27 de julho de 2016
por João Filipe Clemente
Tem hora para tudo, uma boa cerveja, um destilado, um drink o segredo é ser comedido pois tudo o que é exagero é condenável. Não sou xiita, curto meus fermentados, vinho e cerveja, porém volta e meia visito outras paradas e gosto de um bom scotch, uma certa queda por single malts e bourbons assim como um eventual gole ou dois (literalmente) de uma boa cachaça o que ocorre normalmente no final do dia e tradicionalmente quando estou mais tenso e o espírito pede algo mais potente para liberar o stress e garantir uma noite bem dormida (rs) . Hoje venho compartilhar, sem qualquer conhecimento mais profundo sobre a matéria a não ser “gosto/ não gosto”, dois destilados que ganhei de presente e curti demais, recomendo.
Sempre gostei de Kentucky Bourbon que é um pouco que nem Champagne, pois todo o Bourbon é Whiskey porém nem todo Whiskey é Bourbon! Por um em especial sempre senti uma grande atração mesmo sem nunca o ter provado e por duas razões; a beleza da garrafa e o de ser finalizado em barricas velhas de Porto! Estou falando do Angel’s Envy que ganhei de presente de meus amigos Daniela e Sir Robert e que em breve virará garrafa de água para não esquecer nunca. Gente, que delicia, não perdi por esperar! É de uma cremosidade incrível, fino, um veludo na boca que se não nos segurarmos duas doses serão pouco e aqui há que se ser comedido porque o teor alcoólico é outro! O Bourbon obrigatoriamente não poderá ter menos de 40% (80 proof) de teor alcooólico e pode ir até 80% (160 proof), porém neste caso falo de 43% ou 86 Proof que é a medida usada por eles. Para este estilo de destilado, álcool baixo (rs), mas todo o cuidado é pouco. Como disse, só gosto, não dá para explicar nem descrever, mas quem quiser pode fuçar no link do site que é super legal e esta belezura ganhou 98 pontos da revista Wine Enthusiast que possui uma seção só de destilados. Ah, quem estiver por lá e quiser me dar de presente não se acanhe não, como dá para ver pela foto a minha acabou!!
O outro foi uma oferenda dos amigos recentes Claudete & Gil, um destilado tupiniquim, a cachaça Capim Cheiroso Topázio lá de Minas, mais precisamente de Santa Bárbara que passa 12 meses por tóneis de Jequitibá e Carvalho, chegando ao mercado em bonitas garrafas de 500ml . Boa demais essa cachaça sô e como diz o nome, muito aromática, cheirosinha memo! Uma garrafa dessas dura pelo menos um ano, mas como a ganhei há menos de três meses, até que esta está indo rapidin. Gostei tanto que, mesmo não trabalhando com destilados, penso e estou estudando a viabilidade de a incluir no portfolio da Vino & Sapore. Madeira muito bem usada, cor amarela tímida, saborosa, macia e elegante mesmo que potente (40%), coisa rara encontrar essa picância sem agressividade, classuda esta cachaça e você poderá conhecer um pouco mais dela clicando aqui para acessar o site do produtor. O que posso confidenciar é que aquelas duas pequenas doses, de que falei no inicio deste post, podem facilmente passar disso! rs Ontem fiz um teste, pequenos goles acompanhando um suculento prato de dobradinha, obra de meu amigo Claudio Lepera, não é que deu certo!!! Não pode se entusiasmar, mas ficou muito interessante. Para ilustrar esta cachaça, afora a foto, me alembrei de uma Ode à Cachaça recitada pelo amigo Denis Marconi (versos de Reginaldo Clarindo Dutra) em uma já distante e saudosa viagem por terras argentinas com a qual finalizo este diferente post de hoje. Kanimambo pela visita e saúde!
Saracura vá te embora Tua terra já choveu
A mandioca de Janeiro Tatú Teba já comeu.
Se for por engano vá
Se for para abaixar a minha alta prosopopéia
Dar-lhe ei um chá de canela.
Cachaça é uma moça branca filha de um homem trigueiro
Quem encafifa com ela nunca junta dinheiro.
Desce desgraçada!