Olha, apesar de ter ficado só nos bolinhos de bacalhau, a prova me faz concluir que, definitivamente SIM! rs Para tudo o que é fritura creio que um vinho branco de acidez impactante vai sempre muito bem e tradicionalmente minha escolha recai sobre um vinho verde.
Neste caso os bolinhos foram assados no forno, não fica tão bom nem tão “bronzeado” mas…, porém o resultado teria sido o mesmo, quiçá melhor. Quis enovar, afinal “navegar é preciso” e eu gosto (rs), tendo gostado do resultado porque este Arenile Trebianno d’Abruzzo produzido pela Cantina Ripa Teatina, uma cooperativa de cerca de 400 viticultores, nos entrega essa acidez bem característica da casta e casou muito bem com os bolinhos.
Esta garrafa é de 2016, tendo se mostrado com uma cor algo mais dourada, nariz cítrico mas tímido, na boca médio corpo, seco, notas amendoadas, maçã verde, porém no final de boca uma “limonada” bem fresca se faz presente dando um up no conjunto, um vinho muito agradável e bem balanceado que se deu bem com os bolinhos e certamente irá bem com outras versões de pratos com bacalhau como pataniscas, Bacalhau na brasa, à Brás, à Gomes de Sá, pil-pil, ouse!
A Trebbiano disputa com a Pinot Grigio a coroa de uva branca mais plantada na Itália e está presente em mais de 80 docs. Na França é conhecida como Ugni Blanc sendo muito usada na produção de Cognac e Armagnac. Na Emilia Romagna é base do azeite balsâmico, ou seja, uma uva bastante versátil que se dá bem numa variedade de terroirs. Eu gosto dos vinhos que trazem a influência do mar Adriático e minha sugestão é buscar exemplares dessas regiões. Este está na casa dos 78 a 84 Reais no mercado de São Paulo e é um bom exemplar da casta. O mesmo produtor elabora um delicioso Pecorino sobre o qual falei aqui, prove ele também, uma dupla que vale muito a pena.