Noticias do Front – Avant Premiére

É, mais um ano e os motores se aquecem para mais uma edição de nosso maior evento enófilo, a Expovinis. Nesta época, muitos dos produtores e importadores, aproveitam o momento para uma série de eventos paralelos. Neste ano começamos com a excelente mostra de Vinhos do Porto e Douro promovidos pelo IVDP (Instituto do Vinho do Douro e Porto) em São Paulo ontem. Cerca de 30 importadores representando mais de 50 produtores, mostraram as delicias que compõem o calidoscópio de estilos dos vinhos da região. Produtos de grande qualidade, um verdadeiro avant-premiére do que poderemos ver na Expovinis com um tempero muito especial, duas provas muito especiais; uma de vinhos TOP do Douro comentada e apresentado por Carlos Cabral e uma outra de Vinho do Porto (da qual participei) harmonizado com sobremesas – Branco, Tawny 10 Anos, Tawny 20 Anos, LBV e Vintages harmonizados com as proposta do Chef pâtissier Henri Schaeffer, conduzida por José Maria Santana, jornalista e representante no Brasil do Solar do Vinho do Porto.

 

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Entre os mais de 30 vinhos provados, entre Douros e Portos, alguns me atraíram mais que outros. Por outro lado, pelo menos uma meia dúzia de rótulos importantes não consegui provar. Eis alguns de meus destaques do Douro, já que sobre os Vinhos do Porto farei matéria separada mais adiante, encontrados na feira. Os preços,quando obtidos, são uma indicação de preço sugerido ao consumidor.

 

Domingos Alves de SouzaDecanter – Três vinhos; um branco muito bom, um tinto de ótimo custo X beneficio e um outro tinto divino.

  • Branco da Gaivosa 2007, um corte de uvas autóctones da região, Viosinho/Gouveio/Rabigato/Malvasia Fina e algumas mais. Complexo ao nariz, muito frescor, ótima acidez com toques minerais um vinho realmente de muitas qualidades. (R$91)
  • Caldas Tinto 2006, corte de uvas tradicionais já nossas conhecidas como tinta roroz/touriga nacional e tinta barroca mescladas com outras menos conhecidas como souzão e tinta Francisca. Aromas bem frutados, seco, redondo, boa tipicidade da região e fácil de agradar. (R$53)
  • Quinta Vale da Raposa Touriga Nacional 2005, um senhor vinho fazendo parte da elite dos grandes vinhos portugueses. Aquele floral (violeta) típico da casta está bem presente muito bem equacionada com fruta abundante dando-lhe um perfil aromático harmônico e de boa intensidade. Na boca ainda está um pouco firme , corpo médio para encorpado, taninos finos mostrando força mas bem dosado, boa acidez e um final com toques de especiarias. Belo vinho, não é barato, mas é muito bom. (R$213)

         Quinta do Vale Dona Maria 2006Expand – queria também ter provado o Casal de Loivos, mas não deu tempo. Vou sugerir ao IVDP uma ampliação de horário já que tanta coisa boa para se conhecer, mais provas especiais tudo em apenas 6 horas, é muito pouco tempo! Este vinho é mais um dos grandes e membro da elite dos vinhos portugueses, não só do Douro. Potente firme, ainda uma criança, untuoso e de grande persistência, um vinho que precisa de no mínimo uma hora de decanter ou, melhor ainda, guarde-o por mais uns três anos.

Quinta da Touriga Chã 2004Interfood – vinho que passa por 16 meses de carvalho e pede tempo! Touriga Nacional e Tinta Roriz, num corte em que o nariz é todo Touriga Nacional. Na boca é de taninos firmes, aveludados e algo austeros neste momento de sua vida, final de boca com toques de especiarias e algo balsâmico, ainda muito novo e pedindo decantação para mostrar todo o seu potencial. Um grande vinho. (R$120)

Quinta do CrastoQualimpor – um senhor produtor da região reconhecido por seus excelentes vinhos.

  • Quinta do Crasto Branco 2007, corte de cerceal, gouveio, roupeiro e rabigato o primeiro branco da casa e chega para deixar sua marca. O nariz é estupendo, de grande intensidade mostrando fruta cítrica que se confirma na boca. É muito balanceado, fresco, seco na dose certa um vinho jovial e irreverente. Gostei muito e o preço deverá estar entre R$65,00 a 70,00. (aguardem o sorteio!)
  • Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2006 – sua versão 2005 foi o terceiroo colocado no TOP 100 da Wine Spectator no ano passado (primeiro vinho português a chegar nos TOP 10) e um vinho que dispensa apresentações. É meio que chover no molhado, mas talvez seja a melhor relação Qualidade x Preço x Satisfação disponível no mercado e não só de vinhos portugueses. È um grande vinho! Este 2006 só vem nos confirmar que nasceu para ser grande, è daqueles vinhos que sabemos que dará guarda pelos próximos 10 anos, mas já está pronto a tomar, sem qualquer agressividade, mostrando uma incrível elegância, riqueza de sabores e harmonia ímpar. Sedutor, com uma entrada de boca impactante e um final longo e macio, absolutamente divino! (de R$150 a 170).

         Pintas Character 2005Vinci – mais um grande vinho do Douro, com muito caráter e de grande impacto. Aromas sedutores, firme, novo, muito rico e complexo nos sabores, robusto, porém de taninos finos e macios mostrando uma elegância latente que virá à tona com decantação ou mais três anos em garrafa quando deve liberar todo o seu potencial. Para quem poder comprar e guardar, certamente lhe será guardado o privilégio de sorver um verdadeiro néctar. Corte em partes iguais de tinta roriz/touriga nacional e tinta barroca. (aprox. R$280).

