Degustando Oito Espumantes Top às Cegas

Como divulguei amplamente, nesta semana realizei uma degustação temática de espumantes, com uma prova às cegas em que oito espumantes top, todos elaborados pelo método tradicional, estiveram em degustação. Anteriormente, divulguei a todos os rótulos que seriam degustados no dia, exceção feita a um que era o meu, já tradicional nos eventos ás cegas que promovo, Intruso. No encontro, apreciadores de vinho dos mais diversos níveis de conhecimento, porém sem a participação de profissionais do setor, com um resultado bastante interessante que, como tudo na vida,  deve ser interpretado com a devida parcimônia. É o resultado de uma degustação, num dia especifico com um grupo determinado de pessoas e sempre haverão controvérsias, até entre os que estavam presentes. De qualquer forma, acho o resultado válido, pois representa a avaliação de um grupo interessante de amantes do vinho.

De ressaltar que a qualidade geral apresentada foi muito boa mostrando bastante diversidade tanto de uvas, como de origens porém todos elaborados pelo método tradicional (champenoise). Eis as feras:

Seleção Espumantes Top

  • Orus Pas Dosé – Adolfo Lona é o produtor e enólogo, Garibaldi, RS, Brasil. Rosé Nature sem adição de licor de expedição, elaborado com um blend de Chardonnay, Pinot Noir e Merlot. Somente 628 garrafas produzidas este ano, já esgotado no produtor. Doze meses de autólise e 12 de afinamento em garrafa, 17/20 pontos de Jancis Robinon.  Preço, R$138,00.
  • Labet Cremant de Bourgogne (meu Intruso) – 100% Chardonnay, Revista Adega 91 pontos, preço, R$132,00.
  • Cava Juve y Camps Gran Reserva da Familia 2007 – 50% Xarel-lo, 30% Macabeo (Viura), e 10% cada Parellada e Chardonnay. Guia Penin (93 pontos) e Guia Proensa (94 pontos), 36 meses de autólise e garrafa. Preço, R$175,00
  • Ferrari Perlé 2005 (Trento Itália)  – 100% Chardonnay, 90 pontos da Wine Spectator, 60 meses de autólise. Preço R$265,00
  • Vértice Gouveio 2006 – Uva Gouveio, típica do Douro e usada em blend de vinhos brancos na região. Fermentação parcial em barricas de carvalho, 60 meses de autólise e 17 pontos em 20 dados pela Revista de Vinhos (Portugal). Preço, R$149,00.
  • Cave Geisse Terroir Nature 2009– Pinto Bandeira, RS, Brasil. Meio a meio Chardonnay e Pinot Noir de Pinto Bandeira – RS. Autólise de 36 meses, preço  R$125,00. Avaliação internacional, Jancis Robinson (Reino Unido), 17/20 pontos. Somente 6.700 garrafas produzidas.
  • Franciacorta Lo Sparviere 2007 –  Pequeno produtor da região, 100% Chardonnay com 36 meses de autólise.  Preço, R$155,00
  • Champagne Barnaut Grand Cru Grand Reserve – 66% Pinot Noir e restante Chardonnay, 24 meses de autólise, 17,5 pontos de Jancis Robinson, 92 pontos da Wine & Spirits, 90 de Robert Parker e 5 estrelas da Revue du Vin de France. Preço, R$249,00

And the Winner Is?

Cave Geisse Terroir Nature 2009

Cave Geisse Terroir Nature

seguido de

 Labet Cremant de Bourgogne / Ferrari Perlé / Barnaut Grand Reserve Grand Cru de Champagne.

Este é o resumo da ópera, já os detalhes de cada ato serão revelados pela amiga e confreira Raquel Santos, que esteve presente e se comprometeu a escrever mais um de seus gostosos textos sobre as experiências por aqui vividas que publicarei assim que ela me envie, porém a surpresa foi geral e certamente o resultado serviu para dar a extrema unção no eventual preconceito que alguns dos presentes pudessem ter. Uma seleção de vinhos de primeiro nível com espumantes bem parelhos do ponto de vista qualitativo. Quando publicar a matéria da Raquel, também darei minhas preferências, mas no meu conceito e avaliação mais técnica, as notas ficaram entre 89 e 93, se é que isso diz algo! rs Mais uma noite muito agradável e desta feita no unimos à chef e amiga Wendy Elago com quem desenvolvemos três canapés para testar a harmonização de cada um dos espumantes, um tempero a mais para tornar a degustação algo mais interessante ainda.

