor vinho, de longa persistência e um saboroso final de boca algo terroso. Muito bom,  aliás como tudo o que a Rocca dela Macie faz já que não tem nenhum vinho deles, baixa, média e alta gama, que eu não goste. As minhas garrafas se acabaram, mas quem ainda tiver algumas, esteja certo que tem vinho por mais um bom par de anos. Na Expand por cerca de R$118,00. I.S.P. $ 

Selvapiana Bucerchialle Chianti Rufina Riserva 2003, mais um da Toscana desta feita um tradicional corte de Sangiovese com Canaiolo. Ganhei de uma amiga e ainda me resta uma garrafa, de três, que acho deverá ficar na adega por mais um tempinho, pois ainda se encontra fechado. Muito encorpado, potente, aromas algo defumado com ameixa vermelha e nuances florais, na boca é extremamente saboroso, muito concentrado, grande volume de boca, taninos ainda firmes, mas refinados, final de boca algo terroso e longo, muito longo. Um vinhaço que precisa de tempo. Uma pena que não esteja disponível no Brasil, mas certamente um vinho que os amigos podem buscar em uma viagem ao exterior, certamente um vinho que o amigo Paulo Queiroz (amante dos vinhos italianos) apreciará. Na Inglaterra custa algo em torno das 18 Libras e nos Estados Unidos entre USD25 a 30. I.S.P. . 

Niepoort LBV 2004, um grande final para uma tremenda de uma semana de bons néctares. Já gostava do 2000 e do 2001, mas a Niepoort extrapolou desta feita e elaborou um dos melhores, se não o melhor, LBV que já tomei. Esta meia garrafa eu trouxe de Portugal e é no mínimo imperdível para quem gosta deste tipo de vinho. Aromas intensos de frutos negros, chocolate, especiarias, uma paleta olfativa sedutora e complexa que convida a tomar. Na boca está cremoso, elegante, vibrante, ótima textura e muito equilibrado com um final longo e muito saboroso. Numa próxima viagem certamente trarei algumas garrafas, mas enquanto não dá compramos na Mistral por bons R$90,00, (considerando-se o restante da concorrência) ou próximo disso. I.S.P. .$ 

Que venham mais semanas destas, salute!

Desafio de Vinhos Portugueses

Agosto chegou, mês;  do cachorro louco, da Sexta-feira 13 azarenta, das liquidações de inverno e, Deus sabe lá porque cargas d’água, Dia dos Pais. Não, não vou falar do Dia dos Pais, ainda, mas fica a pergunta no ar, não dava para colocar o Dia dos Pais num mês mais nobre não?!! rsrs

              Bem de volta ao ponto principal, a verdadeira a razão para este post, em Agosto o Desafio de Vinhos será Portugal - mapa e regiões produtorasportuguês! Voltei ás origens e já estava com saudades, apesar de os vinhos portugueses estarem constantemente sobre a minha mesa e na minha taça. Já temos uma série de concorrentes escalados e, pela enorme quantidade de bons rótulos, participantes e regiões, estou achando difícil fechar este Desafio com menos de 14 Desafiantes, o que vai demandar uma atenção redobrada da banca de degustadores. Tentei incluir/convidar alguns rótulos dos quais sou fã, regiões menos conhecidas, mas que vêm despontando, assim como das mais tradicionais e mais representativas. São vinhos de gama média de preços que estão ao alcançe do bolso da maioria, uns mais conhecidos do que outros, porém todos de qualidade inquestionável. Vamos aos que já confirmaram presença, sendo que dois deles eu tive o prazer de negociar presença diretamente na fonte , a Herdade do Pinheiro (dos amigos Ana e Miguel) assim como da Quinta Mendes Pereira (da amiga Raquel):

  • CVR Alentejo: Reguengos Garrafeira dos Sócios 2001 (Vinhos Seleto) / Herdade do Pinheiro Reserva 2003 / Herdade do Esporão Reserva 2006 (Qualimpor)
  • CVR Duriense – DOC Douro: Ceirós Reserva 1998 (BR Bebidas/ Vinhos do Douro) / Altano Reserva 2006 (Mistral) / Caldas Reserva 2005 (Decanter)
  • CVR Lisboa (Estremadura): Quinta da Chocapalha 2005 (Vinci)
  • CVR Tejo – DOC Ribatejo: Falcoaria DOC 2004 (D’Olivino)
  • CVR Beiras – DOC Dão: Quinta Mendes Pereira Garrafeira 2003 (Malbec) e Conde de Santar Reserva 2003 (Winebrands), este ainda passível de mudança.
  • CVR Terras do Sado: Barão do Sul Garrafeira 2002 (Lusitana de Vinhos & Azeites)
  • CVR Beiras – DOC Bairrada: Aveleda Follies Touriga Nacional/Cabernet Sauvignon 2004 (Interfood).

Ainda tenho mais dois convidados que não escalaram Desafiante, então poderemos chegar a 14 o que inviabilizaria a presença de um rótulo surpresa. Enfim, tenho mais uns dias para finalizar isso e depois divulgo. Também ainda preciso definir o local do embate e o jantar para o qual já tenho assegurado o vinho branco e o tinto, faltando tão somente o Porto ou Moscatel para encerrar este épico Desafio de Vinhos de Portugal até, mais ou menos 100 Reais. E aí, vai arriscar um palpite de quem será o ganhador?!

