É Hora de Champagne Canard-Duchêne na CBE

         É, foi essa a minha escolha para o tema do mês escolhido pelo Silvestre para a Confraria Brasileira de Enoblogs. Após 10 dias de secura, a CBE me trouxe de volta, mas é que tenho trabalhado sete dias por semana, tido diversos eventos e realmente não tenho tido tempo para me dedicar ao blog. A partir de Janeiro, já com outra programação de trabalho, volto a escrever com mais assiduidade e regularidade.

           Bem, mas falemos deste champagne brut que, por seus R$165,00, se mostrou ser um achado num segmento de vinhos espumantes em que não é fácil encontrar algo abaixo dos R$200, quanto muito R$180,00 ou em alguma oferta esporádica. A Canard-Duchêne existe desde 1860 e está em sua terceira geração, agora com aporte do grupo Alain Thienot, ou seja; entende do riscado e isso está bem presente no caldo provado.

            Elaborado com 40% de Pinot Noir, 40% de Pinot Meuniére e 20% de Chardonnay, apresenta bolhas finas, abundantes e persistentes como tem que ser todo bom champagne. Aromas de boa tipicidade com o brioche bem presente, complexo e sutil. Na boca é tudo de bom e onde ele mais mostra seus predicados, com a chardonnay, mesmo que como coadjuvante no assemblage, mostrando sua cara de forma escancarada como que te dizendo “sou mais eu”! Delicado, fresco, mostrando uma faceta mais cítrica, termina cremoso e com boa persistência deixando aquele gostinho de quero mais na boca.

        Um bom Champagne que faz bonito na taça e satisfaz sobremaneira. Uma boa opção para este final de ano ou qualquer outro momento especial que mereça celebração!

Salute

Vinho do Mês na Confraria – Anakena Pinot Noir

O vinho escolhido pela Confraria Brasileira de Enoblogs para mais esta grande degustação virtual, foi um Pinot Noir de até R$100,00. Eu deveria ter publicado, assim é a regra do jogo, dia 1, porém, como sempre, estou atrasado.

          Até R$100 temos muitas opções inclusive francesas de bom nível, mas quis buscar algo mais pé no chão partindo da seguinte questão; pode um pinot de R$50,00 satisfazer? Minha escolha recaiu sobre este  Anakena Pinot do Vale de Leyda.

            A Anakena tem três níveis de Pinot, o básico que vem do Vale Central, este e o Ona de Casablanca que leva algo de Syrah, Merlot e Viognier que lhe aporta um tempero diferenciado e muito interessante.  De qualquer modo, falemos deste Anakena de Leyda, um Single Vineyard de 2009.

           Nariz muito interessante, de boa complexidade em que afloram toques terrosos e animais fazendo-nos lembrar de Borgonha. Na cor, algo intermediário entre Borgonha e Chile, porém ainda bem claro e brilhante. Na boca entrega menos do que promete no nariz, porém é agradável apresentando características mais de Velho do que Novo Mundista. Fino, saboroso, de razoável persistência para um vinho que não chega nos R$50,00. Deverá ser um bom acompanhamento para embutidos, arroz de pato ou perdiz e, yummy, abre bem na taça! Apesar de novinho, os leves taninos já se encontram bem incorporados e acredito deva chegar em seu pico durante o ano que vem.

               A resposta a minha indagação foi positiva, satisfaz e não deixa buraco no bolso, o que sempre é um fator a ser considerado, mostrando que garimpando sempre conseguimos encontrar algo interessante mesmo nas faixas mais baixas de preço. Salute e mais uma vez minhas desculpas aos confrades pelo atraso na publicação.

kanimambo

Goats do Roam Red, um Tinto Jovial.