 Wendy canapés 2

A cada espumante servido as pessoas o degustavam solo e depois com cada um desses canapés deliciosamente elaborados pela Wendy. Um à base de pasta de salmão defumado Marithimus com dil, outro de cestinhas crocantes com brie e suave chutney de damasco dando um toque mais asiático e o terceiro de atum selado com crosta de gergelin com pepino agridoce e um leve toque oriental de molho tarê, que harmonizou especialmente bem com o Orus. Uma experiência bastante interessante. Quer conhecer mais das artes da Chef Wendy, então acesse seu site www.comidapraalma.com.br , quer falar com ela; comidapraalma@gmail.com, eu recomendo.

Salute, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos. Com este calor, um belo espumante vai certamente harmonizar e lembre-se, neste Sábado a partir das 16 horas, um Taste & Buy Espumantes com 2o rótulos em degustação na Vino & Sapore!

Ps. preços são indicativos com variação de mais ou menos R$10,oo no mercado de São Paulo.

Champagnes, Proseccos e Otras Cositas Más, o Que Beber Neste Final de Ano?

                   Estamos chegando a mais um final de ano e, como de praxe, é o momento de se consumir espumantes e celebrar. Discordo disso, acho que toda a hora é hora e, como já dizia Vandré, “quem sabe faz a hora não espera acontecer”, mas se o povo quer …….vamos lá, vamor falar um pouco mais de espumantes até porque do ano passado para cá muita borbulha passou por minha taça. Antes, de dar alguma dica de quais espumantes curtir neste final de ano, no entanto, pensei em colocar em pauta algumas dicas do que procurar no mercado, até porque com minha experiência de loja neste último ano tenho observado a falta de conhecimento que hà sobre estes borbulhantes caldos. O que entra de gente procurando um Prosecco ou Champagne enquanto na verdade buscavam um espumante ou até Lambrusco, é uma grandeza! Então partamos do inicio lembrando que todo o Prosecco e Champagne são espumantes, mas o inverso não é verdadeiro

Saiba o que procurar na loja.

Prosecco (denominação de origem – DO italiana elaborado com a uva Glera), Champagne (DO francesa) Franciacorta (DO italiana), Cava (DO espanhola), Sekt (denominação alemã), Asti (DO italiana de espumanes doces – moscatel), Sparkling (denominação inglesa para espumantes), Cremant (denominação francesa para espumantes elaborados fora de champagne porém com o mesmo método de segunda fermentação na garrafa – método clássico), Mousseaux (denominação francesa para espumantes elaborados pelo método Charmat – fermentação em tanque), Espumante, termo genérico usado no Brasil, Portugal e outros paises de idioma Português para definir todos estes produtos elaborados fora de regiões demarcadas de nome registrado e protegido.

Teor de açúcar: Alguns países possuem legislação diferente, então em vez de ficar aqui falando de cada uma, eis uma lista, de certa forma genérica, do mais seco para o mais doce > Zero Dosage ou Nature /Extra Brut /Brut/Extra-dry/Dry/Demi-sec;/Doux – Moscatel. Como, no entanto, as faixas de açúcar residual são bastante amplas e a acidez que se contrapõe nem sempre é a adequada, o melhor é experimentar antes, até porque como já dizem os ingleses, “practice makes perfect” e vinho se conhece mesmo é tomando!

Dicas ao servir:

1) Para não derramar o espumante ao servir, uma dica é servir primeiramente um fundo de aproximadamente um a dois centímetros para esfriar a taça e, após alguns segundos, completa-se a dose preenchendo dois terços do volume.