Uvas & Vinhos, Chardonnay – A Rainha das Uvas Brancas

            O nome Chardonnay se tornou tão conhecido no mundo pelos amantes do vinho, que muitas vezes chegamos a pensar que seja um mero estilo de vinho branco e não uma variedade de vitís vinífera. Originária da região da Borgonha, na França, durante muito tempo foi a única variedade responsável pelos mais finos vinhos da região. O que chardonnay 2fez com que essa percepção mudasse, foi o advento da moda dos vinhos varietais a partir do século XX. É a variedade branca mais dispersa pelo mundo, sendo cultivada na grande maioria das regiões produtoras do mundo e conhecida como a rainha da uvas brancas. Dependendo da maneira como é tratada, pode gerar desde vinhos longevos e complexos até brancos simples para consumo diário. Os vinhos podem apresentar as mais diversas característica organolépticas, podendo ser;  leves, ricos, untuosos, apresentar caráter mineral, frutado, amanteigado, apresentar notas muito agradáveis de frutas tropicais como abacaxi, etc. Entre as uvas brancas, é uma das variedades mais passiveis de amadurecimento ou fermentação em barricas, desenvolvendo complexidade aromática e, mais que tudo, estrutura em boca, com untuosidade e estrutura especiais.

               Um dos grandes motivos pelo qual a Chardonnay é considerada tão versátil é, sem dúvida, sua personalidade – ou a falta dela. É uma casta capaz de expressar o desejo do viticultor e a expressão do terroir. Somente em sua região de origem, Borgonha, é que produz um estilo de vinho que até os dias de hoje não conseguiu ser reproduzido em outro lugar, talvez pela composição do solo da região, o conhecido, caro e muito apreciado, Chablis. Protos e Soutomaior 010O Clima, grande influenciador direto de qualquer vinho, é determinante no caso desta cepa. Quando cultivada em regiões mais frias, gera vinho mais frescos e leves, se em regiões mais quentes, o vinho ganha estrutura, untuosidade e notas de frutas tropicais maduras. Algumas das regiões mais tradicionais na produção de vinhos brancos de Chardonnay são:

  • Chablis, no norte da Borgonha (França); aqui o vinho produzido é o que chamamos de “tradicional” em relação aos Chardonnays, normalmente sem passagem em carvalho, frescos, com excelente acidez e caráter mineral típico em decorrência do tipo de solo calcário argiloso. Os Grand Crus e Prémiere Crus são vinhos de boa longevidade, podendo seguir evoluindo por 10, 12 ou 15 anos de acordo com Oz Clarke em seu Livro Grapes & Wines. Já os mais simples e ‘básicos’ são vinhos para 5 ou 6 anos no máximo devendo ser aproveitados enquanto jovens.
  • Champagne, no norte da Borgonha (França); é a única variedade branca permitida na composição dos tradicionais vinhos de Champagne, junto com as tintas Pinot Noir e Pinot Meunier; sozinha, é responsável pelos tradicionais champagnes Blanc de Blancs.
  • Mâcon e Cote Chalonnaise, no sul da Borgonha (França); produz vinhos brancos mais simples, normalmente denominados “Borgonha branco” para serem tomados jovens entre 2 a 4 anos.
  • Cote de Beaune, sul da Cote D’Or (França); região tradicionalmente conhecida por “coração” dos borgonhas brancos; dessa região vêm os famosos Meursault, Puligny-Montrachet e Corton-Charlemagne, vinhos cremosos, algo mais encorpados que os Chablis, complexos em aromas e sabor, e normalmente de alto custo. Vinhos que crescem com o tempo, atingindo seu apogeu por volta dos 10 anos, mas podendo ir bem além disso.
  • Friuli e Alto Adige, no norte da Itália; normalmente são vinhos frescos, com boa acidez e aromáticos. Na Toscana tem apresentado bons resultados com vinhos muito refinados, especialmente os que usam uvas de vinhedos mais antigos que ganham complexidade.
  • Chile; os chardonnays chilenos estão em crescente evolução e a cada dia nos apresentam agradáveis surpresas, apresentam-se tradicionalmente algo madeirados, ricos em aromas frutados e de boa acidez, especialmente os vindos de regiões mais frias como os vales de Casablanca, San Antonio, Limari e Leyda.
  • Austrália; aqui a uva revela sua expressão mais exótica, frutado e maduro, untuosos e normalmente amadeirados, porém a demanda do mercado tem provocado mudanças de vinificação com redução de tempo em barrica buscando mais frescor e mineralidade.
  • Califórnia, na costa oeste dos EUA; muito conhecida por seus tradicionalmente bem amadeirados chardonnays, os produtores têm apresentado ao mercado vinhos mais frescos e menos untuosos.
  • Argentina, os produtores ainda buscam os melhores terroirs para a produção de uvas com esta cepa, porém já se encontram muito bons vinhos na região, mesmo que em volume algo reduzido quando comparado ao Chile. Gera vinhos bastante amadeirados com menos mineralidade, mais pesados, alto teor acoólico e de maior untuosidade.
  • Brasil, nossos produtores ainda buscam pelo melhor terroir e nosso clima quente não ajuda. Os clones trazidos tinham características diferentes mais direcionados à produção de espumantes em que amadurecimendo e concentração de fruta são secundárias, valorizando-se a acidez e o frescor. Somente agora começamos a produzir alguns varietais mais complexos e interessantes, mas os vinhedos e as vinícolas precisam de mais tempo para buscar melhor regularidade e constância de qualidade. Já nos espumantes, nossa produção se beneficia e gera vinhos de muita qualidade.