         Quinta das Tecedeiras Reserva tinto 2005 – agora na Winebrands – mais um grande vinho da região e de Portugal, corte tradicional com diversas castas do Douro advindo de um vinhedo de cerca de 80 anos e limitada produção. Cor rubi bonita que convida à boca, ainda firme, taninos aveludados presentes, equilibrado, complexo, algo austero, potente, final muito saboroso de grande persistência com nuances de pimenta e especiarias. Mais um que faz parte da elite. ($150 a 160)

        

         Interessante observar que os vinhos portugueses em sua maioria, são vinhos para serem tomados após pelo menos três anos de vida, sendo que estes vinhos de exceção que fazem parte da elite da produção regional do Douro, são vinhos de guarda que realmente se mostram em todo o seu esplendor após o quinto ano de vida. Minha experiência com estes vinhos tem demonstrado que a decantação é quase sempre necessária. Já diz o ditado que “o apressado come cru” o que, neste caso, é absolutamente correto e se aplica integralmente. Dê tempo aos vinhos, compre safras mais antigas, guarde se for possível ou decante por pelo menos uma hora. Você verá, ou sentirá, emoções outras que mostrarão uma enorme complexidade e riqueza de sabores com uma personalidade muito típica da região decorrentes de um terroir muito especial e cepas autóctones de grande capacidade de assemblage resultando em vinhos de real grande qualidade que somente nos últimos anos o mundo vem descobrindo.

          A Wine Spectator já o ano passado publicou matéria dizendo que Portugal é a bola da vez e disso não me resta qualquer duvida. Aliás, não é de agora! As pessoas só precisam deixar os preconceitos de lado e entrar nessa rota de descobertas incríveis. Dos vinhos mais baratos, saborosos e de bom preço para o dia-a-dia, até grandes néctares, Portugal tem uma enorme diversidade de regiões, cepas, estilos e terroirs que valem a pena ser conhecidos, sendo o Douro um bom ponto de partida para essa viagem.

         Assim que der falo dos Vinhos do Porto, experiência intensa e única com alguns dos grande néctares da região. Salute e não deixe de provar, preferencialmente tomar, alguns destes grandes vinhos.

Falando dos Vinhos de Aniversário I

Dizer que todo o vinho caro é bom é uma heresia, mas que certamente os bons vinhos custam uns “trocados” a mais, disso não restam duvidas. Mais uma vez esse fato fica constatado neste belo conjunto de vinhos tomados durante a celebração (30 dias) de meu aniversário, todos de mais de 100 Reais, exceção feita ao Prosecco. Como não era uma data assim tão especial, só considero especiais os aniversários a cada 5 anos, deixei algumas preciosidades para os meus 55 e meus 60, mas os escolhidos de agora deixaram-me extremamente satisfeito dando-me enorme prazer ao tomá-los. Nesta primeira parte, todos vinhos de muita qualidade que adoraria poder tomar, não diariamente, mas pelo menos semanalmente. Para quem pode, recomendo todos eles com grande ênfase.  

 

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Prosecco Bedim, um dos melhores disponíveis no mercado, freqüentando minha taça com uma certa assiduidade. Extremamente saboroso, sedutor, delicado e muito fresco com ótimo balanço de acidez, bem cítrico e macio de perlage abundante e fina com muito boa persistência. Retrogosto agradável de quero mais, e mais, e mais, ………..Para quem ainda não experimentou, uma grande opção de Prosecco, até para quem não é muito chegado em proseccos! A importação é da Decanter.

 

Peter Lehmann Cabernet/Merlot 2004, um vinho australiano de primeira linha que me foi presentado por meu sobrinho que mora por aquelas bandas. Sim, já provei alguns vinhos de lá que mostraram ser excessivamente concentrados, potentes e repletos de madeira. Por outro lado, a maioria do que tenho tomado, confesso não serem muitos, têm me surpreendido por sua elegância e madeira bem balanceada no conjunto. Este é mais um desses exemplos de vinho com classe que mexem com nossas emoções. Não é grande, mas é um vinho que provoca enorme prazer ao ser tomado devido a sua harmonia, riqueza de sabores e ótima estrutura. Os taninos estão domados, aveludados final de boca muito agradável e frutado, um vinho sedutor. A importação deste produtor é feita pela Expand, mas não vi este rótulo em seu portfolio.

 

Il Brusciato 2005, um vinho da região de Bolgheri na Toscana, produzido pela Tenuta Guado el Taso, Antinori, muito elegante e extremamente saboroso. Um delicioso corte de 40% Merlot com 40% de Cabernet Sauvignon que passam por barricas francesas, aos quais é adicionado Syrah que passa por barricas americanas. Boa paleta aromática em que sobressaem as frutas vermelhas, algo de especiarias e salumeria. Na boca é muito agradável, mostra boa estrutura, fruta madura e taninos leves e macios, acidez moderada, elegante e harmônico com um bom e longo final de boca. De médio corpo para encorpado, possui ótimo volume de boca com um final algo mineral que convida à próxima taça. Uma das boas relações Qualidade x Preço x Satisfação no mercado e um vinho que me encanta cada vez mais cada vez que o tomo. Disponível na Expand.