2) A temperatura adequada, como em todos os vinhos, é essencial para se apreciar um espumante. Os mais leves e doces deverão ser servidos em torno de 5 a 6º e os espumantes de maior qualidade e complexidade a uma temperatura um pouco mais alta entre 8 a 10º

3) Quer chacoalhar e estourar o espumante com aquele estampido espalhando esse néctar pelo chão? Tudo bem, vá em frente, é tudo festa mesmo! Agora, se for apreciar um bom espumante não judie, você estará eliminando um monte de gás que fará falta ao vinho que você tomará em seguida, sem contar a sujeira que fará. Nesse caso, solte o arame em volta da rolha (gaiola) e apóie o gargalo na palma da mão. Segure o gargalo com os dedos e a rolha com o polegar. A seguir, gire a garrafa com a outra mão provocando uma leve pressão para baixo até que, gentilmente, a rolha se solte com um leve suspiro, Voilá!

Dicas de Produtos: Lógico que se de bolso recheado, a escolha é bem mais fácil porque as boas lojas do ramo na região estão repletos de grandes vinhos. A maioria de nós, no entanto, tem que buscar aqueles frutos do garimpo que nos garantam o máximo de prazer por um preço mais acessível. São enormes as opções disponíveis, inclusive brasileiras que estão num patamar de qualidade e preço muito bons, então eis algumas sugestões nos diversos estilos e origens para agradar aos mais diversos bolsos e gosto:

  • Prosecco: Moinet*, Cecília Beretta Brut*, Bedin*, Incontri, Corte Viola, Tosti e Villa Sandi. Preços variam de R$30 a 80,00 e tendem a ser, na sua grande maioria, extra-dry ou seja, algo mais doces que os Brut. Fora dessa faixa, tanto para baixo como para cima, já se começam a correr riscos desnecessários.
  • Cava: Palau*, Marrugat*, Cristalino, Don Roman, L’Hereu de Raventos*, Juve y Camps*, Mont Marçal Cuvée*, Freixenet, Codorniu. A faixa aqui é mais ampla até porque existem grandes Cavas no mercado, porém creio que entre R$40 a 120,00 cobrimos a grande maioria dos bons e agradáveis Cavas.
  • Itália:– Ferrari* (Trentino), Ca Del Bosco (Franciacorta). Os bons ficam na faixa entre os R$100 a 210,00 e são tão bons, se não melhores, que uma boa porção dos champagnes disponíveis no mercado. O grande rival de champagne em espumantes de alta qualidade.
  • Champagne: Canard-Duchêne*, Barnaut Cuvée Edmund*, Bollinger*, Taittinger, Pommery, Mailly, De Sousa, Veuve Cliquot, Piper Heidsieck, Drappier. Sky is the limit diriam os ingleses, então depende da sofistiação que se busca. De R$150 a 250 já se podem encontrar ótimos caldos e se formos acima disso, como no Bollinger, já começamos a falar de verdadeiros néctares.
  • Portugal: 3b Rosé, Murganheira, Vértice Gouveio, Luis Pato Maria Gomes, Quinta da Romeira, Raposeira. Bons vinhos que variam entre R$50 a 100,00.
  • Argentina: Norton Cosecha Especial Extra-brut*, El Portillo Brut, Santa Julia Brut, Trapiche Extra Brut . Alguns verdadeiros achados variando entre R$40 a 90,00.
  • França Outros: Marc Brédif Vouvray Brut*. Kritter Rose*, Veuve Paul Bur, Bulle 1. A partir de R$60 já se acham boas opções.
  • Brasil: Miolo Millésime, Valduga Arte Brut*, Stravaganza*, Marco Luigi*, Valduga 130*, Miolo Cuvée, Marson Brut, Salton Evidence, Chandon Excellence, Cave Geisse Brut ou Nature*, Valmarino & Churchill Extra-brut*, Bossa brut e demi-sec*, Pizzato Brut. Nos espumantes o Brasil já aprendeu a precificar e existe muita coisa legal no mercado a partir do R$25,00 indo até os R$100,00. Abaixo ou acima disso caimos um pouco nos mesmos riscos do Prosecco. Abaixo pode faltar qualidade e acima sobrar frustração.