               Pela primeira vez participo da degustação/post tema da CBE, para os menos íntimos a Confrararia Brasileira de Enoblogs, que mensalmente, no mesmo dia, publicam seus posts sobre o vinho (s) de acordo com um tema pré-determinado por um dos confrades. Neste mês de Junho abriram uma exceção e aproveitando a Copa escolheram um tema extra para que os confrades comentassem nesta Quarta  dia 16 de Junho, dia de ressaca após um joguinho muito meia boca, e eu embarquei nessa viagem. Vinhos sul africanos, uma grande coleção de rótulos provados que os amigos devem explorar visitando o site dos Confrades que listo abaixo com os links. Deverão ser cerca de 31 rótulos diferentes avaliados e comentados, que certamente aguçarão a curiosidades dos amigos apreciadores de bons caldos. Eu certamente fuçarei muito, pois gosto de viajar por esta vinosfera atrás de novidades e sabores nunca dantes provados. Vamos á lista dos blogues:

Amando Vinhos / De Vinho em Vinho / Atlan Vitis / Azpilicueta / Bebendo com Os OlhosEnodeco / Blog do JerielDegusteno / Diário de Baco /  / Enoleigos / Escrivinhos / Gourmandise / I Vini Vinhos / Le Vin Au Blog / Nosso Vinho / O Avaliador de Vinhos / O Tanino / Pequenos Prazeres / Vim, Vinho, Venci / Vinho com Prosa / Vinhos de Corte / Vinhos e Vinhas / Vitis Vinifera / Viva o Vinho / Vivendo Vinhos / Tintos, Brancos e Borbulhas / Notas Etilicas / Vinho Para Todos / Le Vin Quotidien / Marcelo di Morais e espero não ter esquecido nenhum.

        Eis alguns rótulos, entre vários outros, que serão ou foram, acho que dei um fora na data e era ontem (15) postados, então há que navegar:

  • AVONDALE RESERVE MUSCAT  BLANC 2007 (Le vin Au Blog) 
  • ENGELBRECHT ELS 2007 (Notas Etílicas)
  • THE WOLFTRAP BLEND 2008 (Vinhos de Corte)
  •  NEDERBURG CABERNET SAUVIGNON 2008 (De Vinho em Vinho)
  •  RUST EN VREDE MERLOT 2008 (EnoDéco)
  •  SPICE ROUTE PINOTAGE 2008 (Blog do Jeriel)
  •  TRIBAL ESPUMANTE (Marcelo Di Morais)
  •  CLUB DES SOMMELIERS PINOTAGE (Amando Vinhos)
  • AVONDALE CHENIN BLANC (Pequenos Prazeres)
  • THE WOLFTRAP BLEND 2008 (Vinho para Todos)
  • GUARDIAN PEAK CABERNET SAUVIGNON 2007 (Nosso Vinho)
  • NEDERBURG TWENTY 10 DRY ROSÉ 2009 (Enoleigos)

              A minha escolha recaiu sobre um vinho que não visitava minha taça já fazia dois anos e mostrou que, mesmo de cara nova, preferia o rótulo mais clássico, o vinho continua sendo um belo achado mesmo que com mudanças no blend. Goats do Roam Red, que tem esse nome tanto por razões criativas já que o produtor também é criador de cabras e bodes, como para criar uma certa alusão aos vinhos de Cotes du Rhône já que é um blend de Syrah, Cinsault, Grenache, Mourvedre e Carignan, originárias das regiões de Paarl e Swartland na província do Cabo. A Goats do Roam Wine Company pertence ao grupo Fairview capitaneado pelo criativo Charles Back e produz além deste vinho alguns outros que hoje fazem parte do portfólio da Ravin.

                O vinho é franco, sedutor, produzido num estilo moderno com fruta vermelha (ameixa) abundante tanto no olfato como no palato, notas defumadas e um certo toque de anis. Na boca mostra-se  fresco, médio corpo, taninos equacionados e sedosos, macio e redondo, vibrante, fácil de gostar com um final de boca de média persistência e algo mineral com toques de especiarias que convidam á próxima taça. O 2005 possuía Cabernet e Pinotage o que lhe dava um pouco mais de corpo e estrutura, mas segue sendo um vinho muito agradável e saboroso para ser tomado jovem, entre dois a quatro anos de vida, enquanto ainda mantém essa personalidade jovem e sedutora por um preço que acredito seja bastante convidativo já que seus R$42,00 são bastante justos versus o prazer que ele nos proporciona. Como dica, sugiro servi-lo um pouco mais refrescado que o normal, mais para os 15/16º dos que os 17/18º.

Por hoje é só, amanhã tem mais Curiosidades do País da Copa. Salute e kanimambo.