 

D. Pedro de Soutomaior 2007. Vinho branco elaborado com Albariño na região de Rias baixas na Galicia, Espanha. Esta uva também tem grande importância na região do Minho, norte de Portugal, onde é conhecida por Alvarinho, sendo usada tanto em varietal como em cortes, na produção de Vinhos Verdes. Os Albariños são algo mais encorpados e secos do que seus primos portugueses, porém sem perder seu frescor e característica cítrica que tanto me encanta. Este vinho é um reflexo de seu terroir mostrando aromas de frutas brancas como pêra e melão, muito agradáveis ao nariz. Na boca é super saboroso, fresco na medida e muito bem balanceado, bom volume e algo cremoso com um agradável final de boca de ótima persistência que nos deixa um retrogosto que lembra pêssegos. Um belo vinho que acompanhou maravilhosamente bem um prato de lulas recheadas. Importação da Península.

 

Emme Grande Escolha 2003. produzido em Azeitão, Terras do Sado, próximo a Setúbal por um produtor que me agrada muito, a Cachamoa. Um dos poucos varietais tomados neste lote de belos vinhos, este sendo elaborado com 100% Cabernet Sauvignon e um senhor vinho ainda com muita vida pela frente. Ainda no outro dia comentei sobre um outro vinho deles que me seduz, o Barão do Sul Garrafeira 2002 que fica melhor a cada garrafa que tomo e acho que este seguirá o mesmo caminho. Nariz intenso, algo tostado com nuances vegetais. Na boca é austero, terroso firme e de grande estrutura, potentoso e gordo, muito rico em sabores, complexo, taninos finos presentes, cheio bastante equilibrado e muito longo. Com este vinho, esta casta mostra sua perfeita adaptação à região da península de Setúbal, trazendo-nos mais um ótimo Cabernet Sauvignon português. Acompanhou uma rabada desfiada, puxada num molho do próprio vinho, maravilhosamente! Importação da Lusitana.

 

Allende 2004, mais um dos varietais tomados, aliás acho que os três estão aqui nesta primeira metade da matéria já que o Albariño também o é. Este é da Rioja e 100% Tempranillo, um vinho que já andava na adega há algum tempo me tentando cada vez que lá ia buscar um vinho. Achei que merecia uma ocasião de maior importância e finalmente a abri e que beleza. Um vinho que necessita de decantação de cerca de uma hora, por sinal o EMME ficou 45 minutos, para mostrar todos os seus predicados. Mais um vinho potente e opulento com um nariz complexo.  Muito rico, denso e complexo na boca, harmônico conseguindo balancear muito bem esse seu vigor com elegância, taninos firmes, mas aveludados mostrando que com 5 anos de idade ainda é uma criança em plena evolução. O final de boca é longo, saboroso e algo mineral com nuances de baunilha advindos de uma madeira muito bem trabalhada. Importador Península.

 

         Não existe um preferido, cada um destes vinhos me fez sorrir bastante, deixando-me imensamente feliz. Cada um me atendeu de uma forma diferente e é isto que faz com que nossa vinosfera seja tão intrigante. É a diversidade que seduz nossa curiosidade sempre na busca do novo e de satisfação total. Estes primeiros 6 vinhos, de um total de 12 tomados nesta celebração, deixaram-me com água na boca e mal acostumado!

Salute e kanimambo.

Desafio Decanter de Vinhos Syrah

               Como já disse antes, o Desafio de Vinhos deste mês de Abril será uma degustação às cegas de grandes vinhos Syrah do ótimo portfolio da importadora Decanter. Parceiro antigo de Falando de Vinhos, a Decanter possui um projeto de Enotecas, já são cinco (Camboriu/Santos/BH/Curitiba/São Paulo), tendo a de São Paulo sido inaugurada em 2008. São 350 m2 em que você encontra todo o portfolio dos produtos importados pela Decanter, e uma vasta e especial seleção de vinhos disponíveis à taça no wine bar, ambientados num projeto arquitetônico de muita beleza e extremo bom gosto num ambiente super aconchegante. Sua área para cursos e degustações, onde faremos o desafio, é de primeira, muito aconchegante e espaçosa.

No wine bar, O «Le Verre du Vin», equipamento desenvolvido na Inglaterra e trazido ao Brasil com exclusividade pela Decanter, é uma máquina que, depois de abertas as garrafas, preserva a frescura do vinho por até 3 meses, na medida em que lhes retira o ar que ficou entre o líquido e a rolha, criando um vácuo e evitando assim que o néctar oxide. Nesse wine bar, 50 rótulos diferentes fazem a festa dos enófilos que queiram desfrutar de bons vinhos à taça e degustar alguns acepipes elaborados pelo renomado chef italiano Sauro Scarabotta do Fricó.

Um grupo de experientes sommelieres, capitaneados pelo gerente Fred Rezende, o atenderão e assistirão na compra dos mais diversos rótulos de mais de 100 produtores. Dos vinhos mais em conta como os saborosos cortes elaborados pela Estampa (Chile) e Callia (Argentina) até grandes vinhos como um Cote-Rotie la Divine de Jean-Luc Colombo ou um Barolo Ornato de Pio Cesare ou, ainda, um Champagne Grand Cru como o Millésime Brut 1998 da Barnaut, há néctares para todos os gostos e bolsos. São mais de 700 rótulos, então impossível conhecer todos, mas eis uma lista de alguns dos vinhos que conheço e recomendo:

  • Domaine du Salvard – Cheverny Le Vieux Clos – branco do Loire, apaixonante e de bom preço.
  • Chateau de Tracy – Mademoiselle de T – um Pouilly Fumée delicioso com um dos melhores preços do mercado.
  • Prosecco Bedin – um dos melhores disponíveis no mercado.
  • Despagne – Chateau Bel-Air Perponcher Reserve – um Bordeaux diferente feito por gente diferente.
  • Pio Cesare – Barbera d’Alba Fides – um verdadeiro elixir dos deuses, sem contar o Barolo e Barbaresco!
  • Castellani  I Castei – Valpolicella Clássico Superiore Ripasso Costamaran – grande vinho por um preçinho! Toda uma linha de excelentes vinhos entre eles o divino Amarone Cinque Stelle.
  • Nicodemi – Vinhos da região de Abruzzo tanto brancos, elaborados com a Trebbiano, como os tintos com Montepulciano d’Abruzzo. Todos, muito bons.
  • Luis Canas – Rioja Crianza – um belo vinho de boa tipicidade por um preço bem abaixo de outros Riojas do mesmo nível.
  • Domaine Bouzeron – o Puligny-Montrachet 1er Cru Champs gains é verdadeiramente inebriante, um grande vinho.
  • Domaine Pierre Labet – muito bom o Bourgogne Pinot Noir Vieilles Vignes, uma bela introdução ao mundo da Borgomnha.
  • Abadal – Rosado Pla de Bages – Delicioso e um dos campeões de meu painel de vinhos rosés.
  • Anselmo Mendes – Loureiro Muros Antigos – um dos excelentes brancos de Anselmo que possui uma bela relação Qualidade x Preço x Satisfação.
  • Quinta dos Roques – Encruzado – um dos melhores vinhos brancos portugueses da atualidade, divino!
  • Raka – produtor Sul-africano com uma série de ótimos rótulos com destaque para o Figurehead (um complexo blend) e o Biography (Syrah).
  • Estampa – Gold Assemblage Syrah – um dos muitos bons rótulos deste produtor que ainda por cima tem preços muito camaradas.
  • Bouza – produtor urugaio produzindo vinhos maravilhosos e cheios de caráter. Entre eles o Albariño, Tannat/Merlot, Tempranillo/Tannat e Monte Vide Eu .
  • Luigi Bosca – dispensa apresentações, mas o Cabenet Sauvignon Reserva e o Malbec DOC são dois dos meus preferidos.
  • Viña Alicia – Tiara, um branco divino e único produzido com Riesling, Albariño e Savagnin.
  • Bodega Callia – um produtor em ascenção na região de San Juan fazendo vinhos de corte (maioria bi-varietais) e varietais de muito bom nível com preço lá em baixo! Olho nos Syrah e Magna Viognier, muito interessante.
  • Domingos Alves de Souza – o Quinta do Vale da Raposa Touriga Nacional e o o Porto  Quinta da Gaivosa LBV são estupendos.

Tem muito mais, mas estas são algumas dicas para você se iniciar nos vinhos da Decanter e se deliciar no wine bar da Enoteca que fica na Rua Joaquim Floriano 838, Itaim, logo após a João Cachoeira, Tel. (11) 3073-0500. Delicie-se com o slide show de fotos que tirei de lá, mais um Parceiro de Falando de Vinhos. 

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Boas Compras II – Espumantes e Algo Mais

Começamos a semana com mais algumas boas opções de espumantes, e alguns outros vinhos, que nossos parceiros destacaram de seus respectivos portfolios. São mais de trinta opções para você escolher, sem contar a primeira leva do Boas Compras I. Se você estiver em São Paulo, temos aí diversas opções para tudo o que é gosto e bolso.

 

Cia do Whisky, a Mariluz destacou os seguintes rótulos que merecem destaque e são boas relações custo x beneficio dentro se seu portfolio.

  • Prosecco Villa Sandi il Fresco (região de valdo) – R$ 29,90
  • Prosecco Castelnovo do Veneto – R$ 22,90
  • Prosecco Tosti, um clássico e muito agradável prosecco – R$ 39,15
  • Prosecco Sperone, mais um que já anda por aqui faz tempo e segue fazendo sucesso – R$ 28,50.
  • Mumm Cuvée Brut ou demi sec, produzido na Argentina pela famosa casa produtora francesa – R$ 24,90/unid
  • Tribal Brut ou demi-sec. Da África do Sul  – R$ 43,90/unid

        Vinho, com esse calorão, a sugestão são rosés:

  • Porta da Ravessa rosé  (português) – R$ 21,20/unid
  • Vinho da Defesa rosé (português) – R$ 51,60/unid 

Portal dos Vinhos, o Emilio e a Fátima nos listaram alguns bons rótulos para fazermos a festa de final de ano.

  • Prosecco Astoria 07, Gran Medaglia de Ouro na VINITALY, tem feito muito sucesso em nossa loja. O cliente compra 01 garrafa e volta pedindo em caixas. Preço R$82,50.
  • Casa Valduga 130 ANOS um dos muito conceituados espumantes nacionais, de boa estrutura e complexidade, um outro blockbuster na loja. Preço R$51,00.
  • Cava Don Román , uma das mais saborosas no mercado, já recomendadas por mim desde o ano passado, tem uma excelente relação custo x benefício à R$34,00

Decanter, de nossos amigos de Blumenau que possuem um ótimo catálogo de bons vinhos com preços justos, alguns belos exemplares de espumantes para tudoo que é gosto e preço.

  • Duc de Valmer Brut, pelo método charmat um saboroso espumante da região de Bordeaux por R$47,80.
  • Bedin Prosecco, do Veneto, um excepcional prosecco que me agrada muitíssimo, um dos melhores no mercado e quase imbatível nesta faixa de preços por R$52,90.
  • Bernaut Grand Cru Gran Reserve Brut, um clássico de muita qualidade por R$184,00.
  • Ferrari Maximum Brut, da região de Trentino na Itália, produz excelentes espumantes entre eles este que permanece por três anos Sur Lie que lhe confere grande intensidade e complexidade. Preço R$157,00.