              Agora, espumantes não são só para fim de ano e festas, não! São ótimas companhias para nossas quentes tardes de verão, então não se acanhe e, passado o reveillon, siga festejando. Sim, por que se só se toma espumantes para festejar, então arrumemos uma razão para isso todo o fim de semana, você vai ver que a vida ficará bem mais alegre! Como já dizia Oscar Wilde “Só pessoas sem imaginação é que não conseguem encontrar um motivo para beber champanhe”!  Espero nunca sofrer desse mal! rs Ainda temos um tempinho até o Natal e Reveillon, então se precisar de alguma dica ou informação adicional tentarei lhes responder dentro de minhas possibilidade de tempo e conhecimento, mas talvez lhe seja interessante dar uma lida neste que foi um dos meus primeiros posts e que, após quatro anos, segue sendo um dos meus mais acessados e comentados > “Tudo o Que Você Queria Saber Sobre Espuamantes Mas Tinha Vergonha de Perguntar”.

Salute e kanimambo.

Ps. Por sugestão do amigo Josmar, agora coloco um asterisco nos rótulos provados e comentados que podem ser encontrados na Vino & Sapore.

É Hora de Champagne Canard-Duchêne na CBE

         É, foi essa a minha escolha para o tema do mês escolhido pelo Silvestre para a Confraria Brasileira de Enoblogs. Após 10 dias de secura, a CBE me trouxe de volta, mas é que tenho trabalhado sete dias por semana, tido diversos eventos e realmente não tenho tido tempo para me dedicar ao blog. A partir de Janeiro, já com outra programação de trabalho, volto a escrever com mais assiduidade e regularidade.

           Bem, mas falemos deste champagne brut que, por seus R$165,00, se mostrou ser um achado num segmento de vinhos espumantes em que não é fácil encontrar algo abaixo dos R$200, quanto muito R$180,00 ou em alguma oferta esporádica. A Canard-Duchêne existe desde 1860 e está em sua terceira geração, agora com aporte do grupo Alain Thienot, ou seja; entende do riscado e isso está bem presente no caldo provado.

            Elaborado com 40% de Pinot Noir, 40% de Pinot Meuniére e 20% de Chardonnay, apresenta bolhas finas, abundantes e persistentes como tem que ser todo bom champagne. Aromas de boa tipicidade com o brioche bem presente, complexo e sutil. Na boca é tudo de bom e onde ele mais mostra seus predicados, com a chardonnay, mesmo que como coadjuvante no assemblage, mostrando sua cara de forma escancarada como que te dizendo “sou mais eu”! Delicado, fresco, mostrando uma faceta mais cítrica, termina cremoso e com boa persistência deixando aquele gostinho de quero mais na boca.

        Um bom Champagne que faz bonito na taça e satisfaz sobremaneira. Uma boa opção para este final de ano ou qualquer outro momento especial que mereça celebração!

Salute

Champagne Mailly Grand Cru Blanc de Noir, Exuberante!

                 Eis aqui um espumante digno do meu pequeno Bruno. Nesta Domingo de Páscoa, iniciamos nosso almoço com um brinde especial a meu neto, á felicidade, á saúde e união da família abrindo uma garrafa que minha querida Karina me trouxe de Paris especialmente para este momento. Gente, existem vinhos que são realmente difíceis de serem descritos devido sua exuberância e impacto sobre nossas pupilas gustativas e este é um caso, um espumante que nos deixa sem palavras, literalmente boquiabertos enquanto nos deixamos levar pelo êxtase gustativo que mexe com nossas emoções. Champagne Mailly Grand Cru Blanc de Noir, elaborado com 100% de uvas Pinot Noir deste que é um dos únicos 17 Grand Crus da região de Champagne que espero, um dia, poder visitar.

Nariz que já desnuda o elixir que está por vir, não com estardalhaço, mas sim com sutileza e grande elegância deixando transparecer leves nuances florais, um brioche muito suave e um toque cítrico formando uma paleta olfativa complexa e de boa intensidade. Na boca segue o mesmo padrão mostrando-se de uma harmonia ímpar em que o todo é mais importante que as partes enchendo-nos de prazer e êxtase ao sorver o primeiro gole deste verdadeiro néctar abençoado pelos deuses. Frutado ( pêssego/nectarina) uma perlage muito fina e abundante que não termina nunca nem na taça nem na boca, cremoso, fino, muito looooongo e mineral! Já tinha gostado muito do Brut Reserve, mas este que pelo que sei o importador não traz, é excepcional e já é um de meus candidatos a tomar um lugar na minha lista anual de Deuses do Olimpo.