                Sempre é melhor iniciar-se pelos vinhos mais simples e fáceis de tomar, incrementando e subindo degraus tanto de qualidade como de preço para que os tombos, ocorrem até entre os mais entendidos, sejam menos dolorosos. A meu ver é um ótimo parceiro para um Fondue de Queijo neste inverno, já tendo escrito um post sobre isso recentemente, porém o amigo, colunista e expert no assunto de harmonização, o Álvaro Galvão (Divino Guia), e agora nosso colaborador nesta coluna junto com a Mariana Morgado, nos indica massas e queijos como algumas de suas melhores harmonizações. “De todas as uvas brancas, creio que pelas mais diferentes propostas dos enólogos, o varietal Chardonnay é o que mais se pode variar em harmonizações. Pelo fato de ser uma uva que se apresenta mais mineral, como nos Chablis, mais amanteigados nos Australianos, mais frutado e alcoólico, como nos Argentinos, podemos encarar uma grande variedade de pratos em sua harmonização.

               Não nos esqueçamos que esta uva também se presta aos bi-varietais e assemblages, pois empresta seu corpo e capacidade de envelhecimento à outras cepas, onde estas qualidades faltem. Queijos de massa mole amarelos, pedem acidez, então partimos para os que não tenham muita madeira, jovens, mas quanto mais “maduros” forem os queijos, mais devemos partir para os vinhos mais encorpados e amadeirados. Para os queijos de casca branca mofada, como os Camenbert e Brie os vinhos mais jovens fazem a diferença. Pastas que contenham ou no molho, ou em sua preparação sejam acompanhadas de frutos do mar, pedem os mais jovens e ácidos, mais minerais. Para as massas que contenham em sua preparação os derivados lácteos, podemos lembrar dos mais encorpados, já que falamos de carboidratos e lácteos juntos.

           Falar de harmonização pede na verdade um tema, e eu escolhi queijos e massas por termos mais facilidade de comprendê-los e creio que todos já tenham passado pelas experiência, mas lembro que nada impede de tomarmos nosso vinho preferido com outras combinações de gastronomia e petiscos, não podemos é ficar sem os bons vinhos, e estes são os que nos agradam, para acompanhar nossas refeições.” Eu arriscaria dizer, que os chardonnays são, também, ótimas companhias para carnes brancas em geral. Escolha um vinho e faça você mesmo algumas experiências. Para facilitar sua escolha, eis alguns interessantes rótulos para seu garimpo:

Chardonnay Clipboard

  • Benjamin Senetiner 08 – Casa Flora/Argentina – R$17,00
  • Santa Helena Varietal 08 – Interfood/Chile – R$22,00.
  • Aurora Blanc de Blanc Brut (100% Chardonnay) – Brasil – R$26,00
  • Alamos Chardonnay – Mistral/Argentina – R$29,00
  • Fabre-Montmayou Patagônia – Expand/Argentina – R$35,00
  • Caliterra Tribute Chardonnay –  Decanter/Chile – (ainda não está no catálogo)
  • Familia Gascon – Wine Company/Argentina – R$41,00.
  • Danie de Wet Sur Lie – Mistral/África do Sul – R$42,00
  • Casa Valduga Gran Reserva 08 – Brasil – R$50,00
  • De Wetshof Bon Vallon – Mistral/África do Sul – R$60,00
  • Rutini Chardonnay – Zahil/Argentina – R$66,00
  • Angelica Zapata – Mistral/Argentina – R$75,00
  • Albert Bichot Chablis Domaine Long-Depaquit – Winebrands/França – (ainda não está no catálogo)
  • Arboleda 05 – Expand/Chile – R$85,00
  • Chablis 1er Cru Montmais Domaine Race 07 – Nova Fazendinha/França – R$97,60

Três Assemblages:

  • Septima – Chardonnay/Semillon – Interfood/Argentina – R$23,00
  • Trio Chardonnay 2008 – Expand/Chile – R$40,00
  • Cheverny Le Vieux Clos – Chardonnay/Sauvignon Blanc – Decanter/França (Loire)- R$73,00

Post escrito a seis mãos! Meus amigos Mariana Morgado, Álvaro Galvão e eu. Para ver como contatar os importadores e checar onde, mais próximo de você, o rótulo está disponível, dê uma olhada em Onde Comprar, post em que constam os dados dos importadores e lojistas assim como de produtores brasileiros.

Salute e kanimambo