Saint Vin Saint, esta linda e aconchegante mescla de loja de vinhos com bistrô, nos traz diversas boas oportunidades de compra com preços muito especiais como abaixo, entre eles um dos meus preferidos, o Marco Luigi Reserva da Familia Brut que, pelo preço, é para comprar de caixa!

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Amanhã tem mais no Tomei e Recomendo II com espumantes entre R$30 a 50,00. Salute e kanimambo.

 

Endereços e Telefones para contato, encontre na seção “ONDE COMPRAR”

Boas Compras Itália – III

Meus amigos, finalmente estou finalizando os posts com os destaques e dicas de vinhos italianos disponíveis em nossos parceiros. São mais de setenta vinhos no total, começando em dezesseis reais ou seja, verdadeiros achados de boa qualidade para o dia-a-dia. Mas há achados também em níveis de preços mais altos, verdadeiros néctares que entregam muito mais prazer do que o preço cobrado, vinhos de grande valor e preço comedido. Aproveitem, descubram os vinhos italianos com o que, espero, seja um pouco mais de segurança.

 

Zahil – Sempre bons vinhos com preços justos. Desta vez os italianos, mas a loja tem inúmeras boas opções que merecem garimpo.

Le Orme Barbera d’Asti 06 , Piemonte – R$69,00, nariz de muito boa qualidade, macio, taninos maduros, médio corpo, muito agradável.

Tosca Chianti Colli Senesi 04, Toscana – R$54,00, um dos bons e saborosos achados deste mês, com boa paleta aromática, redondo, cheio de sabor, frescor e fácil de agradar. Incrível vinho pelo preço e absolutamente pronto a beber.

Le Coste Dolcetto d’Alba 06, Piemonte – R$69,00

Rosso di Montepulciano 04, Toscana – R$64,00, é cheio, rico, redondo e especialmente saboroso, taninos finos e bastante frescor. Vinho que me encantou pela relação Qualidade x Preço x Satisfação e um dos meus preferidos do mês.

Alisia IGT 07, Veneto – R$45,00 muito aromático com toques florais, ligeiro e suave.

 

Vinea Store – sempre nos surpreendendo com um portfolio conciso e escolhido a dedo. Nos vinhos italianos não podia ser diferente, ótimas opções com preços comedidos.

Rosso Salento “Santi Medici” IGT 05, Puglia – R$60,00 com 100% de negroamaro, quase um clarete, mas de grande intensidade aromática e de sabores, redondo harmônico, sutil e gostoso final de boca num vinho festivo e fácil de agradar.

Valfieri Barbera d’Asti DOC 04, Piemonte – R$72,00, um belo vinho de corpo médio, balanceado, boa acidez, ótima paleta olfativa que deixa um gostinho de quero mais na boca. Mais um achado pelo preço e encantador.

Pallageto Rosso di Montalcino DOC 05, Toscana – R$98,00

Poggio Bedini Syrah IGT 05, Sicília – R$69,00, boa fruta madura compotada, redondo, taninos aveludados com o especiado da cepa aparecendo num gostoso final de boca.

Zagra Insolia IGT 05, Sicília – R$85,00 bem aromático, algo floral, cremoso na boca com boa estrutura e acidez adequada, toques minerais, um branco que convida a comer.

Stuchio IGT 02, Úmbria – R$65,00

 

Wine Company – realmente a campeã dos bons preços sem deixar de cuidar da qualidade.

Terre Allegre IGT 06, Veneto – R$16,44, simples, ligeiro e fácil de tomar.

Zipolino Sangiovese 05, Toscana – R$26,66 mais um grande achado deste garimpo. Para o dia –a-dia, um vinho quase imbatível. Ótima opção ligeira e descompromissada para acompanhar a macarronada da mamma no Domingo.

1404 Colli Berici Cabernet Sauvignon DOC 04, Veneto – R$37,77, fresco, suave com muita fruta vermelha madura, macio, um bom acompanhamento para carnes leves.

Crearo Cabernet Sauvignon 05, Friulli – R$62,22, este me encantou e ficou no top da minha lista de preferidos. Estupendo, de boa estrutura, nariz cativante, todo ele de muita harmonia e delicado, taninos aveludados e longa persistência.

Badiolo Chianti DOCG 06, Toscana – R$38,88 um vinho que surpreende pelo preço. Bem equilibrado, corpo médio, cheio na boca e ótima acidez que convida a comer.

Casa Defra 06, Veneto – R$39,99 uma das melhores relações custo x beneficio dos vinhos italianos elaborados com Pinot Grigio e, ainda por cima, muito saboroso e fresco.

 

Decanter – Excelente portfolio de rótulos italianos com preços convidativos e alguns grandes achados.

Nicodemi Montepulciano de d’Abruzzo DOC 05 – R$64,00 todos os vinhos da Nicodemi são muito bons e este não foge à regra. Muito saboroso e equilibrado, redondo, daqueles em que o final da garrafa chega rápido demais!

Notári Montepulciano d’Abruzzo Colline Teramane 04 DOCG – R$108,10 vinho de notável qualidade e complexidade, para curtir com calma e tempo.

Nicodemi Trebbiano d’Abruzzo 06 – R$48,30 demora um pouco para abrir, mas quando o faz encanta. Muito bom.

Erta & China IGT 05, Toscana – R$63,20 mais um daqueles grandes achados. Suculento, encorpado, boa textura, harmônico um vinho de grande qualidade que vai abrindo na taça e na boca, finalizando com taninos aveludados.