                Soberbo, delicado, sedutor e arrebatador, um espumante que quem tomou não esquece. Afora o incrível Comtes de Champagne 98 da Taittinger, de longe o melhor espumante que já tomei. Na Europa, o Mailly Blanc de Noir custa em torno de 30 a 40 euros, imperdível e um tremendo achado. Quem for a Paris não esqueça do Vô aqui!!!

Salute e kanimambo

25 Vinhos Inesquecíveis

         Diz-me com quem andas e te direi quem és! Ditado antigo, mas cada vez mais real tanto em nossas vidas como na política, mas não  é “deles” que quero falar não. Quero falar dos amigos Bebel e Sebastian, autores de um dos mais suculentos blogs sobre enogastronomia o Espaço Gourmet com link aqui do lado, além de outras artes, certamente o casal mais chique e “in” de toda a nossa vinosfera tupiniquim. Formam um lindo e jovem casal que, afora as virtudes visuais são gente boa para caramba. Tendo dito isso, veio-me á cabeça aquele papo de leis que pegam e leis que não pegam, não sei porque, mas “eles” insistem em me querer assombrar hoje! Na verdade, assim como existem leis que não pegam, existem idéias que também não colam. Ainda há pouco tempo abri um espaço para os amigos leitores se expressarem aqui no blog, mas não deu em nada. No ano passado tinha solicitado a amigos que me listassem seus 25 vinhos inesquecíveis e suas três melhores harmonizações, também não teve um retorno dos mais brilhantes, mas a Bebel e o Sebastian fizeram a parte deles então guardei a mensagem deles para um momento oportuno, que aqui está. Uma lista muito, mas muito especial que tem tudo a ver com o jovem e charmoso casal!

Foi com enorme satisfação que recebemos o convite do querido amigo João Filipe Clemente para listarmos os nossos 25 vinhos inesquecíveis e os três grandes momentos de harmonização. Optamos por apresentar exclusivamente Champagnes que degustamos nos últimos dois anos (tempo de existência do site Espaço Gourmet), três deles também presentes na nossa classificação de harmonizações, por tratar-se de uma celebração!

Um grande abraço e Santé!”

 

25 Champagnes

 

1 – Champagne Dom Pérignon Vintage 1992 (Celebração do Aniversário de 2 anos do site Espaço Gourmet)

2 – Champagne Dom Pérignon Vintage 1990 (Bodas de Pérolas, 30 anos, do Querido Casal Saba)

3 – Champagne Taittinger Brut Réserve (Bodas de Pérolas, 30 anos, do Querido Casal Saba)

4 – Champagne Veuve Clicquot Brut Yellow Label – base na vindimia de 2004 (Celebração da Posse do Novo Chefe de Cave da Maison francesa Veuve Clicquot Ponsardin – Dominique Demarville)

5 – Champagne Veuve Clicquot Vintage 2002 (Celebração da Posse do Novo Chefe de Cave da Maison francesa Veuve Clicquot Ponsardin – Dominique Demarville)

6 – Champagne Veuve Clicquot Vintage 1979 Magnum (Celebração da Posse do Novo Chefe de Cave da Maison francesa Veuve Clicquot Ponsardin – Dominique Demarville)

7 – Champagne Veuve Clicquot Vintage 1982 Magnum (Celebração da Posse do Novo Chefe de Cave da Maison francesa Veuve Clicquot Ponsardin – Dominique Demarville)

8 – Champagne Veuve Clicquot La Grande Dame Rosé 1988 Magnum (Celebração da Posse do Novo Chefe de Cave da Maison francesa Veuve Clicquot Ponsardin – Dominique Demarville)

9 – Champagne Pommery Brut Royal (Cruzeiro Marítimo a bordo do navio Silver Wind, da Companhia Marítima de Luxo Silversea, em 2008 entre Rio de Janeiro e Barbados, Caribe)

10 – Champagne Henriot Cuvée des Enchanteleurs 1995 (Vini Vinci 2009 no Hotel Grand Hyatt São Paulo)

11 – Champagne Henriot Brut Millésimé 1998 (Vini Vinci 2009 no Hotel Grand Hyatt São Paulo)

12 – Champagne Henriot Blanc Souverain pur Chardonnay (Vini Vinci 2009 no Hotel Grand Hyatt São Paulo)

13 – Champagne Henriot Rosé Brut 2002 (Vini Vinci 2009 no Hotel Grand Hyatt São Paulo)

14 – Champagne Henriot Brut Souverain (Vini Vinci 2009 no Hotel Grand Hyatt São Paulo)

15 – Champagne Moët & Chandon Nectar Impérial (Tour Moët & Chandon 2009 no restaurante Chef Rouge)

16 – Champagne Moët & Chandon Brut Impérial (Tour Moët & Chandon 2009 no restaurante Chef Rouge)

17 – Champagne Moët & Chandon Rosé Impérial (Tour Moët & Chandon 2009 no restaurante Chef Rouge)

18 – Champagne Moët & Chandon Grand Vintage 2000 (Tour Moët & Chandon 2009 no restaurante Chef Rouge)

19 – Champagne Mumm Cordon Rouge Brut (Jantar Harmonizado no restaurante Kinoshita do premiado chef Tsuyoshi Murakami)

20 – Champagne Drappier Cuvée Charles de Gaulle (Super Bowl 2007 com os queridos amigos Saul Galvão e José Oswaldo Albano do Amarante)

21 – Champagne Drappier Carte d’Or Brut (Nosso Aniversário de 3 Anos de Namoro)

22 – Champagne Legras & Haas Tradition Brut (Jantar de Gala “Paladar do Brasil 2009” Promovido pela Grand Cru no Hotel Grand Hyatt São Paulo)

23 – Champagne Piper-Heidsieck Brut (Degustação Especial “Reveillon 2008” para o Caderno Paladar (OESP) com os queridos amigos Saul Galvão e José Oswaldo Albano do Amarante)

24 – Champagne Gosset Brut Excellence (Degustação Especial “Reveillon 2008” para o Caderno Paladar (OESP) com os queridos amigos Saul Galvão e José Oswaldo Albano do Amarante)

25 – Champagne Veuve Clicquot Brut Rosé (Lançamento do Acessório Ice Dress para o Champagne Veuve Clicquot Brut Rosé no restaurante Braverie)

 

Três Grandes Momentos de Harmonização

 

Todos na Celebração da Posse do Novo Chefe de Cave da Maison francesa Veuve Clicquot Ponsardin, Dominique Demarville, com Menu Harmonizado pelo emblemático chef Laurent Suaudeau

  • Tartare de coquille (vieiras) St. Jacques em emulsão de coentro (Champagne Veuve Clicquot Brut Yellow Label)
  • Canneloni de crabe (caranguejo) com aipo ao molho de laranja acompanhado de um levíssimo gnochetti (Champagne Veuve Clicquot Vintage 2002)
  • Classique blanquette de veau Albuféra – Ensopado de vitela ao molho branco com cebola e cogumelos. (Champagne Veuve Clicquot Vintage 1979 Magnum

Quer arriscar a sua lista? Se quiser o espaço é seu, fique à vontade para se expressar e compartilhar com os amigos essa sua coleção de rótulos muito especiais que você já traçou ou provou!

Salute e kanimambo

Grande Desafio de Espumantes – os Champagnes

               Dentro os quarenta e dois rótulos apenas cinco de Champagne, mas deu para tirar as eventuais dúvidas existentes. A primeira delas, como aliás comentado pelo amigo Álvaro (Divino Guia) na degustação, é de que a Pinot Meunier faz diferença no assemblage (todos com a participação das três cepas tradicionais – Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier) e a segunda de que realmente são excelentes espumantes que não é á toa que possuem a fama que têm. Estão num patamar algo acima dos demais e se, alguns pontuais concorrentes existem, esses são poucos num universo de tanta coisa boa disponível naquele pedacinho de céu chamado Champagne.

               O que falar sobre os cinco champagnes provados que já não tenha sido dito por outros? Gente muito mais capacitada já comentou e destrinchou esses vinhos de uma forma que, provávelmente, eu já jamais conseguirei, então fica aquele negócio de chover no molhado. Já provei muitos, entre eles um que me deixou apaixonado e inebriado sendo um dos melhores vinhos que já tomei, mas confesso que tomei poucos porque, lamentavelmente, o bolso não alcança, então são objetos de desejo que, efetivamente, são consumidos em momentos muito especiais de celebração.