Seral Corvina Veronese IGT 03, Veneto – R$47,40, difícil encontrar um varietal de Corvina, este é muito interessante e sedoso na boca

Rupestro 06, Umbria – R$29,90 bem equilibrado, fácil, um porto seguro num vinho de muito bom preço.

Chianti Rufina  Fattoria di Basciano 04, Toscaza – R$55,20 firme, ainda um pouco fechado, mostrando grande capacidade de evolução. Cresce muito com comida.

Valpolicella Classico Campo del Biotto 06, Veneto – R$47,40 um dos vinhos de grande relação Qualidade x Preço x Prazer. Muito bom e difícil de encontrar Valpolicellas neste preço com esta qualidade.

Valpolicella Classico Ripasso Costamaran 04, Veneto – R$79,20 me apaixonei por este vinho. Absolutamente sedutor, complexo, de grande harmonia, enche a boca de prazer e satisfação. Gamei.

Notári Trebbiano d’Abruzzo 05 – R$67,90 uma maravilla no nariz e de grande finesse na boca. Um branco exuberante, intenso e balanceado que encanta e seduz facilmente. Mais um achado

 

Grand Cru Granja Viana – Novos rótulos e produtores chegando, vale uma passadinha na loja para conhecer todas as novidades.

Remole IGT 06, Toscana – R$58,00 na importadora anterior custava acima de R$80 e só o comprava nas promoções quando chegava próximo deste preço. Um vinho muito bem elaborado, muito frutado, rico e saboroso com toques meio apimentados.

Massolino Barbera d’Alba DOC 07, Piemonte – R$97,00 vinho que na safra de 2001 obteve 91 pontos na Wine Spectator.

Fattoria Le Corti Chianti Clássico 04, Toscana – R$79,00 tendo obtido 91 pontos do Robert Parker na safra de 2001.

Corte Giara Merlot/Corvina IGT 07, Veneto – R$39,00

Valpolicella Superiore Ripasso DOC 06, Veneto – R$89,00

 

Boas  compras e bom fim de semana. Eu, gastarei meu tempo preparando os posts da semana que vem quando inciarei as comemoraçãoes do aniversário da coluna Falando de Vinhos no jornal Planeta Morumbi. Comemorações estas em que farei questão que muitos de vocês venham a participar. Agurdem as novidades!

Salute e kanimambo.

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Reféns das Notas.

postei matéria sobre o tema em Dezembro passado, mas volto a este assunto de Notas dos Vinhos, devido a uma conversa de há poucos dias, entre críticos, colunistas, importadores e produtores presentes a um almoço, sobre os senhores Robert Parker da vida e o valor de suas notas. È Wine Enthusiast,  Wine Spectator, Stephen Tanzer, Robert Parker, Decanter e Jancis Robinson entre muitos outros formadores de opinião e críticos do vinhos, formulando juizo de valor qualitativo. Certo ou errado, têm valor suas notas, ou não têm? Comprar baseado nisso? Na verdade quem lhes deu força e segue dando, são os próprios produtores, importadores e lojistas que viraram escravos, reféns e propagadores dessa cultura, ajudando a disseminar o fato que somente vinho bem pontuado é que é bom ou, eventualmente, para justificar preços. Depois reclamam que vinho sem pontuação não vende, ou de que seus vinhos foram mal pontuados! Lamentavelmente, uma grande parte dos consumidores acaba caindo nessa armadilha de forma ingênua, falta de conhecimento ou até, muitas vezes, por puro esnobismo. Daquele que serve o vinho já falando quanto o vinho custou, especialmente se for caro, e quantos ponto ele tem, saca?! Por outro lado, se criou um culto à nota difícil de se eliminar, pois isto requer mudanças culturais de valores já enraizados em nossa vinosfera do qual viramos efetivos reféns e, pensando bem, será que realmente queremos mudar esse “status quo”?

Já comentei que essas notas são meras indicações de qualidade e os vinhos sem pontuação não devem ser descartados somente porque não possuem uma nota. Por outro lado, um mesmo vinho avaliado por Robert Parker e Wine Spectator, de vertente americana, e Hugh Johnson, Decanter e Jancis Robinson, de vertente européia, terão resultados finais bem distintos devido a culturas, parâmetros e paladares diferenciados. Já cansei de provar vinhos super pontuados e me desapontar muitíssimo. Alguns efetivamente não gostei e, outros, apesar de bons, não consegui entender onde os conceituados críticos encontraram tanto fulgor para justificar suas notas!

A prova final, a verdadeira nota, a que interessa, esta está no paladar de quem toma o vinho e, especialmente, de quem paga por ele já que aí também poderá formular opinião de valor. Ou seja, se o vinho vale o que se pagou por ele, que será o que, em última instância, servirá de parâmetro para repetir a compra, ou não. O resto são meros subterfúgios mercadológicos que nem sempre condizem com a realidade encontrada na taça. Não que não lhes reconheça valor, a uns mais que outros, mas há que se considerar estas “avaliações” com uma certa parcimônia e até, talvez, um mal necessário em um mar de rótulos, nem sempre conhecidos, hoje disponíveis no mercado. Como diz o Didu, o crítico deu 98 pontos e você, quanto dá?

Salute e kanimambo.

Boas Compras III – Mês dos Pais

             Meu amigo, uma nova semana começando e mais dezesseis ótimas opções de belos vinhos a preços módicos, verdadeiros destaques no portfolio destes nossos parceiros e ótima relação Qualidade x Preço x Satisfação. Já são mais de cinqüenta diferentes opções para todo o tamanho de bolso e diversos estilos, mas aguarde, ainda vem mais! Por enquanto fique com estes:

 

Decanter – Eis aqui uma bela seleção de vinhos muito saborosos com preços bastante camaradas.