            De qualquer forma não há como fugir da raia e, como já dizia o saudoso e “complexo”  Vicente Mateus, “quem sai na chuva é para se queimar”, então vamos lá, por ordem de classificação entre os cinco champagnes presente a este Grande Desafio, ressaltando que todos eles estão entre os TOP 10 da prova. Como não podia deixar de ser, a perlage em todos eles mostrou-se constante, muito fina e persistente, dentro do que se espera de um bom champagne. Apesar de não divulgar as notas hoje, deixo como curiosidade o fato de que entre o primeiro e o último champagne, meros 1,5 pontos ou seja, nada!

1º – Zoémie De Sousa Cuvée Marveille Brut  – importado pela Decanter e, na minha opinião um dos melhores do desafio, se não o melhor, que se mostrou algo mais evoluido e sedutor que os outros concorrentes da região.  De uma finesse impar tanto no olfato como no palato, foi o que mais entusiasmou a maioria dos degustadores.  Nariz muito complexo onde afloram aromas de coco queimado, baunilha, brioche, leveduras, uma verdadeira boulangerie (rs) com alguma nuance cítrica. Na boca é denso, cítrico, incrivelmente harmônico , mousse clássico lhe dando leveza , frescor na medida certa formando um conjunto que chega a empolgar e por isso se colocou melhor que seus pares. Entre todos os Champagnes, o meu preferido deste embate.

2º – Taittinger Brut Reserve – pêssego, damasco, algum floral numa paleta olfativa de não tanta intensidade, mas muito elegante e sedutora que nos atrai a levar a taça á boca onde essa elegância persiste com muita classe. Macio, cremoso, equilibrado e muito delicado terminando bastante longo, fresco e agradável com uma perlage muito fina e abundante que acaricia o céu de boca. Sedutor. É trazido com exclusividade pela Expand, mas encontrado em diversas outras boas lojas do ramo.

3º – Tsarine Cuvée Premium –  como característica, uma perlage extremamente fina, persistente mas não muito abundante. Muito rico, denso, cremoso e gentil ao palato, é um espumante algo diferente produzido por casa de grande tradição, Chanoine. Uma paleta olfativa complexa com intensa presença  de notas lácteas, torta de morango e fermento com algo de caramelo e cevada no final de boca em que também aparecem nuances cítricas. Bastante complexo e interessante. Quem o traz é a KB-Vinrose do Rio de janeiro, mas este apareceu na prova devido á gentileza da BR Bebidas  (São Paulo) que nos disponibilizou  a garrafa.

4º – Drappier Carte d’Or Brut – Borbulhas muito finas presentes  em  grande número e de boa persistência formando um bonito colar na taça. Bem mineral, pêra, brioche, frutas secas, lembra panetone, presentes no nariz. No palato mostra-se cítrico, fresco e saboroso com um final com amêndoas tostadas sob laranja confeitada. Muito gostoso e disponível na Zahil (seu importador e distribuidor exclusivo) e diversas lojas especializadas.

5º – Piper-Heidsieck Brut – Talvez o mais fresco e vibrante de todos eles e, arriscaria dizer, mais jovial e franco. Fermento e aromas de frutas cítricas (grapefruit?), nectarina presentes no nariz e que se repetem na boca de forma delicada e bastante suave em comparação com os outros champagnes presentes. Vibrante, bem balanceado, elegante e fino, suculento, um champagne cativante e apetecível a qualquer dia e hora. Importado pela Interfood e disponível na maioria das boas lojas especializadas.

              Pela fórmula matemática que usamos nos Desafios, a Melhor Relação Custo x Beneficio ficou com o Tsarine Cuvée Premium Brut. Muito bons produtos e fico imaginando se o vencedor do Grande Desafio de Espumantes será um deles? Provavelmente sim, porém nunca se sabe pois acidentes e surpresas acontecem. De qualquer forma, este é o momento do ano em que pipocam promoções com espumantes e champagnes (veja algumas nos posts Dicas da Semana nesta útima Sexta e Sábado) para tudo o que é lado e nada melhor, podendo, do que comprar um destes bons rótulos, garanto que sairá satisfeito com a experiência. Para saber mais dados, inclusive preços, de cada um, clique aqui. Outros poderiam estar aqui, porém ou não tive acesso ou não houve interesse das importadoras convidadas. Quem sabe no próximo ano?!

            Salute, kanimambo e siga acompanhando nossa viagem de descobertas  pelo mundo dos espumantes neste mês de Novembro passado. Quem será que faturou? Vai arriscar?!

Champagne Tsarine na BR Bebidas

Jacques-Louis ChanoineA convite do amigo Fredo da BR Bebidas, passei para conhecer esta nova champagne que chega ao Brasil pelas mãos do Vincent Kieffer, um dos baluartes dos vinhos de Provence em nossa terra brasilis através de sua KB-Vinrose. Conheci o Vincent na Expovinis quando trocamos umas idéias enquanto provava alguns bons rosés trazido por ele. Francês boa praça, casou com uma brasileira e acabou ficando por aqui onde encontrou seu habitat na bonita cidade do Rio de Janeiro, mais por paixão dele por nós do que por vontade dela.  Agora o reencontro com mais uma descoberta dele, no mercado faz cerca de dez meses, os Champagnes Tsarine, legal esse garimpo que ele faz e nós aproveitamos. Mais presente no Rio, na carta dos melhores hotéis boutique do Estado do Rio ( La Suite, Santa Teresa,-Rio-Insólito  Búzios, Casa Turquesa-Paraty-) e nas lojas especializadas (Enoteca Fasano,Garcia & Rodrigues, Intervinos, Safra Wine) do que aqui em Sampa, devagar vai ganhando espaço entre as boas lojas do ramos, entre elas a BR com quem mantêm uma parceria.

BR Bebidas 010          Para começar, a garrafa do Tsarine é de chamar atenção, mesmo com uma foto bem ruinzinha como a minha, com um design diferenciado concebido como se fosse um perfume e lembra os telhados das igrejas de São Petersburgo! É um espumante produzido em homenagem aos Czares da Rússia  pela casa Chanoine Fréres (irmãos Chanoine), a segunda mais antiga de Champagne, produzindo desde 1730 em Ebernay. É um champagne muito conceituado, o Cuvée Premium possui 90 pontos na Wine Spectator, sendo presença infalível  na cerimônia dos Cesars (os Oscars do cinema francês). Para quem estiver por Paris, ele é, entre outros lugares, servido no Fouquet’s no Champs Elysées aonde o Presidente Sarkozy foi comemorar sua vitória na eleição presidencial.

          No entanto, não tomamos pontuação nem é de nosso interesse, pelo menos meu, tomá-lo com o Sr. Sarkozy , a não ser que ele me convide o que não poderia recusar (rsrs), então importante mesmo é saber como ele é na boca, que é o que interessa. Nesse dia, cheguei tarde e pouco pude provar do Cuvée Premium , mas me esbaldei com o Rosé. Um champagne marcante, mesmo eu não sendo um grande aficionado deste estilo, que me seduziu. Elaborado com um terço cada de Pinot Noir, Chardonnay e Petit Meneure, é de uma perlage muito fina e abundante com uma paleta olfativa bem frutada e algo floral. Na boca a fruta é exuberante e delicada ao mesmo tempo, balanceada com enorme frescor,  alguma levedura, bom corpo, cremoso e de muita finesse, um rosé diferenciado e muito saboroso. O branco, Cuvée Premium, não deu para provar direito, então não o comentarei hoje, mas já está escalado para uma prova que farei agora em Novembro e que compartilharei com os amigos assim que esteja tudo acertado. Os comentários, no entanto são todos muito positivos e já me deixaram com a curiosidade aguçada.

          Bom para cair fora das tradicionais marcas, presente que deve encantar e surpreender, um preço bem mais acessível que a maioria, certamente uma boa opção para quem busca um espumante mais sofisticado e diferenciado com um custo módico em comparação com o que está hoje disponível no mercado.

Salute e kanimambo.

Ps. quer ver foto bonita? Então clique no link da Tsarine, show de bola.