  • Loureiro Muros Antigos 06, um delicioso e fresco vinho branco Português elaborado com a uva autóctone Loureiro. Para harmonizar com frutos do mar, uma paella Valenciana ou uma caldeirada de lulas, existem poucas opções que harmonizem tão bem. Preço R$45,40.
  • Riesling QbA Kabinett Forst 06, mais um vinho branco só que desta vez da Alemanha. De ótima acidez e um bom exemplar de entrada aos deliciosos e especialíssimos Rieslings Alemães. Preço R$46,00
  • Estampa Reserve 05, um corte de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Carmenére. Um Chileno de grande qualidade e reconhecimento da imprensa especializada. Preço R$48,30.
  • Luis Cañas Crianza 04, um Rioja muito saboroso de uma excelente safra. Um belo vinho que enche a boca de prazer, untuoso, harmônico, final de boca muito agradável e longo, é campeão, Preço R$65,50.
  • Prosecco Bedin, um dos melhores proseccos no mercado. De grande frescor e equilíbrio, cítrico, leve floral, é um espumante de primeira e muito delicado. Preço R$52,90.
  • Bellevue Lugagnac Bordeaux Superieur 06, um bom vinho de entrada aos complexos vinhos de Bordeaux por R$46,00.

Vinea Store – a Vinea, com uma lindíssima loja e em plena fase de expansão pelo Brasil afora, prima pela qualidade, não quantidade, sendo estes poucos rótulos um claro exemplo disso.

  • Matisses Carmenére 06, produzido pela excelente Casa Marin é um vinho de boa estrutura, harmônico, taninos aveludados e muito saboroso por bons R$47,00. Satisfação garantida.
  • Zagal Malbec 03/04, “Denso e frutado, equilibrado e com estrutura, não comete os pecados comuns de ser muito doce ou flácido”, nas palavras de Eric Asimov. Um vinho sem maquiagens por R$46,00.
  • Prosecco Incontri, um encantador e sedutor prosecco, dos melhores no mercado. Corpo leve, muito fresco e equilibrado, ótima perlage fina e persistente por R$54,00.
  • Quinta Nova Douro DOC 04, o provei faz pouco tempo e é um vinho de grande personalidade. Aromas intensos de fruta vermelha madura, na boca é rico, cheio, bem equilibrado com taninos finos e sedosos e um final de boca elegante e de boa persistência. Preço R$75,00.

Zahil – Com uma loja muito bonita e atendimento simpático, esta importadora tem uma série de rótulos muito bons com preços muito camaradas. Abaixo seguem alguns de seus muitos destaques e ótima relação custo x benefício.

  • Vila Regia 05, um campeão de custo x beneficio no mercado. Um vinho do Douro correto, aromas frutados com toques florais e herbáceos. Na boca é redondo, fresco, saboroso fácil de agradar por excelentes R$31,00.
  • Lês Bretéches 06, redondo, frutado, boa acidez um vinho de cara Francesa, mas produzido no Líbano. Muito agradável e fácil de tomar, é uma ótima sugestão por R$46,00
  • Salamandra Tempranillo 06, de fruta muito concentrada com toques mentolados. Carnudo, macio com final de boca levemente tostado. Um dos grandes custo x beneficio dos vinhos Espanhóis por R$38,00.
  • Domaine Conte Selección de Barricas Carmenére 06, vinho muito equilibrado, boa tipicidade, boa acidez, alegre, sedoso, um vinho cativante fácil de agradar por apenas R$ 34,00, um achado.
  • Trumpeter Malbec/Syrah 06, frutado, aromático, sedoso, é um vinho muito saboroso e sedutor por bons R$45,00.
  • Rutini Cabernet/Malbec 05, junto com o vinho acima, um dos meus Argentinos preferidos. De boa estrutura, muito harmônico, macio, um belo vinho por R$66,00.

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Boas Compras II – Borgonha/Loire/Cotes-du-Rhône

              Um dos bons e diversificados portfolios de vinhos Franceses disponíveis no mercado, é o da Expand, com rótulos para tudo o que é gosto e tamanho de bolso. Mas não é só a Expand, a Decanter tem uma vasta lista de opções assim como a Mistral. As lojas apostam menos nos vinhos desta região, pela própria complexidade de rótulos e preços muitas vezes caros, optando por investir em vinhos de maior segurança do ponto de vista comercial. Neste segundo post do mês com vinhos destas regiões, separei alguns destaques tanto da Expand como da Decanter que são muito interessantes e têm um preço que os faz serem Boas Compras. São dezenove rótulos para você comprar sem medo de ser feliz!

 

Expand, uma loja de importadora que dispensa apresentações. São trinta anos de pioneirismo com vinhos de muita qualidade, diversos rótulos bem caros e excelentes, porém com muitos rótulos que cabem no nosso bolso e, nem por isso, nos satisfazem menos. Eu provei diversos.

 

  • Albert Bichot Bourgogne Pinot Noir Vieilles Vignes 05, um dos meus Bourgogne genéricos preferidos, mostrando boa fruta madura no nariz, com nuances florais, harmônico e saboroso final de boca com taninos aveludados. Preço R$68,00, um dos melhores para vinhos desta denominação (apellation).
  • Albert Bichot Bourgogne Chardonnay 05 Vieilles Vignes , no ponto para ser tomado, é um vinho muito balanceado, leve floral com nuances minerais e bastante agradável e fresco na boca. Preço R$69,00.
  • Albert Bichot Chablis 05. Como todo o Chablis, não é um vinho barato, mas considerando-se o produtor e o restante dos preços no mercado, este até que está com um preço bom, R$98,00.
  • Bourgogne Blanc Chardonnay 06 do Chateau de Fuissé-Jean Jacques está com um bom preço e deve ser provado, R$68,00.
  • Domaine Fournier Pére et Fils Sauvignon Blanc 05, Vin de Pays (VdP). Esta cepa, no Loire, produz vinhos realmente deliciosos e de muito frescor. Este, possuí ótima acidez, paleta aromática de boa intensidade com nuances florais, elegante e muito saboroso na boca. Uma boa opção para quem quer tomar um vinho de qualidade, de maior sutileza e finesse do que habitualmente está disponível nos vinhos do Novo Mundo. Preço R$55,00.
  • Chateauneuf-du-Pape Vieux Telegraphe Telegramme 05. Este produtor é muito conceituado e respeitado na região, produzindo vinhos de muita qualidade. Neste caso, o vinho obteve 91 pontos da Wine Spectator e, para um vinho desta AOC com este currículo, o preço até que é camarada, R$215,00, mesmo que não para o meu bolso.
  • Guigal Cote-du-Rhône 04. O da safra de 2003, que foi o que tomei, apresentou médio corpo para encorpado, muita elegância, taninos finos e elegantes, com boa acidez e longo final de boca com um retrogosto lembrando especiarias. Acredito que o 2004 não seja muito diferente, tendo obtido 87 pontos da Wine Spectator. Preço R$68,00, que é um ótimo preço.
  • Cote Rotie Brune et Blonde 03 de Guigal. Guigal é conhecido como o papa dos Cote Rotie, vinhos caros e únicos que são um corte de Syrah com a uva branca Viognier. Tradicionalmente, os vinhos desta região são caros e este é um rótulo “mais em conta” desta AOC e deste excelente produtor. Preço R$328,00.
  • Albert Bichot Brouilly 05, no ponto para ser tomado, R$65,00.
  • Albert Bichot Beaujolais-Village 06, os Village são Beaujolais de maior qualidade produzidos na parte norte da região e, com este preço, acho que vale a pena provar. R$45,00, uma pechincha.

Decanter, importadora com sede em Blumenau, Santa Catarina, tem um portfolio muito interessante. Abriu uma loja maravilhosa em São Paulo, faz umas duas semanas, vale a visita pois está muito bonita, decorada com muito bom gosto e um projeto muito feliz da arquiteta responsável. Final do dia faça seu Wine Hour lá, já que o wine bar é de primeira. Deles, destaquei os seguintes rótulos, começando pelo Loire:

  • Pouilly-Fumée Mademoiselle de T 05. A minha experiência com a cepa Sauvignon Blanc se divide, agora, entre AT e DT, ou seja; antes de Mademoiselle T e depois de T. Realmente é um vinho que está em outro patamar. Paleta aromática de grande intensidade e complexidade, absolutamente sedutora que nos faz abrir um enorme sorriso. Na boca é de um enorme frescor, intenso, frutos cítricos, uma boa dose de mineralidade em perfeita harmonia e elegância. Um vinho inesquecível e apaixonante. Preço R$99,00
  • Domaine du Salvard Cheverny Le Vieux Clos 06. Outro belo exemplar de um vinho branco do Loire, só que este é um corte de Sauvignon Blanc  com uma pitada, cerca de 15%, de Chardonnay. Médio corpo, harmônico, complexidade de aromas e na boca é um cativante “blend” de sabores e sensações com o frescor da Sauvignon Blanc e a cremosidade e riqueza do Chardonnay, belo e encantador vinho. Preço R$63,70, imperdível.
  • Bourgogne Pinot Noir 05 de Domaine Antonin Guyon. Produtor muito conceituado sediado em Savigny. Este é o rótulo de entrada em seu portfolio. Preço R$92,70.
  • Savigny-les-Baune 03, mais um vinho de Antonin Guyon, este estrelado no Guide Hachette 2007. É de uma denominação (AOC) de que gosto muito, tradicionalmente produzindo vinhos de grande elegância e muito aromáticos. Preço R$178,30.
  • Bourgogne Pinot Noir Vieilles Vignes 06 do Domaine Pierre Labet. De bom volume, tipicidade e complexidade, embora fácil de beber. Preço R$79,30.
  • Hautes Cotes-de-Nuits Bec à Vent 04, com duas, entre três possíveis, estrelas no Guide Hachette 2007. Preço R$112,70.
  • Petit Chablis 06, mais uma opção de Chablis abaixo de R$100,00 o que não é fácil de encontrar. Este ganhou duas estrelas no Guide Hachette 2007 para quem este petit Chablis ainda se tornará grande! Preço R$82,80.
  • Beaujolais-Village 06, com uma estrela Guide Hachette 2007, é um vinho com alma da região mas elaborado por Christoffe Coquard que possui uma vasta experiência no Novo Mundo com passagem pelos Estados Unidos, Nova Zelância e África do Sul. No mínimo, um vinho diferenciado. Preço R$51,80.
  • Beaujolais Juliénas 06, mais um vinho da Maison Coquard, de uma região que, tradicionalmente, gera vinhos de boa estrutura, elegantes e bem frutados. Este deve estar no ponto e obteve “meras” três estrelas no Guide Hachette. Preço R$65,50.

É isso, mais uma boa lista de vinhos Franceses que você pode comprar sem sustos. Na Sexta publicarei o ultimo desta série de posts com Boas Compras do mês. Enquanto isso, mais informação, detalhes sobre a região do Rhône e “otras cositas más”! Salute e kanimambo.

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